Parece insano que o telefone celular que carrego comigo para todo lugar possa reconhecer precisamente quem eu sou a partir de 30.000 pontos de dados em 3D. Aí você é convidado a aderir a um plano de previdência complementar em um fundo de pensão e precisa assinar alguns pedaços de papel para autorizar o recolhimento de contribuições, indicar beneficiários e ser aceito. Ainda temos que: (i) inserir um cartão de plástico num caixa eletrônico e digitar 4 números para tirar dinheiro; (ii) apresentar um documento com foto ruim para pessoas que não checam a foto, para provar que você é você e poder votar, entrar num avião ou mostrar sua idade; (iii) entregar um caderninho em papel para o cara da imigração para entrar num país, o qual ele marca com um carimbo depois de escanear uma imagem impressa do visto.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Usamos chaves para entrar em casa, cartões magnéticos para acessar catracas em edifícios e preenchemos formulários infindáveis colocando as mesmas informações neles toda vez, repetidamente. Meu processo de habilitação na PREVIC para integrar o conselho de um fundo de pensão contém as mesmas informações sobre minha formação, dados pessoais, capacitação etc., igualzinho ao processo de habilitação de 2011, quando fiz isso pela primeira vez. Se repensássemos o mundo usando tecnologias incríveis que já estão disponíveis, seria impressionante como nossa vida poderia ser melhor e mais fácil. Mas tudo parece tão lento, tão devagar.
CONCLUSÃO:
Tudo que é vital, que é mais importante, geralmente precisa ser mais seguro e leva mais tempo para mudar. Por isso que usinas nucleares e estações de energia elétrica ainda trabalham com disquetes, por isso também que fundos de pensão requerem assinatura em formulários e têm sido lentos em abraçar startups de tecnologia digital. Mas não precisava ser assim ....
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Tom Goodwin, Fundador da “What We Have is Now”
“Conselhos Deliberativos sem diversidade, não possuem diferentes perspectivas dos riscos, arriscam ter ideias entrincheiradas, pensamento enviesado e fraco processo decisório, o que coloca seus participantes em desvantagem”, disse David Fairs – Diretor de Políticas Regulatórias do “The Pensions Regulator”, o órgão regulador dos fundos de pensão do Reino Unido (a PREVIC deles). Falando de DE&I - Diversidade, Igualdade & Inclusão nos fundos de pensão Britânicos, disse mais: “... queremos ver conselhos com uma vasta gama de perspectivas, conhecimentos e experiências, onde todo mundo tenha oportunidade de contribuir e questionar (as decisões) sob diferentes pontos de vista ... o status quo não é aceitável”.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Assim como no Brasil, os conselhos dos fundos Britânicos em geral nada estão fazendo para buscar colegiados mais diversos, com pluralidade de gênero, orientação sexual, etnia, religião, origem educacional etc., cujas diferentes visões de mundo levam a melhores decisões. O órgão regulador de lá se mostra “preocupado” com a falta de prioridade dos fundos nessa área. Eles querem encorajar, e dar apoio aos conselhos para criação de uma cultura de DE&I. Como parte do plano de ação para chegar lá, incluirão - até o fim do ano ou no começo de 2023 - no “Código de Melhores Práticas” uma expectativa clara sobre diversidade e ainda publicarão um guia para ajudar os conselhos a entender a importância e cumprir com a expectativa
CONCLUSÃO:
No curso de certificação de conselheiros de fundos de pensão da UNIABRAPP, costumo falar sobre a importância da DE&I nos colegiados. Exemplificando a relevância da igualdade de gênero nos conselhos, mostro a figura acima e explico que homens e mulheres, literalmente, enxergam o mundo de modo diferente. Na imagem, os pontos que mais atraem a atenção do nosso sistema visual em nível subconsciente, em milissegundos seu cérebro foca naquelas partes da imagem – na esquerda a visão do homem, na direita da mulher. O mapa de calor ("heat map") indica: em vermelho = maior atenção; em amarelo = atenção intermediária, em verde = menor atenção. Entendeu?
Grande abraço,
Eder.
Fonte: TPR publishes diversity action plan following 'worrying' research, escrito por Sophie Smith
Quando o cenário econômico é extremamente instável e os retornos dos investimentos
caem, a comunicação com os participantes deveria subir, mas muitos fundos de
pensão não sabem o que dizer. Se as pessoas não sabem o que está acontecendo e
faltam informações, elas tendem a tirar suas próprias conclusões
POR QUE ISSO É
IMPORTANTE:
Aqui vão algumas sugestões do que comunicar nessas situações: (i) coloque
os momentos de queda dos mercados no contexto histórico: explique que as baixas
são sucedidas por altas, mas não adianta só falar: MOSTRE (tipo o gráfico
acima); (ii) use mais recursos visuais na comunicação, quanto mais visual, mais
rápida é a assimilação da mensagem e por mais tempo fica retida – nosso cérebro
processo imagens 60.000 vezes mais rápido do que texto; (iii) mostre que é impossível
tentar acertar os movimentos do mercado, então você pode acabar vendendo na baixa,
comprando na alta e perdendo; (iv) lembre o participante que o papel do fundo
de pensão é cuidar dos investimentos dele exatamente para não deixa-lo tomar decisões
irracionais, baseadas em emoções. Veja o que acontece na alocação em ações por
pessoas físicas, investidores institucionais e planejadores financeiros, quando
há uma queda de 10% a 20% no S&P500, nesse estudo: aqui.
