De São Paulo,SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Rápido. Ágil. Eficiente. Nesse período de intensas mudanças as organizações vêm ajustando suas operações, investindo em sistemas, processos e tecnologias para se adaptarem a era digital e evitar disrupturas. E os conselhos? Pouco mudou lá no topo! Processos padronizados, normas, protocolos, pessoas que estão na organização desde sempre. O conselho precisa se espelhar no que está acontecendo na operação, se tornar mais dinâmico, mais veloz, ter um conjunto mais amplo e diverso de experts, que saibam navegar nas novas questões e desafios. O mindset do “aja agora, se desculpe depois”, que vigorou durante a pandemia, mostrou que grandes mudanças, afetando os negócios são possíveis diante do senso de urgência em continuar atendendo os participantes sem interrupções. Lockdown, fechar escritórios, mandar todos pra casa, ninguém tinha experiencia anterior na qual se espelhar, nem os conselhos.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
O papel histórico dos conselhos era servir de corpo estável, de guia, de assegurar que o fundo não se desviasse muito da rota. A estrutura típica dos conselhos, reuniões trimestrais, reportes esparsos, 100% das nomeações dos quadros da patrocinadora, foi desenhada para organizações hierárquicas, que se movem lentamente, que tinham uma ótica diferente sobre risco. Quando as mudanças deixam de ser periódicas e passam a ser constantes, essa estrutura de governança deixa de funcionar. A nova governança, que requer um mindset digital, passa pela avaliação de três elementos: 1) propósito: a maior de todas as perguntas: pra que serve o fundo de pensão? Qual o “porque” por trás dos produtos e serviços? Essa visão deixou de ser dos conselheiros, tendo tudo a ver com participantes e impacto, não adianta tentar adivinhar, tem que ouvi-los; 2) pessoas: a busca de conselheiros precisa focar em atitude vs experiencia, priorizar pessoas que ao invés de melhorar a rentabilidade do trimestre, possam agregar no desenvolvimento de produtos, que vejam risco como oportunidade; 3) processos: mandatos mais curtos, reuniões mais frequentes e com menor duração, um olhar mais pragmático na formação de comitês de apoio ao conselho, um fluxo de dados mais rápido que eve a melhores decisões. Mais na figura acima.
CONCLUSÃO:
Quando tudo é prioridade, nada é prioritário. Os conselhos que mudarem, se tornarem ágeis, adotarem um pensamento tipo “se mova rápido, quebre coisas e aprenda”, sairão na frente dos demais num mercado cada vez mais competitivo.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Bringing a digital mindset to the board of directors
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