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sábado, 23 de março de 2019
As consequências da telepatia e minha mensagem telepática a todos: Poupem para a aposentadoria
De São Paulo, SP.
Estou indo para o Rio de
Janeiro pela Dutra como tenho feito regularmente ao longo dos últimos 26 anos. Minha
esposa está lá e estou indo buscá-la
Subitamente, ao desviar
de um animal na pista, sou envolvido em um acidente. Meu carro está virado, as
rodas para cima, escondido sob a vegetação do barranco ao lado da estrada. É tarde da noite e os
poucos carros que passam pela estrada não são capazes de me enxergar.
Os serviços de
emergência da NovaDutra captaram meu pedido de socorro e estão enviando ajuda,
ainda que em meio ao meu estado de pânico, eu apenas tenha pensado nisso, pois além
de estar sem bateria meu celular está perdido em algum lugar do carro.
Tem mais, ouço uma voz de
fundo em minha mente dizendo para eu permanecer calmo, mas estranhamente não é
a minha própria voz. É a voz da operadora do serviço de emergência.
Que
diabos aconteceu? Telepatia. Nosso futuro pode ser assim? Pode! Se a
comunicação cérebro-a-cérebro for desenvolvida.
Comunicação cérebro-a-cérebro
Numa realidade que é
hoje apenas ficção científica, nano dispositivos digitais posicionados em
nossos cérebros, transformariam os impulsos elétricos dos nossos neurônios em
sinais, que seriam transmitidos para outras pessoas ou dispositivos.
Assim, nossos
pensamentos, ideias e imaginações poderiam ser experimentados por mais alguém
além de nós mesmos.
Já existem tecnologias sendo
desenvolvidas com objetivo de tornar possível a comunicação entre duas pessoas,
simplesmente pelos pensamentos.
Essas novas tecnologias,
ainda rudimentares, estão nos estágios iniciais de desenvolvimento. Estamos
muito longe de transmitir frases completas apenas por pensamento, o que dirá
transmitir uma conversa inteira na velocidade que falamos.
A tecnologia atual
precisará ser miniaturizada, se tornar mais seguras e muito mai robusta,
para que a telepatia se torne uma realidade.
Além disso, precisaremos
descobrir o que cada sinal do cérebro está dizendo – pode ser totalmente diferente
de um cérebro para outro.
Sim, como todos sabemos,
a tecnologia pode avançar muito rápido e existe um bando de empreendedores com muita
grana já bancando essa ideia, dentre eles, Elon Musk e sua empresa NeuraLink.
Então, vamos imaginar
que um dia a telepatia se torne realidade no nosso cotidiano. Como essa
inovação na comunicação alteraria nossa vida da maneira que a conhecemos?
1. Inovação
Um dos pontos de
inflexão na evolução humana foi a linguagem. A força por trás da inovação é a
capacidade de partilhar as ideias — quanto mais as pessoas disseminam seu conhecimento,
mais outras pessoas são capazes de aumentar e fazer esse conhecimento evoluir. No
dia que pudermos pensar de forma coletiva, com todos conectados em uma rede gigante
de mentes conjugadas, a velocidade com que a informação poderá ser criada,
criticada e espalhada aumentará exponencialmente.
2. Coordenação
Atividades em equipe
deverão se tornar mais estratégicas e coordenadas. No mundo militar, por
exemplo, grandes contingentes de tropas dispersas poderão permanecer em contato,
seguir ordens e compartilhar as notícias de forma instantânea entre todos. Da
mesma forma, serviços de emergência serão capazes de responder a situações e
coordenar esforços de modo mais eficaz.
No mundo dos esportes,
os times que forem capazes de se comunicar em silêncio, transmitindo mensagens claras
para as mentes de todos, conseguirão jogar melhor e seguir suas táticas de jogo.
A vantagem é que o barulho da multidão de expectadores e a distância entre os
jogadores não atrapalharão.
3. Silêncio
Começamos pintando as
paredes das cavernas e progredimos lentamente para escrever, falar e hoje nos
comunicamos pela Internet. Porém, ainda somos limitados por nossos dedos,
conexões de WiFi, tamanhos de tela e duração de baterias. Se conseguirmos
reduzir essas limitações a ponto de nos comunicarmos pelo pensamento, o que
acontecerá com a linguagem? Continuaremos a usar nossas vozes quando estivermos
face a face? Ou simplesmente recostaremos e pensaremos para frente e para trás?
Fazer o ar passar pelos nossos pulmões, garganta e lábios requer um esforço e
tanto. Porque desperdiçar essa energia
toda se podemos obter melhor resultado por meio dos pensamentos?
4. Internet das coisas
Enquanto nos preocupamos
com comunicação cérebro-a-cérebro, a comunicação computador-a-computador está
avançando. A comunicação, então, vai convergir para cérebro-a-computador. Isso
significa que um dia você poderá ter conversas com a Siri no conforto da sua própria
mente. Na medida em que a Inteligência Artificial por trás dessas assistentes
de voz se tornar mais inteligente, acharemos a conversa com elas extremamente
informativas e até educativas.
Nossa comunicação irá
além da conversa telepática envolvendo uma assistente com acesso à Internet.