CONCLUSÃO:
Numa
pesquisa de 2019 da YCharts, 63% dos investidores disseram SIM quando
perguntados se “Uma comunicação mais frequente e/ou personalizada de seu
planejador financeiro resultaria em maior confiança na estratégia de
investimentos” e outros 85% afirmaram considerar a frequência e estilo de
comunicação ao decidir se contratam ou não os serviços de um planejador
financeiro. Não coloque apenas “Feliz Natal” no extrato de fim de ano do seu
fundo de pensão se o ano foi ruim, ao invés disso: explique.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Samantha Russell - Chief Evangelist,
FMG Suite.
Vamos para a terceira
e última parte da série de três artigos nos quais estamos abordando as
placas tectônicas que estão se movimentando e empurrando os fundos de
pensão para uma nova configuração.
Nos últimos 240
anos passamos por umas cinco revoluções tecnológicas, a mais recente delas iniciada
em 1971, provocada pela tecnologia da informação e das telecomunicações, ainda em
curso.
Revoluções tecnológicas
são processos bem destrutivos, elas definem um novo meio de produzir e de viver,
mas a sociedade leva um longo tempo para assimilar as mudanças.
Cada revolução tecnológica
traz consigo mudanças de duas naturezas: (i) técno-econômicas; e (ii) sócio-institucionais,
com enorme potencial para criação de riqueza, pela transformação da economia,
sociedade e instituições.
Surgem novos paradigmas,
que mudam a lógica dos negócios, provocando um salto quântico em todos os
setores, segmentos e indústrias, com disruptura para todo lado.
Cada revolução traz,
também, um realinhamento político, cultural, dos valores e aspirações – sabe o
lance das mudanças climáticas, da sustentabilidade, do veganismo, da diversidade
& inclusão? Pois é ...
O sucesso vai
para aqueles que melhor entendem que algo diferente está acontecendo, se
amoldam ao novo potencial, olham e andam para a frente. Esses são os fundos de
pensão passando por rebranding,
implantando planos família, se movimentando, buscando novos modelos de negócios,
como a Vivest (ex-FCESP) e outros.
Mas há também aqueles
que se apegam às velhas ideias, aos velhos objetivos, aos velhos valores individuais
ou coletivos, que olham sempre para trás e para trás vão ficando. A falha em
responder às transformações do mercado pode ser fatal.
Carlota Perez, uma Britânica de origem Venezuelana, professora
honorária do Instituto de Inovações e Politicas Publicas da University College London, explica tudo
isso no vídeo abaixo (em inglês), fala sobre como as revoluções tecnológicas se
sucedem e se sobrepõem – TL;DR o vídeo tem duração de 01:04:48, mas recomendo muito
que assistam, mesmo que sua paciência para vídeos longos seja igual à da Gen Z J
Entendendo os ecossistemas
de negócios
Nos anos 1930 o botânico
Britânico Arthur Tansley introduziu o termo “ecossistema” para descrever uma
comunidade de organismos interagindo uns com os outros em seus ambientes: ar, água,
terra etc. Para prosperar, esses organismos competem e colaboram uns com os
outros em busca dos recursos disponíveis, co-evoluem e se adaptam conjuntamente
às disrupturas externas.
Em 1993 o
estrategista de gestão James Moore publicou um artigo na Harvard Business Review intitulado “Predators and Prey: A New Ecology of Competition” (Predadores e Presas:
A nova Ecologia da Competição) no qual adaptou o conceito biológico fazendo um
paralelo com empresas que operam num mundo onde o comercio é cada vez mais
interconectado, se adaptando, evoluindo e competindo para sobreviver, algumas
vezes indo à extinção. Moore sugeriu que uma empresa não deveria ser vista
apenas isoladamente num setor, mas como membro de um ecossistema de negócios abrangendo
participantes através de múltiplos setores.
Um ecossistema de
negócios hoje é uma rede (network) de organizações – incluindo fornecedores,
distribuidores, clientes, competidores, agências governamentais etc. -
envolvidas na entrega de um produto ou serviço especifico, através tanto de
competição como de colaboração.
A ideia é que
cada entidade do ecossistema afeta e é afetada pelas demais, criando uma
relação em constante evolução na qual cada entidade precisa ser flexível e adaptável
para sobreviver, da mesma forma que nos sistemas biológicos. Ecossistemas criam
fortes barreiras de entrada para novos competidores, uma vez que já consiste de
players que o fazem funcionar.
