Fonte: “After the shortcuts”, Seth Godin.
De Sāo Paulo, SP.
Nos conselhos e diretorias de fundos de pensão brasileiros, o risco ainda é tratado como um inimigo a ser evitado, não como uma dimensão inevitável e até estratégica da tomada de decisōes.
O resultado?
Uma governança que privilegia a inércia: “fazer o que todo mundo está fazendo”. Na maioria dos casos “nāo fazer nada” é visto como prudência, quando na verdade pode ser a aposta mais arriscada de todas.
Quando o risco é visto como ameaça, a postura dominante é evitar o inesperado, como se essa fosse uma escolha segura.
Mas como lembra Nate Silver — estatístico, escritor e jogador de pôquer — risco não tem a ver com intuição, tem a ver com julgamento, preparação e calma diante da incerteza.
Um bom líder não elimina o risco — ele toma decisões melhores porque sabe navegar diante das probabilidades, não apenas na ilusāo da certeza.
Decisões cruciais sobre alocação de ativos e novas classes de investimento (como ativos alternativos e cryptoativos) são muitas vezes tratadas a partir do instinto ou da “experiência acumulada” dos dirigentes.
Ao tomar decisões sob o futuro, conselheiros e diretores deveriam agir como estatísticos:
Mapear probabilidades em vez de se prender a cenários binários (“vai dar certo” ou “vai dar errado”);
Testar hipóteses com dados, não apenas com opiniões;
Inspirar confiança mesmo quando o caminho não estiver claro, reconhecendo limites e comunicando incertezas.
Na prática, vemos o contrário: reuniões dominadas pelo medo de errar, regulação usada como escudo e aversão a qualquer passo fora do previsível. Isso paralisa os fundos em um mundo onde o inesperado é a norma.
Silver lembra que cada decisão — seja num jogo de pôquer, na política americana e eu acrescentaria, na definição da estratégia de um fundo de pensāo — envolve risco, e líderes eficazes são aqueles que não negam nem fogem da incerteza, mas a incorporam no processo decisório.
Para os fundos de pensão, isso significa abandonar o conforto dos investimentos em “NTN-Bs para sempre” assumindo que, em algum grau, todo movimento é uma aposta. O segredo está em saber quais apostas são as apostas inteligentes.
É aqui que entra Ingrid Hu Dahl e sua visão de liderança rebelde. Ingrid não fala de rebeldia como desordem, mas como coragem para perguntar:
Quais sistemas já não nos servem mais? O atual desenho de plano de previdência complementar é ineficaz?
Quais vozes temos deixado de escutar? Participantes individualmente?
O que muda quando reconhecemos como líderes aqueles que nunca tiveram o título formal? Profissionais de dentro e de fora dos fundos de pensão?
Nos fundos de pensão, liderança rebelde pode significar:
Questionar a obsessão por alocação exclusiva em títulos públicos;
Ouvir jovens participantes, mulheres, técnicos e especialistas fora do circulo dos “mesmos notáveis de sempre”;
Abrir espaço para novas métricas de risco que considerem inovação, sustentabilidade e longevidade, não apenas volatilidade de curto prazo.
Ser rebelde não é ser inconsequente. É justamente o oposto: é reconhecer que prudência sem ousadia é só outra forma de revestir o risco.
Nesse contexto, ser rebelde não é “radicalizar”. É, paradoxalmente, trazer racionalidade ao processo decisório.
Os bons matemáticos, estatísticos e atuários, sabem que não dá para eliminar o risco, mas que é possível tomar decisões melhores — e inspirar calma no meio do turbilhão
Os fundos de pensão não precisam de lideres que apenas reforcem o óbvio. Precisam de uma liderença que aceite que risco é inevitável — e saiba entrar no jogo e jogar melhor.
O futuro dos fundos de pensão não será escrito por “zeladores do óbvio”, mas por rebeldes lúcidos, que combinam estatística e coragem. Porque, como no pôquer de Nate Silver, a pior jogada é não jogar.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fontes: “What is Rebellious Leadership?”, entrevista com Ingrid Hu Dahl | “The Art of Taking Calculated Risk”, entrevista com Nate Silver.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.
