De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Vinte anos atrás, o então reitor da Harvard Business
School – Nitin Nohira – e Anthony Mayo, estudaram profundamente os 1.000 CEOs que
mais se destacavam nos EUA no Século XX, em busca das características dos líderes
extraordinários. Ao invés de traços marcantes e personalidades específicas, se
surpreenderam ao descobrir que aquilo que os destacava era “a capacidade de reconhecer e se adaptar às
oportunidades criadas num determinado momento do tempo”, o chamado espirito do tempo, caracterizado pelo pensamento, sentimento, ideias e crenças vigente em determinada época ou geração.
Liderança, em outras palavras, tem a ver em grande parte com um contexto
específico: a mesma pessoa que pode brilhar em determinada era, pode falhar
miseravelmente em outra.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
A pandemia do Covid-19, a guerra na Ucrânia, a antecipação
da economia digital e uma série de outros fatores, mudaram radicalmente o
contexto. Esse novo momento no tempo requer líderes com instintos para lidar com
as forças externas em movimento, com capacidade de pressentir novas
oportunidades econômicas e habilidades para liderar e gerenciar em uma época de
transformações. Em setores que mostram sinais de declínio, como o de lojas físicas
de varejo, agencias bancarias, produção atrelada à distribuição e gestão de
planos de previdência complementar corporativos, exigirão lideres adeptos e experientes
em reestruturação, reinvenção e consolidação. São tempos que requerem lideres
com: 1) Talento para perceber o papel da opinião pública e da política na
tomada de decisões - cujo custo de erro de cálculo está aumentando; 2) Empatia
por pessoas cujos interesses e identificação divirjam dos seus próprios; 3) Sintonia
com seus liderados por mais estranhas que sejam os pensamentos e perspectivas
deles; 4) Ênfase em gestão de crises, que serão permanentes daqui para a
frente.
CONCLUSÃO:
Para brilhar nesse novo contexto, os líderes dos fundos de pensão precisarão de
uma série de outros talentos. Saber usar habilmente as mídias sociais, motivar
jovens empregados que buscam propósitos e significado no trabalho. Satisfazer
outros stakeholders além dos participantes e patrocinadoras é apenas parte do
desafio. O maior deles? Criar soluções de segurança financeira para as novas
gerações de profissionais, num mundo digital.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: As the World Shifts, So Should Leaders, escrito por Nitin Nohira
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