domingo, 24 de dezembro de 2023

FELIZ NATAL! QUE O ANO NOVO ILUMINE O CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE DOS FUNDOS DE PENSĀO

 




De Sāo Paulo, SP.

👉 No espírito filosófico: “Se uma árvore cai na floresta e não há ninguém por perto para ouvir, a queda faz algum barulho”? Poderíamos perguntar, então: “Se um fundo de pensão morre e nenhum conselheiro dos demais fundos de pensão presta atenção e se importa, isso afeta o segmento de previdência complementar”?

👉 Minha opinião pessoal: “Claro que afeta”.

👉 Muitos fundos de pensão foram criados e desapareceram ao longo da história dos planos corporativos de previdência complementar. Quando a extinção de fundos de pensão se torna uma tendencia, isso tem a ver com a sustentabilidade futura desse mercado, não tem a ver com o meu ou o seu fundo de pensão individualmente, embora muitos tenham a tendência arrogante de assumir que são o único ator que importa no segmento.

👉 Os sinais de que muitos fundos de pensão estão na iminência de morrer deveria injetar uma dose bastante necessária de humildade em todos nós e servir de chamado para que cada ator do segmento coopere na busca do caminho da sobrevivência dessa solução social tão necessária para um futuro mais seguro e tranquilo para todos nós.

👉 Com o espírito de cooperação, carinho pelo próximo e bem querer daqueles a quem queremos bem, desejo a todos um Natal iluminado e um 2024 repleto de saúde, paz e felicidades!

👉 Começa aqui minha pausa para descanso, vejo vocês no ponto onde se inicia uma nova orbita da Terra em torno do Sol.

Grande abraço,
Eder.

sábado, 23 de dezembro de 2023

PERDIDO NO PROPOSITO

 

 

1️⃣ ... se um fundo de pensão está perdido quanto ao seu propósito, se não sabe identificar o caminho para continuar entregando segurança financeira no futuro para seus participantes, é óbvio que ele não está perdido.

 

2️⃣ Só pode estar perdido quem tem muito bem definido o lugar especifico onde quer chegar.

 

3️⃣ Qual o proposito do seu fundo de pensāo?

 

Grande abraço.

Eder.

 


Fonte: “Lost in purpose”, escrito por Seth Godin.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

ANDANDO PELO CALÇADĀO, ANDANDO PELO MUNDO E REFLETINDO SOBRE OS PARTICIPANTES DOS FUNDOS DE PENSĀO

 


De Sāo Paulo, SP.


Hoje passei por 800 pessoas ao caminhar pelo calçadão da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Decidi olhar com mais atenção para elas, na medida em que cruzavam meu caminho. 

Das 800 pessoas, nenhuma era convencionalmente atrativa como as estrelas de cinema. Poucas se pareciam com as fotografias das propagandas nos quiosques.  

A maioria não seria escolhida para fazer um comercial. Talvez 40 tenham frequentado as melhores faculdades, quem sabe umas 10 pratiquem esportes profissionalmente. 

Todas pareciam mais gentis e sábias do que um típico personagem de novela de TV e se preocupavam muito com algo importante para elas.

Eram mais novas ou mais velhas do que o “consumidor alvo” da maioria dos produtos. Algumas usavam bengala, outras óculos ou aparelhos de audição. Umas poucas estavam em cadeira de rodas.

Um monte corria mais rápido do que eu e cada uma sabia algo sobre o qual eu nunca havia pensado. 


Credito de Imagem: www.pinterest.com


Se ampliarmos o zoom e imaginarmos passar aleatoriamente por 800 pessoas ao redor do mundo, teríamos uma percepção ainda melhor do que significa estar nesse planeta. 

Das 800, menos de 300 jamais teria andado de avião. Metade seria mais inteligente do que a média, 200 falariam um pouco de Inglês, 50 ganhariam só alguns dólares por dia. Quatro em ou cinco viveriam confinadas em pequenos espaços. 

Poucas causariam tanto impacto no clima quanto você e eu e mais de 600 delas estariam muito preocupadas com o que está acontecendo com o mundo a nossa volta. 

Por muito tempo, as soluções oferecidas em escala aos participantes dos fundos de pensão foram baseadas em caraterísticas médias idealizadas, que individualmente não existiam. 

