De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
No mês passado foi divulgada pela Forbes a lista 2021 Global 500. Pelo segundo ano seguido a China Continental (inclui Hong Kong, mas exclui Taiwan) com 135 empresas, ficou na frente dos EUA que tem 122. Na lista do ano passado eram 124 para a China contra 121 para os EUA. Se as empresas de Taiwan fossem adicionadas, a China teria 143 empresas na lista em 2021 e 133 em 2020. Não é muito obvia a razão da China, uma economia de US$ 15T, ter na lista das maiores empresas da Forbes 13 empresas a mais do que os EUA que é uma economia de US$ 21T, mas isso se deve ao critério da Forbes cujo ranking das empresas é baseado em receita de venda anual, nada a ver com competitividade ou qualidade.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Das 135 grandes empresas chinesas, 93 pertencem ao governo e apenas 42 são privadas. Nenhuma das 122 grandes empresas americanas pertence ao governo. Nicholas Nardy do Peterson Institute of International Economics mostrou num estudo de 2014 intitulado “Markets over Mao”, que até 2012 as empresas privadas contribuíam com cerca de 70% do PIB da China. Porém, em seu livro “The State Strickes Back” de 2019, Nardy comenta que a partir de 2012, ano em que Xi Jinping ascendeu ao poder, isso mudou e o Estado retomou o controle da alocação de recursos em detrimento ao mercado.
CONCLUSÃO:
De acordo com o chefe do escritório do Financial Times em Shangai, Gabriel Wildau, não é que os líderes chineses tenham perdido a fé em aprofundar as reformas de mercado em direção ao capitalismo americano. Xi e a alta cúpula do regime entendem muito bem o mercado, a ponto de saber que ele é uma ameaça para o partido comunista e seu sistema político ...
Grande abraço,
Eder.
Fonte: EastWorld, Clay Chandler
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