De Sāo Paulo, SP.
De acordo com a firma de pesquisa de mercado Research and Markets, o setor de construção civil representava globalmente em 2023 um gasto anual de US$ 15,3 trilhões.
As projeções indicam que o setor deverá alcançar US$ 26,8 trilhões em 2033 – uma taxa anual composta de crescimento de 5,8%.
Em um artigo intitulado Delivering on construction productivity is no longer optional, a McKinsey estima que (excluindo a China) para atender a demanda econômica e social por residências, escritórios, hospitais e infraestrutura o setor teria que dobrar o ritmo de crescimento anual até 2040.
Porém, dizem os autores do artigo, seguindo a trajetória atual e mantido o ritmo de construção, fatores como a estagnação da produtividade e o crescimento negativo da força de trabalho, farão surgir uma lacuna acumulada de até US$ 40 trilhões em relação a demanda.
Problemas de qualificação e tamanho da força de trabalho
Historicamente na construção civil, condições difíceis do mercado de trabalho estão relacionadas a declínios acentuados na produtividade. Quando faltam trabalhadores, as empresas são obrigadas a contratar mão de obra inexperiente.
Grande parte da capacitação no setor de construções é adquirida com os trabalhadores aprendendo na prática. Novos trabalhadores exigem treinamento e controle adicionais, consequentemente, têm menores taxas de produtividade.
Enquanto nos últimos vinte anos a produtividade da economia global cresceu 50% (aumentando 2% ao ano) e a produtividade do setor industrial cresceu 90% (aumentando 3% ao ano), a produtividade agregada da construção civil no mesmo período cresceu meros 10% (aumentando 0,4% ao ano). De 2020 a 2022 a produtividade da construção civil até declinou, em 8%.
A demanda é clara, mas não a forma como o setor de construção civil vai atendê-la. Há falta de mão de obra especializada e a despeito dos avanços tecnológicos, a produtividade do setor não aumenta há décadas.
Déficits na construção de moradias representam gargalos significativos nas necessidades econômicas e sociais, prejudicando a capacidade do país em oferecer habitação a preços razoáveis para a população.
E se casas fossem construídas da mesma forma que se produzem automóveis?
Fábrica de casas, um futuro promissor
Uma nova abordagem vem surgindo justamente para reduzir custos, eliminar ineficiências e aumentar a produtividade. Uma abordagem disruptiva no setor de construção civil está aplicando os princípios de produção em massa das fabricas, na oferta de moradias.
Produzir casas e apartamentos modulares, reduzir desperdícios no processo de construção, minimizar custos de transporte e diminuir significativamente o tempo de instalação, essa é a intenção.
Uma das empresas inovadoras nesse setor é a BOXABL, que adota no setor de construção de moradias a automação das linhas de montagem industrial. Com tecnologia patenteada, a BOAXABL pretende causar disruptura massiva num mercado desatualizado de trilhões de dólares.
Enquanto uma casa leva em média sete meses para ser construída (nos EUA), a cada quatro horas sai uma nova moradia sai da linha de produção da BOXABL, aí incluída toda a instalação elétrica, hidráulica e ar-condicionado | aquecimento (essencial na gringolândia).
O produto atual é chamado “Casita”. Com 34 m2 tem uma cozinha completa, banheiro separado e sala de estar, é a prova de fogo, ventanias, resistente a mofo e isolada contra insetos.
... e entrando na fase 2, a BOXABL está expandindo sua linha para produção de moradias mais sofisticadas, como pequenos prédios de apartamentos, casas maiores e comunidades com casas geminadas
Mais sobre a BOXABL: aqui:
Na segunda parte desse artigo, falaremos sobre o mercado de imoveis, ou seja, sobre a venda de imóveis na era dos ativos digitais e da cryptoeconomia.
Fique ligado!
Grande abraço,
Eder.
Opiniōes: Todas minhas | Fontes: “Delivering on construction productivity is no longer optional”, escrito por Jan Mischke, Kevin Stokvis e Koen Vermeltfoort | “RealEstate.Exchange launches on Polygon”, escrito por DigiShares.
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