quarta-feira, 9 de julho de 2025

OS FUNDOS DE PENSĀO TEM POUCOS ANOS PARA SE REINVENTAR, TALVEZ ATÉ 2030. QUEM DIZ ISSO SĀO OS CEOS

 


De Sāo Paulo, SP.


Os CEOs estão nos dizendo a verdade, discretamente: a IA está substituindo você.

Muitos dizem que a IA é apenas uma ferramenta para ajudar os profissionais de todos os setores, mas nas entrelinhas a mensagem é clara:

Seu emprego já está em perigo.

 O medo das pessoas é real. Em reuniões, conversas no cafezinho e nas mesas de bar depois do trabalho, uma pergunta consome silenciosamente milhões de empregados:

A IA vai roubar meu emprego?

Em público, os CEOs gostam de parecer tranquilizadores. Eles dizem que a IA generativa "aumentará a produtividade" ou "simplificará as operações".

Mas quando você toma conhecimento do que, na realidade, eles dizem aos seus próprios funcionários ou o que escapa em memorandos para investidores, a mensagem é assustadora:

Os “trabalhadores virtuais” já estão aqui e não são apenas assistentes, eles são substitutos das pessoas.

Vamos analisar mais de perto o que alguns dos CEOs mais poderosos do mundo estão dizendo. Não em vídeos de propaganda, mas em mensagens internas oficiais, postagens em blogs e reuniões com acionistas.

CEO da Amazon: “Precisaremos de menos pessoas”

Andy Jessy, CEO da Amazon, enviou recentemente uma mensagem para toda a empresa que parece razoável, até você lê-la.


"À medida que implementarmos mais IA generativa e agentes, isso deverá mudar a forma como trabalhamos. Precisaremos de menos pessoas para realizar algumas tarefas que são realizadas hoje ...nos próximos anos esperamos que isso reduza o total da nossa força de trabalho corporativa, na medida que obtenhamos ganhos de eficiência com o uso extensivo da IA ​​em toda a empresa”

A frase chave? “Nos próximos anos”. Isso é linguagem corporativa para 2026 a 2028. Não daqui a dez anos. Isso significa em breve.

Jassy não esta falando apenas sobre automatizar tarefas repetitivas. Ele está preparando os empregados para uma realidade na qual a IA substitui categorias inteiras, em todos os níveis e diminui ou interrompe por completo a contratação de pessoas para funções que as máquinas podem agora executar.

CEO do Duolingo: “Só liberaremos contratação” se a IA não puder fazer o trabalho

Em um post publicado no LinkedIn, Luis von Ahn – CEO do Duolingo, foi mais direto ainda.



A maioria das funções terá iniciativas específicas (será ajustada) para mudar fundamentalmente a forma como elas funcionam ... a contratação só será permitida se uma equipe não puder automatizar mais parcelas do seu trabalho

Traduzindo: Chega de contratações, a menos que o seu trabalho seja impossível para a IA fazer. A empresa aposta que a maioria das equipes precisará, em breve, de menos humanos

CEO do Shopfy: “Por que a IA nāo pode fazer?

Tobi Lütke, CEO do Shopfy, compartilhou uma diretriz semelhante no X (antigo Twitter):

Antes de pedir mais headcount (posições de trabalho) e recursos, as equipes precisam demonstrar porque nāo conseguem fazer o que precisam usando IA ... como seria essa área se agentes autônomos de IA já fizessem parte da equipe?

Lütke está pedindo abertamente para os gestores repensarem as equipes como se agentes de IA já estivessem integrados e justificar por que quaisquer seres humanos ainda são necessários.

A mensagem desses CEOs é claríssima:

Empregados humanos são, hoje, o último recurso. O novo normal, o default agora, é a automação.

O CEO da Salesforce, Marc Benioff, declarou recentemente que a IA já está fazendo 50% do trabalho dentro de sua empresa, pouco antes de anunciar outros 1.000 cortes de empregos.

O CEO da Klarna, uma grande fintech operando nos EUA, revelou que a IA já permitiu que a empresa reduzisse 40% da sua força de trabalho.

