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De Sāo Paulo, SP.
Em um cenário onde o público de investimentos se transforma, os fundos de pensão brasileiros enfrentam um desafio de comunicação que já deveria estar resolvido:
A crescente importância de plataformas digitais de consumo rápido, como o TikTok, para alcançar e engajar diferentes gerações de participantes.
Se gestores e conselhos ainda tratam as redes sociais como temas acessórios, é hora de rever essa abordagem.
1. O alcance do TikTok no Brasil
Dados recentes mostram que o Brasil detém uma das maiores bases de usuários do TikTok. Segundo levantamento, havia cerca de 98,6 milhões de usuários maiores de 18 anos no início de 2024. Outro estudo, mais recente, indica 105,3 milhões de usuários no Brasil, posicionando o país em terceiro lugar mundial.
Quanto ao tempo de uso, foi estimado que usuários brasileiros gastam aproximadamente 30 horas por mês (60 minutos diários) no TikTok, em média, o que indica uma imersão elevada.
Em termos de perfil etário, os dados indicam que apenas cerca de 11% dos usuários têm mais de 50 anos e que o crescimento mais acelerado está entre as faixas etarias acima de 55 anos. A idade média dos atuais usuários está entre 25 e 34 anos.
Esses números colocam o TikTok como canal de alto impacto para comunicação — inclusive para segmentos tradicionalmente considerados “mais maduros”, o que inclui grande parte dos participantes de planos de previdência complementar.
2. Porque isso importa para fundos de pensão brasileiros
Os planos de previdência complementar no Brasil movimentaram volumes expressivos: a previdência privada aberta cresceu 15,3% em 2024, com aportes superiores a R$ 196 bilhões.
Isso revela duas conclusões importantes para os fundos de pensão: primeiro, o mercado de planos individuais se encontra em expansão; segundo, há cada vez mais demanda por informação, participação e engajamento dos participantes.
No Reino Unido, por exemplo, um levantamento relacionou 118 milhões de buscas de participantes de fundos de pensão por informação no TikTok — o que serviu de alerta para a indústria: se um fundo ignora canais de comunicação emergentes como o TikTok, ele pode perder enorme volume de “buscas” e engajamento.
Tomando esse paralelo, no Brasil o alcance e o uso da plataforma indicam claramente que os fundos não podem mais tratar o TikTok como periférico.
3. Faixa etária que mais cresce: oportunidades
Considerando a faixa etária de 25-34 anos como a média atual de usuarios do TikTok no Brasil e sabendo que planos de previdência complementar visam tanto quem está acumulando quanto quem já está em fase de decisão para aposentadoria, a plataforma torna-se estratégica:
A faixa de 25-34 anos representa justamente aqueles que ainda tem horizonte de acumulação, estāo abertos à nova economia digital e tendem a consumir conteúdo em vídeos curtos.
O crescimento entre públicos mais maduros (acima de 55 anos) indica que o canal está deixando de ser apenas “entretenimento jovem”.
Logo, para conselheiros e gestores de fundos de pensão, investir em comunicação no TikTok significa aproximar-se de quem está entrando e de quem ainda precisa se engajar — em linguagem adequada, vídeo-curto, direto e com storytelling relevante.
4. Influenciadores financeiros no TikTok Brasil
Em relação aos chamados “finfluencers”, no Brasil há um aumento do número de criadores de conteúdo que tratam de finanças pessoais, investimentos e previdência.
Um levantamento da ANBIMA mostrou que no campo de “finfluencers” havia 576 influenciadores pessoas físicas e 165 pessoas jurídicas, com engajamento médio por post aumentando 34,4 %.
Embora nem sempre haja distinção de quais finfluencers trabalham especificamente na plataforma do TikTok, perfis como Nathalia Arcuri (criadora da plataforma “Me Poupe!”) são reconhecidos no universo de educação financeira digital.
Vale destacar que os fundos de pensão podem alavancar parcerias com influenciadores desse tipo para produzir conteúdo no TikTok, que trate de previdência complementar — ainda que esse não seja hoje um movimento massivo.
5. “Buscas por esclarecimento” em previdência
Embora não encontremos dados públicos específicos com a magnitude exata das “buscas por previdência complementar” no TikTok no Brasil, podemos inferir a existência de um volume significativo de buscas online pelo crescimento da previdência privada no país (R$ 196 bi aportados em 2024) e pela penetração de redes sociais.
Esse contexto sugere que, sim, há uma “onda” latente de participantes e potenciais participantes que buscam esclarecimento — e essa onda está no TikTok.
A comparação com 118 milhões de buscas no Reino Unido serve para sinalizar: se o Brasil possui mais de 98 milhões de usuários do TikTok, então mesmo que uma fração — digamos 10-20% — desse público realize buscas relacionadas a previdência, o número seria da ordem de 10 a 20 milhões de interações/consultas, o que é relevante para qualquer fundo de pensão.
6. Atual presença dos fundos de pensão no TikTok
Na prática, a presença dos fundos de pensão brasileiros no TikTok ainda é pequena e incipiente. Embora os próprios planos e gestores de comunicação possuam canais institucionais nas redes mais tradicionais (YouTube, LinkedIn, Instagram), no TikTok ainda não se nota uma presença significativa, com destaque nacional, que aborde diretamente previdência complementar, poupança de longo prazo e planos de aposentadoria, em linguagem curta e de formato viral.
Esse hiato evidencia uma oportunidade: os fundos que decidirem atuar agora — antes que a concorrência e o próprio público amadureçam — poderão construir autoridade no canal, construir marca e engajar diretamente o público mais jovem.
7. Para finalizar
Urgência estratégica: os conselhos dos fundos de pensão deveriam considerar que é hora de entrar no TikTok.
Formato adaptado: a linguagem do TikTok exige vídeos curtos, diretos, com narrativa visual e “hook” nos primeiros segundos. Fundos de pensão precisam pensar não em longos relatórios anuais, mas em micro-vídeos que expliquem previdência complementar, riscos e retorno, de forma acessível.
Parcerias influenciadoras: trabalhar com finfluencers que já possuem credibilidade pode acelerar a sensibilização — mas cuidado: o conteúdo precisa refletir os valores de governança, transparência e educação, sem promessas de ganhos fáceis.
Mensuração de impacto: como no Reino Unido o volume de buscas foi um alerta, no Brasil os fundos devem criar métricas próprias: número de visualizações, buscas por hashtags como #PrevidênciaNoTikTok, conversões para sites institucionais, etc.
Inclusão de públicos “novos”: o TikTok não é apenas para jovens; a presença crescente de faixas acima de 50 anos mostra que fundos podem alcançar também públicos mais próximos da aposentadoria, com campanhas customizadas para cada faixa etária.
Governança e compliance: como estamos falando de fundos de pensão, todo conteúdo no TikTok deve observar regras de divulgação, evitar linguagem que se aproxime de “captação” agressiva, manter clareza de riscos e prazo e garantir que o canal institucional ou parceiro seja alinhado ao perfil fiduciário do fundo.
Em resumo: se os fundos de pensão brasileiros continuarem a deixar o TikTok de lado, estarão ignorando não apenas uma rede de entretenimento, mas um canal de busca, engajamento e educação financeira que já mobiliza dezenas de milhões de usuários no país.
O momento é de antecipar, construir presença e ao mesmo tempo, reforçar a missão institucional de prestação de contas, engajamento e educação — sem perder de vista o longo prazo da previdência.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fonte: “With 118 million pension searches, can schemes afford to ignore TikTok?”, escrito por Robert Cochran.
Disclaimer 1: Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e na profunda experiencia profissional do autor e informações das fontes citadas.


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