Um
dia sua mente será capaz de se comunicar com seu carro, sua TV, seu rádio
relógio, com o termostato do seu ar-condicionado e até com o sistema de alarme
da sua residência. Um dia sua mente poderá estar falando com sua casa ou pedindo
para seu carro abrir a porta em um dia de chuva.
5. Privacidade
Todos temos pensamentos
que nunca deveriam ser expostos à luz do dia. Mas e se tais pensamentos se
tornarem algo como os atuais e-mails, como garantir que não estarão sendo
monitorados? Na área de segurança pública poderia ser benéfico, sendo mais
fácil identificar psicopatas e terroristas através de seus pensamentos, mas
quais de nós se sentiria confortável com esse tipo de vigilância?
6. Hackers
Ao invés de simplesmente
espionar o que pensamos, poderiam potenciais hackers de mente usar essa
tecnologia para infiltrar em nossos cérebros informações perigosas ou
maliciosas? Seríamos mais facilmente convencidos por algo que surgiu como um pensamento,
permitindo que fôssemos manipulados por terceiros? Indo mais além, poderia o
dispositivo em nossos cérebros ser hackeado para permitir a transmissão não
apenas da nossa linguagem? E se um dano real pudesse ocorrer, como apagar
certas conexões ou deixar partes do cérebro offline?
7. Desconectar
Estamos disponíveis para
comunicação na maior parte do tempo. A tecnologia tenderá a exacerbar isso. Claro, precisaremos ter a opção de “desconectar” ou
ficar “offline" - não vamos querer que o pensamento de outras pessoas se meta em nossa mente durante uma noite de bom sono. Se manter nossa mente conectada
pode nos trazer benefícios, vamos querer ficar o máximo possível “online”.
Durante uma emergência,
esse link imediato e direto com alguém que possa nos ajudar será uma ferramenta
valiosa. E se você não estiver a fim de falar com ninguém? Vai ter uma secretária
eletrônica ou uma caixa de entrada (“inbox”)? Você não vai poder esquecer sua
cabeça em algum lugar da mesma forma que esquece hoje um celular ou um laptop. O
dispositivo em seu cérebro vai estar lá o tempo todo. Quando alguém estiver
tentando entrar em contato com seu pensamento e não estiver conseguindo, vai
concluir que você não quer falar ou que algo pode estar errado.
8. Quem?
De que forma saberemos
que outra pessoa está se comunicando conosco? Se o sinal for muito parecido com
nossa própria voz interior, poderíamos ficar confusos? Quando falamos nós
ouvimos nossa própria voz, mas há uma distinção clara entre aquilo que estamos vocalizando
e a voz dos outros que estamos ouvindo. A comunicação cérebro-a-cérebro vai
envolver as duas partes enviando e recebendo sinais baseados nos mesmos
impulsos neurais. O engajamento em uma conversa vai demandar a diferenciação
entre nosso monólogo interior e o monólogo interior do nosso interlocutor ou
interlocutores.
… e tem muito mais
coisas a se pensar.
Provavelmente esse tipo
de comunicação vai envolver muito mais do que transmitir apenas linguagem. E se
for possível partilharmos experiências sensoriais como visão, audição, paladar
e até emoções, conhecimento e outros conceitos abstratos?
As possibilidades são
infinitas e o mesmo são as repercussões. Na medida em que a tecnologia se
aproxima do cérebro, da mente e daquele subjetivo conceito do “nosso eu”, mais
cuidadosos teremos que ter.
Nesse ponto tenho que
dizer que qualquer mente que cruzasse meu caminho, receberia minha mensagem telepática
mais forte: poupe para a aposentadoria e seja feliz no futuro!
Grande abraço,
Éder.
Fonte: Adaptado do
artigo “The Consequences of Telepathy”, escrito por Sam Brinson.
Crédito de Imagem: Andrew
Rich via Getty Images
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Previdência Complementar
domingo, 17 de março de 2019
Série: Passos para ter um board de alto desempenho no seu fundo de pensão - Parte IV: Sem agilidade seu Conselho não irá muito longe
De São Paulo, SP.
O setor de
previdência complementar vive hoje uma ofensiva constante de mudanças que não
encontra precedentes nos desafios que enfrentamos até aqui.
Esses tempos
turbulentos e incertos vem acompanhados de rupturas profundas e deixam claro
que os modelos de governança, tradicionalmente adotados no topo dos fundos de
pensão, estão rapidamente se tornando ultrapassados e ineficientes.
No desempenho de
suas funções os boards das entidades
de previdência complementar precisam buscar um complexo reequilíbrio de seus
papeis, salvaguardando seus principais objetivos, cumprindo suas
responsabilidades sociais e buscando soluções inovadoras.
Os conselheiros se deparam atualmente com um nível, nunca visto
antes, de controle e vigilância pelas autoridades de fiscalização, imprensa,
políticos e – mais importante de todos – pelos próprios participantes.
Não obstante todo o progresso que vem sendo obtido desde 2001 na
atuação dos conselhos, quando um novo marco legal foi estabelecido na área de
previdência complementar, se quiserem permanecer relevantes e ajudar suas
patrocinadoras, os boards dos fundos
de pensão precisam evoluir para um novo modelo de governança: O Conselho (Deliberativo) Ágil.
