segunda-feira, 24 de junho de 2019

Ouça o Som Terrível do Apito da Morte e se Proteja com o Ritual de Poupar para a Aposentadoria






De São Paulo, SP.

Em 1999, perto de um antigo templo Asteca, próximo à Cidade do México, arqueólogos desenterraram o esqueleto de um homem que devia ter por volta de 20 anos de idade quando morreu. 
Decapitado, tudo indica que ele foi vitima de um macabro sacrifício humano entre os anos de 1250 e 1380. Suas mãos seguravam dois pequenos apitos esculpidos em formato de caveira.
As caveiras são um tema recorrente na estética Asteca, cuja arte é toda associada à morte e sacrifícios. Aparecem constantemente nessa cultura ancestral, como na foto abaixo, tirada da parede de um templo.
Os estudiosos imaginaram que os pequenos apitos na mão do rapaz morto eram uma simbologia, evocando o uivar do vento. Uma associação lógica porque o templo, na cidade sagrada de Tlatelolcona região metropolitana da Cidade do México, era dedicado à Ehecatl, o Deus do Vento.
Ehecatl era retratado com duas mascaras através das quais soprava ventos (figura abaixo). Seu templo tinha forma cilíndrica, porque o vento sopra em todas as direções. No mito Asteca, três deuses foram queimados numa fogueira, em sacrifício. Tornaram-se o sol e a lua e ficaram imóveis até serem soprados por Ehecatl
Posteriormente, uma outra lenda diz que Ehecatl ajudou a sacrificar todos os deuses, mas um deles escapou para iluminar o mundo. Acredita-se que na cultura Asteca os sacrifícios humanos destinam-se a pacificar Ethecatl.
Voltando aos apitos, quando os arqueólogos sopraram um dos pequenos instrumentos, os sons horripilantes que ele produziu trouxeram imediatamente a imaginação o “grito penetrante da morte”. 
O som terrível e estridente - do que passou a ser chamado de Apito da Morte - é mais comparável a um grito humano, de alguém se contorcendo de dor. As frequências mais fortes que produz, captadas pelo ouvido humano, estão na faixa de 1kHz a 6kHz. Soa, literalmente, como o ululante grito de um zumbi. 
“Há diferentes correntes de ar geradas dentro da estrutura desses instrumentos, que atingem diametralmente umas às outras”, disse Arnd Adje Both, um arqueólogo da musica que examinou o apito. 
“Dessa forma que os Astecas eram capazes de produzir um som muito estridente e barulhento”, completou. 
Estudiosos acham que os Astecas usavam o barulho dos apitos para ajudar a alma das pessoas sacrificadas a viajar para a vida após a morte.
Os antropólogos e músicos modernos não tem certeza absoluta sobre o verdadeiro objetivo desses artefatos nem de todos os usos que os Astecas faziam desses apitos, além do claro papel desempenhado nas cerimonias de sacrifício humano, típicos daquela sociedade.
Seriam usados para aterrorizar os inimigos? Os combatentes Astecas eram conhecidos pelo uso de tambores de madeira enquanto avançavam na frente de batalha. Será que também sopravam esses instrumentos medonhos?
“Você já imaginou o som terrível de 200, 300 ou 5.000 guerreiros soprando esses instrumentos”, comentou Jaime Arredondo, um Professor de História da Arte e de Estudos Mesoamericanos e Latinos na Universidade de Nova York. “Isso seria extremamente intimidador”, completou. Me dá arrepios só de pensar.
Outra teoria atribui um proposito mais pacifico para esses apitos. Poderiam ter sido utilizados para induzir transes, como parte dos rituais de cura – nesse caso, ao invés de aterrorizar, os apitos poderiam ter sido usados para trazer conforto.    
Som do Apito da Morte Asteca
Não vou mentir para você, o Apito da Morte Asteca produz um dos sons mais assustadores que você jamais vai ouvir. Ouça o resultado horripilante que um sopro de vento produz no "Death Whistle" (apito da morte, em Inglês) e sinta a perfeita associação da morte na estética Asteca ao gosto musical daquele povo.
O som aterrador começa aos 0:52 do vídeo abaixo, no qual um musico chamado Quijas Yxayotlfala fala sobre o Apito da Morte.


Então, se você quer se proteger contra os aterradores riscos do futuro, comece o seu próprio ritual de poupar para a aposentadoria.  A única coisa que você vai ter que sacrificar é aquele impulso consumista que todos nós temos no presente.

Um sacrifício muito, muito pequeno e nada comparado a ter que aplacar a ira de Ehecatl, concorda?

Grande abraço,
Eder.


Fonte: Adaptado dos artigos “The Aztec Death Whistle Makes One of the Scariest Sounds You'll Ever Hear“ escrito por Reuben Westmaas, “Hear the Aztec 'Death Whistle' That Mystified Scientists” escrito por Rose Pastore e “Listen to the terrifying sound of the Aztec Death Whistle: 'Screaming' from carved skull may have accompanied human sacrifices” escrito por ”Sarah Griffiths".

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