De São Paulo, SP.
É muito comum um participante aderir a um plano de previdência do tipo multiportfólio - com várias alternativas de fundos de investimento - mas, não indicar em qual das opções deseja alocar suas contribuições.
Quando isso ocorre nos planos corporativos, as contribuções acabam sendo creditadas na alternativa default (padrão) oferecida pelo plano.
Na esmagadora maioria dos planos implantados aqui no Brasil, a alternativa default é aquela mais conservadora de todas (100% em renda fixa, não raro em títulos públicos).
Ocorre, nos planos que tem regras assim, que os participantes acabam sendo privados dos maiores retornos entregues por outras alternativas de investimentos, normalmente presentes nos planos de previdência complementar, como fundos com alocação em renda variável, por exemplo.
Cientes disso, já há muito tempo, os planos corporativos nos EUA passaram a incluir os fundos do tipo " life-cicle" como alternativa default.
Um fundo "life-cicle" ou ciclo de vida, em Português, nada mais é do que um fundo no qual a alocação dos investimentos é direta e automaticamente atrelada a faixa etária do participante.
Quanto mais jovem for o participante, maior será a alocação de suas contribuições em renda variável.
Na medida em que envelhecer, essa alocação vai diminuindo enquanto aumenta a parte investida em renda fixa. Somente próximo à aposentadoria é que são alocados 100% dos recursos em renda fixa. Tudo feito automaticamente, sem que o participante precise intervir.
É uma forma inteligente de dar uma ajudazinha ao participante que nada escolhe ao aderir ao plano, reconhecendo que a inércia e procrastinação são características do comportamento humano.
A Tabela Periódica dos Investimentos acima, mostra o retorno dos investimentos obtidos por diversas classes de ativos, ao longo dos últimos 16 anos.
O objetivo é mostrar que se a diversificação traz benefícios para os investidores, com menores riscos no longo prazo, então melhor seria que os participantes de planos de aposentadoria distribuissem suas contribuições dentre os diversos fundos de investimentos diferentes.
Se possível, deveriam inclusive ter vários planos de previdência complementar diferentes, ao invés de concentrar suas contribuições em apenas um plano.
Claro que há fatores a serem considerados nesse processo. A idade do participante é um deles. Predisposição ao risco é outro. Não obstante, a diversificação é pouco entendida pelos participantes e menos ainda considerada em suas decisões de investimentos.
Quem se interessar pela análise completa que acompanha a Tabela Periódica dos Investimentos, pode acessar o texto integral através do link a seguir.
Tabela Peíódica dos Investimentos - Brasil 2011
Para aqueles que quiserem reproduzir, mencionar ou fazer referência a essa tabela, peço apenas que não deixem de citar a fonte (NKL2) dando-lhe o devido crédito.
Abraço,
Eder.
Fonte: Artigo produzido por Eder C. da Costa e Silva.
Crédito de imagem: Eder C. da Costa e Silva