domingo, 9 de agosto de 2009

Cobertura de Seguro na Fronteira Final



O “Turismo Espacial” será um grande pulo para as seguradoras. Há poucos dias comemoramos o aniversário de 40 anos do primeiro pouso na lua. Ainda faltam alguns anos para vermos vôos privados levando passageiros para visitar estações espaciais ou para experimentar a falta de gravidade em passeios nas órbitas baixas da terra.

A primeira empresa a levar passageiros para o espaço foi a Space Adventures Ltd., baseada na cidade de Vienna, no estado de Virgínia-EUA. Desde 2001 foram seis passageiros, cada um pagou US$ 20 milhões ou mais. Outra empresa, a Virgin Galatic, já vendeu antecipadamente 300 passagens para vôos sub-orbitais que sequer foram marcados. A empresa planeja iniciar seus vôos a partir de 2011.

A FAA – Federal Aviation Administration, órgão que, além da aviação civil, regula os vôos espaciais privados nos EUA, estima que o turismo espacial possa gerar em 2021 receitas anuais de US$ 1 bilhão.

Um subscritor de riscos aeroespaciais faz um paralelo com a história das empresas privadas que primeiro tentaram lançar satélites. Ele sugere que as seguradoras que atuarão com o ramo de turismo espacial podem esperar ao menos uma perda nos estágios iniciais.

Jeffrey Poliseno – CEO da International Space Brokers Inc., uma divisão da Aon Risk Services, acha que o turismo especial representa um risco bem diferente do lidado com lançamento de satélites e que os dois não podem ser comparados. Ele opina que os subscritores de risco do turismo espacial vão querer ver intensivos testes de vôo e um histórico demonstrando sua confiabilidade antes de colocarem capital nessa área.

“Deve se tornar muito mais um risco relacionado à aviação do que um risco de lançamento”, diz Mark Quinn – Vice-Presidente Sênior da Willis Inspace, uma divisão especializada em espaço da Willis Group Holdings Ltd. “Muitas empresas de turismo espacial estão falando em fazer múltiplos vôos semanais – uma freqüência de vôos muito maior do que a experimentada pelos provedores de lançamento (de satélites)”.

Quanto ao tipo de cobertura, Poliseno diz que em suas conversas ouviu temores quanto ao passivo representado pela morte dos passageiros. “Estes (os aparelhos espaciais) são obviamente ativos muito caros carregando indivíduos que valem muito”, disse ele.

Quinn informa que a FAA exige das companhias de satélites e dos prestadores de serviço de lançamento, seguro de responsabilidade contra terceiros cuja cobertura para uma perda estimada máxima seja de US$ 500 milhões. Porém, o montante de perda que eles acabam precisando é de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões, ou menos, segundo Quinn.

Ele especula que o mercado terá capacidade de cobertura dos riscos de propriedade e de responsabilidade da ordem de US$ 500 milhões por vôo.


Como podemos perceber, as seguradoras americanas se preparam para o futuro com muita antecedência. Uma lição muito boa para seguirmos.

Grande abraço,

Eder.

Fonte: Business Insurance

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