domingo, 1 de novembro de 2009
Planos CD em discussão nos EUA, logo após o pico da crise econômica. Porque ainda não no Brasil?
De Cajamar, SP.
A crise econômica global afetou o retorno dos investimentos e as economias acumuladas pelos empregados em seus planos de aposentadoria. A queda nos investimentos foi drástica nos EUA, mas menor aqui no Brasil.
Estima-se que em 2008 os americanos perderam cerca de ¼ de suas poupanças voltadas para a aposentadoria.
No Brasil, apesar de menor, houve perda também. Se a crise tivesse atrasado uns cinco anos, as perdas de patrimônio dos fundos de pensão e das seguradoras daqui teriam sido bem maiores.
Mas porque os planos CD estão sendo rediscutidos pelos americanos? Bem, vamos colocar esse assunto em contexto para poder entender.
Antes da crise
Desde meados da década de 90 as empresas no mundo todo vem se afastando dos planos de benefício definido (BD) em troca do modelo de contribuição definida (CD).
O fenômeno é global porque as duas principais razões por trás desse movimento também são mundiais:
(i) Aumento da longevidade – As pessoas estão vivendo cada vez mais. O limite da vida humana está hoje em 123 anos e continua sendo empurrado para a frente. Continuar a oferecer planos BD, significaria custos crescentes e compromissos cada vez maiores para as empresas.
(ii) Regras contábeis internacionais – Após os escândalos corporativos - Enron, WorldCom etc. - tornaram-se muito mais rígidas as regras para registro dos compromissos nos balanços das empresas. Planos BD afetam o resultado, o custo de capital e o valor das ações das empresas, não são bons para o negócio.
Nos planos CD, 401(k) nos EUA, o saldo acumulado pelas contribuições de empresas e empregados é pago á vista ou através de uma renda financeira.
Não existe a opção de “renda vitalícia” nesses planos, que garanta os pagamentos até o falecimento do participante. Portanto, não há compromissos a serem registrados nos balanços das empresas.
Após a crise
As empresas americanas estão percebendo que precisam fazer algo com relação à transferência do risco da longevidade para o participante, representada pelos planos CD.
Ou seja, é preciso assegurar que as economias voltadas para a aposentadoria não fiquem expostas a perdas nos planos CD, forçando os empregados a adiarem suas aposentadorias.
A pesquisa intitulado “2009 American Dream Study”, patrocinado pela seguradora MetLife, apontou que 80% das pessoas estão muito mais preocupadas com estabilidade e garantias na aposentadoria do que com retornos. Isso vai na contramão do plano CD.
“Depois que eliminamos nosso plano BD, queremos poder fazer todo o possível para ajudar nossos empregados”, disse Tony Cost, Vice-Presidente de RH da Silgan Containers Corp., fabricante de potes plásticos para alimentos, baseada em Woodlands Hills - Califórnia-EUA.
A alternativa que as empresas americanas estão estudando é o oferecimento de “annuities” como uma das alternativa de investimento dos planos CD.
Uma “annuity” é uma renda vitalícia comprada ao longo da carreira do empregado junto a uma seguradora. Ao invés de destinar toda a contribuição mensal para uma das opções de fundo de investimentos do plano CD, parte do dinheiro é usada para comprar uma renda vitalícia.
E no Brasil?
Por aqui, abaixo da linha do Equador, as empresas estão indo em sentido contrário e retirando a renda vitalícia como alternativa de benefícios dos planos CD.
Jody Strakosch – Diretora de Alianças Estratégicas da MetLife Inc. em Nova York – EUA comentou: “As empresas tem sido boas em dizer para as pessoas economizarem uma pilha de dinheiro. No que elas não tem sido boas é em ajudar as pessoas a converter isso em renda de aposentadoria”.
Esse comentário vale também para várias patrocinadoras de planos CD administrados por fundos de pensão aqui no Brasil. Muitas pensam não haver alternativa para resolver o impasse dos planos CD, mas há.
Em 2006 eu criei e implantei um modelo de previdência complementar para resolver esse problema. Foi desenvolvido para uma empresa Portuguesa com operações no setor de energias aqui no Brasil. Funciona perfeitamente!
Quer saber como funciona? Entre em contato comigo e terei prazer em partilhar esse conhecimento.
