segunda-feira, 31 de outubro de 2022

TE CONTEI? QUANDO A RÚSSIA INVADIU A UCRÂNIA, “ESG" PASSOU A SIGNIFICAR “EUROPA SEM GÁS”. O QUE SEU CONSELHO FARÁ SE A CHINA INVADIR TAIWAN?




De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO: 

Depois que o ocidente venceu a Guerra Fria entramos na era da globalização que levou o mundo a uma crescente dependência econômica das trocas comerciais, relegando questões geopolíticas sérias aos livros de história. Com a guerra na Ucrânia, as ameaças da China, Iran e Coreia do Norte e a polarização política em países como o Brasil, parece que os riscos geopolíticos repentina e inesperadamente ressurgiram - na verdade sempre estiveram presentes, apenas eram ignorados. As crescentes tensões geopolíticas, que ficaram mascaradas pela expansão sem precedentes das trocas comerciais, ressurgem agora com força.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

Nesse cenário, uma gestão de riscos proativa torna-se importante. Os conselhos dos fundos de pensão deveriam entrar no modo de gestão de crises, atualizando seus planos de continuidade de negócios e seus manuais de gestão de riscos, para lidar com cenários inesperados diante, por exemplo, da exposição de seus investimentos no exterior e de impactos relevantes nos negócios das patrocinadoras – que o digam os patrocinados por empresas que decidiram se retirar da Rússia, pelo agronegócios, pelo setor de energia ... A repercussão de crises geopolíticas realça a capacidade que um fundo de pensão tem de continuar pagando seus benefícios e suas despesas administrativas, mesmo sem um fluxo regular de contribuições das patrocinadoras. A nova ordem mundial que vem emergindo, torna importante o planejamento baseado em cenários – ou jogos de guerra – em complemento ao tradicional planejamento estratégico, bem como um board com acesso a expertise em riscos geopolíticos.

 

CONCLUSÃO: 

Infelizmente, a grande maioria dos conselhos e diretorias dos fundos de pensão não tem essa expertise nem está preparada para avaliar e gerenciar essas questões. Os fundos, que tem prestado muita atenção aos aspectos ambientais e sociais de ESG, andam esquecendo o que significa o “G”: Governança! Precisamos subir essa régua.

 

Grande abraço,

Eder.


Fonte: How Global Upheaval Influences Board Decision-Making, escrito por Michael Montelongo.


sábado, 29 de outubro de 2022

TE CONTEI? COMO O COMITÊ DE AUDITORIA PODE AGREGAR VALOR AO CONSELHO NUM AMBIENTE EXCEPCIONALMENTE DESAFIADOR PARA OS FUNDOS DE PENSÃO

 



De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO: 

O Comitê de Auditoria (COAUD) dos fundos de pensão precisa expandir seu foco para assegurar que está priorizando adequadamente as complexas questões de nosso tempo. Ao perguntar para o conselho: “O que te tira o sono”? e ouvir de volta: “O que deveria me tirar o sono”?, o COAUD deveria ajudar o board a focar nos riscos e oportunidades corretos.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

Face a velocidade e ao volume das demandas envolvendo os fundos de pensão, cabe ao COAUD: 1) antecipar as questões envolvendo ESG e DE&I, familiarizando o board com as exigências regulatórias do BACEN para o sistema financeiro e propondo o disclosure voluntário dos riscos das mudanças climáticas, seguindo o TCFD, já a partir de 2023 – assegurando proteção contra “greenwashing”; 2) avaliar antecipadamente se o fundo de pensão está preparado e é capaz de gerenciar e responder rapidamente às crises da era atual, tipo: incidentes cibernéticos, volatilidades geopolíticas, questões sociais e de saúde pública (pandemias), instabilidade econômica, restrições no mercado de trabalho - temos os talentos certos diante da “great resignation”?; 3) o COAUD deveria se perguntar se tem capacidade, equipe e ferramentas necessárias para desempenhar suas funções. Isso é avaliado de forma honesta e autentica anualmente? Como são desenvolvidos os treinamentos críticos e a experiência necessárias?

