De Sāo Paulo, SP.
Passaremos a dedicar um espaço do TECONTEI? para colocar os profissionais dos fundos de pensão na mesma página da comunidade mundial de crypto.
Com a ascensão do blockchain, cresce o interesse por soluções descentralizadas e anote aí, todos os segmentos da economia serão afetados por essa tecnologia.
Por isso, profissionais de previdência complementar | fundos de pensão precisam entender o que está acontecendo na economia da cryptografia e na Web3.
Apesar de ainda estar nos estágios iniciais, DePIN tem potencial para causar disruptura nos atuais modelos de infraestrutura em inúmeras áreas.
DePIN vem de Descentralized Physical Infrastructure Network – em português, seria algo tipo Rede de Infraestrutura Física Descentralizada.
As soluções baseadas em DePIN se propõem a alavancar o uso da tecnologia do blockchain para descentralizar o controle e a propriedade das redes de infraestrutura física tradicionais.
Quando nos referimos à redes de infraestrutura física no mundo real, estamos falando de redes de distribuição de eletricidade, transporte publico e transmissão de dados, que tem pertencido e sido controladas por instituições e organizações centralizadas.
Os projetos de DePIN procuram mudar isso, criando redes P2P – Peer to Peer (redes Pessoa-a-Pessoa) nas quais os indivíduos, contribuindo com recursos próprios, passam a compartilhar o controle da rede de modo descentralizado.
Da mesma forma que o Airbnb, múltiplos outros projetos centralizados na Web2 se beneficiaram, de modo bem-sucedido, do poder de comunidades.
Já os projetos de DePIN na Web3, buscam promover a participação ativa em comunidades fornecendo aos usuários autoridade para tomar decisões de modo descentralizado e com o uso de recompensas em cryptomoedas, que aumentam em valor junto com o crescimento do tamanho da rede.
Ser baseados em blockchain permite que os projetos de DePIN sejam mais transparentes, menos dependentes de uma autoridade única e menos vulneráveis a um ponto singular de falha.
Além disso, como os participantes do DePIN são reconhecidos como os tomadores de decisão coletiva, a comunidade é capaz de ser mais flexível e eficiente no gerenciamento da plataforma.
Em poucas palavras: DePIN tem a ver com tornar a infraestrutura mais inteligente e ágil, alinhando incentivos com seus usuários
Spacecoin - Internet descentralizada via satélite
Spacecoin é um projeto inovador de DePIN, ou seja, uma Rede de Infraestrutura Física Descentralizada, construída com uma constelação de nano-satélites para fornecer Internet confiável de alta velocidade.
Sua engenharia, alcance e impacto fazem deste o mais ambicioso projeto no blockchain atualmente. Lançado na primeira semana de setembro, durante a “Korea Blockchain Week 2024”, sua equipe inclui um general americano de quatro estrelas, um astronauta da NASA e um especialista em tecnologia lunar e espacial.
Uma constelação de nano-satélites do tamanho de aparelhos de micro-ondas, será lançada a partir do quarto trimestre-2024 na orbita baixa da Terra, criando uma rede global 5G com protocolo padrão aberto. A descentralização física removerá a dependência de autoridades centralizadas (governos e/ou empresas), reduzindo os riscos associados a censura e ordens de interrupção de serviços enquanto assegura cobertura até em regiões remotas.
“O custo de manutenção de uma rede formada por satélites é uma fração daquele das redes tradicionais de fibra ótica e cabos”, explica Scott Hasbrouck, CTO - Chief Technology Officer da Spacecoin.
“Eles (nano-satélites) são tão baratos, que são descartáveis, são desenhados para durar de três a cinco anos antes de serem completamente destruídos durante a reentrada na atmosfera”, explica Scott.
O que faz a rede de Internet via satélite da Spacecoin ser diferente das demais soluções que existem hoje é que:
- Sua integração com a tecnologia blockchain utiliza contratos inteligentes para gerenciar a transmissão de dados “on-chain” (no blockchain) o que aumenta a segurança e transparência das operações via satélite; e
- Por ser descentralizada, diferente por exemplo da Starlink, nenhum governo, organização ou empresa privada controla seu funcionamento.
Os usuários do serviço de Internet global via satélite poderão pagar pelo uso com cryptoativos, eliminando a barreira financeira tradicional – que requer uma conta em banco – permitindo o acesso a Internet em regiões sem infraestrutura bancária.
O impacto da Spacecoin vai muito além de apenas prover acesso à Internet. Ao facilitar o acesso aos serviços financeiros, a rede permitirá que milhões de pessoas sejam incluídas na economia global, em uma escala sem precedentes.
Ao usar a Internet da Spacecoin e pagar com cryptomoedas, os usuários estarão construindo no blockchain um perfil de crédito em nível global, abrindo acessibilidade financeira e oportunidades inimagináveis para o comercio e prestação de serviços no mundo todo.
Vantagens da descentralização
Tae Oh, fundador da rede de blockchain Creditcoin, na qual o projeto Spacecoin vai funcionar, diz que “um governo que controla as empresas de telecomunicação pode censurá-las, decidindo qual informação ou website um usurário poderá acessar”.
Tae continua, “queremos substituir isso por uma constelação de satélites que permita que qualquer pessoa faça parte da rede de infraestrutura”.
Advinha quais países Tae citou como exemplos de censura? China e ... um país “onde a suprema corte, recentemente, negou acesso a 215 milhões de pessoas a uma plataforma de mídias sociais”.
Pois é!
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fonte: “What tis DePIN?”, escrito por Denny Park | “Spacecoin: Bridging the Digital Divide with Decentralized Satellite Internet”, escrito por Shelley Mae | “Spacecoin: A New Frontier for Decentralized Satellite Internet Connectivity”, webpage da Spacecoin
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