quinta-feira, 9 de julho de 2009
Towers Watson: Números da "fusão"
De Washington, DC
O nome da nova companhia será "Towers Watson & Co". Considerando que a Watson Wyatt era isoladamente maior do que a Towers, o fato desse último nome preceder o da Watson soou um pouquinho estranho.
Fica ainda mais nebuloso pelo fato de não terem anunciado onde será a sede da nova empresa. Divulgaram apenas uma pista, o quartel general da Towers-Watson (TW) será no nordeste dos EUA.
Considerando que a base da Towers é hoje em Stamford-Connecticut e a da Watson fica aqui perto de Washington, em Arlington-Virgínia, eu diria que é a Watson quem está dando as cartas....
As duas em números:
* Receitas anuais totais em 2008:
- Watson = US$ 1,7 bilhões;
- Towers = US$ 1,7 bilhões
* Receitas anuais na área de benefícios:
- Watson = US$ 1,5 bilhões;
- Towers = US$ 900 milhões
- Combinadas = US$ 2,4 bilhões
* Número de empregados:
- Watson = 7.700
- Towers = 6.300
As receitas anuais combinadas, de US$ 2,4 bilhões, reportadas na área de benefícios respondem por 55% do total de receitas da Towers-Watson e a colocam em primeiro lugar no ranking, deixando a Mercer em segundo com US$ 1,9 bilhões (base 2008).
A Mercer emitiu uma nota dizendo que sempre atuou em um ambiente competitivo e que está confiante com o reconhecimento de seus pontos fortes pelo mercado e por seus clientes que, entende, continuarão a privilegiar a sua marca. Disse, ainda, que a competição com a nova firma será saudável.
Na segunda-feira que passou, dia 7 de julho, conversei em Nova York com o presidente de uma das grandes firmas globais de consultoria em benefícios. Ele me disse que o pessoal da Mercer ainda está meio perdido, sem saber o que vão fazer, mas assim que souberem, informarão ao mercado...
Segundo especialistas, a Watson possui maior presença global do que a Towers e domina alguns mercados importantes como o da Inglaterra. Por outro lado a Towers, diferentemente da Watson, trabalha com consultoria para seguradoras e possui uma unidade de corretagem de resseguros, sendo mais forte na área de saúde.
A união deve complementar as duas empresas, mas deixará algumas lacunas como a de serviços de administração terceirizada de benefícios, uma área dominada globalmente pela Hewitt e no Brasil pela Mercer.
A Watson saiu desse setor em 1990 quando abandonou a joint-venture que mantinha com a "State Street Global Advisors". Já a Towers, vendeu há alguns anos, para a EDS quase 90% desse " business" e se livrou dos 10% restantes em junho passado, vendendo o restante para a HP antes de anunciar a fusão.
A fusão ainda não foi aprovada pela autoridades "antitrust" dos EUA, mas estas deverão dar um ok uma vez que continuará existindo competição num setor que não possui barreira a entrada de novas empresas.
Os acionistas da Watson votarão a fusão no terceiro trimestre. A esperar.
Grande abraço
Eder.
Fonte: Business Insurance
O nome da nova companhia será "Towers Watson & Co". Considerando que a Watson Wyatt era isoladamente maior do que a Towers, o fato desse último nome preceder o da Watson soou um pouquinho estranho.
Fica ainda mais nebuloso pelo fato de não terem anunciado onde será a sede da nova empresa. Divulgaram apenas uma pista, o quartel general da Towers-Watson (TW) será no nordeste dos EUA.
Considerando que a base da Towers é hoje em Stamford-Connecticut e a da Watson fica aqui perto de Washington, em Arlington-Virgínia, eu diria que é a Watson quem está dando as cartas....
As duas em números:
* Receitas anuais totais em 2008:
- Watson = US$ 1,7 bilhões;
- Towers = US$ 1,7 bilhões
* Receitas anuais na área de benefícios:
- Watson = US$ 1,5 bilhões;
- Towers = US$ 900 milhões
- Combinadas = US$ 2,4 bilhões
* Número de empregados:
- Watson = 7.700
- Towers = 6.300
As receitas anuais combinadas, de US$ 2,4 bilhões, reportadas na área de benefícios respondem por 55% do total de receitas da Towers-Watson e a colocam em primeiro lugar no ranking, deixando a Mercer em segundo com US$ 1,9 bilhões (base 2008).
A Mercer emitiu uma nota dizendo que sempre atuou em um ambiente competitivo e que está confiante com o reconhecimento de seus pontos fortes pelo mercado e por seus clientes que, entende, continuarão a privilegiar a sua marca. Disse, ainda, que a competição com a nova firma será saudável.
Na segunda-feira que passou, dia 7 de julho, conversei em Nova York com o presidente de uma das grandes firmas globais de consultoria em benefícios. Ele me disse que o pessoal da Mercer ainda está meio perdido, sem saber o que vão fazer, mas assim que souberem, informarão ao mercado...
Segundo especialistas, a Watson possui maior presença global do que a Towers e domina alguns mercados importantes como o da Inglaterra. Por outro lado a Towers, diferentemente da Watson, trabalha com consultoria para seguradoras e possui uma unidade de corretagem de resseguros, sendo mais forte na área de saúde.
A união deve complementar as duas empresas, mas deixará algumas lacunas como a de serviços de administração terceirizada de benefícios, uma área dominada globalmente pela Hewitt e no Brasil pela Mercer.
A Watson saiu desse setor em 1990 quando abandonou a joint-venture que mantinha com a "State Street Global Advisors". Já a Towers, vendeu há alguns anos, para a EDS quase 90% desse " business" e se livrou dos 10% restantes em junho passado, vendendo o restante para a HP antes de anunciar a fusão.
A fusão ainda não foi aprovada pela autoridades "antitrust" dos EUA, mas estas deverão dar um ok uma vez que continuará existindo competição num setor que não possui barreira a entrada de novas empresas.
Os acionistas da Watson votarão a fusão no terceiro trimestre. A esperar.
Grande abraço
Eder.
Fonte: Business Insurance
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Um comentário:
Muito difícil saber o que acontecer no Brasil.
Luiz Roberto Gouvêa (Towers Perrin) será o responsável pela América Latina. Portanto, qual a chance de um executivo da Watson Wyatt ser o "Country Manager"?
Hoje, as esperanças das duas empresas se residem na aposentadoria de alguns consultores, tanto da WW como na TP para que haja uma oxigenação das empresas.
Mas, no mercado, isso não é visto com bons olhos pois alguns dos chamados "Consultores Sêniors" da WW ainda não encontraram o primeiro cabelo branco em suas cabeças.
Alias, a tentativa da WW em entrar no mercado de investimentos foi um total desastre, de acordo com os analistas do mercado. Razão: o principal executivo envolvido é um nome desconhecido no mercado, sem nenhuma especialização na área.
Onde alguem deixa brechas, outro alguem sempre aproveita, certo?
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