Os planos de previdência complementar criaram suas próprias visões sobre o que deveriam entregar para garantir segurança financeira futura para seus participantes e amplificaram a divisão entre as diferentes classes de indivíduos e seus objetivos de vida multifacetados, para poder criar um pool unificado de ativos que investido em conjunto beneficiaria a todos.

Mas o que vemos quando assistimos TV, um filme no cinema ou olhamos para anúncios na mídia, quando olhamos uma pilha de currículos profissionais ou as características médias dos participantes de um fundo de pensão, isso não representa com precisão o mundo como ele é, os propósitos individuais, os objetivos de vida das pessoas.

Somos esquisitos, mas tudo bem.

Vale a reflexão.

Grande abraço,

Eder.


Fonte: “Walking the city, walking the world”, escrito por Seth Godin


domingo, 10 de dezembro de 2023

NĀO TENHA MEDO QUE SUA VIDA TERMINE; TENHA MEDO QUE ELA NUNCA COMECE: O VERDADEIRO ESPÍRITO DO ANO NOVO É A RENOVAÇĀO

 


De Sāo Paulo, SP.


A frase inicial é de Grace Hansen, o complemento é meu. Na medida em que a virada de 2023 para 2024 se aproxima, vale uma boa reflexão.

Esse ano que vai indo embora foi difícil para minha família. Minha sogra nos deixou em janeiro e meu irmão mais velho se foi no começo de novembro.

Se quisermos seguir em frente, com a alma leve, não devemos carregar para sempre o peso dessas coisas que a vida nos trás. 

Por isso, nesse apagar das luzes do Ano Velho, compartilho com vocês, que me dão o privilégio de acompanhar meus textos, uma antiga parábola Budista que eu amo.



Qual é o fardo que você ainda carrega?

Um monge idoso e um jovem monge estão caminhando juntos em sua jornada quando encontram um rio caudaloso, repleto de corredeiras.

Ao se prepararem para travessá-lo, eles veem uma mulher que luta para chegar ao outro. Ela grita por socorro, pedindo ajuda. Os dois hesitam, já que ambos juraram evitar contato com mulheres em seus votos religiosos.

O monge mais velho, então, anda em direção a mulher, a coloca em seus ombros, a carrega atravessando o rio e a coloca na outra margem, antes de seguir em sua jornada.

O monge mais jovem fica atordoado, mas não diz nada por muitos quilômetros, enquanto os dois seguem caminhando.

Até que finalmente, depois de várias horas, ele confronta o velho monge: 

“Não temos permissão de tocar uma mulher, como você pôde carregá-la daquele jeito”?

O velho monge faz uma breve pausa e responde:

”Eu a coloquei na margem do rio há quilômetros de distância, por que você continua a carregá-la”?


A lição é simples

Todos nós carregamos os fardos do nosso passado muito além da margem do rio, do ponto em que deveríamos tê-los deixado.

Podemos escolher nos agarrar a eles e continuar a sentir seu peso ou podemos optar por colocá-los no chão e seguir em frente mais leves.

Que fardos você continua carregando? 

Talvez seja hora de baixá-los na margem do rio ...

Feliz festa de fim de ano e que atravessemos 2024 sem o peso dos nossos fardos.

Grande abraço,

Eder.


Fonte: “Question to let go of the weight you carry: What is the burden that you're still carrying?”, escrito por Sahil Bloom



sábado, 9 de dezembro de 2023

FUNDOS DE PENSĀO: NEM VELOCIDADE, NEM DISPOSIÇĀO PARA MUDAR?

 



De Sāo Paulo, SP.


As duas forças que movem os negócios hoje em dia são a transformação tecnológica e a transição energética. As duas superpotências estão empatadas, com os EUA liderando a primeira por meio dos avanços na IA e a China a segunda, por dominar a produção dos equipamentos necessários para mudança da matriz energética do planeta. 

Numa entrevista para a revista Fortune, Zhang Fan – CEO da Guangzhou Automobile Group Motor Co.; Ltd ou simplesmente GAC, uma das maiores fabricantes de automóveis da China – disse pela qual os fabricantes americanos e europeus de EV (do inglês Electric Vehicles ou Veículos Elétricos) estão perdendo para os chineses a corrida pelo domínio global dos carros elétricos:

“Eu resumo em duas palavras-chave. Uma é ‘velocidade’, a outra ‘disposição’ para mudar. Em termos de velocidade os produtos criados pelos fabricantes de equipamentos originais internacionais têm uma vida útil de seis a oito anos e levam três a cinco anos para desenvolvimento. Para nós (chineses) tudo leva metade”  

Os planos de contribuição definida foram o último produto de previdência complementar desenvolvido e criado no setor de fundos de pensão. Os planos DC começaram a dominar a cena nos anos 1980. 

