De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Em 2009 comecei a compartilhar nas mídias sociais minha visão de mundo, sob a ótica dos fundos de pensão. Desde então, escrevi no meu blog mais de 1.000 posts com tópicos que li. Esses treze anos têm sido os mais interessantes e agradáveis da minha carreira profissional e estranhamente, quanto mais eu escrevo sobre as mudanças que virão no setor, tenho a sensação de que menos tempo temos para fazer essas mudanças. Refletindo esses dias sobre as lições mais importantes que aprendi nessa jornada, me vieram a mente três pontos.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
1) Ninguém sabe para onde os fundos de pensão caminham: lá atrás quando a Internet surgiu, em 1994, antes da Netscape criar o 1º browser para as pessoas comuns navegarem pela web e assim disparar a adoção em massa da Internet, era impossível prever o que aconteceria. O que nos impede de enxergar o mundo a nossa frente são as amarras que nos ligam ao mundo como ele é hoje, a única certeza que podemos ter é que o fundo de pensão do futuro será totalmente diferente do atual; 2) Os fundos de pensão abrangerão muito mais serviços e produtos do que qualquer um pode imaginar nesse momento: em 1970 um professor de Stanford chamado Roy Amara cunhou a Lei de Amara, que dizia: “tendemos a superestimar os efeitos da tecnologia no curto prazo e a subestima-los no longo prazo”. Entendido de outra forma, pode-se dizer que quanto mais o tempo passar, mais profundas serão as mudanças nos fundos de pensão impostas pela tecnologia, por isso, é melhor circunscrever as transformações que ocorrerão olhando só os próximos 10 anos; 3) Num mundo descentralizado, o fator determinante são as comunidades: pela primeira vez na história humana, temos as ferramentas para tirar de cena os intermediários: estamos ainda nos estágios iniciais da economia digital (token economics) e dos novos mecanismos de governança e consenso. Grupos de pessoas (participantes) com propósitos e paixões em comum serão capazes de se conectar e decidir em conjunto o que fazer com seu dinheiro | investimentos de longo prazo. Para isso não precisarão de intermediários e fundos de pensão são intermediários. Isso não tem nada a ver com a agregar valor aos investimentos, isso tem a ver com engajamento. Ou os fundos de pensão aumentam seu engajamento com os participantes ou vão morrer.
CONCLUSÃO:
Impossível
saber se os fundos de pensão continuarão existindo daqui a 10 – 20 anos. Eu não
sei, ninguém sabe. O sucesso de qualquer solução tem tudo a ver com se ter o
produto certo, na hora certa, combinado com um pouco de sorte. Com tantas
pessoas brilhantes trabalhando no setor, não seria tão difícil chegarmos no
futuro. Só resta saber se as soluções que os fundos de pensão pretendem oferecer
terão a mesma sorte que o bambolê teve (vídeo acima).
Fonte: “6 Thoughts After 5 Years (& 300 Blog
Posts) Down The Crypto Rabbit Hole”, escrito por Lou Kerner.
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