“Nāo Olhe Para Cima” foi lançado nos cinemas em dezembro de 2021 contando a história de dois astrônomos que descobrem que em poucos meses um meteorito destruirá o planeta Terra. A partir desse momento, eles devem alertar a humanidade por meio da imprensa sobre o perigo que se aproxima.
De forma satírica, o filme ilustra como está cada vez mais difícil projetar mensagens ao público, inclusive quando o objetivo é dizer que estamos à beira do fim do mundo e que precisamos fazer algo urgente para evitar a extinção.
Moral do filme "Não olhe para cima?”: a ignorância ganha da ciência. O filme satiriza esse fenômeno social quando a personagem principal fala: “tudo isso é para os ricos ficarem cada vez mais podres de ricos”. O filme ganhou importância ao deixar os telespectadores pensativos.
Quem quiser assistir o trailer, basta usar o link abaixo:
Corta!
Pegando carona na critica social do filme, valeria a pena (aí sim) “olhar para cima” e aprender com os avanços que os americanos projetam para o sistema de previdência complementar do Tio Sam, em 2025.
Diferente do que acontece em Terras de Cabral, melhorar a segurança financeira da aposentadoria dos cidadãos têm sido, nos EUA, um dos assuntos com amplo apoio bipartidário.
O QUE ESPERAR EM 2025 NOS FUNDOS DE PENSĀO (EUA)
Enquanto damos os primeiros passos nesse ano novo, são aguardadas para 2025 algumas das maiores mudanças trazidas pelo SECURE 2.0 ACT – lei que há poucos anos impôs melhorias na previdência complementar americana – com as quais as empresas terão que se alinhar
Uma delas é o aumento do limite mínimo de contribuições para os planos de contribuição definida (os 401K) que passará de US$ 23.500 por ano para US$ 23.000 por ano (lá base da remuneração é anual, não mensal como aqui).
Isso importa porque não basta a adesão automática jogar os empregados dentro dos planos de aposentadoria dos fundos de pensão, é preciso assegurar que eles acumularāo uma poupança decente e sabemos que a falta de engajamento é crônica em planos de previdencia complementar.
Outra mudança a caminho é o aumento da elegibilidade de empregados com vínculo de trabalho em tempo parcial, que passarão a ter direito a participar dos fundos de pensão. Algo hoje assegurado apenas aos empregados em tempo integral.
Há rumores de um SECURE 3.0 já agora no começo do ano, ou seja, uma nova evolução da lei de previdência complementar, facilitada pelo controle do congresso americano pelos republicanos.
Pensa-se em facilitar ainda mais a portabilidade dos saldos de contas acumulados em fundos de pensão por quem investe em planos corporativos, que seguiriam a pessoa automaticamente quando ela mudasse de emprego, indo para o plano da nova empresa ou para um plano individual de previdência complementar – os IRAs ou Individual Retirement Accounts - equivalentes aos nossos PGBLs e VGBLs.
Os especialistas creem que os cortes de impostos defendidos pela nova administração, junto com a expectativa de melhoria da economia e o atual ciclo de alta dos mercados financeiros (que inveja), possam encorajar os empregados a investir mais nos seus fundos de pensão, levando as empresas a apoiar o movimento.
MAIS POUPANÇA PARA EMPREGADOS DE BAIXA RENDA
Uma das mudanças que considero mais relevantes e que deveremos ver nos planos de previdência complementar corporativos americanos, é o aumento da poupança voltada para o futuro entre os trabalhadores de renda baixa e média.
Esse aumento será impulsionado por duas mudanças políticas importantes:
- Primeiro: mais legislaçōes de previdência estadual entrarāo em vigor em 2025 (no sistema federativo dos EUA os estados têm muito mais autonomia do que no Brasil). Na California, por exemplo, até o final do ano, mesmo as pequenas empresas com 1 a 4 empregados terão que incluir seus trabalhadores no plano de previdência individual criado pelo Estado (uma espécie de PGBL|VGBL estadual) ou em um plano de previdência complementar individual tradicional (os IRAs); e
- Segundo: todo novo plano de previdência complementar corporativo terá, obrigatoriamente, que ter dispositivo de adesão automática.
Essas duas mudanças acima deverão aumentar dramaticamente os níveis de participação dos trabalhadores em fundos de pensão e a ABRAPP deveria estar de olho nisso, já que um de seus motes é “previdência para todos”.
Existem inumeras outros ajustes, mudanças e evoluçōes em andamento na previdencia complementar nos EUA, no Reino Unido, na Australia e mundo afora.
Por que nao fazer um pouco de Lavoisier nas políticas publicas de previdência complementar em Terras de Cabral? Não fariam mal para ninguém.
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fonte: “2025 retirement industry trends: What a Trump return means for 401(k) savings”, escrito por Lynn Cavanaugh.
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