Um Conselho Ágil
permite que o fundo identifique e responda rapidamente às mudanças no ambiente
interno e externo. Se caracteriza por uma visão exploradora e um olhar em
direção ao futuro, torna a organização mais rápida, mais adaptável e mais
inovadora.
Se hoje o foco dos Conselhos Deliberativos, em sua maioria, é
largamente voltado para o passado e restrito às questões de compliance e operacionais, o Conselho Ágil dá uma guinada nessa
direção passando a melhor supervisionar, desafiar e lidar com a previdência no
seu formato atual e futuro.
Fazer essa transição será bem difícil. Os Conselhos estão atualmente
absorvidos por episódios que já aconteceram, por um volume de problemas que não
para de aumentar, pela crescente complexidade no modelo de negócios de suas
patrocinadoras e pelas grandes mudanças no ambiente de mercado onde estão
inseridos.
A composição e a forma de operar de muitos Conselhos também não
ajuda. Formados por pessoas com origem, experiência e conhecimento similares,
reunidos na mesma sala, seguindo agendas inalteradas cujos formatos nunca
mudam.
Essa realidade não dá margem à agilidade mental requerida para
se trazer pensamento fresco ao Board
que precisa enfrentar os desafios atuais e se posicionar com antecedência em
relação aos desafios que vem pela frente.
O resultado desse formato atual é a redução da capacidade do
fundo em produzir mudanças na velocidade necessária. No pior cenário, esse
formato pode contribuir para grandes falhas na tomada de decisão.
Se o seu Conselho precisa buscar maior velocidade, capacidade de
adaptação e inovação, está na hora de lidar com o elefante na sala. Seu fundo
de pensão não conseguirá se encaixar no modelo de negócios do século XXI
baseado em um modelo de governança desenhado para o século IXX.
Qualquer transformação veloz, seja no Conselho ou no desenho do
plano de previdência atual, será uma jornada que vai requerer compromisso com a
mudança, tentativa-e-erro e coragem para mudar, muita coragem.
Um novo direcionamento e alteração do modelo de governança podem
parecer atrativos, mas dificilmente conseguirão mudar por si só os
comportamentos e as formas de pensar vigentes nesses órgãos.
Começar com passos pequenos e aprender com a prática pode ser
mais fácil e produtivo. A jornada em direção a um Conselho Ágil passa por quatro passos:
• Descubra – reúna
dados sobre o nível de agilidade atual do seu Conselho
• Experimente – desenvolva e teste novas abordagens, por exemplo, em subcomitês
• Refine – avalie o sucesso e reforce, crie seu próprio modelo, não siga só receitas
• Pratique e incorpore – aplique as mudanças e formalize novos comportamentos
Passos curtos e uma série de pequenas mudanças combinados terão impacto ao longo do tempo. Servem para reduzir resistências, ajustar lentamente o foco no futuro e capturar coletivamente a expertise em volta da mesa, moldando a inovação.
• Experimente – desenvolva e teste novas abordagens, por exemplo, em subcomitês
• Refine – avalie o sucesso e reforce, crie seu próprio modelo, não siga só receitas
• Pratique e incorpore – aplique as mudanças e formalize novos comportamentos
Passos curtos e uma série de pequenas mudanças combinados terão impacto ao longo do tempo. Servem para reduzir resistências, ajustar lentamente o foco no futuro e capturar coletivamente a expertise em volta da mesa, moldando a inovação.
Outras mudanças devem ser consideradas como parte desse
movimento em direção a um Conselho Ágil.
Mecanismo de composição e treinamento do Conselho devem entrar na mira.
Limitar a quantidade de mandatos que um conselheiro pode ocupar deve
ser considerado. É fundamental para permitir renovação. Fundos patrocinados por
empresas estatais, sujeitos a Lei nº 108, já contam com um limite de 8 anos,
mas isso não acontece nos fundos regulados pela Lei nº 109.
Implantar um sistema formal de busca de novos conselheiros, cujo
perfil deve privilegiar a diversidade, a pluralidade de formação e as competências,
também ajuda.
Incorporar a figura do Conselheiro Independente é um passo com
resultados fenomenais.
Os treinamentos dos conselheiros devem ir além da abordagem tradicional,
centrada no feijão com arroz da legislação, responsabilidades e funcionamento
do sistema de previdência.
Temas atuais e tendências devem ser parte dos treinamentos.
Força de trabalho do futuro, risco cibernético, realidade aumentada, realidade virtual,
inteligência artificial, “Big Data”. Se você quer se preparar para o futuro,
não adianta dirigir o carro olhando apenas para o espelho retrovisor.
A dinâmica das reuniões dos conselhos também precisa evoluir. Uma
gama de novas ferramentas digitais para governança dos conselhos tem surgido no
mercado nos anos recentes. Devem ser experimentadas para ver o que ajuda os
conselheiros a trabalhar de forma mais eficaz.
Se os conselheiros continuam se apoiando na análise de uma
quantidade interminável de KPIs (indicadores de performance) e pacotes de
relatórios padronizados, luzes amarelas deveriam estar piscando e alarmes
sonoros deveriam estar tocando.
Interações face-a-face podem ser muito mais ricas para o conselho
do que relatórios escritos e análises isoladas de KPIs.