 

CONCLUSÃO: 

A economia digital está trazendo disruptura para absolutamente todos os segmentos de atividade e isso vai colocar ainda mais pressão nos comitês de auditoria porque a sustentabilidade de logo prazo dos fundos de pensão pulou para a linha de frente das preocupações dos conselhos deliberativos. Se você quer ter em seu fundo de pensão um comitê de auditoria que lidere, há muito trabalho a fazer e será preciso fortalece-lo.


Grande abraço,

Eder. 

 

Fonte: What the Audit CommitteeExpects of the Chief Audit Executive: 5 Ways to Keep Pace, escrito por Stephen L. Brown

 

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

TE CONTEI? O QUE ESTÁ FALTANDO NESSE NOVO MOMENTO DA GOVERNANÇA DOS CONSELHOS DOS FUNDOS DE PENSÃO

 



De São Paulo, SP.

 

O QUE ESTÁ ACONTECENDO: 

A verdade sobre a nomeação de membros para os conselhos dos fundos de pensão é que a grande maioria dos assentos são ocupados hoje com base em network interno das patrocinadoras, conexões buscando “quem daria um bom conselheiro” entre os executivos da casa. Apesar dessa ainda ser a regra do jogo, isso parece estar mudando. Com a demanda por conselheiros experientes no segmento de previdência complementar e a demanda por mais diversidade nos colegiados, a cada ano aumenta um pouco a busca por membros profissionais fora da organização, para integrar esses “boards”.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

Para essa tendência se tornar mais favorável aos fundos de pensão e para os profissionais do setor, está faltando algo: 1) se você é um executivo top (ou em ascensão), um investidor ou dono de um negócio nesse segmento, provavelmente recebe convites regulares de headhunters. Pergunte como eles lidam com a busca de conselheiros para seus clientes. Firmas como Korn Ferry, Spencer Stuart, Heidrick & Struggles estão montando equipes especializadas na busca por conselheiros para empresas privadas. Peça o contato e converse com eles sobre o segmento de fundos de pensão, crie interesse deles pelo setor; 2) pesquise por boutiques especializadas na busca de conselheiros para clientes específicos (organizações sem fins lucrativos, fundações, auditorias, empresas familiares), você pode encontrar um headhunter que já atue ou se interesse pelos fundos de pensão; 3) faça contato com os recrutadores, não tenha vergonha, eles estão sempre abertos e tem interesse nisso, podem não precisar de alguém no momento, por isso mantenha contato regular (a cada 3 ou 6 meses) – um feliz ano novo, um e-mail com um artigo interessante – construa um relacionamento, fique no radar para eventuais oportunidades.

 

CONCLUSÃO: 

Na medida em que mais e mais conselheiros profissionais sejam buscados para integrar os colegiados dos fundos de pensão, as firmas de headhunters entrarão nesse mercado. Tudo que você precisa fazer é já estar lá ....


Grande abraço,

Eder.

 

Fonte: Board Seacrh Inte From Headhunters, escrito por Ralph Ward

 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

TE CONTEI? AS REGRAS PARA SER HUMANO E A SEGURANÇA FINANCEIRA FUTURA

 



De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO: 

Sânscrito é uma língua ancestral do Nepal e faz parte do conjunto de 23 línguas oficiais da Índia. Apesar de ser uma língua morta – não é mais falada em nenhum lugar do mundo – ela mantém sua importância pois é usada para leitura de escrituras clássicas de religiões como o hinduísmo e o budismo. As regras para “ser humano” da figura acima, foram escritas em Sânscrito antigo.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

Não importa a carga de tecnologia que incorporemos ao nosso dia a dia, essas regras escritas em uma língua que remonta a 1.500 a.c., continuam válidas mais de 3.500 anos depois e assim seguirão pelos próximos milhares de anos.

 

CONCLUSÃO: 

Regra # 8: “O que você faz da sua vida, depende de você. Você tem todas as ferramentas e recursos que precisa, o que você faz com eles, é com você. A escolha é sua”. Portanto, poupe, se quiser ter um futuro tranquilo.


Grande abraço,

Eder.


 


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

TE CONTEI? A IMPORTÂNCIA DE BRANDING VERSUS MARKETING PARA O MOMENTO ATUAL DOS FUNDOS DE PENSÃO

 



De São Paulo, SP.