Na real: Trabalhadores virtuais já existem


Nāo estamos mais falando de cenários futuros. Está acontecendo enquanto escrevo esse artigo e a razão para essa mudança repentina é a rápida evolução da tecnologia de IA.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, explicou recentemente em um podcast que os modelos de IA mais recentes (“reasoning models”) ultrapassaram um ponto critico.

Em termos simples, esses sistemas conseguem agora fazer mais do que simplesmente buscar informações; eles são capazes de “pensar” em problemas complexos e com múltiplas etapas.

Altman sugeriu que esses modelos podem raciocinar em pé de igualdade com alguém com doutorado, o que significa que agora tem a capacidade de executar tarefas analíticas de alto nível, antes reservadas a pessoas altamente qualificadas.

Essa capacidade está sendo explorada ativamente. Três fontes que trabalham em grandes laboratórios de IA (e pediram anonimato) disseram estar treinando modelos poderosos para executar tarefas do mundo real em quase todas as profissões envolvendo "trabalho intelectual", incluindo bancos, análise financeira, seguros, direito e até mesmo jornalismo.

O problema nem está na IA também poder fazer o trabalho executado pelos empregados de um fundo de pensão, o problema gigantesco é que ... as empresas terão poucos ou quase nenhum empregado, a razão dos fundos de pensão existirem.

Os “próximos anos” que Andy Jassy da Amazon falou, podem estar muito mais perto, dois anos, no máximo.

Minha dica para os fundos de pensāo

Os CEOs nāo dirāo que os empregados estāo sendo substituídos, mas os comunicados internos e externos falam por si só.

A IA está entre nós e as patrocinadoras do seu fundo de pensão, provavelmente, estão construindo um roteiro para automatizar a maioria das funções: um projeto piloto de cada vez, um chatbot de cada vez, um congelamento de contratações de cada vez …

As empresas mencionadas acima são praticamente todas do setor de tecnologia, onde as tendencias costumam surgir e depois se espalhar pelos demais segmentos da economia.

Se você quer entender o que vem por aí em relação ao tamanho da força de trabalho e seus impactos no futuro dos fundos de pensāo, não dê ouvidos ao marketing nem às propagandas corporativas.

Leia as notas de rodapé no blog dos CEOs, as entrelinhas dos memorandos internos e os comunicados externos das empresas para seus acionistas e investidores.

Porque eles já estão lhe dizendo a verdade!


Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fontes: “CEOs Are Quietly Telling Us the Truth: AI Is Replacing You escrito por Luc Olinga.


terça-feira, 8 de julho de 2025

GOVERNOS NĀO GOSTAM DE DESCENTRALIZAÇĀO, ELA IMPEDE O CONTROLE DAS PESSOAS. POR ISSO ADORO A COMUNIDADE CRYPTO

 



De Sāo Paulo, SP


Essa semana o barbudão hipster (gif acima) que criou originalmente o Tweeter, Jack Dorsey, anunciou o desenvolvimento de um app de mensagens P2P (peer-to-peer, em português: pessoa-a-pessoa), totalmente descentralizado.

As conversas ou chats são:

  • Criptografadas, para evitar acesso de terceiros;

  • Efêmeras, desaparecem depois de certo tempo (como no Snapchat);

  • Armazenados apenas no dispositivo (celulares e smarthphones).

O app nāo requer a criação de contas, nāo pede seu número de telefone nem seu e-mail, nāo usa a Internet e as mensagens nāo transitam por nenhum servidor.

Chamado de Bitchat, funciona integralmente por Bluetooth. A versão beta foi lançada no TestFlight, uma ferramenta fornecida pela Apple para distribuir versões beta de aplicativos iOS e macOS para testadores, antes do lançamento oficial.

O white paper - documento que explica o proposito e funcionamento do app - está disponível no GitHub, um serviço de hospedagem de código-fonte, usado para controle de versão e colaboração em projetos de desenvolvimento de softwares.

De acordo com Dorsey, que também é dono e fundador do CashApp, o Bitchat é um “experimento pessoal que envolve tecnologia de redes mesh, relays, modelos de armazenamento e envio e modelos de cryptografia de mensagens, além de algumas outras coisas”.