Por exemplo, os
conselhos poderiam usar ferramentas que permitam entender a perspectiva de
diferentes grupos e comunidades de participantes em tempo real. Através de
ferramentas virtuais o conselho pode interagir, durante suas reuniões, com pessoas
segregadas em grupos focais virtuais, abordando pontos-chave e entendendo opiniões
e comportamentos dos participantes e empregados que não aderiam ao plano.
Criar um Conselho Ágil é uma jornada, não uma viagem curta. Requer experimentação,
aprendizado e prática. Para que um fundo de pensão navegue com sucesso nas
águas das mudanças, a agilidade precisa vir de cima. Em muitos casos, serão necessárias
mudanças significativas em relação às práticas e mentalidades atuais.
Porém, se implementadas com sucesso, as mudanças proporcionarão
o necessário impulso para que seu fundo de pensão tenha maior velocidade, adaptabilidade
e capacidade de inovação.
É isso ou a irrelevância!
Grande abraço,
Eder.
Fonte:
Adaptado do artigo “Here's how to bring agility into the boardroom”, escrito
por David Gillespie e Margarita
Economides.
Crédito de Imagem: https://pontodeumconto.files.wordpress.com/2014/07/midia-indoor-economia-transporte-ferrovia-trem-ferroviario-trilho-linha-ferrea-estrada-de-ferro-1271785889041_1024x768.jpg
sábado, 2 de março de 2019
Os maiores arrependimentos que as pessoas sentem no leito de morte – Poupe para a aposentadoria para que esse não seja mais um.
De São Paulo, SP.
Você tem
algum arrependimento? Se você é como a maioria das pessoas, você deve ter pelo
menos um.
Bronnie
Ware, uma enfermeira Australiana, trabalhou por vários anos cuidando de
pacientes terminais, que desenganados pelos médicos tinham menos de 12 semanas
de vida.
Eram,
tipicamente, pessoas idosas com doenças terminais, esperando seu iminente e inevitável
encontro com a morte.
Grande
parte do seu trabalho consistia em fornecer alívio aos pacientes, amenizando o
stress físico e mental que surgem de forma natural quando um ser humano se vê
frente a frente com a morte.
Falar de
morte é algo desconfortável para a maioria das pessoas que prefere não pensar
nem abordar o assunto. Contudo, a triste verdade é que todos nós morreremos um
dia.
Saber que
você morrerá dentro de poucas semanas é uma verdade muito amarga e difícil de assimilar.
Bronnie notou que os pacientes vivenciavam uma gama de emoções, geralmente
começando com negação, depois medo, raiva, remorso, mais negação e
eventualmente, aceitação.
Parte da
terapia fazia com que Bronnie perguntasse aos pacientes sobre qualquer
arrependimento que tiveram em suas vidas e o que fariam diferente se a vida
lhes desse uma segunda chance.
Dentre
todas as respostas que ouvia de seus pacientes, ela notou que 5 arrependimentos
se destacavam. Esses cinco eram os arrependimentos mais comuns e os pacientes
desejavam que não tivessem acontecido ao longo de suas vidas.
O
arrependimento daqueles que estão no fim da vida pode ensinar muito para os que
ainda tem um longo tempo pela frente.
Se por um
lado nada podemos fazer quanto aos arrependimentos dos pacientes terminais,
você e eu ainda podemos fazer algo sobre os nossos próprios arrependimentos,
antes que seja tarde demais.
Veja quais
são os cinco arrependimentos mais comuns observados por Bronnie e um que eu estou acrescentando, porque assim como ela constatei
ser constante ao longo da minha carreira de 30 anos na área de previdência complementar:
1. Eu deveria
ter perseguido meus sonhos e aspirações ao invés de viver a vida que os outros idealizaram
para mim:
De acordo com Bronnie, esse era de longe o maior arrependimento de
todos. Quando a pessoa descobria que sua vida estava chegando ao fim, ficava
mais fácil fazer uma retrospectiva e enxergar todos os sonhos que deixou para
trás e que nunca teve coragem de perseguir.
Na maioria dos casos, a falta de coragem para correr atrás de seus
sonhos se devia a necessidade de agradar aos outros – geralmente familiares,
amigos ou a sociedade.
“Eu acho que a maior lição que podemos tirar desse arrependimento é que
se você sabe aquilo que realmente te faz feliz, faça! ”, disse ela.
Parece que os sonhos e aspirações que não realizamos ficam nos
perseguindo silenciosamente e vão assombrar nossas lembranças nos últimos dias
de nossas vidas.
Se você tem medo do que as pessoas dirão sobre suas escolhas, lembre-se
que a opinião delas não vai ter a menor importância para você no dia que
estiver morrendo.
2. Eu gostaria
de não ter trabalhado tanto
Esse é um que me faz sentir culpado. Bronnie disse que esse
arrependimento surgia em todo paciente do sexo masculino e em alguns do sexo
feminino.
O ganha pão tomou conta de suas vidas. Trabalho e carreira ficaram no
centro de tudo. O trabalho é importante, mas esses pacientes se arrependeram de
ter deixado que o trabalho tomasse conta de suas vidas, fazendo com que
passassem menos tempo com as pessoas queridas.