Por fim, ecossistemas
de negócio demandam um engajamento B2B eficaz e eficiente entre os parceiros
porque são multi-stakeholders e business-to-business por natureza. A
parceria requer processos digitais, conexão de dados, ferramentas colaborativas
e integração de modelos de negócio para vender, fazer marketing e desenvolver
soluções conjuntas.
Ecossistema em previdência complementar ou previdência lego
Para ficar fácil de
entender, vou dar um exemplo genérico e um especifico.
Em julho passado,
minha esposa e eu resolvemos fazer um fondue
no fim de semana. Preparamos uma lista de tudo que precisávamos e fomos ao
supermercado. Quando entramos, tinha um grande banner com os dizeres: “Inverno
Gourmet: Tudo para fondue”.
Embaixo do
cartaz, uma mesa enorme com absolutamente tudo para se fazer fondue de carne ou de queijo. Tinha
molhos, queijos, carnes, pão, óleo vegetal, vinho, copos, pratos, aparelho de foundue, garfinhos e ... álcool gel.
Putz, álcool gel
não estava na nossa lista! Isso implicaria voltar ao mercado para comprar esse
item que havíamos esquecido.
Esse é um bom
exemplo genérico de ecossistema de soluções, mas vamos a um exemplo simples e especifico.
Imagine que você vai
registrar no cartório, seu filho que acabou de nascer. Ao pagar a taxa de
registro, lhe oferecem por mais R$ 50 (embutidos na taxa) um plano instituído ou
um PGBL que já pode sair no CPF e nome do recém-nascido.
O pai (ou a mãe)
orgulhoso, feliz da vida, totalmente bobo, de olho no futuro do nenê, quase
certamente vai querer. Ele não foi comprar um plano de previdência complementar,
mas sai do cartório com um.
A previdência lego é a incorporação de
poupança para a aposentadoria, proteções para riscos de invalidez e morte, na
compra de outros produtos, serviços ou plataformas – embutida em um ecossistema
de soluções.
Retrospectiva e conclusão:
Chegamos ao fim
dessa série de artigos. Como consequência do movimento das placas tectônicas, principalmente
das mudanças demográficas, passaremos por grandes mudanças em uma pequena
janela de tempo, nos próximos anos.
O poder de compra
está se deslocando das gerações mais antigas para as mais novas, a Gen Z e os
Millenials. Esses últimos estão naquele momento doce da vida, em que constituíram
família e passa a ser importante a compra de uma casa, de poupar para o futuro
(seu e dos filhos) de buscar segurança.
A pandemia despertou
os Millenials para a necessidade de proteção, o Covid-19 mostrou a importância da
segurança financeira, da compra de seguros – vida, saúde – e da poupança via
plano de previdência complementar.
Como consumidores,
procuram produtos e serviços de prevenção num lugar só, sem fricção,
partilhando seus dados em troca. Por isso a importância dos ecossistemas de
soluções, eles querem acessar seguros, previdência, saúde e bem-estar no
smartphone, da mesma forma que já fazem com pagamentos digitais via Apple Pay,
Sansum Pay etc.
Os fundos de
pensão precisam mudar, ao invés de “fazer digital”, precisam “ser digitais”,
precisam focar na experiência do consumidor, entender o que eles precisam, se
preparar para a próxima fase da jornada digital, porque até aqui, não vêm
fazendo um bom trabalho para atrair as novas gerações.
Um jovem da Gen Z
nos EUA durou apenas um mês trabalhando para uma seguradora. “Não quero trabalhar
onde a tecnologia não está”. Quando compram, as novas gerações se preocupam com
o proposito e o valor social das marcas, o mesmo quando trabalham para uma
empresa.
Os muros que
delimitavam as Entidades Fechadas de Previdência
começam a ruir e em breve serão destroçados pelas forças do mercado. Eu até
brinco que deveríamos passar a chama-las de Entidades Escancaradas de Previdência.
Para manter a
escala necessária para sua sobrevivência, a sustentabilidade de longo prazo dos
fundos de pensão vai força-los a soltarem as amarras de suas patrocinadoras e atuarem
em ecossistemas de soluções.
A previdência lego
representa oportunidades de cross sell
(venda cruzada) e up sell (agregar
valor a compra original), embutindo planos de previdência complementar em
outras soluções.
Os bancos e
administradoras de cartão de credito, as mídias sociais e mecanismos de busca
na Internet, sabem que sua esposa vai ter um bebe antes dele nascer. Os fundos
de pensão poderiam fazer parcerias para distribuir seus produtos. Uma vantagem
competitiva, um fluxo de receitas adicional, ninguém está fazendo ....
Não é mais o Silvio
Santos que vem aí, agora quem vem aí é a previdência lego!