 

O QUE ESTÁ ACONTECENDO: 

Em busca da sustentabilidade de longo prazo os fundos de pensão estão passando por transformações profundas, soltando as amarras de suas patrocinadoras e assumindo personalidade própria pela primeira vez desde que foram criados: Fundação CESP deu lugar a Vivest, HP-Prev (ex-Hewlett-Packard) virou ValuePrev, Previ-Ericsson se tornou E-Invest, Odeprev (ex-Odebrecht) se transformou em Vexty, Família Previdência ... a lista é longa e segue crescendo. Ao pegarem uma alça de saída nessa estrada em direção ao amanhã, os fundos de pensão precisarão rever suas estratégias, suas estruturas, seus processos e acima de tudo, sua Governança.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

O desafio de criar um novo propósito para sua existência, começa pelas duas partes mais importantes de qualquer negócio: o processo de criação (no caso mudança) da marca (“rebranding”) e do marketing de suas soluções. Apesar dessas duas estratégias visarem um objetivo comum e muitas vezes se sobreporem, seu uso é ligeiramente diferente. Marketing foca em alavancar as vendas enquanto branding foca em aumentar o reconhecimento da organização e a lealdade dos consumidores. Entender as similaridades e as diferenças entre os dois conceitos pode ajudar os fundos de pensão a usarem um ou outro ou ambos, para transformar oportunidades em negócios.

 

CONCLUSÃO: 

A criação de uma nova marca é um passo crucial que vai muito, mas muito, além da simples ideia do nome, do logo e da identidade visual. Ela é peça chave para criar conexão emocional com os novos participantes (sim, todo esse movimento é feito de olho no futuro), construir lealdade de longo prazo e engajar profundamente as pessoas. No quadro abaixo segue um resumo das principais diferenças entre os dois conceitos. Ah, só para fechar, nada disso vai adiantar se a governança do conselho deliberativo do seu fundo de pensão novinho em folha continuar parada na realidade do Século XX e não evoluir na mesma direção ...

 Grande abraço,

Eder.


Fonte: Brandingvs marketing: What´s The Difference?, escrito pela Indeed.


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

EXTRA-EXTRA: OS ATIVOS DIGITIAIS AVANÇAM NO BRASIL

 




De São Paulo, SP.


👉 A parceria da Tether com a TecBan – dona de mais de 24.000 caixas eletrônicos no Brasil – vai permitir a partir de 3 de novembro o envio da stablecoin USDT de uma corretora de cryptomoedas ou de uma carteira digital (wallet) para um caixa eletrônico do Banco24Horas.

 
👉 A partir de fevereiro de 2023 será possível a qualquer um fazer o contrário: depositar dinheiro em Reais num caixa eletrônico do Banco24Horas e receber USDT na sua carteira eletrônica.
 
👉 A conversão da USDT em Reais e vice-versa será feita pela SmartPay, uma operadora de cryptomoedas que atua no mercado brasileiro, integrada com a TecBan.
 
👉 “Adicionar os tokens da Tether aos caixas eletrônicos pelo Brasil afora permitirá que mais pessoas sejam incluídas no sistema financeiro. Isso causará enormes mudanças não apenas nos sistemas de pagamento, mas também a todo o ecossistema financeiro Brasileiro”, disse Paolo Ardonio. Há 34 milhões de pessoas sem acesso a uma conta bancária no Brasil, a maioria na economia informal.
 
👉 Os Brasileiros transacionaram 1,4 bilhões de USDT apenas no mês de agosto/2022, em 79.836 operações, de acordo com dados da Tether.

👉 A politica de investimentos do seu fundo de pensão não passa nem perto das oportunidades da cryptoconomia ou será que faz como o CALPERS, que em 2016 deixou claro que estaria aberto a explorar oportunidades nesse segmento emergente? O bonde da história está passando ....


Grande abraço,

Eder.


Video: https://twitter.com/i/status/1583088759180234752


Fonte: Stablecoin Issuer Tether to Make USDT Available at 24,000 ATM in Brazil, escrito por Paulo Alves da Coindesk Brasil.


POR QUE O ECOSSISTEMA DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR AINDA NÃO FOI IMPACTADO PELO MOVIMENTO DE STARTUPS?

