domingo, 2 de março de 2025

SE OS FUNDOS DE PENSĀO NĀO PUDEREM INVESTIR EM CRYPTO, AS PESSOAS FARĀO POUPANÇA EM OUTRO LUGAR




De Sāo Paulo, SP.


A ascensão das crypomoedas tem sido nada mais do que surpreendente ao longo da última década, com o Bitcoin (BTC) sozinho ultrapassando em 2021 uma capitalização de mercado da ordem de US$ 1 Trilhāo.


Ainda assim, a despeito desse aumento da popularidade muita gente - aí incluídas as autoridades responsáveis pela regulação e fiscalização dos fundos de pensão brasileiros - permanecem hesitantes ou até desdenhosas com relação aos cryptoativos.


Isso vem criando uma enorme desconexão entre os fundos de pensāo e os demais setores da economia, que têm investido direta e indiretamente nessa nova classe de ativos, os ativos digitais ou cryptoativos.


Até mesmo seguradoras e entidades abertas, já comercializam planos de previdência complementar (PGBLs e VGBLs) no Brasil lastreados em cryptomoedas.


A razão para essa desconexão, são várias. Alguns tecnocratas do setor de fundos de pensāo são céticos quanto ao futuro das cryptomoedas, vendo-as como uma bolha especulativa ou simplesmente nāo entendendo a tecnologia do blockchain e da cryptografia por trás delas.


Outros, podem estar sendo dissuadidos pela falta de uma regulamentação mais clara do banco central e demais autoridades financeiras. Ou ainda, sendo induzidos por estudos e projeções de volatilidades e risco incipientes, dado se tratar de uma classe de ativos ainda muito recente.


Seja qual for a razão, o resultado é o mesmo: os fundos de pensão e seus profissionais de investimentos mostram-se mal preparados para incorporar os ativos digitais aos seus portfolios de investimentos, em benefício de participantes que muitas vezes, eles próprios, já possuem cryptoativos.


Essa desconexão pode ser especialmente problemática para os participantes dos planos corporativos de previdência complementar que, assim, vão deixando para trás a oportunidade de se beneficiar de melhores retornos para seus investimentos.


Por isso é crucial que os tecnocratas responsáveis pela regulação e fiscalização dos fundos de pensão se tornem mais be informados e engajados com o mundo dos cryptoativos, relegando aos gestores de investimentos dos fundos de pensão a decisão de investir ou não nesses ativos, gerenciando os riscos associados.


A mesma desconexão entre planejadores financeiros


Tem se tornado, em anos recentes, cada vez mais aparente a desconexão entre os planejadores financeiros e seus clientes.

Uma pesquisa feita nos EUA pela Bitwise/VettaFi sobre a atitude dos planejadores financeiros em relação aos cryptoativos, revelou que apenas 37% dos planejadores admitiram investir pessoalmente em crypto.


Em contraste, a mesma pesquisa revelou que 83% de seus clientes têm cryptomoeda ou o planejador financeiro não sabe que o cliente as possui.


Outra pesquisa, feita pela Coinbase, com cerca de 2 mil pessoas, mostrou que mais de 75% dos americanos acreditam que cryptomoedas e blockchain são o futuro. Isso mostra o crescente aumento da popularidade e aceitação dos cryptoativos pelo publico em geral.


Apesar dessa tendencia, a pesquisa da Bitwise/VettaFi apontou que 76% dos planejadores financeiros disseram que, definitivamente ou provavelmente, não investiriam o dinheiro de seus clientes em crypto.


Isso denota a necessidade dos planejadores financeiros se tornarem mais bem informados e engajados com esses ativos, se quiserem atender melhor seus clientes e ajudá-los a tomar decisões bem-informadas.


Na medida em que as cryptomoedas continuem a ganhar aceitação pela população e se tornem mais integradas no cenário financeiro, os planejadores financeiros que permanecerem desconectados desses ativos estarão em desvantagem.


Planejadores financeiros e tecnocratas de previdência complementar deveriam levar esse assunto a sério e se adaptar às mudanças no mundo das finanças.


Que sirva de alerta para planejadores financeiros e tecnocratas de previdência complementar, a necessidade de se educarem sobre essa classe de ativos emergente. Como podem, respectivamente, ajudar clientes e regular planos corporativos de previdência complementar, se não entenderem as transformações da era digital?

Fazer planejamento financeiro e desenhar políticas publicas de previdência complementar, não tem a ver apenas com entender coisas com as quais você concorda.


Tem a ver, também, com ajudar clientes e fundos de pensão a navegar por uma multiplicidade de situações e aproveitarem oportunidades emergentes com responsabilidade e profissionalismo.

É preciso permitir que os fundos de pensão invistam em cryptoativos ou as pessoas farão poupança para o futuro em outro lugar ...


Grande abraço,

Eder.


Opiniōes: Todas minhas | Fonte: Advisors: Learn Crypto, or Your Clients Will, escrito por D.J. Windle


AS PESSOAS NĀO ADEREM A FUNDOS DE PENSĀO, ELAS ADEREM À PROMESSA QUE ELES FAZEM: ENTREGAR SEGURANÇA FINANCEIRA FUTURA

 


De Sāo Paulo, SP.


Existe uma desconexão entre o papel que as empresas patrocinadoras de planos de previdência complementar corporativos acham que elas têm no bem-estar financeiro dos empregados e o que os empregados sentem que realmente está acontecendo.


Uma pesquisa feita ano passado nos EUA, intitulada 2024 State of Employee Financial Wellness Report, revelou que quase metade (49%) das empresas acreditam estar fornecendo apoio completo ao bem estar financeiro dos empregados, enquanto apenas 28% dos empregados acham o mesmo.


A geração dos millenials é a que se sente mais apoiada pelas empresas na busca pelo bem-estar financeiro (43%), enquanto somente 16% dos baby-boomers concordam com isso.


Somente 8% dos empregados estão interessados em educação financeira e planejamento financeiro. Os três benefícios que os empregados consideram mais importantes sāo:


  • O valor entregue pelo plano de aposentadoria;
  • O plano de saúde; e
  • Remuneração adicional


Com um espectro muito mais amplo de gerações convivendo no ambiente de trabalho, não é surpresa que os profissionais mais velhos se sintam desamparados.


É ao se aproximarem da aposentadoria que percebem que “ficarão na chuva”, sem a proteção de um plano de saúde.


Por outro lado, os jovens estāo interessados em benefícios financeiros que efetivamente façam a diferença.


A Geracao Z olha para os pais, tios e familiares mais velhos e percebe que os planos de contribuição definida (CD) não estão entregando a promessa de uma vida financeira tranquila ao longo da aposentadoria.


Com apenas 36% dos empregados dizendo-se sentir totalmente estabilizados financeiramente, a questão é: o que as empresas farão a respeito disso?


Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas. Finte: “Employers, take note: Financial wellness benefits employees really want“, escrito por Lynn Cavanaugh.


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