O arrependimento deles geralmente tinha a ver com ter perdido a fase de
crescimento dos filhos e a convivência com seus cônjuges. Quando perguntados o
que fariam diferente se tivessem outra chance, a resposta era surpreendente.
A maioria acreditava que se tivessem simplificado o estilo de vida e feito
escolhas diferentes, não precisariam todo dinheiro que buscavam ganhar.
Se tivessem feito isso teriam deixado mais espaço em suas vidas para serem
felizes e para ter passado mais tempo com as pessoas mais importantes para
elas.
3. Eu queria
ter tido coragem para expressar meus sentimentos e dizer o que penso
Esse ajudou a me tornar mais ousada, relatou Bronnie :)
De acordo com ela, muitos de seus pacientes terminais acreditavam ter
suprimido seus verdadeiros sentimentos e não ter falado aquilo que pensavam nos
momentos que deveriam ter feito isso, para evitarem conflitos com os outros.
Muitos escolheram não confrontar situações e pessoas difíceis, mesmo
quando tinham sido ofendidos. Ao suprimirem a raiva, criaram muita amargura e ressentimento
que acabaram afetando suas saúdes.
O que é pior, guardar amargura ou raiva pode te paralisar emocionalmente
e impedir que você atinja seu verdadeiro potencial.
Para evitar esse tipo de arrependimento em sua vida, é importante você entender
que ser franco e discordar de opiniões também faz parte dos relacionamentos
saudáveis.
Há um equívoco comum segundo o qual discordar de uma opinião é ruim para
os relacionamentos e apenas cria divisões, afastando as pessoas.
Mas isso não acontece o tempo todo.
Na verdade, quando discordamos de uma opinião de maneira educada,
honesta e construtiva, isso ajuda a aprofundar o respeito mútuo e pode levar nosso
relacionamento para um patamar mais saudável.
Quando externamos o que estamos pensando, expressamos nossos verdadeiros
sentimentos e reduzimos o risco de acumular ressentimentos e amarguras que vão
acabar por nos prejudicar.
4. Eu queria
ter mantido contato com meus grandes amigos
Esse é um arrependimento contra o qual muitos de nós lutamos.
Bronnie descobriu que seus pacientes tinham saudade de seus antigos
amigos e se arrependiam de não ter dedicado aquelas amizades o tempo e atenção
que elas mereciam.
Todos sentem falta de seus amigos quando estão para morrer.
Parece que quando nossa saúde e juventude se vão e a morte é iminente,
as pessoas percebem que algumas amizades têm mais valor do que toda sua riqueza
e realizações.
De acordo com Bronnie, no final tudo se resume aos nossos amores e
relacionamentos. Nas últimas semanas de suas vidas, além de amor e amizade, nada
mais importava para seus pacientes.
Vivemos um mundo frenético nesses dias, pressões e demandas do trabalho,
a vida urbana, a atenção à nossa família, criar os filhos, tudo isso cobra seu
preço e nos afasta da convivência com nossos melhores amigos.
Sabendo disso hoje, o que você faria diferente?
5. Eu queria
ter me permitido ser mais feliz
Esse é muito triste, de verdade.
Muitos dos seus pacientes não se deram conta até seus últimos dias, de que
ser feliz é uma questão de escolha. Eles queriam ter descoberto antes, que
felicidade não é algo que se consiga por meio de bens, aceitação social ou
posição hierárquica.
Em seus leitos de morte, esses pacientes descobriam que poderiam ter
simplesmente escolhido ser felizes, independentemente das circunstâncias da
vida – rico ou pobre.
Para mim, esse arrependimento é o mais tocante de todos.
Ao longo de nossas vidas, muitas vezes nos concentramos demais em
adquirir as coisas que gostaríamos de ter – riqueza, status, poder e
realizações. Nós achamos (erroneamente) que essas coisas são a chave para nossa
felicidade.
Quando perguntados o que teriam feito de forma diferente, aqui vai a
mensagem chave que aquelas pessoas que estavam morrendo nos transmitiram:
Aprenda a relaxar e apreciar os momentos e as coisas boas da vida. Essa é a única
maneira de encontrar a verdadeira felicidade.
Ser feliz é uma escolha!
6. Eu gostaria
de ter feito um plano de previdência complementar
Apesar do dinheiro e dos bens materiais, conforme relataram os pacientes
da Bronnie, não terem a menor importância nos seus últimos dias de vida, antes
que esses dias cheguem você vai querer viver uma vida digna e honesta.
Ouvi muitas histórias de pessoas que aderiram ao plano de previdência
complementar de suas empresas, sem saber direito o que estavam fazendo e que ao
se aposentarem agradeceram aos céus por terem feito isso no início de suas
carreiras.
O dinheiro não traz felicidade, todos sabemos disso, mas depender da
ajuda financeira de outras pessoas para viver não é propriamente algo que nos
dignifique ou nos faça sentir confortáveis.
Fazer ou aderir a um plano de previdência complementar é um passo muito
simples, não exige nenhum grande esforço financeiro e requer apenas uma pequena
disciplina e visão de futuro.
Não deixe de fazer um plano de previdência complementar no início de sua
vida produtiva, você vai precisar de algum recurso quando não puder ou quiser
mais trabalhar e o arrependimento de não ter feito isso é igualzinho aos demais
arrependimentos, isto é, não dá para voltar atrás depois.
