De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
O escritório e a empresa são coisas entrelaçadas, uma grande caixa cheia de gente e de coisas lá dentro é a materialização da entidade legal “dona” das pessoas, ferramentas e o que quer que elas produzam. Quando as pessoas são libertadas da caixa, o que acontece com a entidade legal? A discussão hoje é sobre a dificuldade de gerenciar pessoas que não estão no mesmo lugar, mas isso presume que as empresas permanecerão as mesmas e apenas os escritórios físicos vão mudar. Na realidade, a era do trabalho remoto dará lugar a novas estruturas corporativas e maneiras de coordenar múltiplas atividades e pessoas, “sem” ser “dona” delas e do fruto do seu trabalho. Nos últimos 150 anos os negócios foram dominados pelas grandes corporações, organogramas claros, força de trabalho estável, estruturas fixas, foi uma era de produção em massa, cultura de massas, vendas em massa, com um nº relativamente pequeno de produtos, divulgados através de um nº pequeno de canais de radio, TV e mídias impressas e vendidos em milhares de lojas idênticas. No Sec. XXI isso mudou, um grande nº de produtos e serviços são produzidos por uma rede complexa de fornecedores, divulgados e vendidos via múltiplos canais digitais de distribuição, o trabalho requer um mix de capacitações que mudam constantemente, tornando difícil prever o perfil do individuo necessário para produzir sabe-se lá o quê.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Se você quer saber o que vem pela frente, olhe para a forma como bens e conceitos criativos são produzidos na indústria do entretenimento: Hollywood. Os créditos no fim dos filmes mencionam dezenas de experts, uma variedade de áreas e profissionais que inclui finanças, desenho, musica, fotografia, figurino, ciência, computação, arquitetura, escritores e as vezes historia, psicologia, criminalistas etc. Essas pessoas trabalham juntas, mas não são colegas de trabalho no sentido tradicional, são um grupo de profissionais criativos e altamente especializados que se juntaram por um período de tempo para produzir algo único e com alto valor. Para lidar com os desafios atuais, as empresas se parecerão mais com redes de relacionamento, ecossistemas e equipes temporárias do que com estruturas claramente definidas.
CONCLUSÃO:
Quando ouvimos a turma de RH falando do futuro do trabalho, é fácil focar nas mudanças mais visíveis – o local físico onde as pessoas trabalham, mas uma transformação muito maior, mais ampla e mais profunda está acontecendo debaixo da superfície, uma mudança que fará emergir novas maneiras de orquestrar, financiar e regular o modo pelo qual as pessoas se juntam para criar valor – com implicações tremendas para os fundos de pensão e tudo o mais que está por aí.
Fonte: If nobody's there, is it a company?, escrito por Drog Poleg
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