De Sāo Paulo, SP.
Solteirice: estado de ser solteiro, ou seja, a condição de não ter um parceiro romântico ou estar sem um relacionamento sério. O termo é informal e pode se referir a uma pessoa solteira, divorciada, viúva ou que simplesmente não está em um compromisso. O termo é usado de forma informal e não implica necessariamente solidão; muitas pessoas solteiras abraçam a liberdade para se dedicar a si mesmas, carreira e hobbies, desmistificando a ideia de que é uma condição negativa ou de “espera”
Ao longo da maior parte da história humana, a vida a dois não tem sido apenas uma norma, tem sido uma necessidade. Antes do surgimento de métodos contraceptivos confiáveis, as mulheres não conseguiam controlar sua fertilidade, portanto, criar grandes quantidades de filhos sozinhas era impraticável.
Nāo é à toa que as histórias felizes em Hollywood terminam em casamento.
Por isso, é surpreendente a velocidade com que os casamentos e os relacionamentos de qualquer natureza, vem sendo abandonados. O número de solteiros está aumentando - tanto nos países ricos, como nos países em desenvolvimento.
Dobrou nas últimas cinco décadas, a proporção de americanos na faixa etária de 25 a 34 anos vivendo sem um cônjuge ou parceiro: hoje são 50% dos homens e 41% das mulheres.
Desde 2010, a quantidade de pessoas vivendo sozinhas aumentou em 26 dos 30 países ricos. No Brasil, a quantidade de domicílios com apenas um morador que era de 12,2% do total em 2012, pulou para 18% em 2023. Um salto relâmpago em pouco mais de uma década. Em 2024, havia 52% a mais de pessoas morando sozinhas no Brasil do que em 2012.
Para uns, isso é sinal de declínio social, para outros, uma ameaça à civilização ocidental. Mas, na verdade, esse aumento do número de solteiros não é necessariamente bom nem ruim.
Esse fenômeno é, em grande parte, consequência de mudanças sociais, desde o controle da natalidade até a queda das barreiras que impediam as mulheres de entrar no mercado de trabalho, tornando-as financeiramente independentes e capazes de viverem sozinhas.
A tendencia em direção a solteirice não mostra sinais de arrefecimento nem mesmo em países nórdicos. Na Finlândia e na Suécia, cerca de um terço dos adultos vive sozinho.
É provável que essa mudança agrave a já drástica queda na taxa de fertilidade global, visto que criar filhos sozinho é difícil e continuam existindo fortes tabus culturais contra essa prática.
No mínimo, um mundo com menos casais se tornará mais perigoso, já que homens jovens e solteiros cometem mais crimes violentos.
Como isso mexe no dia a dia das pessoas
· Moradia: mais procura por studios, coabitações e bairros amigáveis a caminhadas, menos “casa tamanho família”. O mercado global de coabitações já passa de US$ 7,8 bi e deve dobrar até 2030.
· Consumo: tudo fica fracionado — comida, educação e até viagens. Assinaturas e entregas sob demanda viram padrão e supermercados encolhem em tamanho, tornando-se mercados de bairro.
· Trabalho e mobilidade: carreiras com mais trocas de emprego e geografia menos fixa; portabilidade (da vida e dos benefícios)
· Saúde e bem-estar: prevenção e redes de apoio ganham centralidade; políticas públicas começam a tratar conexão social como tema de saúde.
E os fundos de pensão, onde entram nessa nova realidade?
Credito de Imagem: www.amazon.com
Se a sociedade virou “porção individual”, a previdência complementar que insiste em vender “tamanho família, tamanho XL” vai perder cliente — e relevância. Eis o mapa da mina:
Produtos para uma vida mais longa… e mais solo
· Ofereçam rendas suavizadas - combinação de reserva de liquidez + proteção contra volatilidade - e opções de renda sem continuidade para cônjuge e cobertura de riscos que façam sentido para quem não tem dependentes.
· Incluam no ecossistema de benefícios: telemedicina, curadoria de serviços de cuidado e apoio emocional. Isso reduz sinistros evitáveis e melhora satisfação. (Sim, solidão, na prática, é risco atuarial).
Carteiras que conversam com objetivos individuais
· Saldos de conta que combinem liquidez + acumulação: o “single” (solteiro) troca mais de emprego e de cidade.
· Microaportes automáticos e “fundos-meta”: aluguel ou compra de moradia, requalificação, saúde mental com UX tipo “guardar sem pensar”.
Comunicação 1:1 e curta!
· O público “kit individual” vive no feed das mídias sociais: conteúdo curto, linguagem clara, nutrição por jornadas e testes A/B contínuos e sim, explorar TikTok para educação financeira não é heresia; é estratégia.
O mundo não acabou com a família — só ficou mais plural. Se a sociedade migra para a “vida solo”, a previdência complementar precisa:
1. Adaptar sua abordagem para um mundo mais “tribalista”: buscando engajar jovens solteiros, divorciados 40+, viúvos 60+ et all.
2. Criar produtos e soluções “combo”: investimento + serviços (saúde, bem-estar, orientação financeira), com UX focada em quem vive sozinho.
Um futuro com muito mais pessoas solteiras está chegando e todos - de construtoras até a Receita Federal, passando pelos fundos de pensão - fariam bem em começar a se preparar.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fontes: “The rise of singlehood is reshaping the world”, publicado na seção Leaders da revista The Economist.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e na profunda experiência profissional do autor e informações das fontes citadas.


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