Seria
possível viver uma vida sem arrependimentos?
Como
ninguém é perfeito e duvido que exista algo tipo uma “vida sem problemas”,
imagino que todos nós cheguemos em nossos últimos dias com algum arrependimento.
A chave talvez
seja ter o menor número de arrependimentos possível.
A melhor
maneira de morrermos com poucos arrependimentos é vivermos a vida como se
fossemos morrer hoje. Afinal, ninguém sabe exatamente que dia vai morrer.
Se vivêssemos
a vida como se ela fosse acabar hoje à noite, perceberíamos que realmente não
temos lá todo tempo do mundo. Isso nos faria procrastinar menos as coisas,
perseguir nossos verdadeiros sonhos, desejos e aspirações.
Da mesma
forma, para vivermos uma vida com poucos arrependimentos temos que dedicar
nosso tempo APENAS para as coisas e pessoas que nos fazem felizes. Porque se
formos tentar atender as expectativas dos outros e esconder nossos reais sentimentos,
os arrependimentos poderão nos assombrar mais tarde em nossas vidas.
Se você
está lendo esse artigo e está vivo e saudável, você ainda tem uma escolha.
Lembre-se,
você só vive uma vez!
Não deixe
de compartilhar esse artigo com as pessoas que importam para você. Você poderá evitar
que alguém tenha uma tonelada de arrependimentos no final da vida.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Adaptado do artigo “This Study Reveals
The 5 Biggest Regrets People Have Before They Die“, escrito por John-Paul Iwuoha.
Crédito de Imagem:www.framecosmetics.com/de/regret-statue-bw-2
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domingo, 24 de fevereiro de 2019
Um robô com inteligência artificial é feito para ser inteligente, não para ser humano - Poupe para a aposentadoria com a inteligência de um robô.
De São Paulo, SP.
Se quiser passar no “Teste de
Turing” um robô falando com você do outro lado do celular, precisa te convencer
de que ele é uma pessoa de carne e osso.
Para isso, o robô precisa
responder a uma série de perguntas, como diria o Presidente, sem fraquejar. Brincadeirinha! O robô
falando com você não pode deixar você perceber que está conversando com uma
máquina.
“Um computador merece ser chamado
de inteligente se puder enganar um humano fazendo-o acreditar que é humano” — Alan Turing
Mas afinal, convencer uma pessoa
numa situação dessas prova o quê? Inteligência? Na verdade, não. O que o teste
mostra para nós é que um computador pode se passar por uma pessoa. É um teste
para o computador fingir que é humano.
Passar num teste assim pode não
ser grande coisa. Isso porque as pessoas, frequentemente, não são lá tão
inteligentes. Tendemos a cometer erros de julgamento, somos tendenciosos,
tomamos decisões irracionais e somos passíveis de manipulação.
Na realidade, nossos erros e vieses
de julgamento em diversas situações, são até previsíveis, como nos ensina Dan
Ariely em seu magnifico livro “Previsivelmente Irracional”. No livro Ariely
mostra que cometemos erros de maneira incrivelmente repetitiva.
A natureza humana evoluiu para
sobreviver e procriar, não para ser lógica e racional. Muitas de nossas
decisões são baseadas em emoção e intuição e não o resultado de cuidadosas
análises embasadas pela racionalidade. A maioria de nossas decisões são
adotadas pelo cérebro em nível subconsciente, conforme amplamente comprovam os
estudos de Neurociência.
Prova disso é que muitas pessoas
não poupam para a aposentadoria, o que seria para lá de lógico, racional e
inteligente todo mundo fazer né!
Isso não significa que o genial
Alan Turing estivesse errado.
Apesar de nossa tendência a cometer erros, somos
considerados a espécie mais inteligente do planeta – pelo menos, até agora.
Portanto, se pudermos ser convencidos de que uma máquina é uma pessoa, claro
que deveríamos dizer que ela é inteligente.
No entanto, ser inteligente é ser
mais do que as pessoas são. Alguns de nossos comportamentos são inteligentes,
outros não. Determinados comportamentos, por mais inteligentes que sejam, nós
nunca adotamos.
Os computadores podem fazer uma
série de cálculos inteligentes e tomar decisões de modo que nós nunca havíamos
pensado antes. Deveríamos desconsiderar esse tipo de inteligência só porque
nunca seria considerada humana?
Teste de
Inteligência versus Teste de Humanidade
Qualquer coisa querendo se passar
por uma pessoa precisaria falhar de acordo com os mesmos erros de comportamento
que os humanos cometem.
Uma máquina que não comete os mesmos
erros que uma pessoa, falhará no teste de humanidade. Já uma máquina que erra
igual a uma pessoa, estará se tornando burra ou nivelando sua inteligência com
a “inteligência” humana.
Nenhuma
dessas opções é interessante.
Inteligência
Artificial nível-humano
Se um computador for tão
inteligente quanto uma pessoa, então cometerá os mesmos erros que nós cometemos.
Mas ué! Isso (errar) não é exatamente o que um robô com IA - inteligência
artificial não deveria fazer?
IA é essa grande inovação em
função do seu potencial de melhorar aquilo que os humanos são, em particular,
superar nossas fraquezas e deficiências. Para ser justo, a IA já é melhor do
que nós em muitas áreas.
