De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
As pessoas não entendem “disruptura”, acham que é sobre tecnologia. Um exemplo clássico de que não, é a rede multinacional Sueca IKEA, que vende moveis residenciais. Eles causaram disruptura ao desafiar a premissa de que as pessoas só compram itens já montados e prontos. Ao dizimar os custos de entrega, a IKEA mudou profundamente a economia do negócio de venda de móveis. Outro exemplo, a Nespresso, desafiou a ideia de que as pessoas não pagariam 10 vezes mais para ter café em casa, desde que fosse muito melhor. O AirBnB desafiou a crença de que as pessoas não dormiriam na casa de estranhos, o Uber de que ninguém entraria no carro de um desconhecido, a Amazon desafiou a ideia de que as pessoas não comprariam algo que não pudessem tocar antes e por aí vai. Disruptura tem a ver com imaginação, criatividade, empatia, saber quais regras podem ser quebradas. A tecnologia, claro, viabiliza a disruptura, mas não as causa por si só. Precisamos imaginar qual disruptura mudará o jogo dos fundos de pensão e qual significa simplesmente o uso de tecnologia moderna.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Quando confrontados com a constante flutuação das prioridades, um foco prolongado e planejamento – dois drivers essenciais para mudança do modelo de negócios dos fundos de pensão – parecem impossíveis. O que era importante as 10:00 a.m. torna-se irrelevante as 2:00 p.m., mas há esperança. Construir o futuro é uma opção, agnóstica do seu ambiente externo. Não importa o quão caótico e mutável é seu dia-a-dia, todo mundo é capaz de construir janelas a cada instante para perseguir seu objetivo. Não há ambiente mais imprevisível e hostil, com mudanças a cada segundo, não em horas ou dias, do que aquele em que operam os US Navy SEALs, força de elite da marinha dos EUA. Eles são treinados para buscar certeza, mesmo que seja uma janela de apenas cinco minutos – para superar o caos e executar sua missão. Quando Marcus Luttrell, ex- Seal, se viu ferido e incapaz de andar - abatido atrás das linhas inimigas – ele optou pela certeza. Ele não sabia se escaparia, mas sabia que se riscasse uma linha na areia na sua frente, conseguiria reunir forças para rastejar além daquela linha. Por quilômetros ele repetiu isso. Riscar uma linha, rastejar, passar a linha, até que eventualmente foi resgatado. Os conselhos dos fundos de pensão podem fazer o mesmo.
CONCLUSÃO:
Conforme disse certa vez Thomas Carlyle, matemático e ensaísta Escocês: “Sem pressão, sem diamantes”. Temos que assegurar que os fundos de pensão não serão esmagados pelas pressões do nosso tempo, mas temos que trabalhar para que sejam fortalecidos por elas e venham a emergir mais adiante, reformatados.
Grande abraço,
Eder.
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