De Sāo Paulo, SP.
Se você tem um plano de previdência complementar em algum fundo de pensão — seja ele um plano família ou um plano instituído — já deve ter se perguntado:
“Onde está o meu poder de voz?”
Hoje, a representação das pessoas no modelo de governança dos fundos de pensão brasileiros se apoia, basicamente, em conselheiros eleitos. Os participantes votam em representantes e a partir daí, a sua influência passa a ser indireta.
Mas será que isso ainda basta para lidar com a transformação na base de poupadores em planos de previdência complementar, cada vez mais diversa, jovem e exigente?
Talvez não. E é aqui que a provocação entra:
Por que não criar assembleias gerais anuais nos fundos de pensão, reunindo todos os participantes, nos moldes das empresas de capital aberto?
Nas empresas listadas em bolsa, os acionistas — do pequeno investidor de varejo aos grandes investidores institucionais — têm o direito de participar das assembleias gerais, onde aprovam contas, elegem membros dos conselhos e influenciam a direção estratégica da organização.
Por que isso não existe nos fundos de pensão que administram planos individuais, voltados para pessoas físicas, abertos à adesão voluntária?
Afinal, nesses planos, os participantes são os verdadeiros e unicos donos do patrimônio acumulado.
E, tal como acionistas, eles têm interesse direto nos custos, nos riscos, nos investimentos e na governança de seu plano e do fundo de pensāo.
Atualmente, a representação dos participantes se restringe a uma eleição periódica dos conselheiros que os representam. É um avanço, sem dúvida, mas também uma limitação:
O voto é indireto e pouco engajado;
A comunicação entre representantes e representados é frágil e pouco efetiva;
O modelo cria uma sensação de distanciamento entre quem aporta todo o dinheiro das contribuições (no caso dos planos instituídos) e quem decide.
Em tempos de democratização financeira, fintechs transparentes e investidores cada vez mais ativos, manter esse formato engessado é como insistir em usar um telefone fixo na era dos smartphones.
Imagine um cenário em que, anualmente, todos os participantes de um plano família ou instituído pudessem se reunir — fisicamente ou virtualmente — para:
Aprovar o balanço e a política de investimentos;
Questionar diretamente gestores e conselheiros;
Propor resoluções de interesse coletivo;
Discutir inovações e melhorias de serviços.
Mais do que um espaço de “desabafo”, seria um fórum legítimo de accountability, alinhado às melhores práticas internacionais de governança.
Transparência ampliada: fica mais difícil esconder decisões pouco alinhadas ao interesse dos participantes.
Engajamento: aumenta o senso de pertencimento dos poupadores, reduzindo a apatia típica dos atuais processos de eleição.
Confiança: fortalece a imagem dos fundos de pensão em um momento em que a previdência complementar se torna essencial, diante da perda de fôlego e redução do benefício do INSS.
Evolução institucional: aproxima a governança previdenciária da lógica societária das S.A., sem perder sua natureza social.
Isso não significa acabar com conselheiros eleitos nem com os conselhos deliberativos — eles continuam essenciais. Mas é preciso ir além. O conselho representa, mas a assembleia é que dá voz.
Se empresas globais com milhões de acionistas espalhados pelo planeta conseguem organizar assembleias, por que fundos de pensão, com bases muitas vezes menores e mais segmentadas, não poderiam?
Aqui entra uma inspiração adicional: usar tecnologia digital para criar assembleias inclusivas e participativas.
Plataformas seguras de votação online permitem que cada participante exerça seu direito de forma rápida, barata e auditável.
É a aplicação do conceito de governança radical: descentralizar decisões, empoderar indivíduos e reduzir a assimetria de informaçōes.
Em vez de uma representação distante, temos uma democracia direta — acessível, escalável e transparente.
CalPERS (EUA): o maior fundo de pensão do setor público norte-americano realiza encontros anuais abertos, onde participantes podem questionar gestores e expor suas preocupações diretamente.
Universities Superannuation Scheme (Reino Unido): mantém fóruns periódicos com participantes e canais digitais de consulta pública sobre políticas de investimento.
Fundos de pensão suecos (AP Funds): pioneiros em relatórios interativos e assembleias digitais com participantes, permitindo ampla participação em decisões estratégicas.