Já é relativamente comum os conselhos terem um programa de “onboarding” para recepcionar os novos membros, mas e o oposto? Uma estratégia de “offboarding” é o processo que dá apoio à saída de um conselheiro, ao término do mandato.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Porque pode ser valioso para assegurar uma saída positiva, pavimentar um eventual retorno no futuro e obter insights para melhorar a governança do colegiado, que em outras situações normalmente não seriam compartilhados. Deveria fazer parte de uma estratégia de offboarding: (i) a identificação de um novo conselheiro, com as competências necessárias para o fundo de pensão enfrentar os desafios do momento, antes mesmo que o atual deixe o colegiado; (ii) uma entrevista de saída antes que o conselheiro vá embora de vez, não espere para o último dia, planeje a frente do tempo, assim poderá identificar com calma os pontos de melhoria. Idealmente, a entrevista deveria ser gravada e avaliada, ficando para futura referência, sempre mantendo o clima positivo durante o processo, buscando feedback construtivo e agradecendo o conselheiro pelo trabalho feito; (iii) compartilhe o feedback com o presidente do conselho – o aprendizado pode identificar onde são necessários mais treinamentos para os demais conselheiros e pode endereçar eventuais problemas; (iv) no último dia, agradeça o conselheiro que sai, deseje-lhe boa sorte, crie uma impressão positiva do fundo de pensão e assegure uma saída suave. Nesse ponto, qualquer preocupação existente já deverá ter sido resolvida.
CONCLUSÃO:
O final é tão importante como o começo e os maiores aprendizados para a governança residem na saída, não na entrada.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: What is offboarding? And should this be part of your strategy, www.careerstargroup.com
Essa é a segunda parte de uma série de três
artigos abordando as placas tectônicas que estão se movimentando e
empurrando os fundos de pensão para uma nova configuração.
É preciso entender de onde viemos e onde
estamos hoje, se quisermos enxergar para onde vamos, seja no segmento de fundos
de pensão e de planos de previdência complementar (figura abaixo) ou em qualquer
outro setor.
As profundas
mudanças demográficas em curso
Em 2016, se agrupássemos
a Geração Baby-Boomers com a Geração X e comparássemos a
quantidade de pessoas na faixa de 30 a 60 anos com a soma de indivíduos nessa
mesma faixa etária, da Geração Z combinada com os Millenials (Geração
Y), as duas primeiras gerações representando os mais velhos tinham 2,25 vezes
mais pessoas do que as outras duas gerações mais jovens (gráfico mais abaixo)
Em 2025 essa
relação vai se inverter, com os Millenials | Gen Z passando a representar 2
vezes mais pessoas no mundo do que os Baby-Boomers | Gen X.
Atualmente 2 em
cada 3 jovens adultos nos EUA são Millenials | Gen Z e no Brasil eles já são
58% da população.
Os Millenials -
que se encontram na faixa de 40 e poucos anos - já começam a assumir posições
de C-Level nas empresas, enquanto a galera da Gen Z começou
a chegar no mercado de trabalho em plena pandemia.
Por que isso é
importante? Bem, porque o mundo em que viveremos será moldado pelos jovens e
não pelas gerações que vão saindo de cena. Por isso é extremamente importante
saber a visão de mundo, os valores, os hábitos, enfim, como pensam as novas
gerações.
Enquanto
escrevo, surgiu um exemplo inusitado que nem estava no meu radar, mas que ilustra
maravilhosamente bem o que eu quero dizer. O MS-Word deve ter sido programado
pelas gerações mais antigas, veja só o que eles acabam de me sugerir para
substituir “a galera”, termo que usei dois parágrafos acima.
As novas gerações
são movidas por um enorme senso de justiça social, presam demais as questões de
DE&I– Diversidade, Igualdade e Inclusão, levam
extremamente à sério as mudanças climáticas, a sustentabilidade ambiental, ESG e ... são de uma informalidade incrível
(adeus gravatas, agora, para sempre).
Uma pesquisa feita
pela Gallup em 2020 mostrou que 16% dos jovens entre 18 e 23 anos nos EUA se
declaram LGBT e 72% (uauuuu!) se dizem bi-sexuais. Comparados com os Millenials,
a geração anterior a deles, esses números eram de 9% LGBT e 50% bi-sexuais.
Ou seja, 1 em
cada 6 jovens americanos de declara hoje não-binário e já se usa o termo “gender
fluid” ou “gênero fluido”, para se referir a eles porque num dia se dizem uma
coisa, no outro se dizem outra coisa. Não é à toa que DE&I se tornou um
tema de alta relevância com amplas implicações para as empresas, para os fundos
de pensão e para a sociedade como um todo.
A jornada financeira,
os canais de compra e a democratização dos investimentos
Uma pesquisa
feita com várias gerações perguntou se a pessoa concordava com a seguinte
afirmação: “Transporte é necessário, mas ter um veículo não é”.