 



De São Paulo, SP.


Quem assistiu a palestra técnica da #uFund ouviu o Alexandre Teixeira, o Márcio Pires e eu batendo papo sobre o assunto, lá no #43CBPP.

Adorei a dinâmica, ficou faltando apenas o chopp ...

Valeu SIDNEI OSCAR Moraes Junior pelo convite.

Abração para vocês e todo sucesso do mundo para a UFUND.


quinta-feira, 20 de outubro de 2022

TE CONTEI? A TRANSFORMAÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO NA ECONOMIA DO BLOCKCHAIN



De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO:

“Ao invés de tirar o emprego do motorista de táxi, o blockchain tira o emprego do Uber e deixa os motoristas de táxi trabalharem diretamente com os passageiros”. Vitalik Buterin foi o criador do Ethereum, um blockchain disruptivo que fez surgir os contratos inteligentes (Smart Contracts), as finanças descentralizadas (DeFi) e uma série de outras inovações. A frase acima é dele.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE:

A chegada da economia digital vai impactar diretamente os intermediários, todos eles, conectando consumidores diretamente com serviços e produtos. Quando você compra algo na Internet hoje, a Web 2.0, você precisa efetuar o pagamento num sistema financeiro que usa uma infraestrutura totalmente à parte, pagando um boleto, fazendo uma TED, um deposito em conta-corrente ou usando um cartão de crédito|débito. Na Web 3.0 você fará os pagamentos transferindo $$$ que pode ser uma CBDC, uma cryptomoeda ou uma stablecoin, da sua carteira digital | wallet para o site, cujo domínio nada mais é que um endereço no blockchain, portanto, uma wallet. Você não precisará de um cartão de crédito nem de uma conta em banco, nem de nada além de uma carteira digital e algum CBDC, crypto ou stablecoin nela.

 

CONCLUSÃO:

Fundos de pensão são intermediários, coletam contribuições dos participantes e patrocinadoras, investem o dinheiro através de gestores de ativos e devolvem para o assistido na forma de pagamentos periódicos. Se não reinventarmos nosso modelo de negócios, se não agregarmos valor ao “cliente” (participante) o blockchain vai tirar os fundos de pensão da equação, conectando diretamente as pessoas com seus investimentos. Na economia digital, um ecossistema de Roboadvisors, SavingsTech e _____ darão conta do recado. Cabe a nós preencher essa lacuna com a evolução dos fundos de pensão. 


Grande abraço,

Eder.


segunda-feira, 10 de outubro de 2022

TE CONTEI? O QUE O “QUASI COLAPSO” DOS FUNDOS DE PENSÃO DO REINO UNIDO PODE ENSINAR AO SETOR DE FUNDOS DE PENSÃO BRASILEIRO




De São Paulo, SP.

 

O QUE ESTÁ ACONTECENDO: No dia 23/Set passado os preços dos títulos públicos entraram em colapso no Reino Unido, quando as taxas de juros dispararam e a libra esterlina desvalorizou 4% frente ao dólar, depois que o governo anunciou seu mini orçamento com aumento de gastos frente a uma inflação galopante. A deterioração do risco país ficou claro na abertura dos mercados em 25/Set, com a continuada queda da libra. Dia 26/Set as taxas dos títulos de 30 anos aumentaram 50bp, deixando-as 80bp maior do que antes do anuncio do orçamento, feito dois antes, num claro sinal de que a credibilidade do país honrar seus compromissos estava caindo vertiginosamente.


POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

Naqueles dias o BoE – Bank of England, Banco Central Inglês, começou a receber sinais da deterioração da liquidez e da severidade do impacto da forte alta dos juros sobre os Fundos LDI. Nota: Liability-Driven Investments são fundos de investimentos usados na estratégia de ALM de planos BD. Foram vendidos mais de £$50bn em títulos de longo prazo num curto período de tempo, em busca de liquidez, face a uma média de negociação diária de £$12bn nos dias anteriores. O BoE foi avisado por inúmeros gestores que, prevalecendo taxas tão elevadas, muitos fundos LDI atingiriam patrimônio líquido negativo em poucos dias, levando a sua iminente liquidação, o que inundaria o mercado com a venda de altos volumes de títulos num círculo vicioso, criando uma espiral que levaria caos aos mercados financeiros. Percebendo o problema e para salvas os fundos de pensão, os bancos ingleses e a economia global de uma quebradeira em massa, já que os próprios bancos estavam expostos pois tinham como garantia colateral dos Fundos LDI exatamente esses mesmos títulos públicos, o BoE entrou comprando títulos de longo prazo no dia 28/set reduzindo 100bp nas taxas dos títulos de 30 anos naquele dia. Isso colocou uma pausa no problema.