Brasil – experiências embrionárias, mas focadas nas patrocinadora: alguns fundos multipatrocinados e entidades abertas já oferecem assembleias digitais consultivas ou votações online para aprovar alterações estatutárias. Isso mostra que a tecnologia já está à disposição — só falta ampliar para representação dos participantes (pessoas físicas) e institucionalizar.
Se quisermos que os fundos de pensão sejam relevantes na vida das pessoas, precisamos atualizar sua governança.
A assembleia geral anual de participantes pode ser o próximo grande passo na governaca dos fundos de pensāo.
Assim como os acionistas de uma empresa não aceitam ser apenas espectadores, os poupadores de previdência complementar não deveriam se contentar em ser “coadjuvantes” na gestão de seu próprio futuro.
A hora de dar voz direta aos participantes é agora.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fonte: Explorando uma Proposta Radical: Governança Direta na Representaçāo dos Participantes dos Fundos de Pensāo”, escrito por Eder C. Costa e Silva
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.
De Sāo Paulo, SP.
Em 2013, quando sua divisão de celulares foi vendida para a Microsoft, Stephen Elop – entāo CEO da NOKIA, fez um discurso que entrou para a história do mundo dos negócios:
“Nós não fizemos nada de errado, mas de alguma forma, nós perdemos.”
A frase captura bem a dramática queda da gigante finlandesa que durante anos reinou soberana no mercado de celulares, dominando mais de 40% das vendas globais.
A empresa falhou ao não se adaptar à era dos smartphones, deixando de adotar telas touchscreen, não criando um ecossistema de apps e resistindo ao Android e ao iOS.
A falta de inovação levou ao declínio da Nokia. A despeito de todo o sucesso anterior, a NOKIA desapareceu do mapa quando o jogo mudou.
A Nokia é um símbolo da incapacidade de se adaptar. As palavras de Stephen Elop sāo amplamente reconhecidas como uma metáfora sobre como até mesmo empresas líderes podem fracassar, se não evoluírem com as mudanças do mercado e as transformações tecnológicas.
O declínio da empresa se tornou um exemplo de fracasso por causa de sua incapacidade de acompanhar a rápida evolução dos smartphones, ao contrário de concorrentes como Apple e Samsung
As razōes para o debacle da Nokia:
Perdeu a revolução dos smartphones: a Nokia foi lenta em abraçar as telas sensíveis ao toque e os modernos sistemas operacionais;
Cometeu erros estratégicos: a empresa apostou no sistema operacional da Microsoft, o Windows Phone, que teve dificuldade para ganhar participação de mercado e ignorou os sistemas que prevaleceram, Android e iOS;
Enfrentou obstáculos burocráticos: tinha um processo lento de tomada de decisões – internamente as decisões travavam, a cultura era devagar. Alem disso, focou na excelência operacional, apostando na simplicidade e robustez, ao invés de focar em inovações e na experiência do cliente. Isso prejudicou a capacidade da empresa de responder efetivamente às tendências do mercado.
Faltaram ousadia e rapidez: O excesso de confiança naquilo que sempre funcionou, minou a disposição para arriscar. Nāo notou que o mercado já nāo era o mesmo, o consumidor também nāo.
Agora, pensemos nos fundos de pensão brasileiros. Eles também têm um histórico de sucesso. Garantiram a aposentadoria de gerações inteiras com estratégias conservadoras, investindo em títulos públicos, renda fixa e bolsa de valores, mas o mundo mudou ... e muito.
A revolução digital trouxe novas classes de ativos, como cryptomoedas, stablecoins, tokenização de imóveis e ativos reais e até inteligência artificial aplicada a investimentos.
Investidores institucionais e fundos de pensāo lá fora (Reino Unido, Japão, EUA) já estão explorando ativos digitais e ativos alternativos.
Aqui dentro, na Terra de Cabral, seguimos quase estáticos, travados por burocracia, regulação restritiva e muitas vezes, pela falta de apetite a risco dos conselhos.
O case da Nokia fala sobre cultura. Sobre liderança. Sobre o risco de acreditar que as soluções que nos trouxeram até aqui ainda sāo suficientes para nos levar adiante.