Os assistentes de voz encontrados
no mercado, raramente cometerão erros de gramática nem, provavelmente, farão
cálculos matemáticos errados. As pessoas sim, cometem erros desse tipo.
Inteligência não se resume a
dominar uma habilidade, envolve o domínio de muitas habilidades.
A IA está lentamente elevando seu
nível em direção a inteligência humana. Para se passar por uma pessoa a IA
precisaria, simultaneamente, melhorar e piorar, se tornar mais esperta e mais
estúpida.
Como saberemos quando ela tiver
nos alcançado?
IA
nível-mega inteligente
Uma IA que propositalmente
forçasse sua burrice seria preocupante por motivos não tão óbvios. Você ficaria
impressionado ou se sentiria manipulado por um algoritmo que
conseguisse te convencer de que é humano?
O próprio Turing estabeleceu que um
computador seria inteligente quando conseguisse nos enganar fazendo a gente pensar que é humano. Claro, saberíamos que
por trás daquela fachada computacional haveria muito mais domínio de
informações e processamento de dados do que nosso cérebro seria capaz de
processar.
Mas não seria um insulto
interagir com uma máquina mais inteligente do que nós que apesar disso, ficasse
tentando nos imitar e insistindo em nossos erros? Não seria esquisito saber que
poderia ter uma inteligência muito melhor que a nossa, corrigir nossos erros e
que mesmo assim só estaria querendo andar, falar e agir como nós?
O homem sempre construiu
ferramentas e meios para superar suas deficiências. Carro para andar mais
rápido, avião para chegar mais longe, martelo para imprimir força concentrada,
óculos para enxergar direito e por aí vai.
O propósito da IA é ser mais
inteligente do que nós e não ser um humano melhor do que nós. Então, o que
queremos de uma máquina é a maior inteligência possível.
A “mente”
de um robô
Os robôs em suas mais variadas
formas e finalidades terão uma “mente” – se é que podemos chamar a IA assim –
diferente da nossa. Não vamos querer uma IA que fique com raiva ou que tenha
ciúmes. Também não havemos de querer uma IA que possa ser convencida de que a
terra é plana (essa é a parte da idiotice) ou que algumas pessoas são melhores
do que outras.
Ou seja, vamos querer separar a
natureza humana e pegar apenas a parte que consideramos boa para, então, achar
uma maneira de programar isso num computador.
Ainda assim, o funcionamento
dessa mente robótica feita da parte boa seria imensamente diferente da nossa. A
IA será capaz de reter, de uma única vez, muito mais coisas na mente do que nós
somos. Não esquecerá como esquecemos. Será capaz de pensar em 3-4 ou mais
dimensões. Conseguirá pensar em milhões de coisas ao mesmo tempo.
Seria um esforço inútil tentar
forçar um sistema único desses a pensar e se comportar da maneira que as
pessoas agem. Mal comparando, seria como tentar rodar o MacOS Mojave num PC que
roda Windows. Como o hardware não foi desenvolvido para aquele sistema
operacional seria necessário um esforço muito maior para funcionar.
Ou seja, se você está tentando
desenvolver humanidade em um computador, você estaria tentando rodar um sistema
operacional baseado em biologia químico-orgânica em uma máquina feita de chips,
circuitos e componentes eletrônicos que funcionam de forma específica.
A IA deverá ser imbuída de alguns
elementos humanos. Seria bom falar as mesmas línguas que nós falamos, para que a
forma de interagirmos e nos comunicarmos com ela nos seja familiar.
Também deverá ter determinadas
emoções (ou algo que funcione como uma emoção) para ajudar a nos direcionar
para o caminho certo e de forma amigável ao ser humano, com comportamentos e cognição
– empatia, por exemplo.
Ainda, a IA pode ser programada
para mostrar certas emoções que ajudam na nossa interação e relacionamento com
terceiros ou que nos fazem sentir confortáveis. Isso, claro, sem que a IA sinta
ou experimente essas emoções da mesma maneira que um ser humano o faz.
Os algoritmos da IA também podem
ser desenhados para ler as emoções das pessoas e responder de forma apropriada.
Nenhuma dessas programações, no entanto, fará a AI assumir a condição humana.
Um algoritmo que tenha medo da
sua própria morte, que consiga odiar alguém ou alguma coisa ou que fique aborrecido
quando estiver perdendo um jogo, provavelmente não funcionará muito bem.
Vamos ter que achar e selecionar com
equilíbrio suficiente os elementos emocionais entre humanidade e “roboticidade”.
Conforme bem definido por Patrick Lin – Diretor de Ética + Grupo de Ciências
Emergentes da Cal Poly (California
Polytechnic State University): “Quando dizemos que os robôs têm emoções,
não significa que eles fiquem alegres ou tristes ou passem por estados mentais.
Significa que eles apresentam comportamentos que nós humanos interpretamos
dessa ou daquela forma”.
IA
artística
Ao acharmos um meio de fazer a IA
ter seu próprio "eu" e trabalhar junto conosco, ao invés de tentar simular a
mente e o comportamento humanos, estaremos ajudando a reservar determinadas
áreas para os humanos – arte é um bom exemplo.
