terça-feira, 18 de março de 2025

O QUE OS FUNDOS DE PENSĀO PODEM APRENDER SOBRE INVESTIMENTOS COM UM VIDEO VIRAL DA EXPLORAÇĀO ESPACIAL



De Sāo Paulo, SP.


No vídeo acima, que se tornou viral nas redes sociais, um astronauta sem noção destrói uma civilização microscópica inteira, sem nem mesmo perceber.


A história é engraçada ... mas, também, desconfortavelmente próxima da realidade.

Adoramos nos imaginar como intrépidos exploradores espaciais, pisando corajosamente em novos mundos, fincando bandeiras e fazendo história.


Mas e se nesse processo, formos apenas tratores cósmicos? A proteção de outros mundos no desbravamento do cosmos é importante, porque o espaço não é só nosso para ser pisoteado.


À medida que as missões humanas avançam, os riscos de contaminação — em ambos os sentidos — só aumentam. Nāo basta mais apenas esterilizar veículos espaciais.


É preciso repensar a maneira que lidamos com contaminação biológica decorrente da presença humana e de assegurar que não sejam trazidos de volta para a Terra alguma coisa que não possamos controlar.


A NASA vem trabalhando em novas diretrizes, mas politicas sozinhas não são suficientes. 

O desafio é tecnológico, diplomático e ético.


Se isso não for feito direito, a próxima grande descoberta espacial poderá ter consequências irreversíveis. Explorar o universo é excitante. Aniquilar o que encontramos – nem tanto.


Explicando o que é a economia espacial



Ao contrário do que se pode pensar, o que vem sendo chamado de economia espacial não tem a ver apenas com aquilo que acontece acima de nossas cabeças.


Tem a ver, também, com serviços e soluções oferecidas aqui mesmo, na Terra, baseadas em soluções desenvolvidas na exploração do espaço.


As pessoas não se dão conta do quanto suas vidas interagem com a economia espacial. 


Mas, diariamente, utilizam o UBER, o Waze e pedem entrega de comida via apps online, serviços esses baseados em comunicação via satélite.


A presença do espaço em nossas vidas é mais onipresente do que imaginamos.


A novidade é que nos últimos anos o acesso ao espaço, a capacidade de chegar no espaço – o custo disso – caiu dramaticamente. Colocar artefactos em orbita pode ser muito caro, mas uma serie de avanços tecnológicos desenvolvidos por empreendedores e investimentos privados, fez esse custo ser reduzido.


A economia espacial se divide em duas partes: (i) a chamada “espinha dorsal” dedicada ao lançamento de foguetes, satélites e veículos espaciais, bem como todos os equipamentos de Terra para fazer isso funcionar; e (ii) as aplicações que usam a “espinha dorsal” para fornecer bens e serviços para as pessoas em Terra.


Economia Espacial, nova fronteira para investimento


As oportunidades de investimento na economia espacial podem ser divididas em três grupos.


1. Conectividade: a capacidade de comunicação com praticamente qualquer lugar no mundo usando tecnologia de comunicação via satélite. Isso agora pode ser feito com o que se chama de alta largura de banda e baixa latência. Isso significa que se pode enviar grandes quantidades de dados em velocidade muito alta. Essa tecnologia é usada, por exemplo, em vídeo conferências etc.


2. Mobilidade: saber onde você está na Terra. Já fazemos isso com nossos celulares, mas faremos isso com dispositivos cada vez menores para saber onde qualquer coisa está no globo.


3. Derivação de dados: uso de dados que apenas aplicações baseadas no espaço são capazes de fornecer. O Google Maps, por exemplo, permitirá ver o que está acontecendo na Terra por meio de imagens eletro-ópticas. Governos e empresas costumavam tirar fotos da Terra uma ou duas vezes por dia, mas agora issopdoe ser feito com frequência muito maior.


Seremos capazes de usar não apenas dados visuais, mas outros tipos de dados, os chamados High Aspect Ratio (HAR) – alta proporção entre altura e largura dos painéis de um satélite, para acompanhar as mudanças na superfície. Pense em uma plantação, na quantidade de água disponível para abastecê-la e qual medida precisa ser tomada.


Em resumo, a economia espacial deverá passar por um crescimento significativo nos próximos dez anos, devendo triplicar de tamanho passando dos atuais US$ 630 bilhões para US$ 1,8 trilhões.


O que os fundos de pensão podem aprender com o vídeo viral do Johnny Express? Eu diria que se não abrem o olho para as novas oportunidades de investimento na economia espacial, poderão ser esmagados pela tecnologia ...


Quem quiser saber mais, pode ler esse artigo da McKinsey, aqui: How will the space economy change the world?


Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “LinkedIn post”, escrito por Francois Paul Lambert | Vídeo da Johnny Express® | “The Case for Space”, McKinsey Podcast.


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