A história da Nokia não tem a ver com incompetência, tem a ver com falta de adaptação e é justamente essa, a lição para os fundos de pensão:
Não basta não errar: É preciso se reinventar.
Não basta olhar para o retrovisor: É preciso enxergar o que vem pela frente.
Não basta preservar o patrimônio. É preciso garantir que ele continue crescendo em um mundo em transformação.
A Nokia caiu por não abraçar o futuro dos celulares. Se os fundos de pensão continuarem se recusando a inovar em seus investimentos, a abraçar o futuro das finanças digitais, poderemos repetir muito em breve a mesma frase do ex-CEO da Nokia:
“Não fizemos nada de errado, mas, de alguma forma… perdemos.”
Nem sempre é preciso errar para perder. Às vezes, perder é consequência simplesmente de não se mover.
Ficar parado também é uma escolha, quase sempre, a escolha mais perigosa de todas.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fonte: “Post de Luis Lobāo”.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.
De Sāo Paulo, SP.
Quando a gente pensa em matemática, o que vem na cabeça?
📐 Fórmulas complicadas.
📊 Provas de colégio.
😩 E aquela frase clássica: “para quer estudar isso, nunca vai servir pra nada na vida real”.
Pois é, adivinha?
A matemática está em todo lugar.
E muitas vezes salvando o seu dia ou te dando prazer, sem você nem perceber.
Certo dia no final dos anos 1700 em uma escola de Brunswick, cidade do centro-norte da Alemanha localizada no estado da Baixa Saxônia, os alunos do ensino fundamental estavam falando alto demais e fazendo a maior algazarra durante a aula.
Então, para silenciar as crianças, o professor escreveu um problema no quadro negro e pediu que os alunos resolvessem.
O professor pediu que as crianças somassem todos os números de 1 a 100, imaginando que levaria um bom tempo para elas resolverem o problema, retomando assim o controle da classe.
Mas depois de uns poucos minutos, o pequeno Gauss voltou novamente a tagarelar alegremente com os colegas. O professor, então, perguntou por que Gauss estava falando e este respondeu que já havia resolvido o problema.
Enquanto todos os demais alunos da classe estavam somando os números um a um, Gauss fez algo incomum. Ele percebeu que sempre encontrava 101 se somasse um número na esquerda da sequência com um número da direita.
Por exemplo: 1+100; 2+99; 3+98 ... 50+51, sempre dava 101. Como havia 50 pares de números, Gauss multiplicou 50 x 101 e chegou no resultado certo: 5.050.
O alemão Johann Carl Friedrich Gauss, que viveu entre 1777 e 1855, se tornou mais tarde um dos grandes gênios da matemática.
Genial.
O que parecia uma tarefa impossível virou um cálculo elegante.
Hoje, essa lógica de achar padrões escondidos está por trás de aplicativos que otimizam rotas de entrega, de algoritmos que fazem investimentos e até da música que você ouve no streaming.
Gauss era um gênio e sua forma de pensar ajuda a entender muito sobre o pensamento matemático. O pensamento matemático em si, pode ser aprendido, genialidade é outro departamento.
Corta para a Irlanda do início do final do século XIX.
A cervejaria Guinness queria melhorar a qualidade da bebida, mas como testar ingredientes sem desperdiçar barris inteiros do precioso produto?
Em 1899, a cervejaria Guiness contratou William Sealy Gosset, recém graduado em Oxford com um título que combinava química e matemática.
Ele foi contratado por seus conhecimentos em química, afinal de contas, o que um matemático acrescentaria em uma cervejaria, não é verdade?
Só que a contribuição mais importante de Gosset para a empresa foi usando sua formação matemática, que revolucionou a indústria cervejeira.
Quando o malte moído era preparado para fermentação, uma determinada quantidade de levedura era meticulosamente medida e usada. Leveduras são seres vivos e eram mantidas vivas em recipientes específicos com meio líquido onde se multiplicavam.
Os técnicos pegavam uma amostra do meio líquido e contavam a quantidade de leveduras para saber quanto adicionar à cerveja em fabricação. Tinha que ser uma medida muito controlada, porque poucas leveduras produziriam uma fermentação incompleta; muitas, deixariam a cerveja amarga.
