quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

QUATRO LIÇŌES PARA QUEM QUISER MUDAR O DESTINO DOS FUNDOS DE PENSĀO

 


De Sāo Paulo, SP.

Há cerca de 20 anos o autor David Foster Wallace fez o discurso de formatura para os graduandos em artes no Kenyon College, uma instituição de ensino superior sediada na cidade de Gambier, Ohio – EUA.

O discurso, intitulado The Water (A Água), ensina quatro lições para qualquer um que queira mudar seu destino e isso, logicamente, vale também para o futuro dos fundos de pensão, que hoje caminham ladeira abaixo.

Liçāo #1: A realidade está diante dos nossos olhos

O discurso começa como uma parábola:

Dois peixinhos nadavam quando cruzaram com um peixe mais velho, indo na direção oposta. O peixe mais velho acena, cumprimenta-os e diz: “Bom dia, rapazes. Como está a água?” Os dois peixinhos continuam nadando mais um pouco, até que um deles olha para o outro e pergunta: “Que diabos é água?”

As realidades mais importantes estão bem diante dos nossos olhos. Nossas crenças, nossas suposições, nossa compreensão, moldam toda nossa realidade, sem que sequer nos demos conta de que elas existem.

O segredo é estar consciente das verdades, diariamente. A vida é um jogo entre consciência e ação. Consciência para entender a importância das coisas e ação para transformá-las em algo concreto.

No entanto, consciência isoladamente nunca é suficiente, porque consciência é perecível. Você pode saber de algo em determinado momento, mas se não souber no momento certo, é impossível agir adequadamente.

Os fundos de pensão vêm se consolidando nāo porque precisam de escala, mas sim porque o motivo pelo qual foram criados mudaram e mudaram radicalmente.

A realidade está bem à vista: ilumine-a.

Liçāo #2: Deixe sua arrogância na porta

Credito de Imagem: Stock.Adobe


O discurso prossegue com uma segunda história, sobre uma discussão entre um ateu e um religioso, em um bar localizado na região selvagem do Alaska - EUA.

O ateu diz: “Olha, nāo é que eu nāo tenha motivos para acreditar em Deus. Nem que eu nunca tenha experimentado essa coisa de Deus e oraçōes. No mês passado, fiquei preso longe do acampamento naquela nevasca terrível, completamente perdido, sem enxergar nada, fazia 50 graus abaixo de zero. Então, caí de joelhos na neve e tentei clamar por Deus: “Ó Deus, se existe um Deus, estou perdido nesta nevasca e vou morrer se o Senhor não me ajudar”.

O religioso olha para o ateu com ar perplexo e fala: “Bem, então você deve acreditar agora, afinal, aqui está você, bem vivo”.

O ateu revira os olhos e conclui: “Não, cara, o que aconteceu foi que um casal de esquimós passou por ali e me mostrou o caminho de volta para o acampamento”.

Na historia da nevasca, o mesmo evento, duas interpretações radicalmente diferentes (a do ateu e a do religioso). Ambas expressas com total certeza e autoconfiança. O problema:

Certeza cega e mentalidade fechada equivalem a um aprisionamento no qual o prisioneiro nem sequer sabe que está preso.

A maioria das pessoas passa pela vida com a convicção absoluta de que está certa – a respeito de tudo. Política, futuro, os outros, quase nunca consideramos a possibilidade de estarmos errados sobre alguma coisa.

Foster Wallace faz algumas sugestões: Seja um pouquinho menos arrogante, tenha senso crítico sobre si mesmo e suas certezas. Uma grande percentagem das coisas sobre as quais costumamos ter certeza, na verdade, se revela totalmente errada e ilusória. Conforme disse o famoso escritor Mark Twain:

“Não é o que você não sabe que te mete em encrenca. É o que você tem certeza de que sabe, mas que simplesmente não é verdade”

Seja humilde. Pense naquilo que faria alguém acreditar exatamente no oposto daquilo em que você acredita?

Você acha que o caminho para os fundos de pensão é a consolidação, implantação de planos família? O que dizem aqueles que pensam diferente? Você já refletiu sobre outras possibilidades?

Deixe sua arrogância na porta.

Liçāo #3: Você é que escolhe o que pensar

Credito de Imagem: www.blackbeltinthinking.com


Cruzamos a vida com uma programação pré-instalada em no nosso cérebro, centrada em nós mesmos. Foster Wallace coloca da seguinte forma:

Nosso cérebro tem uma configuração padrão, intrínseca em nosso organismo desde o nascimento... temos a crença automática e inconsciente de que somos o centro do universo e que nossas necessidades e sentimentos imediatos são o que devem determinar as prioridades do mundo.

