De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Corria o ano de 2003. A criação do primeiro fundo de pensão instituído a ser implantado por uma associação, estava a pleno vapor. Meu envolvimento na gestão do projeto chegou aos ouvidos do Nilton Molina (o pai), da Mongeral. Um belo dia ele me telefona e me pergunta: “Você costuma vir ao Rio?”. Eu respondo: “Sim, todo mês estou por aí para reunião de diretoria do IBA-Instituto Brasileiro de Atuária”. “Então passa aqui na próxima vez que estiver na cidade”, convida ele. Semanas depois, passo na sede da Mongeral e conversamos. Falamos do projeto que eu estava conduzindo e ele perguntou minha opinião sobre o futuro dos instituídos. Ponderei que tinham tudo para dar certo, mas o crescimento seria lento e gradual, como tudo em previdência. Molina, vira-se e diz: “Não acredito nisso não, isso aí não vai dar certo”. Terminada a conversa, agradeci gentilmente, me despedi e fui embora.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
“Fast forward”, Molina e a Mongeral são hoje responsáveis pelo maior “case” de sucesso dos planos instituídos no Brasil. Desenvolveram um modelo de negócios que resolveu o desafio de vender previdência individual via fundo de pensão. Uma enorme quantidade de corretores de seguros corre atrás dos potenciais participantes, a custo praticamente zero. Quando vendem o plano, são remunerados com base na taxa de corretagem das coberturas de risco (invalidez e morte) cujas contribuições vem acopladas às do plano de previdência. Todo mundo fica feliz! Com isso, a Mongeral vem nadando de braçada nesse mercado. É possível, hoje, desenvolver novos modelos de negócio para os fundos de pensão, da mesma forma que a Mongeral encontrou o deles, mas isso requer criatividade, inovação e como ensinou “Molinão”, sondando o que os concorrentes estão fazendo sem chamar a atenção deles para o que você vai fazer. Segue o jogo.
CONCLUSÃO:
É preciso entender o passado para projetar o futuro.
Grande abraço,
Eder.
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