De lá para cá já se passaram mais de 40 anos e nenhum novo produto foi criado, nenhuma inovação surgiu, nada efetivamente foi desenvolvido.

Sendo breve, o segmento de previdência complementar está ficando para trás na era da economia digital e está a margem das duas forças que movem os negócios hoje.

Enquanto a maioria das empresas começa a olhar para a transformação tecnológica pelo espelho retrovisor, ela mal apareceu no para-brisa dos fundos de pensão. A contribuição dos fundos de pensão para a transição energética, que poderia ser um ponto de inflexão, dispensa comentários.

E você, o que pensa disso?


Grande abraço.

Eder


Fonte: “The superpower competition between the U.S. and China might be a draw”, escrito por Alan Murray.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

O MUNDO CORPORATIVO CONTINUA DOMINADO POR HOMENS, MAS DISCRIMINAR MULHERES POR SEREM AMBICIOSAS, AÍ JÁ É DEMAIS!

 



De Sāo Paulo, SP.


Alguns meses atrás uma jornalista da Revista Fortune entrevistou Ashley McEvoy, então Vice-Presidente Executiva da J&J e Presidente do Conselho Mundial de uma das divisões da gigante farmacêutica, a J&J MedTech, avaliada em US$ 27 bilhões.


Crédito de Imagem: www.pymnts.com

A jornalista, Emma Hinchliffe, analisou a trajetória profissional da executiva que liderou marcas de consumo famosas como Tylenol e Listerine e ascendeu na carreira até se tornar responsável por um negócio complexo no setor de saúde.

McEvoy, 53 anos, estava na J&J há 27 anos na época da entrevista e no final da conversa foi perguntada se queria ser CEO.

A pergunta é feita corriqueiramente aos executivos entrevistados pela Revista Fortune, porque diz muito sobre a jornada do profissional – se ele/ela se vê subindo ou descendo na carreira, se chegar no topo importa, se valoriza mais a vida pessoal ou se tem outras perspectivas sobre o trabalho que faz.

Por exemplo, Sarah Jones Simmer, ex-executiva da Bumble que se tornou CEO de uma startup de emagrecimento chamada Found, disse na entrevista dela que ser CEO se tornou importante depois que ela foi diagnosticada com câncer.

Alicia Boler Davis, que foi executiva na Amazon e hoje é CEO da Alto Pharmacy, uma startup de entrega de medicamentos, percebeu que o emprego de CEO de uma grande empresa listada na Fortune 500, não era para ela. Preferia ajudar a construir um negócio do zero, do que simplesmente seguir aplicando uma estratégia de negócios definida há décadas.

Quando a jornalista da Fortune perguntou se McEvouy queria ser CEO, a resposta veio rápido: “com toda certeza!” e adicionou “não se trata apenas de ser CEO, mas de impulsionar impacto – ser uma forca para mudar efetivamente o mundo”.

A entrevista foi publicada em meados de setembro passado e de acordo com o Wall Street Journal, causou insatisfação em determinada audiência, leia-se, os chefes de McEvoy na J&J. Divulgar publicamente o interesse numa posição de CEO não caiu bem junto à liderança, principalmente junto ao atual CEO da J&J, Joaquim Duato.

Apesar da pergunta ter sido sobre o interesse em “qualquer” posição de CEO (não necessariamente da J&J), McEvoy vinha sendo considerada entre os principais candidatos à cadeira de CEO da J&J.

Mas ao invés de se tornar CEO da gigante farmacêutica, McEvoy acabou tendo que anunciar sua saída da J&J, em outubro passado: “é impossível expressar o quão importante essa empresa foi para mim e quão grata estou por minha carreira até aqui”, escreveu ela no LinkedIn. “Que venha a próxima etapa”.


Ashley McEvoy pediu para sair em Outubro - Foto: cortesia da Johnson & Johnson

O episódio levanta algumas questões críticas: “Será que um executivo pode expressar sua ambição? Quando a executivo é uma mulher, essa ambição é percebida de modo diferente?