Essa programação padrāo (default) tem uma razão evolutiva, que é a sobrevivência, mas ela acaba moldando silenciosamente tudo em nossas experiencias diárias. Todos nós vemos e vivemos a vida sob essa lente.

Ele da o exemplo de um dia típico em que saímos cansados do trabalho, enfrentamos engarrafamento, transportes lotados, passamos num supermercado apinhado de gente e vamos para casa.

Nossa programação nos faz experimentar essa cena com frustração e chateação, mas tem uma alternativa:

Se você prestar atenção, perceberá que existem outras opções. Está, de fato, ao seu alcance vivenciar uma situação caótica, cansativa, estafante dessas, com uma visão focada na mesma força que criou o mundo, as estrelas e todas as coisas: amor, camaradagem, cuidado com o próximo.

Não que essa coisa mística seja necessariamente verdade. A única coisa que é verdade com “V” maiúsculo é que você decide como vai enxergar as situações que você enfrenta, que a vida coloca na sua frente.

Você não pode mudar a realidade, mas sempre pode escolher como interpretá-la e vivenciá-la. Você pode escolher a frustração ou a compaixão, o incômodo egocêntrico ou a gratidão.

Os profissionais que trabalham em fundos de pensão, podem enxergar esse momento histórico como uma época em que foram derrubados os pilares sobre os quais o setor foi construído. Mas podem, também, ver essa como a era em que os fundos de pensāo foram remodelados, para se transforarem em outra coisa.

Você é que escolher o que pensar!

Liçāo #4: Você é que escolhe o que adorar

A última lição do discurso é a mais impactante de todas:

Na verdade, não existe ateísmo. Não existe não adoração. Todos adoramos alguma coisa. A única escolha que temos é o que adorar...

Se você adora dinheiro e bens materiais, se é neles que você encontra o verdadeiro sentido da vida, então você nunca terá o suficiente, nunca se sentirá satisfeito...

Adore seu corpo, sua beleza e seu poder de atração sexual e você sempre se sentirá feio...

Adore o poder e você acabará se sentindo fraco e com medo, e precisará de cada vez mais poder sobre os outros para anestesiar seu próprio medo.

Adore seu intelecto, a ideia de ser visto como inteligente e você acabará se sentindo estúpido, uma fraude, sempre prestes a ser descoberto

Esta lição final, no fundo, tem tudo a ver com previdência complementar e de certa forma, representa o que poupar deveria representar para as pessoas. Essa liçā0 deveria servir de guia para a reinvenção dos fundos de pensão.

Quando você se entrega cegamente à adoração de padrões culturais — dinheiro, bens materiais, poder, status — você jamais se sentirá livre.

Quando você poupa para ter um futuro financeiramente mais seguro, a questão por trás daquilo que você está fazendo é o medo. O medo de ficar sem dinheiro no futuro. Quem poupa nāo fica milionário, mas também não fica totalmente sem dinheiro.

Previdência complementar não tem nada a ver com saber poupar, tem a ver com saber gastar ...

A verdadeira liberdade vem da escolha. Da capacidade de escolher o que você vai adorar. De escolher como você mede valor. De viver por escolha, não por acaso.

Na previdência complementar, a verdadeira segurança financeira futura não vem de quanto você conseguiu poupar, ela vem de como você decide gastar seu dinheiro enquanto ele está entrando e como vai gastá-lo depois que ele parar de entrar.

Você tem o direito de escolher o que adorar ou na previdência complementar, você é que decide como gastar.

Lembre-se: Isso é Água

Credito de Imagem: FreePick


O discurso de Foster Wallace termina com uma mensagem forte:

O verdadeiro valor de uma educação genuína... quase nada tem a ver com conhecimento, tem tudo a ver com a simples consciência das coisas. A consciência daquilo que é real e essencial, aquilo que fica oculto à vista de todos ao nosso redor - o tempo todo - e que precisamos nos lembrar constantemente:

Isto é água. Isto é água.

Reinventar os fundos de pensão é mais importante, mais relevante do que nunca, num mundo em que as incertezas aumentam a cada dia, em que a sensação de insegurança é constante e o futuro nos trás cada vez mais medo e ansiedade ao invés de nos incutir esperança e otimismo.