Forte abraço,
Eder.
Fonte – Business Insurance – By Louise Escola
A crise econômica global afetou o retorno dos investimentos e as economias acumuladas pelos empregados em seus planos de aposentadoria. A queda nos investimentos foi drástica nos EUA, mas menor aqui no Brasil.
Estima-se que em 2008 os americanos perderam cerca de ¼ de suas poupanças voltadas para a aposentadoria.
No Brasil, apesar de menor, houve perda também. Se a crise tivesse atrasado uns cinco anos, as perdas de patrimônio dos fundos de pensão e das seguradoras daqui teriam sido bem maiores.
Mas porque os planos CD estão sendo rediscutidos pelos americanos? Bem, vamos colocar esse assunto em contexto para poder entender.
Antes da crise
Desde meados da década de 90 as empresas no mundo todo vem se afastando dos planos de benefício definido (BD) em troca do modelo de contribuição definida (CD).
O fenômeno é global porque as duas principais razões por trás desse movimento também são mundiais:
(i) Aumento da longevidade – As pessoas estão vivendo cada vez mais. O limite da vida humana está hoje em 123 anos e continua sendo empurrado para a frente. Continuar a oferecer planos BD, significaria custos crescentes e compromissos cada vez maiores para as empresas.
(ii) Regras contábeis internacionais – Após os escândalos corporativos - Enron, WorldCom etc. - tornaram-se muito mais rígidas as regras para registro dos compromissos nos balanços das empresas. Planos BD afetam o resultado, o custo de capital e o valor das ações das empresas, não são bons para o negócio.
Nos planos CD, 401(k) nos EUA, o saldo acumulado pelas contribuições de empresas e empregados é pago á vista ou através de uma renda financeira.
Não existe a opção de “renda vitalícia” nesses planos, que garanta os pagamentos até o falecimento do participante. Portanto, não há compromissos a serem registrados nos balanços das empresas.
Após a crise
As empresas americanas estão percebendo que precisam fazer algo com relação à transferência do risco da longevidade para o participante, representada pelos planos CD.
Ou seja, é preciso assegurar que as economias voltadas para a aposentadoria não fiquem expostas a perdas nos planos CD, forçando os empregados a adiarem suas aposentadorias.
A pesquisa intitulado “2009 American Dream Study”, patrocinado pela seguradora MetLife, apontou que 80% das pessoas estão muito mais preocupadas com estabilidade e garantias na aposentadoria do que com retornos. Isso vai na contramão do plano CD.
“Depois que eliminamos nosso plano BD, queremos poder fazer todo o possível para ajudar nossos empregados”, disse Tony Cost, Vice-Presidente de RH da Silgan Containers Corp., fabricante de potes plásticos para alimentos, baseada em Woodlands Hills - Califórnia-EUA.
A alternativa que as empresas americanas estão estudando é o oferecimento de “annuities” como uma das alternativa de investimento dos planos CD.
Uma “annuity” é uma renda vitalícia comprada ao longo da carreira do empregado junto a uma seguradora. Ao invés de destinar toda a contribuição mensal para uma das opções de fundo de investimentos do plano CD, parte do dinheiro é usada para comprar uma renda vitalícia.
E no Brasil?
Por aqui, abaixo da linha do Equador, as empresas estão indo em sentido contrário e retirando a renda vitalícia como alternativa de benefícios dos planos CD.
Jody Strakosch – Diretora de Alianças Estratégicas da MetLife Inc. em Nova York – EUA comentou: “As empresas tem sido boas em dizer para as pessoas economizarem uma pilha de dinheiro. No que elas não tem sido boas é em ajudar as pessoas a converter isso em renda de aposentadoria”.
Esse comentário vale também para várias patrocinadoras de planos CD administrados por fundos de pensão aqui no Brasil. Muitas pensam não haver alternativa para resolver o impasse dos planos CD, mas há.
Em 2006 eu criei e implantei um modelo de previdência complementar para resolver esse problema. Foi desenvolvido para uma empresa Portuguesa com operações no setor de energias aqui no Brasil. Funciona perfeitamente!
Quer saber como funciona? Entre em contato comigo e terei prazer em partilhar esse conhecimento.
Forte abraço,
Eder.
Fonte – Business Insurance – By Louise Escola
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