O resultado (gráfico mais abaixo) mostrou que para as gerações mais velhas, a propriedade de um
carro é fundamental para ir de um lugar a outro, é sinônimo de transporte, mas para
os jovens o que realmente importa é a jornada da mobilidade, não necessariamente
possuir um carro.
O que é jornada
da mobilidade? Imagine que um Gen Z morando em São Paulo queira ir para a praia
em Santos, no fim de semana. Ele sai de casa, pega um patinete elétrico ou uma
bicicleta compartilhada e vai até uma estação de metrô. De lá vai até o centro
da cidade onde pega uma carona compartilhada que agendou através de um app como
o Blá Blá Car,
que o leva até Santos. Na volta, faz o caminho inverso. Tudo, sem ser dono de
um carro.
Por que isso é
importante? Porque podemos expandir esse modo de pensar para a jornada
financeira ao longo da vida, o que tende a aproximar curto, médio e longo
prazo quando o jovem olha para questões financeiras.
Mas não é só
isso.
Pesquisas
feitas pela SVIA – Silicon Valley Insurance Accelerator – uma InsureTech
do Vale do Silício – mostraram que entre 45% e 60% dos Millenials e Gen Z demonstraram
interesse em comprar seguros não apenas via canais tradicionais, tipo corretoras
de seguros e seguradoras, mas também através do Google, Amazon, Apple e outras
plataformas de big tech (slide abaixo).
Para as
gerações mais novas, seguro deixou de ser coisa (só) de seguradora e por extensão,
poupança de longo prazo também passa a não ser coisa (só) de fundo de pensão.
Por fim, a tecnologia
está democratizando o acesso dos jovens aos investimentos. Qualquer um hoje por
meio de um smartphone pode comprar e vender ações, títulos públicos ou
cryptomoedas, sem precisar de uma conta em banco.
Abaixo, meu
avatar na plataforma Reddit uma das tantas plataformas onde se encontram comunidades onde se troca informações.
Através das mídias
sociais, chats e fóruns de discussão, você pode ter acesso a análises de
mercado, entender os movimentos das bolsas de valores, obter dicas e orientação
sobre investimentos.
Claro, educação
financeira nesse cenário é fundamental, mas se os fundos de pensão estão ausentes
dessas plataformas, os jovens ficam expostos aos StockFluencers no TikTok.
Estamos caminhando
para a democratização e hiper individualização dos investimentos.
Impactos do deslocamento da Placa #2
Entender as novas gerações é fundamental
para se poder apontar o modelo de negócios atual, qualquer que seja seu setor
de atividades, para o futuro.
A tecnologia pode ser o motor das mudanças,
mas indubitavelmente, as transformações sociais é que estão por trás do
direcionamento dessas mudanças.
Na terceira e última parte dessa minissérie
de três artigos, abordaremos a placa tectônica número 3: a disruptura na
fronteira dos negócios.
Um novo tipo de
plano de previdência complementar corporativo, que já estava previsto há mais
de 20 anos na legislação do setor, vai ganhando vida.
É um excelente contraexemplo
para o argumento choroso e repisado de que a legislação é muito engessada, restritiva,
não permite inovação, coisa e tal.
Podemos colocar a
culpa na inanição das patrocinadoras, na inercia dos conselhos, na ausência de motivação das diretorias para mudar, na falta de criatividade dos consultores, no bispo, no
papa, em qualquer coisa ... menos na legislação.
Chamado de Plano Instituído Corporativo – tudo bem,
o setor nunca foi bom de marketing, esse nome é horrível mesmo – esse novo tipo
de plano pode ser considerado o maior avanço da previdência complementar dos
últimos 20 anos.
Você vai entender a
razão disso numa série de três artigos, começando por esse aqui, no qual vou escrever
um pouco sobre o futuro do trabalho.
Por ocasião do 13º Congresso Brasileiro de
Atuária, que terminou ontem, tive o prazer de moderar o painel Desafios na Previdência Complementar.
Apesar de
atuário, brinquei com os colegas de profissão que faria uma apresentação sem fórmulas,
equações ou modelos probabilísticos.
Aproveitei os 25
minutos que tive, para falar das três placas tectônicas que estão se
movimentando e empurrando os fundos de pensão para uma nova configuração:
(1)Placa #1: O futuro do trabalho;
(2)Placa #2: As transformações demográficas;
e
(3)Placa #3: A disruptura na fronteira dos negócios.
Apertem os cintos, o empregado sumiu
Nos anos 80, José Ignácio
López de Arriortúa, um engenheiro de manufatura nascido nos Países Bascos, no extremo
norte da Espanha, trabalhando como Chefe de Compras na fábrica da Opel em
Rüsselsheim – Alemanha, chamou a atenção da GM.