CashApp: plataforma de serviços financeiros que permite que os usuários transfiram dinheiro instantaneamente uns para os outros, façam pagamentos com um cartāo virtual, comprem cryptomoedas, invistam em ações e ETFs sem taxas ou comissões de corretagem e gerenciem suas finanças, usando apenas um aplicativo móvel no celular.

Curiosidade: com o Cash App é possível investir o troco, arredondando o valor das compras para o dólar mais próximo, economizando dinheiro com os gastos diários.

O Bitchat permite comunicação entre dispositivos moveis que estejam próximos. Na medida em que os usuários se movem pelo espaço físico, seus telefones formam clusters de Bluetooth locais.

As mensagens passam de dispositivo para dispositivo, permitindo que elas alcancem pares além do alcance padrão — mesmo sem o uso de Wi-Fi ou serviço de operadoras de celular.

A tecnologia usa certos dispositivos que formam “pontes”, conectando clusters de Bluetooth sobrepostos, expandindo o alcance da malha de Bluetooth por distancias maiores.

As mensagens são armazenadas apenas no dispositivo, desaparecem por default (esse é o padrão) e nunca tocam infraestruturas centralizadas – ecoando o longo esforço de Dorsey por comunicações que preservem a privacidade e sejam resistentes à censura.

O aplicativo também possibilita a criação de grupos (“salas”) de bate-papo, que podem ser nomeados com hashtags e protegidas por senhas, além de inclui como funcionalidade, o armazenamento e encaminhamento de mensagens para usuários que estejam temporariamente offline.

O lançamento do Bitchat reflete um movimento mais amplo abraçado por Dorsey para descentralizar tudo, desde mídias sociais (como o Damus e Bluesky), até pagamentos.

Assim como os aplicativos baseados em Bluetooth usados ​​durante os protestos de 2019 em Hong Kong, o Bitchat foi projetado para ser resistente à censura e continuar funcionando mesmo quando a internet estiver bloqueada, oferecendo uma maneira de permanecer conectado durante interrupções, desligamentos ou tentativas de vigilância.

Nāo foi á toa que uma hora depois de entrar no ar, usuários do Bitchat começaram a enviar bitcoin pessoa-a-pessoa usando a rede mesh criptografada.

Diferentemente de outras plataformas de mensagens como o WhatApp e Messenger da Meta, controlados por bigtechs e que usam seus dados pessoais, o Bitchat funciona inteiramente pessoa-a-pessoa, sem contas, sem que seja preciso identificar o usuário e sem coletar seus dados.

Uma atualização futura acrescentara WiFi Direct para aumentar a velocidade e alcance, levando ainda mais longe a visão de Dorsey em favor de uma comunicação “off-grid” (fora da Internet) de propriedade do usuário.

Wi-Fi Direct é uma tecnologia que permite a conexão direta entre dispositivos, sem a necessidade de um roteador ou ponto de acesso Wi-Fi. É usada para compartilhar dados e arquivos com outros aparelhos que tenham a mesma tecnologia, ainda que não estejam conectados à interne, e sem utilizar Bluetooth.

Particularmente sou fā e defensor da descentralização e venho estudando as inovações baseadas nela porque acredito que a disruptura no sistema financeiro, nos bancos e nos fundos de pensão passarāo por ela.

Os fundos de pensão conseguirão evoluir? O futuro nāo se importa, ele chega de qualquer jeito!

Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fontes: “Jack Dorsey launches a WhatsApp messaging rival built on Bluetooth escrito por MacKenzie Sigalos.


segunda-feira, 7 de julho de 2025

FOI SEMPRE ASSIM? NEM SEMPRE, AINDA DÁ TEMPO DE MUDAR O DESTINO DOS FUNDOS DE PENSĀO.

 



De Sāo Paulo, SP


Em 1984, durante uma palestra, Steve Jobs constata que praticamente ninguém tinha um PC (computador pessoal) em casa.