CONCLUSÃO: 

O pico dos juros num curto espaço de tempo desencadeou o colapso no valor dos ativos líquidos dos fundos LDI, aumentando significativamente sua alavancagem. Essa queda no valor liquido dos ativos foi refletida na chamada de margem forçando os Fundos LDI, em busca de um rebalanceamento e da desalavancagem, a: (i) venderem os títulos num momento de queda do seu valor e num mercado ilíquido (muitos tentaram, mas não conseguiram); ou (ii) chamarem os planos BD a injetarem mais capital nesses fundos que em muitos casos estariam valendo zero. A intervenção do Banco Central Inglês e demais autoridades de supervisão foi feita na esperança de que os fundos de pensão e seus Fundos LDI adotem as medidas necessárias para assegurar que estejam melhor preparados para um stress semelhante no futuro, num mercado altamente volátil. O vídeo acima tem uma boa explicação sobre o que aconteceu. O que isso tem a ver com o Brasil? Bem, o patrimônio dos fundos de pensão brasileiros é formado por +70% de títulos públicos. A sabedoria nunca está nos extremos ....


Grande abraço,

Eder.

 

 

Fonte: Some LDI investments ‘worth zero’ without BoEintervention, escrito por Alex Janiaud

 

 



sexta-feira, 7 de outubro de 2022

TE CONTEI? OS CONSELHOS PRECISAM AGIR AGORA PARA SALVAR O SETOR DE FUNDOS DE PENSÃO, QUE PODE TER UNS 10 ANOS PARA SE ADAPTAR OU DESAPARECER



 

De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO:

Os fundos de pensão estão enfrentando desafios sem precedentes ao redor do mundo e terão que tomar as maiores decisões estratégicas de toda sua história, enquanto preenchem seus conselhos deliberativos com os conhecimentos e as capacitações corretas. O segmento pode ter apenas cerca de 10 anos para mudar ou enfrentar seu desaparecimento. Com todas as forças e pressões interagindo, se não mudarmos, o pior cenário será o sumiço dos fundos de pensão com os planos corporativos migrando para alguma outra solução, outros tipos de gestão, outras plataformas de investimentos, seja na Austrália, Brasil, EUA ou Reino Unido.

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE:

Enfrentando ventos de proa representados pelo futuro do trabalho, ventos de través soprados pelas enormes transformações demográficas, ventos de todas as direções vindos da economia digital, o setor está encrencado. Há questões estruturais a serem resolvidas. Estas vão demandar investimentos razoáveis, isso inclui uma mudança completa nas plataformas e sistemas de tecnologia usadas hoje, para permitir a individualização das soluções, a redução dos custos de administração e investimentos alinhados com uma economia em transição para o carbono zero. Também existem questões técnicas, como o desenvolvimento de novos modelos de plano, com regras e abordagens diferentes de tudo que está por aí. Tem havido pouco ou nenhum movimento nessa direção. A escala para justificar um fundo de pensão significa termos “marcas” fortes, grandes organizações o que requer a formação de alianças para se ter alguma esperança de resolver os problemas. Ao contrário do horizonte de tempo com que trabalham os fundos de pensão, todos esses movimentos precisam ser feitos logo.

 

CONCLUSÃO:

Há grandes decisões estratégica que os conselhos precisam tomar para assegurar que seus fundos de pensão tenham um futuro. Seja trazendo conselheiros profissionais independentes, consultorias externas ou estudando, é importante que os conselheiros tenham uma opinião abrangente do que pensam estar a caminho e coletivamente tenham uma visão de como responderão. Os conselhos precisam levantar o olhar para além do horizonte, ver a direção para onde o setor caminha. Se quiserem saber onde os fundos estarão nos próximos 10 anos, precisam prever, imaginar, como será o mercado, como serão os consumidores e como isso se alinha com suas estratégias atuais. O que acontecerá com os fundos de pensão daqui a 10 anos, será uma consequência das decisões que tomarem hoje! Quanto tempo eles têm?