Gosset se questionou o quão exata era aquela medida que os técnicos faziam naquele processo crucial para fabricação da cerveja. Ele fez uma série de medições, analisou os resultados e determinou que a contagem de células de levedura por unidade de volume poderia ser modelada com uma distribuição probabilistica conhecida como Distribuição de Poisson.
Com isso, Gosset foi capaz de criar e implementar regras e métodos de medição que levaram a taxas de concentração de células de leveduras mais exatas do que eram feitas anteriormente.
Usando os métodos matemáticos de Gosset, a cervejaria Guiness passou a fabricar um produto com melhor qualidade e muito mais consistente.
Gosset convenceu seus empregadores a lhe concederem o afastamento de um ano para que ele pudesse estudar com Karl Pearson.
Como a empresa proibia que funcionários publicassem qualquer coisa relacionada ao tema “cerveja”, Gosset adotou academicamente o pseudônimo de “Student”.
Todo estudante de estatística conhece o famoso “Teste t de Student”.
Por trás daquela “cerva” que você bebe com seus amigos nos bares, lá está a matemática e você nem sabia.
Agora, um salto para a Segunda Guerra Mundial.
Em tempos de guerra, um dos objetivos chave da inteligência militar é determinar o poder de força do inimigo. Por isso, na II Guerra Mundial, os aliados queriam estimar a quantidade dos temidos tanques Panzer que os alemães tinham.
Espionagem? Nem sempre funcionava. A soluçāo veio da matemática.
Para estimar quantos tanques a Alemanha produzia por mês os matemáticos se voltaram para… os números de série das peças capturadas.
Comparando os intervalos, chegaram a estimativas incrivelmente precisas da produção alemã de tanques de guerra.
Mais exatas até do que os relatórios de inteligência da época.
De acordo com as estimativas convencionais da inteligência dos Aliados, os alemães estariam produzindo em torno de 1.400 tanques por mês entre junho de 1940 e setembro de 1942.
Os cálculos estatísticos baseados nos números de série dos tanques capturados, indicou a quantidade como sendo 246 por mês. Após a guerra, registros alemães capturados mostraram que a quantidade real era de 245.
Estimativas para alguns meses específicos são mostradas na tabela abaixo.
Um dos problemas mais notáveis que a matemática ajudou a resolver, foi o reforço de blindagem nos bombardeiros americanos enviados para as campanhas sobre a Europa durante a II Guerra.
O desafio era aumentar as chances de sobrevivência dos aviões, sem comprometer seu alcance de voo nem sua capacidade de manobra.
Diante da impossibilidade de cobrir os aviões inteiros com pesadas placas blindadas, era preciso priorizar os locais de colocação das placas. A abordagem adotada pelo foi olhar os bombardeiros B-29 que retornavam das missões de ataque e identificar os locais mais atingidos pelos tiros inimigos.
O pessoal observou que partes da fuselagem - o corpo principal do avião - e das asas tinham praticamente duas vezes mais furos de bala (pontos vermelhos na figura abaixo) do que a plataforma dos motores, da cauda e o nariz dos aviões.
Portanto, foi tomada uma decisão simples: aplicar mais reforço na fuselagem, afinal, era onde a tripulação ficava de modo que fazia mais sentido aplicar proteção extra ali.
No entanto, uma recomendaçāo diferente foi feita por Abraham Wald - um PhD em Matemática pela Universidade da Áustria que integrava o Statistical Research Group – um grupo de pesquisas que aplicava conhecimentos de matemática e estatística para ajudar os americanos a solucionar diversos problemas relacionados a guerra.
Wald indicou que a abordagem sugerida estaria completamente errada. Ao invés disso, ele recomendou que o reforço na blindagem deveria ser feito em todos os locais onde não havia buracos de bala (círculos em azul na figura acima).
Por quê? Porque os únicos aviões analisados foram aqueles que sobreviveram aos ataques e retornaram às bases compondo, portanto, uma amostra exatamente oposta àquilo que o conjunto de dados mostrava a respeito do problema.