Ele havia adotado,
com sucesso, um método de produção voltado para o preço ao consumidor. A ideia,
basicamente, era partir do preço final desejado e ir reduzindo o valor pago aos
fornecedores - através de negociações sistemáticas e contínuas - de modo a
atingir o preço definido como alvo para os carros.
A inversão da
lógica de criação de preço dos automóveis, que até então era resultado direto
do custo de fabricação, alçou Lopes de Arriortúa a Vice-Presidente Mundial de Compras
da GM.
Mas ele queria mais,
queria ir além na redução de preço dos carros. Como não conseguiu na GM,
mudou-se em 1993 para a Volkswagen, onde começou como Head de Otimização de Processos e Compras, subiu rápido e logo chegou a membro do
Conselho de Administração mundial da VW.
A estratégia era trazer
os fornecedores para dentro da fábrica para que eles agregassem seus
componentes diretamente na linha de montagem. Nascia o conceito do consórcio modular mudando para sempre o
setor industrial.
Os avanços no
processo de manufatura, junto com a automação | robotização, tiveram como
efeito direto a redução da quantidade de empregados na indústria. A VW, que
chegou a ter 110 mil funcionários no Brasil na década de 80, tem hoje uns 14 mil. A automação,
que começou no setor automobilístico nos anos 70, alcançou a logística nos anos
2000. O maior exemplo são os centros de distribuição da Amazon - estima-se que até
2023 seus armazéns contarão com mais de 530 mil robôs como esses da foto abaixo.
A diminuição do número
de empregados também pode ser atribuída a outro fenômeno que vem ganhando força
em diversos países, na sequência de reformas trabalhistas mundo afora. Trata-se
do deslocamento do tradicional contrato de trabalho em tempo integral e por prazo
indeterminado, na folha de pagamentos, para outros tipos de vínculo de trabalho.
Estamos saindo de
um modelo padrão de legislação trabalhista para um modelo onde profissionais freelancer, sem contratos de emprego,
prestam serviços sem exclusividade, via contratos temporários
ou por projeto, seja na forma de autonomia, seja através de pessoa jurídica própria.
Esse contingente de
pessoas que buscam flexibilidade e valorização de seus serviços, ganhou o termo
em inglês de Gig Economy. O termo surgiu
com as bandas de Jazz no início do Século XX, lá pelos idos de 1915, que usavam
“gig” (abreviação de gigante) para se referir às apresentações. Os
trabalhadores que colocavam a infraestrutura de pé eram freelancers, contratados temporariamente, tinham flexibilidade de
horário, mas não tinham os benefícios tradicionais das empresas.
A Gig Economy deu um salto de 34% nos EUA
entre 2020 – 2021 e está projetada para representar 51% da força de trabalho americana em
2023. No Brasil não há estatísticas, por outro lado, sabe-se que 41% da população
ocupada não tenham vinculo forma de emprego, atuando na chamada economia informal. Não é à toa que
apenas 7,8% da população brasileira, algo em torno de 16,5 milhões de pessoas, contem hoje com um plano de previdência complementar.
A fragmentação do
emprego fica ainda mais evidente quando se olha para as pesquisas produzidas pelo US
Bureau of Labor Statistics. A mais recente, de 2021, apontava para uma média de
12,4 empregos por onde as pessoas passam ao longo da vida (entre 18 e 54 anos de idade). Uma realidade bem longe daquela na qual as pessoas passavam no máximo por 3 ou 4 empregos durante toda a carreira.
Impactos do deslocamento da Placa #1
A tecnologia reduz a quantidade de empregados em todos os setores - inclusive o
de serviços, não apenas na indústria. Junto com o deslocamento do vínculo de emprego
tradicional para outros tipos de contrato de trabalho, essas transformações vêm
reduzindo a escala necessária para justificar a existência de fundos de pensão, que requerem empresas patrocinadoras com milhares e milhares de empregados.
Por tudo isso fica
claro que os fundos de pensão não foram desenhados para o futuro do trabalho e
a maior evidencia disso é a redução da quantidade de fundos de pensão nos
quatro cantos do mundo. No Brasil tínhamos 337 em 2012, hoje temos 275 (fonte: PREVIC). Na
Holanda eram 957 em 1997, em 2020 tinham restado 141 (fonte: Statista.com). Na Austrália existiam 9.011
em 2004, em 2018 haviam sobrado 2.198 (fonte: Financial Services Council - State of The Industry 2019). Onde quer que você procure, vai
encontrar movimento nessa direção.
Poderíamos
discorrer ainda mais sobre as mudanças em curso no mundo do trabalho, falar
sobre o iminente fim dos escritórios como ferramenta de gestão e significado de
vida, do fim da empresa como ela existe hoje e de muitas outras transformações, mas por ora vamos ficar
por aqui porque já deu para perceber o impacto dessas mudanças sobre o modelo de negócios atual dos fundos de pensão.
Na segunda parte
dessa curta série de três artigos, abordaremos a placa tectônica no
2: as transformações demográficas em curso.
