De Sāo Paulo, SP
Em 1984, durante uma palestra, Steve Jobs constata que praticamente ninguém tinha um PC (computador pessoal) em casa.
Jobs projeta que dali a dois anos, por volta de 1986, a Apple venderia dez milhões de computados. Ele estima que em 1987 as pessoas passariam duas a três horas por dia na frente das telas, interagindo com as máquinas.
A Apple tinha três opções, prossegue ele:
Opção 1: Nāo fazer nada. Mas, a turma da Apple era jovem e impaciente, então essa não era uma boa opção;
Opção 2: Colocar no mercado uma porcaria de computador, algo que os competidores já estavam fazendo então a Apple não precisava fazer isso;
Opção 3: Desenhar um computador que pudesse “ser colocado dentro dos livros”, querendo com isso dizer um computador que pudesse fazer uso das capacidades humanas, como arte, literatura etc.
Em 1984 a opção 3 ainda não era possível, mas a Apple estava no caminho certo, criando diferentes tipos de fontes de letra, incorporando desenhos gráficos etc.
Jobs brincou, dizendo que em dois ou três anos, quando isso acontecer, as pessoas que estarão usando os computadores dirão:
.... mas nāo foi sempre assim?
Nos anos 80, pessoas e computadores estavam no primeiro encontro. A Apple tinha a chance de desenvolver algo maravilhoso e comunicar algo através dessas máquinas.
A Apple, comenta Jobs, por algum motivo imprevisível, estava no lugar certo, na hora certa para devolver algo.
Nós usamos roupas feitas pelos outros, comemos comida plantada pelos outros, falamos línguas e usamos matemática, que não fomos nos que inventamos ... (explica Jobs).
Com a frase devolver algo, ele quis dizer retribuir para a sociedade tudo que recebemos dela. “Poder acrescentar algo ao conjunto de experiencias humanas é extremamente bacana”, complementa.
Olhando para trás, foi exatamente isso que o visionário Steve Jobs & Equipe fizeram.
Os fundos de pensão precisam de um Steve Jobs
Assim como Steve Jobs enxergou, em 1984, que o futuro não seria dado — ele teria que ser construído —, o mesmo vale hoje para os fundos de pensão. Estamos diante de um ponto de inflexão: os modelos que funcionaram nas últimas décadas estão dando sinais claros de esgotamento.
O envelhecimento populacional, a precarização dos vínculos trabalhistas, a desconfiança das novas gerações e a ausência de inovação tecnológica estão minando a sustentabilidade do sistema.
Jobs descreve três caminhos possíveis. E os fundos de pensão também têm escolhas a fazer:
Opção 1: Não fazer nada. Ficar esperando que o problema se resolva sozinho. Mas, convenhamos, isso não é uma opção. Os números já gritam. A curva demográfica é clara. O futuro não será indulgente com a inércia.
Opção 2: Entregar algo mais do mesmo. Tentar “empacotar” soluções ultrapassadas com uma nova embalagem ESG ou digital. Copiar o que já está por aí, sem coragem para reinventar o essencial. É o caminho confortável, mas também o que nos condena à irrelevância.
Opção 3: Criar algo verdadeiramente novo. Repensar os fundos de pensão como plataformas de boas experiências de bem-estar financeiro, longevidade e impacto social. Criar soluções que gerem valor real para o participante, que sejam transparentes, intuitivas e acessíveis. Reprogramar o “design de propósito” desses fundos, como Jobs quis fazer e fez com os computadores.
Nos anos 1980, a Apple estava “no lugar certo, na hora certa, para devolver algo”. E no segmento de fundos de pensão hoje? Será que o setor previdenciário não tem gente na mesma posição?
Afinal, usamos modelos atuariais criados por gerações anteriores. Investimos em mercados que não criamos. E lidamos com recursos que pertencem, no fim das contas, às pessoas, aos participantes — não às instituições, nāo às patrocinadoras, nāo aos fundos de pensāo.
Talvez esteja na hora de devolvermos algo. De deixarmos nossa marca. Steve Jobs, ao olhar para trás, diria:
“Meu Deus, eu fui parte disso.”
Aqueles que vivem e trabalham nesse setor, também podem — e devem — almejar esse tipo de legado.
Grande abraço,
Eder.
Opiniōes: Todas minhas | Fonte: Vídeo com palestra de Steve Jobs em 1984
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário