De Sāo Paulo, SP.
O que significa estar com vontade de beber água?
Os circuitos neurais que controlam a sede estāo localizados nas profundezas da estrutura do cérebro primitivo e apenas recentemente os cientistas começaram a entender como eles funcionam, explica Zachary Knight - um neurocientista da Universidade da Califórnia - em um artigo sobre a neurobiologia da sede.
Para entender a sede em mamíferos, pense nela menos como o corpo declarando um fato ao cérebro – “preciso de água – e mais como o cérebro monitorando o ambiente e o corpo.
“Como um biólogo que coleta amostras de um rio, o cérebro examina a composição química do sangue para determinar o que o corpo precisa”, escreve Dan Samorodnitsky em um artigo escrito para a Quanta Magazine.
Os efeitos da insuficiência de água são sentidos por todas as células do corpo, mas é o cérebro que manifesta nossa experiência de sentir sede.
Embora os efeitos da falta d’água sejam sentidos por todas as células do corpo, as células em si não gritam de sede. Em vez disso, é o cérebro que monitora os níveis de água do corpo e manifesta a sensação de sede — língua seca, garganta quente e mal-estar súbito — induzem a um comportamento: beba água.
Água é um item fundamental para toda a vida na Terra. Nem todo organismo vivo precisa de oxigênio e muitos fabricam seu próprio alimento. Mas para todas as criaturas, seja os micróbios que habitam as profundezas dos oceanos, os fungos que vivem nas árvores ou os seres humanos, água é inegociável.
A vida começou com a captura de água dentro de uma membrana celular. Desde então, as células precisam permanecer húmidas o suficiente para permanecerem vivas.
Mas existe uma desconexão entre o ato de beber água e a correção do equilíbrio entre água e sal no organismo. Demora 30 a 60 minutos para a água, uma vez consumida, entrar na corrente sanguínea.
O cérebro não pode esperar tanto tempo para determinar se o corpo tem a quantidade de água que necessita, ele precisa tomar uma decisão mais ou menos imediata. Um animal não pode ficar sentando por meia hora bebendo água.
Entāo, o cérebro estima através de sensores pelo corpo. Um deles mede o volume de água passado pela boca e pela garganta e envia um sinal inicial para o cérebro. Um segundo sinal vem do intestino – de um tipo específico de célula que responde a água e até da expansão mecânica do estomago na medida em que absorve água.
Dentro de um minuto, esses sinais chegam ao cérebro e bloqueiam os neurônios que haviam sido ativados para desencadear a sede. A resposta que havia desencadeado a sede cessa; a garganta esfria e a boca fica úmida novamente
Quando o cérebro é o conselho
Nos fundos de pensão, a lógica da inovação muitas vezes está invertida. A prática comum é a diretoria executiva propor ao conselho quando e onde inovar.
Parece natural — afinal, quem executa traz ideias e pede aval. Mas, se olharmos de perto, isso equivale a imaginar que o corpo “implora” ao cérebro quando beber água.
Na realidade, é o cérebro que monitora, detecta desequilíbrios e decide quando é hora de matar a sede.
O conselho de administração deveria funcionar exatamente como o cérebro. Cabe a ele monitorar o ambiente externo — reguladores, mercados, tecnologia, transformações demográficas e sociais — e interpretar sinais que indiquem riscos e oportunidades.
Assim como o cérebro traduz informações químicas em sede, o conselho deveria traduzir dados, análises e tendências em direcionamento estratégico e inovação.
A diretoria, nesse modelo, não é quem define isoladamente quando inovar. É quem executa a ação de beber água: transformar a decisão estratégica em realidade operacional.
Do mesmo modo que o cérebro ajusta o comportamento após o primeiro gole, o conselho deveria acompanhar os resultados e ajustar o curso.
A inversão desse fluxo explica por que tantas inovações em fundos de pensão acabam tímidas, atrasadas ou desalinhadas.
Quando a “sede” não vem do conselho, mas da diretoria, fica faltando o senso de urgência, propósito e visão de longo prazo.
Em governança, como na biologia e na neurociência, tudo começa no comando central.
Se queremos fundos de pensão preparados para o futuro, precisamos que os conselhos assumam seu papel de cérebro: monitorar, decidir e sinalizar quando e como inovar.
A diretoria executa, mas a visão deve nascer no topo.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fontes: “What Does It Mean To Be Thirsty?”, escrito por Dan Samorodnitsky.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.


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