Mas, como sempre, nós é que estamos no controle de como será esse futuro e somos totalmente capazes de extrair tudo o que desejarmos desta vida.

A água está ótima para os fundos de pensão:

Vamos nadar?

Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fonte: “The Speech That Changed How I See the World”, escrito por Sahil Bloom.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

DESACUMULAÇĀO NA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR: PORQUE GASTAR DINHEIRO É MUITO MAIS DIFICIL DO QUE ECONOMIZAR




De Sāo Paulo, SP.

O complexo industrial da aposentadoria – fundos de pensão, seguradoras, governo, gestores de investimentos, planejadores financeiros, Banco Central com sua semana de educação financeira – tornaram a poupança uma cruzada moral.

O roteiro é:

Acumule agora, viva depois. O diferimento da satisfação que decorre de gastar, em prol da poupança para um futuro melhor.

Contribua para seu plano de previdência complementar com o máximo possível para ter incentivo fiscal, guarde cada centavo que puder ao longo da vida, até chegar a idade de aposentadoria. E essa idade chega.

Agora você tem 60, 65,70 anos. A poupança que você acumulou durante sua carreira é real e pode até parecer impressionante, no papel.

Mas esse é um momento para o qual ninguém te preparou, nenhum programa de educação financeira abordou o assunto, nenhum fundo de pensão te orientou, nenhum governo quis saber:

A mudança de mentalidade, a virada da chave de poupar para gastar.

O oposto incômodo — e quase vergonhoso — da acumulação, o ato que faz parecer que você está infringindo a lei, chama-se “desacumulação”.

Toda disciplina que você cultivou ao longo da vida, abrindo mão de um cafezinho, contribuindo para um plano de saúde individual, investindo como um monge, se torna um fardo psicológico.

A parte mais fácil é poupar

Economizar parece nobre porque foi incutido em nossa cultura. As pessoas encaram a frugalidade como uma distinção:

“Eu me sacrifiquei. Apertei o cinto. Não mexi nas minhas economias”.

Toda vez que você checa seu saldo de conta e vê os juros compostos fazendo-o aumentar, recebe uma carga de dopamina.

Porem, assim que começa sua aposentadoria, essa carga de dopamina muda de sinal. A utilização do saldo de conta que você acumulou por décadas, o faz sentir como um ladrão.

De repente, você é o vilão da sua própria história, consumindo a pilha de dinheiro que levou 40 anos para acumular. Os estudiosos da economia comportamental chamam isso de aversão a perda.

A dor que você sente ao ver o dinheiro sair da sua conta de previdência complementar é duas vezes maior do que o prazer de vê-la crescer. Na fase de desacumulação essa dor é recorrente, você a revive todo mês.

O sistema nāo foi construído para gastar

Credito de Imagem: www.vamosprosperar.com


O sentimento psicológico não é o único problema. O sistema de previdência complementar e os fundos de pensão em si mesmos, foram desenhados para acumulação, nāo para desacumulação.

Toda arquitetura de planos CD, de PGBLs, VGBLs, perfis de investimentos, foi pensada como uma armadilha para reter o capital, não para liberá-lo.

Veja por exemplo o regime tributário regressivo, quanto mais tempo você deixa o dinheiro intocado, menos imposto você paga. A penalidade para quem gasta muito cedo vem na forma de um tapa de 35% de alíquota de imposto.

Orientação no momento de receber a renda mensal, ajuda sobre a melhor forma de resgatar valores do saldo de conta acumulado durante a aposentadoria? Risível.

Ninguém fala da volatilidade dos juros, da inflação, do saldo decrescente, do impacto desses e outros fatores sobre sua renda mensal.

Os aposentados ficam com o pior dos dois mundos: de um lado um sistema que desencoraja os gastos e do outro um que estima a duração da renda com projeções tão frágeis que fazem a astrologia parecer ciência.

Os perigos do “e se?”

A desacumulação nāo é apenas um problema matemático, é uma máquina de criar ansiedade. Toda vez que você considera receber determinado montante do saldo de conta acumulado em um plano CD, é acometido por uma tempestade de “e se?”:

  • E se eu viver até os 100 anos?

  • E se o retorno dos investimentos cair esse mês?

  • E se a inflação desgarrar de novo?

  • E se meu cônjuge precisar de cuidados médicos?

  • E se reduzirem o benefício do INSS?