De acordo com um estudo da Korn Ferry, feito em 2017, as mulheres não costumam se ver como futuras CEO. Das 57 CEOs mulheres entrevistadas no estudo, somente cinco queriam ser CEOs. Três não queriam a função de modo algum, mas aceitaram por dever de ofício e 2/3 “não se deram conta de que poderiam ser CEO até que alguém lhes dissesse”.  

Portanto, as mulheres que querem ser CEO são raras e as que expressam essa ambição, são mais raras ainda.

A ambição das mulheres é percebida de forma diferente da dos homens. As mulheres são vistas como ambiciosas demais ou como não ambiciosas o suficiente.

Não se sabe, com certeza, o motivo de McEvoy ter deixado da J&J; ela declinou de entrevistas para o Wall Street Journal e a Johnson & Johnson não respondeu aos pedidos de comentário. 

Quer a resposta dada de supetão na entrevista para a Revista fortune tenha contribuído ou não para sua saída, uma coisa é certa:

As mulheres não deveriam ser penalizadas por ter ambição – ou por serem francas sobre isso – quem deveria ser penalizado, pelos acionistas, pelo conselho, pelos consumidores e pela sociedade, são os homens que não sabem conviver com isso.

Grande abraço,
Eder.





quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O “LETRAMENTO FINANCEIRO” POUCO RESOLVE FRENTE AO ALTO NÚMERO DE DESBANCARIZADOS E “DESPREVIDENCIARIZADOS”

 



 De Sāo Paulo, SP.


👉”Letramento financeiro” é o conjunto de conhecimentos, atitudes e comportamentos adquiridos por meio da educação financeira.

👉Um estudo feito pelo BACEN, Fundo Garantidor de Crédito e CP2 (consultoria em pesquisas), procurou mensurar a inclusão e o “letramento” financeiro da população brasileira.

👉O estudo é importante para entendermos melhor o uso da população – principalmente a de baixa renda – dos produtos financeiros.

👉Chama a atenção a sessão “Planos de Aposentadoria” e os resultados deveriam acender uma luz vermelha nos órgãos reguladores, de fiscalizaçāo e formuladores de políticas de previdência complementar:

➡ 39,5% das pessoas pesquisadas que possuem um plano de previdência complementar, simplesmente não confiam nada ou confiam pouco no plano de aposentadoria que possuem – isso é muito ruim

➡ Nada menos que 76,4% dos entrevistados disseram que após aposentados dependerão, para viver, de um benefício do governo ou de uma aposentadoria oficial do governo (INSS). Pior ainda, 71,5% disseram que, para fechar as contas, continuarão tendo que trabalhar depois de aposentados

➡ Os resultados acima são alarmantes: primeiro, porque a falta de confiança na previdência complementar impede sua disseminaçāo; e segundo, porque se a esmagadora maioria dos aposentados vai depender da previdência oficial, então, vai receber baixos vencimentos e a economia tenderá a sofrer no futuro pelo reduzido poder de compra da população ...

➡ Somente 28,8% dos respondentes disseram que “vão receber aposentadoria do plano de previdência da empresa onde trabalham”. Tirando os 3,4% que não quiseram responder, ficam 67,8% "desprevidenciarizados", que não participam de um fundo de pensão, nem de um PGBL | VGBL da empresa onde trabalham.

👉O estudo não aponta para a quantidade de brasileiros “desbancarizados” (sem acesso a conta bancária) e os dados disponíveis na Internet são muito díspares (16-31-53 milhões), mas muitas pesquisas indicam que esse número vem diminuindo, graças ao PIX.

👉O problema é que um outro estudo, da PWC com o Instituto Locomotiva, diz que 33,9 milhões de brasileiros não tem acesso a Internet e 86,6 milhões tem acesso parcial (não diário), então, o uso do PIX não funciona direito para milhões de pessoas.

 👉A falta de acesso a uma conta bancária, a produtos financeiros e a planos de previdência complementar, é cruel. Deixa as pessoas sujeitas aos juros mais altos cobrados no comercio, impede a poupança para o futuro, corrói o dinheiro pela inflação, aumenta a insegurança financeira e prejudica a economia.

👉Ter “letramento” financeiro é importante, mas o que vai fazer a economia girar lá na frente é a quantidade de pessoas com acesso aos produtos financeiros, contas bancárias e planos de previdência complementar nos quais as pessoas, de fato, confiem. 