Sem o espectro completo de
emoções que as pessoas possuem, conseguiria a IA criar arte e música verdadeiramente
tocantes?
As artes plásticas costumam
provocar reações emocionais. Sabemos que muitos dos grandes trabalhos artísticos
foram produzidos a partir de sentimentos negativos como decepções amorosas,
saudade e tristeza.
Sim, já
existe arte desenvolvida por IA que conseguiu produzir alguns resultados
interessantes que poderiam se passar por criações humanas. A despeito disso, a
arte produzida por IA depende de:
1.
Definição de regras: Antes da IA criar qualquer coisa que possamos
apreciar, os engenheiros humanos precisam estabelecer os limites ou definir as
regras do campo de criação – restringindo o programa a certo estilo em música,
por exemplo.
2.
Aprendizado com os melhores: a IA é treinada a partir de exemplos de arte
produzida por outras pessoas – acaba, assim, com um conceito homogeneizado de
arte. A IA foi capaz de criar novos trabalhos seguindo o estilo de pintores
famosos e criou músicas que soam como os Beatles, ou seja, a IA fica presa aos
limites desses artistas.
Nós
também fazemos dessa forma, claro – estudamos música e praticamos instrumentos copiando
nossos ídolos.
Mas não paramos aí. Simplesmente seguir as regras e copiar os
maiores artistas não garantirá que você fará músicas que as pessoas vão querer ouvir.
Com imitações baratas você provavelmente vai apenas diluir o mercado de um
estilo já suficientemente explorado por outros artistas.
A chave
para uma boa arte é desenvolver algo a mais, levar a um lugar novo, elevar a um nível
inesperado ou nunca atingido antes e fazer isso de uma forma que provoque
uma resposta emocional, conforme a intenção do artista.
Será que
conseguimos que a IA crie seu próprio estilo que não seja simplesmente uma
réplica de outro artista?
Conseguiríamos que criasse um estilo que não seja
apenas uma “média” de tudo que aprendeu? Será que conseguimos – e essa é a
grande questão – fazer a IA criar um estilo de arte que mesmo desconhecido nos sensibilize,
algo que provoque emoção nas pessoas, não aleatoriamente, mas intencionalmente?
De modo a
criar algo ao mesmo tempo bom e
novo a IA teria que saber quando e como quebrar as regras. Você pode programar uma
escala musical e como se mover entre os acordes, mas será que conseguiria
ensinar como quebrar essas regras e se afastar dessas estruturas quando o
contexto emocional da música demandar – e fazer isso da forma esteticamente mais
prazerosa?
Sem uma
mente semelhante à de uma pessoa, sem a habilidade de associar o espectro
completo de emoções ou de sentir por si mesmo a música e a arte da maneira que
nós sentimos, as chances da IA nos levar às lágrimas através da música são praticamente
impossíveis. Iria precisar constantemente de um julgamento humano para nos
dizer: “Ei, essa música é legal!”, porque simplesmente não seria capaz de julgar
por si mesmo.
Separados seguiremos
Se a arte ficará livre da automação
graças a complexa interação entre regras, criatividade e emoções, então talvez
outras áreas possam ficar também.
Campos que requerem certos níveis
de inteligência emocional e habilidades relacionadas à condição humana podem
permanecer empreendimentos largamente humanos.
Música,
arte, cinema, literatura, esportes, ilustração e muitos outras atividades ligadas
à criação, requerem a distorção da psique humana de um modo que apenas outro
ser humano possa apreciar ou prever.
Não
deveria ser assim mesmo? Deixemos os computadores lidarem com dados e processamento,
deixemos que eles conduzam análises mais detalhadas e melhorem nosso processo
decisório que é apoiado somente na lógica. Mas deixemos as pessoas lidem com o
subjetivo e com os mundos interiores de outras pessoas.
Olhando para o futuro, na medida em que os computadores aumentem seu poder e inteligência, a
IA provavelmente vai criar arte capaz de nos tocar. Vai desenvolver coisas
novas.
Com nossa ajuda, poderá entender, mesmo que não seja capaz de sentir, a
forma que reagimos emocionalmente. Saberá, mesmo que não consiga vivenciar por
si só, como e quando usar determinadas emoções da mesma forma que nós fazemos.
Mas deveríamos almejar isso? Eu não quero ser convencido de que um computador superinteligente
é uma pessoa. Eu não quero algo que é capaz de solucionar problemas complexos, desperdiçando
tempo tentando agir como um cérebro. Deixemos que fale como o Spock, deixemos me
convencer que é esperto, deixemos se exibir resolvendo problemas que eu nunca conseguiria
resolver.
Deixemos a
condição humana, a volatilidade emocional e com ela a arte, para nós, humanos.
“...
parece que dar a IA a compreensão da condição humana seria apenas mais uma
forma de nos tornar obsoletos – e nesse processo, renunciar a qualidade final
que nos diferencia das máquinas e nos torna humanos” (Singularity Hub).
Poupe
para a aposentadoria com sua inteligência humana, porque a IA não vai precisar disso!
Abraço, com calor humano,
Eder.
Fonte: Adaptado do artigo “All Too Human—Why Passing the Turing Test is
a Bad Idea “, escrito por Sam Brinson.
Crédito
de Imagem: Photo: NA Films/ Film4/ Universal Pictures
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