De Sāo Paulo, SP.
Thomas Hobson (1544-1631) foi proprietário de uma cocheira de aluguel de cavalos na era pré-industrial, na cidade de Londres – Inglaterra.
Hobson oferecia aos clientes a opção de levar o cavalo da baia mais próxima da porteira de saída ou não levar nenhum.
Esse sistema, claro, assegurava uma rotação dos cavalos colocados para alugar, evitando que os melhores cavalos ficassem sobrecarregados ao não permitir que alguém insistisse em uma escolha “sub-ótima” para o locador dos cavalos.
A “Escolha de Hobson”, como ficou conhecida, é uma escolha livre na qual apenas uma coisa é oferecida. A pessoa pode aceitar ou recusar o que é oferecido, então, as duas opções são: aceitar ou recusar.
A Escolha de Hobson também pode ser entendida como escolha nenhuma.
Thomas Hobson - Credito da Imagem: Getty Images
Os planos de contribuição definida dos fundos de pensão, nos quais o participante pode escolher entre um pequeno punhado de alternativas de fundos de investimento para alocar suas contribuições, são conhecidos como “planos multiportfólio”.
Os tipos de investimento, os percentuais de alocação, as classes de ativos e tudo o mais das opções oferecidas nos planos multiportfólio são, na verdade, definidos previamente pelo próprio fundo de pensão, sem ouvir os participantes.
Ou seja, os participantes são obrigados a escolher entre alternativas limitadas, que na maioria das vezes nada tem a ver com suas preferencias pessoais, seus propósitos, sua vontade.
É tentador imaginar, quando cada pessoa faz uma escolha, que todos se beneficiam. No entanto, há determinadas situações em que Hobson tem razão.
Os planos multiportfólios dos fundos de pensāo brasileiros, representam um belo exemplo da “Escolha de Hobson”, na qual o beneficio da escolha não fica, necessariamente, com quem escolhe.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: “The Thing About Hobson”, escrito por Seth Godin
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