Link para o estudo completo: aqui 


Grande abraço,

Eder.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

OLHAR DIFERENTE - UM PRESENTE MEU E DA APPLE PARA OS PROFISSIONAS DOS FUNDOS DE PENSĀO

 






👉 Esse é para aqueles que ...

VEEM AS COISAS DE FORMA DIFERENTE

👉 Aqueles que ...

SEGUEM UMA VISĀO ... não um caminho

👉 Enquanto os outros entendem que ser o ...

PRIMEIRO é que é importa, você valoriza primeiro o que realmente importa

👉 Enquanto os outros ficam ...

DISTRAIDOS ... com as coisas novas

👉 Você foca na importância de ....

VER AS COISAS SOB UMA NOVA PERSPECTIVA

👉 Mesmo antes que você saiba como ...

MUDAR AS COISAS

👉 Você nunca duvida que as ....

COISAS PODEM MUDAR

👉 Então, fizemos, ...

JUNTOS MUDAMOS AS COISAS

👉 MUDAMOS AS COISAS

.... de novo e de novo e de novo

👉 INCANSAVEL OTIMISMO

... é o que faz o mundo se mover para frente

👉 Portanto, continue vendo as coisas ...

DE MODO DIFERENTE

👉 Continue acreditando que sempre há ...

OUTRO CAMINHO, UM CAMINHO MELHOR, UM CAMINHO MAIOR

👉 Um que levanta a humanidade, derruba os obstáculos ...

APLAINA A ESTRADA

👉 Você é a diferença entre o ...

MUNDO ... como ele era

👉 E O LUGAR MELHOR

... que ele vai se tornar

👉 (SER) DIFERENTE

... é a única coisa sobre nós …

👉 … QUE SEMPRE SERÁ IGUAL


Grande abraço,

Eder.


Fonte: Apple

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

O QUE O FUTURO DOS FUNDOS DE PENSĀO TEM A VER COM ACREDITAR (OU NĀO) EM PAPAI NOEL?

 


De Sāo Paulo, SP.


O que acontece com as crianças quando elas começam a questionar se Papai Noel existe e inexoravelmente acabam chegando à inevitável conclusão? O que podemos aprender com a experiencia das crianças e com nossa própria experiencia?

Na medida em que o Natal se aproxima, uma alegre e cintilante decoração natalina se espalha pela cidade. Shoppings, lojas, casas, todo tipo de estabelecimento vai sendo invadido pela figura mítica do bom velhinho de barbas brancas e roupa vermelha, que trás presentes para as crianças em seu trenó.

A maioria das crianças mundo afora acredita na existência de Papai Noel, enquanto zero adultos ainda acreditam. Como acontece essa transição, entre acreditar e desacreditar? Deveriam os pais se preocupar com isso? Há algum insight dessa conversão única que se aplique a outras crenças?

Indo de acreditar para desacreditar

Um estudo de psicologia feito por Candice M. Mills e seus colegas da Universidade do Texas, em Dallas, lançou luz sobre o processo pelo qual as crianças transitam da crença para descrença na existência de Papai Noel.

Os pesquisadores conduziram dois estudos: (i) o primeiro com 48 crianças entre 6-15 aos e seus pais; e (ii) o outro com 383 adultos e sua experiencia quando eram crianças. Ambos os estudos sondaram diversos aspectos da transição, desde a idade em que a dúvida começou a surgir até saber se a mudança da crença para descrença respingou em outros domínios.  

As crianças reportaram começar a ter dúvida sobre a existência de Papai Noel entre as idades de seis e sete anos, tendo descoberto a verdade aos oito anos. A lembrança dos adultos correspondeu a idade da descoberta. Nos dois casos a idade era mais elevada quando os pais incentivavam mais intensamente sua existência, por exemplo, colocando os presentes debaixo da arvore de Natal somente no dia da celebração ou levando os filhos para tirar fotos com Papai Noel no shopping.

A maioria dos participantes da pesquisa reportou uma transição gradual entre a crença e o ceticismo, ao invés de abrupta, quando o testemunho dos outros contribuiu significativamente para a eventual descrença.  

Alguns reportaram, também, que sua suspeita cresceu com a observação, tipo, achar um recibo dos presentes, descobrir os presentes escondidos ou através do raciocínio logico, ponderando a impossibilidade logística da atuação global do Papai Noel e a inexistência de chaminé e lareira em casa.

