De Sāo Paulo, SP.
A Binance, uma das maiores corretoras de cryptomoedas do mundo, fez uma radiografia dos usuários da Web3.
Para os não iniciados, usuários da Web3 são pessoas que formam a espinha dorsal do futuro das finanças, posto de forma simples, sāo os proprietários de cryptomoedas.
Eu entrei para a comunidade crypto em 2019, comprei alguns ativos digitais para testar e aprender como funciona o dinheiro digital. De lá para cá houve um aumento global dramático no número de pessoas que possuem cryptomoedas.
Os ativos digitais se tornaram parte integrante do ecossistema financeiro, mas ainda estamos nos primeiros dias desse movimento e como qualquer fenômeno global nascente, ainda há muita coisa que não sabemos.
Distribuição geográfica
Com 580 milhões de proprietários no mundo todo, as cryptomoedas deixaram de ser uma tecnologia de nicho e passaram a ser um instrumento financeiro tradicional.
A distribuição dos proprietários de cryptomoedas pelo globo nāo é uniforme, varia por país e região. A Ásia lidera em números absolutos, com 327 milhões de proprietários em 2024, mas é a América do Sul que exibe a maior taxa de crescimento, de 2023 para 2024 houve um aumento de 117% das pessoas que têm crypto em uma carteira digital (na Ásia o aumento foi de 22% e na América do Norte de 39%).
No quadro abaixo, dos 30 países com as maiores taxas de proprietários de cryptomoedas, o Brasil surge em 6º lugar com quase 18% da população.
Quem são as pessoas por trás da tela?
Uns 34% estāo na faixa etária de 25 e 34 anos, 61% são homens, 39% mulheres e 65% dizem que gostariam de usar as cryptomoedas para fazer pagamentos.
Os proprietários de cryptomoedas são mais instruídos, tem mais experiência em tecnologia e geralmente possuem origens socioeconômicas mais altas.
Em geral, são pessoas com nível superior que contam com cursos de graduação em áreas como tecnologia, finanças e engenharia e ocupam funções profissionais e posições gerenciais - principalmente em setores de TI, serviços financeiros e empreendimentos empresariais.
Estudos sugerem que muitos proprietários de cryptomoedas, apesar de mais abertos a assumir riscos, não procuram apenas ganhos financeiros, mas também estão interessados nos aspectos inovadores da tecnologia do blockchain.
Ou seja, são pessoas interessadas tanto nos potenciais retornos monetários para seus investimentos como em apoiar e participar de uma revolução tecnológica desde cedo.
Curiosamente, no contexto dos EUA, estudos mostram uma parcela maior de minorias étnicas do que da parcela de americanos brancos, entre os proprietários de cryptomoedas. Isso pode ser uma evidência de que os ativos digitais têm facilitado o acesso mais equitativo aos serviços financeiros. Eu chutaria que em Terras de Cabral isso tambem acontece.
Uso das cryptomoedas
Uma pesquisa feita com sete mil pessoas na Argentina, Brasil, México, EUA, Hong Kong, Canadá e Emirados Árabes Unidos, mostrou o uso que os propretarios de cryptomoedas fazem delas.
De acordo com o estudo, as criptomoedas são usadas principalmente como veículos de investimento, com muita gente adotando uma abordagem de longo prazo, mantendo ativos em antecipação à valorização futura. Alô previdência complementar, vai vendo de onde vem a disruptura …
Pagamentos
Há uma tendência crescente de uso de cryptomoedas para transações do dia a dia. Pesquisas indicam um forte interesse do consumidor em usar moedas digitais para pagamentos cotidianos, interesse esse impulsionado pelas taxas de transação mais baixas, tempos de processamento mais rápido e maior segurança cibernetica.
Compra de produtos, de bens e serviços, viagens e até itens de alto valor são categorias comuns em que o pagamento com cryptomoedas vêm ganhando espaço.
A conveniência de usar cryptomoedas para compras diárias é cada vez mais atraente para os consumidores e as empresas estão começando a reconhecer a vantagem competitiva de aceitar moedas digitais.
Reserva de valor
Em regiões caracterizadas pela instabilidade econômica, as cryptomoedas são cada vez mais vistas como uma reserva de valor.
Na Argentina, onde a moeda é afetada pela hiperinflação, as cryptomoedas podem oferecer uma alternativa estável. O Bitcoin, frequentemente chamado de "ouro digital", é particularmente popular nesses contextos devido à sua natureza deflacionária e oferta limitada.
Quem quiser ler o relatório completo da Triple-A pode usar esse link: aqui
E você, está dentro ou está fora dessa nova era em que o $$$ passou a ser digital?
Grande abraço,
Eder.
Opiniōes: Todas minhas | Fontes: “The State of Global Cryptocurrency Owneship im 2024”, elaborado pela Triple-A e “Um Retrato dos Proprietários de Criptomoedas”, elaborado pela Binance.
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