De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Em seu relatório “Capital Markets Assumption – Five Years Outlook: 2023 Edition”, publicado mês passado, a Northern Trust - uma gestora de ativos do Reino Unido – prevê que nos próximos cinco anos os retornos dos investimentos nos mercados financeiros internacionais serão ligeiramente inferiores aos da média histórica. Estimam eles que os retornos na renda fixa serão ajudados pelo ponto de partida atual de juros altos, mas serão limitados pela tendência de estabilização da curva global de juros. Dizem, também, que os investimentos em ações serão beneficiados pela baixa valuation das empresas atualmente, mas serão afetados pelo lento crescimento das empresas e pelo impacto dos juros nas margens de lucro. Finalmente, comemoram o término do período de juros negativos que marcaram, nas palavras deles: “... um período muito estranho na história econômica recente e dos mercados financeiros”. Relatório completo: aqui
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
À exceção (única) do Bank of Japan - banco central do Japão - praticamente todos os bancos centrais abandonaram a política de juros sub-zero ou negativos. O motivo: alta inflação nos quatro cantos desse mundão. Jogo jogado, cenário mais que previsível pós-pandemia, só faz cara de surpresa quem não é bem-informado. Olhando o gráfico acima, que aparece lá pela pág. 8 do relatório, fica claro como cristal que os juros dos últimos 10 anos cabem como uma luva no Working Paper No 845 do Bank of England, publicado em 03/01/2020, que mostra a trajetória dos juros nos últimos 800 anos - coisa de inglês - que é de queda mesmo.
CONCLUSÃO:
Em tempos de juros baixos, algo que voltaremos a ver em breve se os Ingleses estiverem certos, investidores institucionais (tipo fundos de pensão) tem que sair da zona de conforto, estratégias passivas deixam de entregar resultado e diretores de investimentos de fundos de pensão precisam trabalhar de verdade, dando duro para entregar resultado bom. A ver.
Grande abraço,
Eder.
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