De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Nubank, C6 e N26 são fintechs brasileiras criadas na estrutura do sistema financeiro, ou seja, são bancos, mas com uma pegada tecnológica. Por desafiarem os bancos tradicionais, são chamados de “challanger banks”. Uma firma de consultoria especializada em CX (experiência do consumidor) chamada “Built for Mars”, comparou em 2020 o app para celular de 12 bancos do Reino Unido e repetiu a análise 900 dias depois, agora em 2023.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Veja os principais resultados:
- Custo para enviar £$100 da Inglaterra para o exterior, no caso os EUA: o menor custo foi da fintech Starling Bank, de apenas £$0,70 e o maior foi do Santander, de £$28,36 (gráfico abaixo). Os bancos tradicionais não estão nem aí para reduzir esse custo e só te informam sobre eles quando você já está no final do processo;
- Resolução de defeitos: em 2020 foram apontados diversos bugs e problemas com os app, dois anos e meio depois os que mais concertaram os defeitos foram os challanger banks, ao contrário dos bancos tradicionais. O Santander deixou de resolver 95% dos defeitos apontados, difícil acreditar que eles de fato estejam preocupados com a experiencia do usuário;
- Média de dias entre atualizações do app: a fintech Revolut atualizou seus aplicativos a cada 5,56 dias, o banco Baclays levava 82,10 dias entre atualizações. As fintechs atualizaram os apps com frequência 4,6 vezes maior que os bancos tradicionais.
CONCLUSÃO:
Os bancos tradicionais até abraçaram o uso de tecnologia em suas operações, mas são ruins em resolver problemas associados ao seu uso, respondem de forma lenta à melhorias, são mais caros e tem menor atenção e preocupação com a experiência dos consumidores. A lição que fica para os fundos de pensão: não basta para as organizações da era analógica fazerem uso de tecnologia digital, é preciso se reestruturar, mudar a cultura, pensar e agir digitalmente. A competição daqui para a frente não será entre fundos de pensão antigos que foram modernizados, mas sim entre eles e players que já estão nascendo digitais.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: 900 days of progress, escrito por Peter Ramsey
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