Os aviões não estavam retornando com furos de bala nos motores e na cauda porque esses eram abatidos pelos danos nesses locais e caiam no campo de batalha.
Senhores, vocês precisam colocar reforços nas partes onde não há buracos, porque é onde estavam os buracos nos aviões que não voltaram – disse Wald.
Por sorte, a mente matemática de Abraham Wald foi capaz de enxergar além dos dados disponíveis e entender o contexto completo da situação, salvando milhares de vidas nesse processo.
Do planejamento da sua aposentadoria 🍀 ao copo de chope bem tirado 🍻, da sua liberdade até o preço do Uber que você pega no fim do dia 🚗 — a matemática está lá.
É a arte de transformar problemas complicados em soluções simples. O motor invisível que move o mundo.
Então, da próxima vez que alguém soltar um:
“isso é só matemática”,
… responda sem medo:
Só? Nāo! Isso é absolutamente tudo!
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas| Fontes: Artigos de minha autoria publicados no Blog do Eder
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.
Mestre em Administração Profissional pela EAESP/FGV, Bacharel em Ciências Atuariais pela UFRJ, com especialização em Propaganda & Marketing pela ESPM-RJ e em Governança Corporativa pelo IBGC. Mais de 25 anos de atuação no mercado de previdência complementar, Membro nº 641 e ex-Diretor do Instituto Brasileiro de Atuária e ex-Professor do MBA de Gestão de Riscos Financeiros e Atuariais da USP/FIPECAFI. Gerenciou inúmeros projetos internacionais e regionais na área de benefícios, tendo morado em Jacksonville, FLA-EUA e em Lincolnshire, CH-EUA. Ocupou cargos de alta gerência e direção nas maiores empresas globais de benefícios, em fundos de pensão, em seguradoras e em bancos.
Desenvolve Pesquisas, Projetos e Palestras sobre Previdência, Seguros (RE), Benefícios a Empregados, Programas de Saúde, Economia Comportamental, Neuromarketing e Investimentos Responsáveis.
This work is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Brasil License.
👉 Tem uma frase que ilustra bem o momento que os fundos de pensāo estāo passando, proibidos pelos tecnocratas de Brasília de investir - direta ou indiretamente - em ativos digitais e cryptomoedas:
✅ O sucesso vem dos riscos que voce escolhe correr. O insucesso, vem dos riscos que você decide nāo correr.
👉 A cryptoeconomia nāo tem a ver só com a criação de um “novo tipo de sistema financeiro”, tem a ver com a criação de um “novo tipo de mundo”.
👉 A adoçāo inicial de uma nova tecnologia, como a dos ativos digitais, segue um padrāo regular e conhecido. Primeiro, é abraçada por um grupo de aficcionados amadores, pessoas que buscam uma maneira fascinante de passar o tempo.
👉 Mas esse é um grupo pequeno — radioamadores, por exemplo, ou pilotos de drones. É o segundo grupo que faz com que o resto de nós preste atençāo. Eles usam a tecnologia para economizar tempo e dinheiro.
👉 Fax é igual ao telegrama, só que mais rápido e de graça. E-mail é igual ao fax, só que instantâneo e mais abrangente. Os DVDs da Netflix economizavam uma ida à loja de aluguel de filmes e além disso, eram mais baratos. A TV com tela LCD era igual a TV com tubo de imagem, mas mais fina, com imagem melhor e ocupava menos espaço na sala …
👉 Você provavelmente verá isso acontecer com ativos digitiais e cryptomoedas nesse exato momento. A maioria dos que os usam, o fazem simplesmente porque é mais rápido, barato e conveniente do que usar o dinheiro tradicional para transferir recursos de um lado para outro e para investir.
👉 Toda tecnologia que faz a diferenca ultrapassa essa fase inicial. Em breve, pessoas fisicas e investidores institucionais encontrarāo novos usos, novas formas para criar valor, novas soluçōes e inovaçōes para o uso de cryptomoedas, investimentos e poupança de longo prazo por meio de ativos digitais.
👉 É nosso trabalho, nosso papel e nossa oportunidade, enquanto profissionais de fundos de pensāo, encontrar corajem para sermos os primeiros a ir na direçāo apontada pela economia digital.
Grande abraço,
Eder.