domingo, 21 de julho de 2019

O quase acidente do pouso na Lua e a reação humana que se sobrepôs à maquina: assuma o comando da sua aposentadoria!





De São Paulo, SP.

sucessão de eventos extraordinários, capazes de provocar admiração e surpresa ate hoje em função de sua grandiosidade, que culminou com o primeiro pouso do homem na Lua em 20 de julho de 1969, completou 50 anos ontem. 

O que muita gente talvez não saiba, é que não foi uma jornada fácil e no caminho final do pouso na Lua houve uma sequencia de eventos que por pouco não terminou em desastre.

A certa altura na trajetória de descida, os astronautas foram surpreendidos por um bug nos computadores. Em um momento em que os astronautas precisavam decidir se continuavam ou abortavam a decida, soou o alarme 1202 e ninguém sabia o que era. 

Alguns momentos de tensão se seguiram, até descobrirem que o erro 1202 era uma sobrecarga de dados no computador, que havia sido projetado para reiniciar e restabelecer a memoria caso isso acontecesse. Ou seja, não era necessário abortar a missão por causa daquele alarme.

Resolvido o problema, os astronautas enfrentaram um desafio ainda maior bem rente a superfície, quase chegando no local planejado para a descida.

O único registro visual do histórico pouso da Apollo 11 na Lua, foi feito por uma filmadora de 16mm, com compressão de vídeo de 06 quadros por segundo.

Em termos de comparação, para você ter uma ideia, o Iphone X filma hoje com uma compressão de 52 quadros por segundo. Essa resolução de imagem produz um vídeo muito mais nítido em nossos dias do que os daquela época.

A câmara foi montada na janela do lado direito do modulo de pouso lunar, apelidado de Eagle (que significa águia, em Inglês), onde estava o astronauta Buzz Aldrin. O famoso vídeo do pouso na Lua, que todos assistiram, foi filmado por essa câmara e mostrava o visual que Aldrin estava enxergando. 

Devido ao tamanho reduzido das janelas do Eagle e ao angulo em que a filmadora foi montada, não foi possível filmar o que viu Neil Armstrong, que estava pilotando o modulo, ao fazer a aproximação para tentar pousar no solo lunar.

O modulo estava em piloto automático quando Armstrong, um experiente piloto de testes da força aérea Americana, mudou repentinamente o comando para controle manual. 

O que o levou a fazer essa manobra brusca, não foi filmado na época e a razão para isso ter acontecido só agora pôde ser vista.

Reconstrução visual do pouso na Lua

Quando o modulo lunar pousou, restavam apenas 30 segundos de combustível em seus tanques, consequência da manobra manual que Armstrong precisou fazer. Durante o procedimento de descida e aproximação para o pouso, Armstrong notou que havia um grande obstáculo, que impediria um pouso seguro. Ele teve que pensar rápido.

A equipe do LROC – Lunar Reconnaissance Orbiter Cameras reconstruiu imagens dos últimos três minutos da trajetória de pouso do Eagle.

Nota: Em operação desde 2009, em órbita da Lua, a LROC é um conjunto de três câmeras da alta resolução, acopladas na sonda LRO – Lunar Reconnaissance Orbiter, da NASA, que capturam fotos da superfície lunar para mapear sua topografia. 

Os cientistas usaram dados de latitude, longitude, altitude, velocidade e orientação que ficaram gravados nos controles da missão. Usaram, também, pontos de referencia e informações de altitude, do gravador de vozes, que eram informadas a todo instante por Buzz Aldrin para Huston, antes do pouso. 

Partindo desses dados sobre a trajetória do modulo, da topografia e imagens de alta resolução fornecidos pelas câmeras do LROC, os cientistas simularam a cena que Armstrong viu naquele minutos finais em que ele guiava o modulo lunar para o pouso na superfície da Lua. 

O resultado ficou extraordinário, saca só. 

Momentos quase fatais

O obstáculo, que poderia ter sido fatal para os astronautas e teria transformado o pouso na Lua em uma tragédia, aparece de forma clara no vídeo. 

Armstrong logo nota, no começo do vídeo, que o ponto de pouso estava situado numa região pedregosa e inclinada, no flanco nordeste de uma cratera batizada de West Crater, que tem 190 metros de diâmetro.

Então, ele assume o controle manual da nave e começa a voar horizontalmente em busca de um local mais seguro para pousar. Armstrong estava muito concentrado e ocupado demais para explicar a manobra para o centro de controle na Terra. 

No vídeo você consegue perceber ele guiando cuidadosamente o modulo, passando entre as crateras e outros obstáculos no solo, procurando uma área segura para descer. 

“Claro que ele conseguia se inclinar para a frente e para trás e virar a cabeça para os lados para ter uma visão melhor do que a imagem simples e estática apresentada nessa reconstrução em vídeo", disse Mark Robinson, que liderou a equipe de trabalho do LROC. "No entanto, nossa simulação em vídeo permite reviver aqueles momentos dramáticos", completa ele.

A última cratera que se vê passando por baixo do modulo é chamada de Little West Crater, foi essa cratera que Armstrong visitou rapidamente durante sua caminhada de duas horas pela superfície lunar.

No vídeo reconstruído você nota uma coisa estranha surgindo no lado esquerdo da imagem fotografada pelo LROC: trata-se da parte do modulo que ficou na Lua. Claro que Armstrong não viu isso na cena real.

Naquele dia ele visualizou apenas a superfície estéril da Lua e foi ali que ele pousou. A razão de vermos a parte do modulo que ficou por lá é que se trata de um vídeo reconstruído com base em imagens tiradas apos o pouso da Apollo 11 na Lua.



Lição de previdência

Assim como Armstrong, você precisa assumir o controle manual da sua preparação para a aposentadoria. Não adiante ligar o piloto automático e achar que tudo vai dar cetro sozinho, ha imprevistos pelo caminho.

Se Armstrong não tivesse assumido o controle manual do modulo de pouso, a historia provavelmente teria se desenrolado de forma diferente. 

Faça um plano de previdência complementar e pouse suavemente quando sua aposentadoria chegar. Ou você vai arriscar posar em local desconhecido? 


Grande abraço,
Eder.



Adaptado do artigo “  “, escrito por  Elizabeth Howell
Credito de imagens: NASA

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