Em 1939
durante seu primeiro ano na Universidade da Califórnia, Berkeley, o estudante de
doutorado George Bernard Dantzig chegou atrasado para a aula de estatística
do Prof. Jerzy Neyman. A aula já tinha terminado e não tinha ninguém na sala,
mas no quadro ele viu dois problemas que imaginou serem exercícios para
entregar na aula seguinte. Copiou e foi pra casa. Alguns dias depois se
desculpou com o Prof. Neyman por ter demorado muito a resolver os exercícios: “Os
problemas foram bem mais difíceis do que eu pensei, o senhor ainda quer que eu
entregue”? “Joga ai na mesa que eu olho depois”, respondeu o professor.
POR QUE ISSO É
IMPORTANTE:
Seis semanas depois, num domingo de manhã, Dantzig e sua esposa
foram acordados com alguém batendo insistentemente na porta. Era o Prof. Neyman
eufórico. Os problemas que Dantzig resolveu pensando ser dever de casa eram, na
verdade, dois famosos teoremas que nunca haviam sido provados em estatística. Danzig
concluiu seu doutorado (interrompido pela II Guerra) em 1946 na UC Berkley e terminou
sua vida trabalhando como professor de pesquisa operacional em Stanford. Em
1975 recebeu do Presidente Henry Ford a Medalha Nacional de Ciência e morreu em
13 de maio de 2005 na sua casa em Stanford.
CONCLUSÃO:
A frase do título
é do escritor americano Mark Twain e a história (verdadeira) ensina a todos nós
que o impossível é apenas aquilo que ainda não foi feito. Construir um novo
modelo para os fundos de pensão ... não, não é impossível.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: The Unsolvable
Math Problem, escrito por David Mikelson
Imagine que seu problema original se apresente como a reclamação clássica: “O
elevador sobre muito devagar”. Diante do problema, os tomadores de decisão se
lançariam em busca de soluções que fizessem o elevador subir mais rapidamente,
tipo atualizar o motor ou instalar um novo elevador. Agora, reformule o problema
para: “Esperar é irritante”. Isso amplia o espaço das soluções para a busca de
ideias que tornem a espera menos chata, como tocar músicas, distrair as pessoas
com notícias ou anúncios ou ... instalar espelhos. É mais econômico e o mais
importante: resolve o problema certo. Esse é um exemplo clássico de “reframing”
(reformular, reformatar, reenquadrar), uma das ferramentas mais poderosas para solucionar
problemas e é por isso que elevadores tem espelhos.
POR QUE ISSO É
IMPORTANTE:
Fixar no problema da forma que ele se apresenta para você significa
reduzir o problema a percepção, perspectiva, ponto de vista de apenas uma pessoa
ou grupo de pessoas. Ao invés disso, explore a situação, pergunte 5 vezes “por
que” até chegar ao fundo da questão e só comece a trabalhar numa solução quando
tiver certeza de ter encontrado o problema certo.
CONCLUSÃO:
Nos tempos
em que vivemos, com os avanços na longevidade, com o futuro do trabalho em plena
transformação, com o dinheiro digital etecetera e tal, será que estamos focando
no problema certo? Por que as pessoas precisam de um plano de aposentadoria?
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Melina Moleskis,
Behavioral Economic Group - LinkedIn
A MetaMask - maior player no mundo que oferece “wallets”, ou seja, carteiras
digitais para guardar, transferir e transacionar com crypto – acaba de integrar
o sistema digital de pagamentos do governo brasileiro AKA (also known as,
conhecido por) PIX, passando a permitir a compra de cryptomoedas e demais
ativos digitais com R$ (Reais). A integração é feita por meio da MoonPay que
fica com 1% de comissão por transação mais um fee por uso da rede,
calculado em tempo real. O valor mínimo para uma transação via MetaMask é de R$
120, equivalentes a US$ 20.
POR QUE ISSO É
IMPORTANTE:
Lançado em outubro de 2020 pelo Banco Central, o PIX é um meio de
pagamento digital que funciona em tempo real para compras e transferências de
$$$ dentro do Brasil. Com 126 milhões de usuários, o PIX já vinha sendo usado
por CEX (corretoras centralizadas de crypto) tipo Binance e Bybit, mas diretamente
por carteiras digitais, é a primeira vez. Esse passo é importante porque para os
puristas da comunidade crypto, se você não guarda suas cryptomoedas em sua própria
wallet, ou seja, se as deixa sob custodia de uma corretora de cryptos, elas
não são suas. Esse pensamento foi popularizado por Andreas Antonopoulos que
disse: “Your keys, your bitcoin. Not your keys, not your bitcoin” (para
controlar uma wallet é preciso uma chave privada que funciona como senha
pessoal e uma chave pública, que funciona como endereço eletrônico da carteira.