De repente, aquela viagem a Buenos Aires parece irresponsável. A reforma do banheiro pode ser imprudente. Até pagar um jantar de aniversario para seus filhos pode desencadear uma espiral de pânico.

Quando você está poupando as incertezas te levam a economizar mais, quando você está desacumulando, as incertezas te paralisam.

A armadilhada herança

Filhos, netos, bisnetos, você se preocupa com todo mundo então o roteiro padrão torna-se deixar um legado financeiro para eles, mesmo quando não era esse o seu plano.

Por isso vemos pessoas com 85 anos vivendo como mendigos enquanto seus planos de previdência complementar estão abarrotados de dinheiro. Mas a realidade é que:

Seus filhos prefeririam que você nāo se martirizasse. Eles querem que você viagem, aproveite a vida, viva. A menos que sejam mimados, se forem, pare de dar presentes para eles.

Dinheiro foi feito para ser gasto e durante a aposentadoria, gastar significa ser usado em experiências, conforto e momentos alegres. Nāo foi feito para ser guardado até o seu obituário.

Aposentadoria não é planilha e planejamento nāo é cura

Credito de Imagem: www.minhavida.com.br


Os fundos de pensão acham que a solução para a fase de desacumulação está em: simuladores de benefícios, projeções pelo método de Monte Carlo, perfis de investimentos conservadores.

Você passa décadas fazendo uma dieta financeira e de repente te convidam para um banquete. Você simplesmente nāo sabe o que deve comer. Uma ideia radical:

A aposentadoria não é uma equação baseada em matemática, é uma equação baseada em tempo!

Você nāo sabe quanto tempo tem pela frente. Seu dinheiro é flexível, renovável, fungível. Seu tempo nāo é. Cada ano que você passa hesitando em usar o dinheiro que economizou para a aposentadoria, é um ano que não volta jamais.

A cultura da acumulação nos ensina a ter medo da falta de dinheiro. Mas o maior risco — aquele que ninguém coloca em um belo gráfico — é o de ficar sem tempo, sem tempo para viver mais um pouco.

Gaste com vontade

A desacumulação é difícil porque vai de encontro a tudo aquilo que somos ensinados sobre dinheiro. Gastar suas economias soa algo errado, arriscado, até mesmo vergonhoso.

Não obstante, a aposentadoria é um capítulo da nossa vida no qual gastar é nāo apenas permitido – gastar é exatamente o objetivo.

Seu futuro eu nāo quer saber sobre perfis de investimentos, rebalanceamento de carteira, tábuas atuariais. O que importa para ele é se você fez aquela viagem dos sonhos, jantou naquele restaurante bacana, foi ao show de rock da década.

Entāo, vá em frente. Gaste esse maldito dinheiro. Não de modo imprudente, não de forma tola — mas com propósito.

Porque o mais assustador sobre a desacumulação não é ficar sem dinheiro antes do fim da vida. É ficar sem vida antes do fim do dinheiro

Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fonte: “Decumulation Nation: Why Spending Money Is Harder Than Saving It”, escrito por Troy Breiland.


AO DEIXAR OS FUNDOS DE PENSĀO FORA DA ERA DOS ATIVOS DIGITIAIS, OS TECNOCRATAS BRASILEIROS ATRASAM INOVAÇŌES NO SETOR

 


De Sāo Paulo, SP.


Sabe aquele ditado “água mole em pedra dura ...”? Pois é, vou batendo insistentemente nessa tecla para ver se essa turma do governo se toca.

Estamos perdendo a oportunidade de desenvolver inovações como a que foi anunciada essa semana por uma fintech britânica chamada PensionPay.

Em uma parceria com a VISA, a PensionPay lançou uma solução que facilita o acesso dos aposentados aos meios de pagamento da era dos ativos digitais.

Um cartão de débito da bandeira Visa atrelado a uma carteira digital (digital wallet) permitem que o aposentado utilize o dinheiro acumulado na conta de seu plano de contribuição definida para fazer retiradas (resgates) e pagamentos.

A solução desenvolvida pela PensionsPay funciona na modalidade “white label”.

“White Label” se refere a produtos ou serviços produzidos por uma empresa, mas comercializados sob a marca de outra. Ou seja, a empresa que adota uma solução “white label” não precisa se preocupar com a produção ou desenvolvimento do produto ou serviço, mas sim com a promoção e a venda sob sua própria marca. EM outras palavras, o fundo de pensão simplesmente utiliza a solução como se ele mesmo a tivesse desenvolvido.

