De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
O escritório é um lugar para observar, instruir, fornecer atualizações e prover feedback, é uma ferramenta de gestão, mas a maioria das pessoas não é gerente, elas são executoras, elas escrevem, atendem, codificam, desenvolvem, fazem coisas que requerem longas jornadas de trabalho. Para a maioria das pessoas, uma única reunião durante o dia bagunça a produtividade do dia inteiro, sem falar nos papos no cafezinho, leitura de e-mails, envio de mensagens e outras distrações antes de começar a trabalhar. Existe grande diferença entre “agenda de gerentes” e “agenda de executores”.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Gerentes precisam estar em contato com as pessoas o tempo todo, o dia deles é composto de uma reunião atrás da outra. Reuniões significam uma questão pratica para eles, só precisam encontrar uma janela na agenda e pronto. Para os executores, reuniões são um desastre. Quando sabem que a tarde vai ser “quebrada” por uma reunião, raramente tendem a começar um trabalho complexo na parte da manhã. No mundo pós-industrial a unidade básica de trabalho é “concentração”. Criar leva tempo, produzir bons resultados requer foco. O escritório dá poder ao gestor, mas prejudica a produtividade dos executores, os faz perder 1-2 horas por dia em deslocamento e chegar estressados ao trabalho. A empresa atual não mudou em nada os processos de gestão herdados da organização industrial, apenas os modernizou. Segundo um artigo escrito por Steve Glaveski na Harvard Business Review: uma pessoa média envia cerca de 121 e-mails por dia, perde 23% do tempo com e-mails desnecessários e troca por semana umas 200 mensagens (whatsapp etc), por isso checa seus e-mails a cada 6 minutos. Deixar as pessoas trabalharem onde quiserem é apenas o 1º passo, o próximo depois do trabalho híbrido será o trabalho “dessincronizado” entre gerentes e executores, deixar as pessoas escolherem “quando” e “como” trabalhar. O oposto da organização industrial, na qual o ambiente e o fluxo de trabalho são construídos em torno das necessidades dos gestores. Isso explica por que os gestores querem tanto que as pessoas voltem aos escritórios e explica, também, porque estas querem ficar em casa, manter e expandir a liberdade conquistada.
CONCLUSÃO:
O trabalho em escritórios - mesmo o híbrido - vai caminhar rapidamente para a extinção. Até lá: “peça a Deus para te dar SERENIDADE para aceitar as reuniões que você não pode evitar, CORAGEM para rejeitar as que você pode e SABEDORIA para saber a diferença.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Remote first, Async second, escrito por Dror Poleg
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