De Sāo Paulo, SP.
O desafio dos fundos de pensão nāo é mais atrair participantes – o desafio é permanecer relevantes. Na era das plataformas, nāo é mais infraestrutura que conta, mas sim, distribuição.
Como os fundos de pensão poderiam se ajustar? Na transição para a economia de plataformas, o fator de sucesso deixa de ser a propriedade da infraestrutura e se desloca para a relação com o participante.
Por várias décadas os fundos de pensão se estruturaram com foco em sistemas de back-end para gestão e controle dos participantes – hoje, o que importa são as soluções de front-end.
Back-end: sāo os softwares e a infraestrutura que lidam com o processamento, armazenamento e comunicação com o banco de dados, tudo o que o usuário final não vê. É o "coração" que faz as aplicações funcionarem, desde a autenticação dos usuários, o tratamento dos dados,até a geração de resultados.
Front-end: é o que os participantes veem, os sistemas com os quais interagem diretamente, como interfaces visuais e demais elementos que compõe a experiência do usuário. São responsáveis por tornar a informação acessível e utilizável, através de design e funcionalidades que facilitam a interação.
É inevitável que os fundos de pensão tenham que se adaptar a essa nova realidade e para isso, deveriam estar desenvolvendo uma estratégia de plataformas. Porém, tamanho, mercado e regulamentação os impede de copiar e seguir a mesma receita das bigtechs.
O que fazer?
Como ponto de partida, deveriam mudar a integração vertical focada no produto plano de previdência complementar, para uma configuração aberta que se baseie na integração da oferta de soluções de terceiros, por meio de APIs.
É fundamental criar uma estratégia bem orquestrada interconectando produtos e serviços - não necessariamente seus, mas de um ecossistema externo de soluções.
Quanto mais os fundos de pensão forem bem-sucedidos nessa estratégia, mais participarão do dia a dia de seus participantes, resultando em novos pools de receita.
Uma arquitetura baseada em microsserviços pode fornecer flexibilidade e velocidade, além daquilo que seria requerido para os fundos de pensão terem uma nova infraestrutura:
- Pequenos serviços autônomos, cada um focado em um domínio distinto do negócio;
- Integração plug-and-play com as ofertas dos parceiros de negócios, sem a necessidade de reescrever sistemas básicos;
- Experimentação acelerada de inovações e menor tempo de lançamento das soluções.
- Personalização das experiências permitindo pivotar rapidamente.
As mudanças estão chegando!
Nāo adianta ter estratégia se nāo tiver estrutura, assim como nāo adianta ter estrutura, se nāo tiver estratégia ...
Grande abraço,
Eder.
Opiniōes: Todas minhas | Fonte: “Banking and Fintechs”, escrito por Panagiotis Kriaris.



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