O sentimento que se seguiu a descoberta da verdade (e abandono da crença) era invariavelmente misturado: tristeza com o desaparecimento da magia, mas também um sentimento positivo de orgulho por ter descoberto ou alegria, por estar crescendo e “ser adulto”.  

Raiva era algo raro e qualquer sentimento negativo não durava mais do que poucas semanas. Também não os impediu, quando adultos, de comemorar Papai Noel com seus próprios filhos. Interessante notar que sentimentos negativos estavam associados com descobrir a verdade em idade mais avançada e de forma abrupta - quando alguém contava a verdade - e tendo crescido em famílias que promoviam a crença mais fortemente.


Credito de Imagem: www.telavita.com.br


As crianças não passaram a acreditar menos nos pais depois de descobrir a verdade, nem os adultos se recordam de ter perdido a confiança nos seus pais na época da descoberta. Na medida em que crescia a desconfiança, no entanto, os pais reportaram ter notado que as crianças passaram a desconfiar, também, da existência de outros personagens míticos, como a fada do dente.

Quando meu filho Nikolas descobriu que não existia Papai Noel, ele imediatamente virou para minha esposa e questionou: “... não me diga que também não existe coelhinho da Páscoa!?!”

Por fim, os pesquisadores concluíram que há poucos motivos para o receio de efeitos duradouros ou emoções negativas nas crianças, ao descobrirem que sua crença em Papai Noel era infundada — seja no bem-estar psicológico das crianças, seja na confiança que depositam nos pais

Sem falar na alegria que toda a experiência do Papai Noel traz, alguns estudiosos sugerem que a transição da crença para a descrença possa ter benefícios cognitivos para as crianças, aguçando sua curiosidade e senso de questionamento, bem como a humildade intelectual por ter que revisar suas crenças.

Transpondo para crença de adultos

Será que o processo das crianças abandonarem uma crença oferece algum insight sobre como nos agarramos - ou alternativamente revisamos - nossas crenças enquanto adultos?  

Diferentemente da crença em Papai Noel, que tem uma transição de 100% para descrença, isso não acontece com a maioria das outras crenças. Não importa o quão absurda possa ser uma crença, sempre existe um grupo de pessoas que se apega a ela, mesmo diante de evidencias esmagadoras que a contradizem.

A idade em que as crianças deixam de acreditar em Papai Noel ou melhor, o fato disso estar associado ao envelhecimento, sugere haver uma primeira diferença importante. Na medida em que as crianças crescem, o seu grupo imediato de referência (crianças com a mesma idade) vai deixando de acreditar em Papai Noel, deixando cada vez mais isolado o grupo que continua acreditando nas idades mais avançadas.

Em contraste, por exemplo, o grupo dos “terraplanistas” (pessoas que acreditam que a Terra é plana) é grande o bastante para sustentar um senso de pertencimento. Crença é algo coletivo.

Os mecanismos por trás da transição da crença para a descrença também possuem diferenças. A mais proeminente, o testemunho dos outros, parece ter muito menos efeito na mudança de opinião (crença) de adultos — mas não pela falta de pessoas testemunhando, por exemplo, que as vacinas são eficazes ou que o homem realmente pousou na Lua.

Uma explicação para essa diferença entre a mudança de crença de crianças e de adultos, é que adultos não aceitam simplesmente o testemunho de qualquer um.

Mesmo com plenas evidências de que as crianças têm instintos tribais – o grupo que gosta da mesma música, do mesmo time de futebol etc. – acreditar ou não em Papai Noel independe de qualquer um desses grupos e o testemunho, eventualmente, virá de um membro de sua tribo.  

Entre adultos, no entanto, os grupos de identidade que possuem grande relevância para o individuo são frequentemente definidos pelas crenças, então, o testemunho de alguém de fora é ignorado e desconsiderado.

Por que a descoberta de evidências ou raciocínios contraditórios não facilita o questionamento de falsas crenças em adultos? Nas crianças esse mecanismo quase sempre coexiste, com o testemunho de terceiros servindo de gatilho para mudança, mas adultos tendem a viver em bolhas de crenças, isoladas do testemunho de fora ou nas quais este é positivamente rejeitado.   

Isso suprime qualquer disposição para aceitar evidências contraditórias - muito menos procurá-las ativamente - ou disposição a se envolver em raciocínio crítico.

