De São Paulo, SP.
Um estudo de 2010 mostra que US$ 38 bilhões por ano poderiam ser economizados se as pessoas não fizessem mal uso dos serviços de emergência nos EUA.
Não temos números aqui do Brasil, mas em se retratando de comportamento humano, o mesmo certamente estaria acontecendo nas bandas de cá.
Se você mora em Atlanta - Georgia e seu seguro saude é da Anthem, melhor você pensar duas vezes antes de entrar em um setor de emergência hospitalar.
De acordo com a apólice da Anthem, se uma pessoa procurar atendimento de emergência em uma clinica ou hospital com sintomas que mostrem uma condição que não representa risco de morte ou ameaça à vida, a conta vai acabar pendurada no bolso da pessoa ao invés da seguradora.
Mas o assunto é polêmico. Uma outra pesquisa, publicada em 2017 pelo International Journal for Quality in HealthCare Using com dados de atendimento de emergeência coletados entre 2005-2011, mostrou que apenas 3,3% dos atendimentos poderiam ter sido evitados por não se tratar de uma emergencia real. Esse percentual é consistente com os 5,5% apontados pelo CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Departamento de Saúde do governo dos EUA.
Enquanto isso, uma empresa que processa dados de sinistros medicos chamada Truven Health Analytics diz que dados colhidos em 2010 mostram que 71% dos atendimentos de emergencia eram "desnecessários e poderiam ter sido evitados". Fica a duvida sobre o que quer dizer "poderiam ter sido evitados".
Por outro lado, a apólice da Anthem trás uma serie de situações nas quais o atendimento de emergência será sempre justificado, como:
- O paciente tenha sido direcionado para emergência por um prestador de serviços (por exemplo, serviço de ambulância);
- O atendimento envolveu um paciente com idade inferior a 15 anos;
- A residência do paciente está localizada a mais de 15 milhas de distancia de um centro de saude;
- O atendimento ocorreu entre 8:00pm de sábado e 8:00am de segunda-feira ou durante um feriado;
- O paciente apresentou convulsões, dor no peito, dificuldade para respirar, desmaios ou overdose de drogas ou medicamentos.
O ideal seria haver uma triagem antes da sala de atendimento de emergencia. Talvez pudesse amenizar o problema.
Seja como for, sempre vai ser melhor brigar com seu plano de saude depois que o sufoco passou, do que deixar de procurar atendimento de emergência e concluir tarde demais que seu autodiagnóstico falhou....
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Adaptado do artigo What Happens When Your Insurance Says Your ER Visit Was 'Avoidable'?, escrito por Alia Hoyt.
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