Jobs projeta que dali a dois anos, por volta de 1986, a Apple venderia dez milhões de computados. Ele estima que em 1987 as pessoas passariam duas a três horas por dia na frente das telas, interagindo com as máquinas.

A Apple tinha três opções, prossegue ele:

  • Opção 1: Nāo fazer nada. Mas, a turma da Apple era jovem e impaciente, então essa não era uma boa opção;

  • Opção 2: Colocar no mercado uma porcaria de computador, algo que os competidores já estavam fazendo então a Apple não precisava fazer isso;

  • Opção 3: Desenhar um computador que pudesse “ser colocado dentro dos livros”, querendo com isso dizer um computador que pudesse fazer uso das capacidades humanas, como arte, literatura etc.

Em 1984 a opção 3 ainda não era possível, mas a Apple estava no caminho certo, criando diferentes tipos de fontes de letra, incorporando desenhos gráficos etc.

Jobs brincou, dizendo que em dois ou três anos, quando isso acontecer, as pessoas que estarão usando os computadores dirão:

.... mas nāo foi sempre assim?

Nos anos 80, pessoas e computadores estavam no primeiro encontro. A Apple tinha a chance de desenvolver algo maravilhoso e comunicar algo através dessas máquinas.

A Apple, comenta Jobs, por algum motivo imprevisível, estava no lugar certo, na hora certa para devolver algo.

Nós usamos roupas feitas pelos outros, comemos comida plantada pelos outros, falamos línguas e usamos matemática, que não fomos nos que inventamos ... (explica Jobs).

Com a frase devolver algo, ele quis dizer retribuir para a sociedade tudo que recebemos dela. “Poder acrescentar algo ao conjunto de experiencias humanas é extremamente bacana”, complementa.

Olhando para trás, foi exatamente isso que o visionário Steve Jobs & Equipe fizeram.

Os fundos de pensão precisam de um Steve Jobs

Assim como Steve Jobs enxergou, em 1984, que o futuro não seria dado — ele teria que ser construído —, o mesmo vale hoje para os fundos de pensão. Estamos diante de um ponto de inflexão: os modelos que funcionaram nas últimas décadas estão dando sinais claros de esgotamento.

O envelhecimento populacional, a precarização dos vínculos trabalhistas, a desconfiança das novas gerações e a ausência de inovação tecnológica estão minando a sustentabilidade do sistema.

Jobs descreve três caminhos possíveis. E os fundos de pensão também têm escolhas a fazer:

  • Opção 1: Não fazer nada. Ficar esperando que o problema se resolva sozinho. Mas, convenhamos, isso não é uma opção. Os números já gritam. A curva demográfica é clara. O futuro não será indulgente com a inércia.

  • Opção 2: Entregar algo mais do mesmo. Tentar “empacotar” soluções ultrapassadas com uma nova embalagem ESG ou digital. Copiar o que já está por aí, sem coragem para reinventar o essencial. É o caminho confortável, mas também o que nos condena à irrelevância.

  • Opção 3: Criar algo verdadeiramente novo. Repensar os fundos de pensão como plataformas de boas experiências de bem-estar financeiro, longevidade e impacto social. Criar soluções que gerem valor real para o participante, que sejam transparentes, intuitivas e acessíveis. Reprogramar o “design de propósito” desses fundos, como Jobs quis fazer e fez com os computadores.

Nos anos 1980, a Apple estava “no lugar certo, na hora certa, para devolver algo”. E no segmento de fundos de pensão hoje? Será que o setor previdenciário não tem gente na mesma posição?

Afinal, usamos modelos atuariais criados por gerações anteriores. Investimos em mercados que não criamos. E lidamos com recursos que pertencem, no fim das contas, às pessoas, aos participantes — não às instituições, nāo às patrocinadoras, nāo aos fundos de pensāo.

Talvez esteja na hora de devolvermos algo. De deixarmos nossa marca. Steve Jobs, ao olhar para trás, diria:

“Meu Deus, eu fui parte disso.”

Aqueles que vivem e trabalham nesse setor, também podem — e devem — almejar esse tipo de legado.

Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fonte: Vídeo com palestra de Steve Jobs em 1984

Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.





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