Nas crianças, a promoção do Papai Noel pelos pais – pessoas com autoridade – é um fator para a crença ser sustentada por mais tempo. As bolhas de crença dos adultos, frequentemente, desempenham o mesmo papel: a comunicação entre aqueles que acreditam e as figuras de autoridade (ex.: celebridades) é uma influência no reforço constante para permanência da crença.

Ao mesmo tempo, isso fortalece as emoções negativas (antecipadas) associados ao abandono da crença e da bolha segura e confortável que a engloba.  

Talvez a diferença mais significativa de todas seja que, para crianças, acreditar em Papai Noel não faz parte de sua identidade. Já as crenças que carregamos como adultos, seja nossa fé religiosa ou orientação política, geralmente fazem parte muito fortemente de quem somos.

Se questionar uma crença significa questionar a nossa identidade, as chances de revisá-la são mínimas.

A crença sobre a sustentabilidade dos fundos de pensão

Tudo isso nos remete aos alertas vindos de todos os lados de que o atual modelo de negócios dos fundos de pensão está em perigo e não é mais sustentável.

A falta de senso de urgência das patrocinadoras na busca de um novo modelo de negócios, se deve a bolha de crença na qual vivem as lideranças.

Como os alertas estão vindo de fora dessa bolha e questionam a identidade atual dos fundos de pensão – leia-se, sua dependência das patrocinadoras – pouca ou nenhuma atenção se lhes dá e a chance dessas revisarem urgentemente o modelo, são mínimas.

A maioria das patrocinadoras se apega a ideia de que tudo está bem, mesmo diante da esmagadora evidência em contrário. O grupo de “negacionistas” de que a previdência complementar corporativa está prestes a mudar muito rapidamente, ainda é grande o bastante para sustentar a ausência de mudanças radicais – lembre-se, crença é algo coletivo.  

A relutância em aceitar o testemunho de fora da bolha vai perpetuando, com o passar do tempo, a crença na continuidade do atual modelo dos fundos de pensão.

Da mesma forma que acontece com as crianças mais velhas, quando descobrem que Papai Noel não existe, a transição da crença para a descrença das patrocinadoras sobre a sustentabilidade de seus fundos de pensão será abrupta e provavelmente traumática.


Ho, ho, ho, abraços Natalinos.

Eder.


Fonte: “How beliefs are abandoned… or not”, escrito por Koen Smets.


sábado, 2 de dezembro de 2023

O QUE ACONTECE QUANDO O MUNDO NĀO ENXERGA MAIS VOCÊ?

 


De Sāo Paulo, SP.


Era como se ela fosse invisível. Sentada nos degraus de uma igreja, os passantes a ignoravam completamente. Talvez pensando ser uma moradora de rua, mas na verdade, ela fazia parte do meu grupo de turistas.




Credito mde Imagem: John P. Weiss


Na foto parece que ela está fazendo uma careta, porque ao notar meu celular na sua direção ela quis fazer graça. Ao ver a foto mais tarde ela riu, disse que parecia uma mendiga.


Isso por causa dos cabelos desarrumados pelo vento e as costas curvadas. Olhando com atenção naquele dia, você perceberia que ela estava bem-vestida e carregando uma bolsa de grife. Ainda assim, os transeuntes a ignoravam.


Isso aconteceu em várias outras ocasiões durante o passeio. Atendentes de loja focavam nos clientes mais jovens, alheios a minha colega de viagem. Teve até um garçom num restaurante onde almoçamos que a ignorou para atender uma jovem atraente.


Quando a flor da idade vai se apagando, como os últimos lampejos de luz de um por de sol glorioso, a escuridão que se segue pode ser difícil suportar. Envelhecer não é para os fracos de coração.


Akiko Bush, autor de “How to Disappear: Notes on Invisibilty in a Time of Transparency” (em tradução livre seria algo tipo: Como Desaparecer: Notas sobre Invisibilidade em Tempos de Transparência), escreveu:


“A mulher invisível pode ser uma atriz que não recebe mais papeis depois dos 40, uma profissional de 50 que não consegue entrevistas de emprego ou a viúva que não é mais convidada para jantares na falta do marido. Pode ser uma mulher mais velha num restaurante ignorada pelo garçom, incapaz de conseguir um copo d’água ou pedir a conta quando terminou. Quando paga a conta numa loja o caixa a chama de querida. Ela é a mulher que descobre não ser mais alvo dos olhares dos homens, a juventude se foi, a fertilidade ficou para trás, o valor social diminuiu”     


Cavalheiros, não pensem que é diferente com vocês.