CONCLUSÃO:
O Brasil já
é o segundo pais com maior número de usuários da MetaMask – Uauuuuu!!! – atrás
apenas dos EUA. Para um bom entendedor, isso significa que o potencial da
economia digital em Terras de Cabral é imenso.
O que faz uma empresa ótima para se
trabalhar remotamente? Os benefícios? Reembolso de WiFi? Eventos virtuais para
conexão com os colegas? Reuniões presenciais ocasionais para integração?
Diversidade e flexibilidade tão valorizadas pelos jovens? Sim, sim, sim, sim e
sim – mais: liderança eficaz, colegas gente-boa, bons gestores, salário
competitivo, comunicação clara, treinamento útil e engajamento em geral. O
ranking “Quartz 2022 - Best Companies for Remote Workers” (resultado completo: aqui) celebra esse ano as 83 empresas que claramente entenderam o que é
necessário quando o local de trabalho fica na nuvem e é preciso manter a coesão
e a transparência independentemente dos empregados aparecerem fisicamente no
escritório.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
As melhores práticas dessas empresas em
uma série de áreas consideradas importantes hoje pelos empregados, eu diria até
cruciais mesmo, podem ser exatamente aquilo que as pessoas estão
procurando nesse mundo pós-pandemia. Muita gente está em busca de um novo
empregador, de novas ideias, de novas práticas organizacionais, de novos ares e
de propósitos corporativos alinhados com seus propósitos pessoais. A campeã em
2022 foi a agência de marketing 3Q/DEPT, cujo trabalho é 100% remoto, mas na
lista tem também um mix de empresas incluindo aquelas com trabalho híbrido.
CONCLUSÃO:
Lideranças que alegam ser imprescindível a interação
pessoal para manter uma cultura corporativa colaborativa e voltada para
inovação, terão sérios problemas com o inevitável fim do escritório como ferramenta
de gestão. Passaremos a classificar os líderes em dois tipos: (i) aqueles A.C.
(antes do cafezinho); e aqueles D.C. (depois do cafezinho).
Em seu relatório “Capital Markets Assumption – Five Years Outlook: 2023 Edition”, publicado mês passado, a Northern Trust - uma gestora de ativos do Reino Unido – prevê que nos próximos cinco anos os retornos dos investimentos nos mercados financeiros internacionais serão ligeiramente inferiores aos da média histórica. Estimam eles que os retornos na renda fixa serão ajudados pelo ponto de partida atual de juros altos, mas serão limitados pela tendência de estabilização da curva global de juros. Dizem, também, que os investimentos em ações serão beneficiados pela baixa valuation das empresas atualmente, mas serão afetados pelo lento crescimento das empresas e pelo impacto dos juros nas margens de lucro. Finalmente, comemoram o término do período de juros negativos que marcaram, nas palavras deles: “... um período muito estranho na história econômica recente e dos mercados financeiros”. Relatório completo: aqui
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
À exceção (única) do Bank of Japan - banco central do Japão - praticamente todos os bancos centrais abandonaram a política de juros sub-zero ou negativos. O motivo: alta inflação nos quatro cantos desse mundão. Jogo jogado, cenário mais que previsível pós-pandemia, só faz cara de surpresa quem não é bem-informado. Olhando o gráfico acima, que aparece lá pela pág. 8 do relatório, fica claro como cristal que os juros dos últimos 10 anos cabem como uma luva no Working Paper No 845 do Bank of England, publicado em 03/01/2020, que mostra a trajetória dos juros nos últimos 800 anos - coisa de inglês - que é de queda mesmo.
CONCLUSÃO:
Em tempos de juros baixos, algo que voltaremos a ver em breve se os Ingleses estiverem certos, investidores institucionais (tipo fundos de pensão) tem que sair da zona de conforto, estratégias passivas deixam de entregar resultado e diretores de investimentos de fundos de pensão precisam trabalhar de verdade, dando duro para entregar resultado bom. A ver.
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Mestre em Administração Profissional pela EAESP/FGV, Bacharel em Ciências Atuariais pela UFRJ,com especialização em Propaganda & Marketing pela ESPM-RJ e em Governança Corporativa pelo IBGC. Mais de 25 anos de atuação no mercado de previdência complementar, Membro nº 641 e ex-Diretor do Instituto Brasileiro de Atuária e ex-Professor do MBA de Gestão de Riscos Financeiros e Atuariais da USP/FIPECAFI. Gerenciou inúmeros projetos internacionais e regionais na área de benefícios, tendo morado em Jacksonville, FLA-EUA e em Lincolnshire, CH-EUA. Ocupou cargos de alta gerência e direção nas maiores empresas globais de benefícios, em fundos de pensão, em seguradoras e em bancos.
Desenvolve Pesquisas, Projetos e Palestras sobre Previdência, Seguros (RE), Benefícios a Empregados, Programas de Saúde, Economia Comportamental, Neuromarketing e Investimentos Responsáveis.