De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Apesar da necessidade de mudarmos o modo como os fundos de pensão investem o dinheiro dos participantes, pouco ou nenhum esforço tem sido feito pelo setor para diferenciar o modelo de negócios atual do modo de pensar das novas gerações, largamente movidas por propósitos. Isso tem erodido a confiança dos jovens nas opções de poupança para o futuro, não é bom para os fundos de pensão, nem para o mercado de previdência complementar, que se baseia em relacionamentos duradouros, também não é bom para os conselheiros por desalinhar objetivos de participantes com os da gestão e será insustentável no longo prazo.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Os participantes, claro, querem retorno dos seus investimentos, mas também querem contribuir para um mundo melhor. Francamente, se você tirar esse último componente os participantes vão se perguntar qual o valor de um produto financeiro que vai dar a eles poder de compra em um mundo pior a sua volta no futuro? Todas as organizações se beneficiam de um mercado competitivo, mas quando cresce a competição, todas sofrem. Num mundo em que surgem a cada dia novas opções de poupança de longo prazo, com novas classes de ativos digitais, o metaverso e uma cryptoeconomia chegando, sem dar espaço para a diferenciação que os jovens buscam em alto e bom tom, os fundos de pensão vão perdendo valor.
CONCLUSÃO:
Eu sou um supremacista do proposito. A cultura do cancelamento pressupõe que um dia os jovens aderiram a uma iniciativa para desistir dela mais adiante, mas do jeito que as coisas andam os fundos de pensão correm o risco de não poderem ser cancelados, por não terem sequer sido considerados como opção pelas novas gerações ...
Grande abraço,
Eder.
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