De Sāo Paulo, SP.
No universo dos fundos de pensão, especialmente nos planos de contribuição definida (CD), onde o benefício final depende diretamente da rentabilidade acumulada ao longo da vida do participante, a estratégia de investimento passiva adotada pela maioria das entidades representa um erro estratégico grave e prejudicial aos seus participantes.
E não estamos falando de teoria: estamos falando de resultados.
Quando o benchmark não representa você
Ao seguir cegamente índices de mercado ponderados por capitalização, os fundos acabam priorizando as necessidades dos maiores tomadores de recursos e não as melhores oportunidades de investimento.
Em outras palavras: os fundos estão comprando o que o mercado está vendendo — e o mercado está vendendo, principalmente, dívida pública.
O problema é que quanto mais endividado um emissor, maior seu peso no índice.
Isso cria um paradoxo: quanto mais o governo se endivida, mais recursos os fundos alocam em seus títulos. Isso serve ao interesse do governo, mas não do investidor.
Resultado? Portfólios inchados de NTN-Bs, com pouca diversificação e retorno limitado.
A falácia da segurança: investimentos em renda fixa nāo sāo seguros
A pergunta que precisa ser feita é: estratégias passivas de renda fixa são seguras e eficientes para planos CD? A resposta, sem rodeios, é não.
Planos CD precisam buscar o maior retorno possível ajustado ao risco. Isso exige visão de longo prazo, diversificação e proatividade.
Quando se amarra 60% ou até 70% do patrimônio em títulos públicos, o que se está fazendo, na prática, é limitar a possibilidade de capturar prêmios de risco adicionais — exatamente o oposto do que seria desejável.
Investimento ativo é a nova segurança
Uma estratégia de investimentommativa e flexível apresenta diversas vantagens:
Horizonte de 30 a 40 anos: isso permite suportar volatilidade no curto prazo em busca de retornos superiores no longo.
Alocação multissetorial global: mais fontes de retorno potencial e muito melhor diversificação.
Ausência de viés passivo: liberdade para ajustar posições e capturar oportunidades.
Ao contrário do modelo atual, que parece ter medo de errar, por isso não ousa acertar, uma abordagem ativa coloca o interesse do participante em primeiro lugar.
Investir na economia real é Investir no futuro
Fundos de pensão têm o poder — e o dever fiduciário — de ajudar a moldar o futuro dos seus participantes.
Isso não se faz comprando dívida de governos para financiar déficits. Isso se faz com investimentos em infraestrutura, energia limpa, inovação, educação, saúde infraestrutura, agroindustria.
Em outras palavras: a economia real.
Além disso, ativos digitais surgem como uma nova fronteira de retornos potenciais. Ignorá-los, como faz a atual regulação brasileira, é perder o trem da história.
Num mundo onde os ativos tradicionais da velha economia da revoluçāo industrial começam a apresentar retornos decrescentes, investir em ativos digitais representa não apenas uma aposta no futuro, mas uma necessidade estratégica.
Conclusāo: está na hora de parar de comprar o que estão vendendo
O artigo da Allspring Global (“Are you buying what they’re selling? We are not. Here’s why.”) expõe de forma contundente essa armadilha da gestāo passiva de investimentos:
Os fundos de pensāo estão comprando o que o mercado está empurrando e não o que faz sentido para o longo prazo dos seus participantes.
Os fundos de pensão precisam recuperar seu papel de gestores ativos do futuro financeiro dos trabalhadores.
Isso significa sair da zona de conforto dos benchmarks e assumir responsabilidade por buscar as melhores oportunidades com maiores retornos e não apenas seguir o fluxo.
Se não mudarmos isso agora, os planos CD continuarão entregando resultados insuficientes - em alguns casos até medíocres - para garantir seguranca financneira futura para pessoas que deram o melhor de si em toda uma vida de trabalho.
Grande abraço,
Eder.
Opiniōes: Todas minhas | Fonte: “Are you buying what they’re selling? We are not. Here’s why”, publicado pela Allspring Global.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e conhecimento de mercado do autor, bem como em informações das fontes citadas.
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