Credito de Imagem: John P. Weiss


Claro que a juventude também pode ter suas desvantagens. No filme Elegy, no qual o ator Ben Kingsley faz o papel de um velho e renomado professor universitário que tem um affair com uma jovem e bela aluna, interpretada por Penelope Cruz, um poeta amigo do professor diz:


“Mulheres bonitas são invisíveis. Ficamos tão deslumbrados com o exterior, que nunca conseguimos chegar no interior”

 

Mesmo assim, juventude e boa aparência parecem ser tudo. Há um momento por volta da meia idade, quando nos damos conta de que estamos começando a desaparecer.


Notamos que as pessoas prestam menos atenção na gente. Somos esquecidos com mais frequência. As rugas vão aparecendo, o corpo começa a se deteriorar. Começamos a nos sentir um pouco irrelevantes. O “ageismo” se torna muito real, os colegas mais jovens nos ignoram ou são condescendentes conosco.


O que a vida se torna quando o mundo não enxerga mais você? 

 

A fonte da juventude


É impossível ficar agarrado à juventude e às aparências, o “senhor tempo”, mais cedo ou mais tarde vai alcançar a todos nós.


Coisas mais profundas podem fazer parte do nosso desenvolvimento pessoal. Sabedoria, conhecimento, profundidade, maturidade e um coração alegre, livre das armadilhas superficiais da aparência jovem. Mesmo perto do fim da vida, podemos irradiar atitude positiva e um entusiasmo cativante pela vida.


“Existe uma fonte da juventude: é sua mente, seus talentos, a criatividade que você trás para sua vida e as pessoas que você ama. Quando você aprender a beber dessa fonte, você terá derrotado, verdadeiramente, a idade” – Sophia Loren.

 

Um estilo chamativo, uma disposição pela alegria, uma risada sincera, uma personalidade colorida, exigem atenção independente da idade.


Podemos permanecer intelectualmente curiosos e transcender as limitações da passagem do tempo. A vida é muito mais do que juventude e aparência.


Quando você começa a desparecer e o mundo não te enxerga mais, existem outras maneiras de ser notado. Elegância, dignidade, maturidade, profundidade, crescimento intelectual ... a idade, na verdade, pode ser libertadora.


Se você se der conta, chega uma hora em que você não precisa mais se preocupar com rugas, uns quilos extra e tudo aquilo que nos deixa cegos para as melhores coisas da vida. 


Basta estar cercado de quem você gosta, bons livros, boa comida, paixões criativas, o amor da família e dos amigos.


A dança da chama


Quando a juventude começa a desaparecer e o mundo vai deixando de nos ver, pelo menos, não da forma que costumava nos ver, temos que fazer escolhas.


Algumas pessoas não cairão sem lutar. Injeções de Botox, plástica, implante de cabelo, dietas e tudo o mais que puder conter o bicho papão na porta, mas ele sempre encontrará uma maneira de entrar.


Melhor não se tornar um desses desesperados, especialmente aquela galera da televisão com seus rostos esticados e olhares tristes.  


Existe uma espécie de liberdade em parar de lutar contra. Uma tremenda alegria em deixar para lá, focar em coisas mais significativas. Sim, sinto falta do meu corpo enxuto e era legal quando as garotas me davam aquela olhada ao entrar num bar, mas tenho outras alegrias hoje.


Quando escrevo um artigo decente e alguém faz um comentário elogioso, isso me alegra por dentro. Quando uma pessoa jovem me pede conselho e posso ajudar, me sinto bem. O mais velho ensinando o mais novo, talvez até lhe inspirando. Vamos deixando um pequeno legado.


O truque é deixar sua chama interior continuar a dançar, independente da sua idade.


“Pouco antes do último lampejo de vida ser extinto de uma vela, um fino fio de fumaça espirala e faz piruetas pelo ar antes de esvanecer em direção ao céu. Acenda uma vela e observe a dança, aprenda sobre a vida e seu último suspiro” – Yitta Halberstam e Judith Leventhal

 

Mantenha sua chama acesa, deixe-a a dançar e você não vai desaparecer. O mundo continuará a te ver e você iluminará o caminho para todos que quiserem te seguir.


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Grande abraço,

Eder.


Fonte: “And Then One Day You Disappear”, escrito por John P. Weiss.


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