De São Paulo, SP.
A despeito de todo o movimento em prol da Educação Financeira, que ganhou folego mundial após a crise de 2008 e no qual o Brasil embarcou mais recentemente, ainda há muito por ser feito.
É isso que mostra, entre outras coisas, uma excelente pesquisa intitulada How the 401(k) revolution created a few big winners and many losers - "Como a revolução dos planos de contribuição definida criou alguns poucos vencedores e muitos perdedores", em tradução livre.
O trabalho publicado em setembro de 2013 pelo Economic Policy Institute, de autoria de Monique Morissey e Natalie Sabadish, mostra nos últimos anos um declínio na participação em planos de previdência complementar oferecidos pelas empresas nos EUA.
A maior queda na participação nos planos corporativos ocorreu entre os trabalhadores com menores níveis de educação, mas também se verificou em praticamente todos os níveis de escolaridade, como mostra o gráfico abaixo.
A tendência captada pelo estudo pinta um quadro de crescente desigualdade na poupança para aposentadoria e nos benefícios pagos pelos planos de previdência complementar.
Essa disparidade vem aumentando nas diversas faixas de renda, entre raças, por etnia, nos vários níveis de escolaridade e até por estado civil.
"Mesmo as mulheres, que vem diminuindo a diferença com os homens no mercado de trabalho, estão mal servidas por um sistema de previdência que transferiu todos os riscos para os trabalhadores, principalmente o risco das pessoas viverem mais do que suas economias", concluiu o estudo.
Quem quiser ler o trabalho completo pode acessar o link a seguir.
RETIREMENT INEQUALITY CHARTBOOK
Os resultados da pesquisa deveriam nos fazer parar e pensar o que podemos fazer para colocar o sistema de previdência complementar novamente nos trilhos.
Abraço,
Eder.
Fonte: Relatório "Retirement Inequality Chartbook", escrito por Monique Morissey e Natalie Sabadish.
Crédito de Imagem: www.therealsingapore.com
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