Grande abraço,

Eder.

 


Fonte: “Boards advised to ‘act now to save auto sector”, escrito por Gavin Hinks. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

TE CONTEI? PAUL AKERS AUTOR DE “2-SECOND LEAN” FALA EM ‘CONSERTAR O QUE TE INCOMODA’, TEMOS UMA OPORTUNIDADE DE FAZER EXATAMENTE ISSO COM OS EXTRATOS DOS FUNDOS DE PENSÃO

 





 

De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO:

 “Lean” é uma filosofia originada no sistema Toyota de produção que surgiu num cenário de crise no pós-guerra quando era necessário ter autodisciplina e economia de recursos para garantir a sobrevivência dos negócios. Lean Thinking pode ser traduzido como “Pensamento Enxuto”. Somente após entender o que é esperado pelo cliente, é possível focar em quais ações internas que ajudam na formação do valor e, então, identificar quais são os desperdícios durante seu processamento.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE:

A forma como a informação é apresentada visualmente pode ter um grande impacto na experiência do consumidor | participante de um fundo de pensão. A figura acima mostra como as informações de um simples cartão de embarque aéreo podem ser melhoradas.

CONCLUSÃO:

Que tal melhorarmos o extrato enviado periodicamente pelos fundos de pensão para seus participantes?


Grande abraço,

Eder.



Fonte: Jason Premo - LinkedIn


terça-feira, 4 de outubro de 2022

TE CONTEI? “AUF WIEDERSEHEN” (TCHAU QUERIDOS) CREDIT SUISSE E DEUTSCHE BANK. MAS E SE ESSES DOIS TRADFI FOSSEM CRYPTOBANKS?




De São Paulo, SP.


O QUE ESTÁ ACONTECENDO: 

O Credit Suisse vem perdendo dinheiro por três trimestres seguidos enquanto a galera de Wall Street dá lucro. Suas ações estão em queda (+40%) desde o começo do ano porque fez apostas ruins, emprestou $ 5,5 BI para Archegos Capital Management, um family office que quebrou e teve outros bilhões de francos suíços congelados em operações com a firma de serviços financeiros Greensill Capital. Sem falar na dívida de $4,1 BI que tem com o Deutsche Bank. Temos um Lehman Brothers 2.0 a vista, só que com esteroides! O Lehman tinha ativos de US$ 600 BI quando submergiu em 2008, o Credit Suisse e o Deutsche têm 4,6 vezes mais, tem US$ 2.800 BI.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: 

O histórico do Credit Suisse inclui espionagem, lavagem de $$$, fraude fiscal, manipulação de cambio, financiamento do oleoduto Keystone e outros destruidores do clima, ligação com oligarcas Russos etc. O CEO do Credit Suisse – Ullrich Koerner – emitiu um memo interno na sexta-feira passada, declarando que o banco está num momento crítico, mas tudo vai ficar bem. Só sabemos disso porque o memo vazou para a imprensa, mas teremos que esperar os relatórios trimestrais para saber como esse imbróglio vai se desenrolar. Isso contrasta com os projetos de DeFi, porque no novo sistema financeiro descentralizado podemos saber tudo em tempo real. Se o Credit Suisse rodasse no blockchain, teríamos acesso ao seu balanço, a qualidade de seus ativos, ao nível de cobertura do seu capital, todo dia, todo momento, a todo instante.  

CONCLUSÃO: 

Talvez as autoridades não deixem os dois bancos quebrarem contaminando o sistema financeiro global e os coloquem sob intervenção antes disso, conforme aprenderam com a crise de 2008. Mas uma coisa é certa, o atual sistema é pouco transparente, não produz informações públicas em tempo real e está a anos luz das inovações da economia digital, a cryptoeconomia. Lembre-se disso na próxima vez que alguém criticar o novo sistema financeiro descentralizado que vem surgindo ....


Grande abraço,

Eder.

 

 

 

 



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