A PensionPay acredita que a solução pode melhorar a experiência do usuário – que no caso é o aposentado – melhorar a retenção e atender as exigências regulatórias que buscam fazer os fundos de pensão entregarem valor aos participantes condizente com o que cobram de despesas administrativas, um conceito conhecido como Value for Money.

Value for Money (VfM) é uma relação custo-benefício que busca a combinação ideal entre custo (despesa administrativa) e qualidade do serviço (plano de previdência complementar) oferecido por fundo de pensão aos seus participantes e não apenas o menor preço. É uma medida da efetividade do custo, que envolve o equilíbrio entre eficiência econômica (obtenção de recursos ao menor custo), eficiência operacional (alto rendimento a partir dos insumos) e eficácia (alcance dos resultados desejados). Um componente fundamental do VfM é a comparação dos custos e benefícios de diferentes opções de fundo de pensāo, considerando o longo prazo.

A plataforma chamada de “The Pension Pay” é a primeira no Reino Unido que oferece uma carteira digital para custodiar a poupança de aposentadoria e os investimentos dos participantes de fundos de pensão.

A plataforma permite que os aposentados façam retiradas instantâneas e livre de impostos, do dinheiro acumulado em seus planos CD, controlando intuitivamente seus gastos e sua poupança de aposentadoria.

O proposito da PensionPay é simplificar o acesso dos aposentados à sua renda de aposentadoria, tornando o processo mais rápido e conveniente para os poupadores.

Nas palavras de Duncan Rutherford, fundador e CEO da PensionPay: “Trabalhar com a Visa nos permite conectar a renda de aposentadoria à uma infraestrutura de pagamentos que as pessoas já conhecem e na qual confiam em sua vida diária”

Duncan tem razão quando bate na tecla de que os participantes dos fundos de pensão nāo possuem controle, nem conhecimento do funcionamento por trás das contas individuais de seus planos de previdência complementar – o que gera desconfiança.

O head de desenvolvimento de novos negócios da Visa no Reino Unido & Irlanda, Claire Dopson, complementou: “A Visa assumiu o compromisso de dar apoio á inovações que tornem mais convenientes e seguras as experiencias financeiras das pessoas em seu dia a dia. Ao colaborar com empresas como a PensioPay, ajudamos a expandir o acesso das pessoas a soluções de pagamento confiáveis e fáceis de usar, ajudando-as a fazer a gerir seu dinheiro de aposentadoria.

A solução foi criada a partir de uma pesquisa feita pela PensionPay para entender o que os aposentados esperam de seus provedores de serviços de previdência complementar e fundos de pensāo.

O estudo revelou uma “lacuna clara” entre a forma como rendas de aposentadoria são administradas pelos fundos de pensāo e como as pessoas vivem, sugerindo que os aposentados não estão desengajados de suas poupanças, mas sim mal atendidos/servidos.

Alguns resultados da pesquisa:

  • 67% dos aposentados em planos CD na faixa etária de 55-59 anos consideraria trocar de fundo de pensão que oferecesse acesso flexível ao saldo de conta do plano de previdência complementar, melhores ferramentas financeiras e descontos;

  • 56% de todos os respondentes estao abertos a tentar soluções oferecidas por fintechs para gerenciar seu benefício de previdência complementar de modo mais individualizado e Seguro;

  • 41% das pessoas na faixa etária de 55-59 anos prefeririam acessar suas poupanças de previdência complementar “sob demanda” ao invés de receberem do fundo de pensão uma renda mensal paga em valor fixo; e

  • 57% dos respondentes em todos os tipos de plano (CD e BD) disseram que ajudaria muto de recebessem mensalmente um extrato mostrando todos os gastos feitos com sua renda de aposentadoria.

Os fundos de pensão utilizam plataformas de negócio e sistemas ultrapassados, que nāo refletem como a vida moderna funciona. Apesar de mais e mais participantes entrarem na fase de “desacumulação” de suas poupanças previdenciárias, os sistemas dos fundos de pensão continuam desenhados para a fase de acumulação.

Vai vendo, sāo soluções assim que os aposentados em fundos de pensão brasileiros estāo perdendo.

Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fonte: “PensionPay announces collab with Visa in bid to bring innovation to pension access”, escrito por Jonathan Stapleton; “Pension platform PensionPay launches amid concerns retirees are ‘underserved’”, escrito por Paige Perrin.


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