segunda-feira, 1 de julho de 2019

Como Sobreviver a Uma Explosão Nuclear e o Que fazer Com Seu Plano de Previdência Complementar




São Paulo, SP.

A chamada Guerra Friamarca o período que vai do final da II Guerra Mundial até o desmantelamento da União Soviética, ou seja, de 1945 a 1991.

Esse período histórico é chamado assim porque as disputas estratégicas, conflitos e escaramuças entre os EUA, a URRS e suas zonas de influência, foram todos indiretos.

Dada a inviabilidade de uma vitória militar numa batalha nuclear, não houve guerra direta e aberta em campos de batalha, por isso, Guerra “Fria”.

Durante aquele período sombrio o governo americano ensinava às crianças nas escolas que se agachassem e se cobrissem (”duck and cover”, em Inglês) na eventualidade de um ataque nuclear. 

Que horror! Ainda bem que isso tudo ficou para trás e uma guerra nuclear é hoje improvável, graças a Deus. Porém, com tantos fanáticos religiosos e terroristas andando à solta por aí, a ameaça de uma explosão nuclear isolada, infelizmente, ainda existe.

Fico aterrorizado só de pensar, preocupado com minha filha que esta indo para França fazer o mestrado dela em Psicologia, numa época de Bataclan, Charlie Hebdo e coisas do gênero.
  
Entre num Buraco ou Saia Correndo

Em 2014 foi publicado um artigo no Jornal Proceedings Asugerindo que as vitimas de um ataque nuclear fizessem algo inesperado: ao invés de se esconderem dentro de casa, elas deveriam sair e achar um abrigo melhor.

Nota: Proceedings A é um periódico especializado na publicação de trabalhos acadêmicos de matemática, física e engenharia, controlada pela  Royal Society do Reino Unido.

Michael Dillon, o cientista atmosférico e Ph.D. que publicou o artigo, fez as analises no Lawrence Livermore National Laboratory, da Universidade da Califórnia. 

O Laboratório Nacional de Lawrence Livermore é um dos dois únicos lugares do mundo onde são projetadas as ogivas nucleares dos EUA. Fundado em 1952 é essencialmente um laboratório de pesquisa nuclear, hoje independente do governo americano.

O artigo recebeu, na época, várias criticas.

Dillon baseou sua recomendação depois de quantificar o que seria o melhor “curso de ação” a ser tomado no caso de um ataque nuclear de baixa escala. 

Tipo um ataque igual ao ocorrido em Hiroshima e Nagasaki, cujo estrago, segundo os especialistas, seriam semelhantes a bomba que um terrorista seria capaz de detonar nos dias de hoje.

Se uma bomba dessas explodisse, primeiro surgiria uma gigantesca bola de fogo radioativa. Seria seguida de um flash de luz capaz de cegar os olhos e queimar a pele das pessoas. 

Por último, uma onda superaquecida de calor varreria carros e edificações fazendo voar para todos os lados, destroços de vários tamanhos.  

A analise de Michael Dillon, no entanto, trata do que aconteceria depois disso, mais especificamente, da nuvem radioativa que surgiria após a explosão. Qual seria a melhor forma de evitá-la e fugir da contaminação?

As instruções e recomendações oficiais, geralmente sugerem que se busque abrigo na estrutura abaixo da terra mais protegida e próxima que você encontrar. 

Pode ser o subsolo de uma casa - as casas americanas, quase todas tem um subsolo que eles chamam de basement– um estacionamento subterrâneo, um túnel ou uma estação de metrô. 


E se sua casa, aqui no Brasil por exemplo, não tiver um basement? Michael Dillon indicou a resposta. 

Se sua casa não for muito protegida e você souber que tem um lugar mais abrigado que fica a 5 minutos de onde você está, corra para esse local. Se o abrigo mais perto estiver a 15 minutos de distância, fique onde você está e espere passar, no máximo, meia hora. Então, corra para o abrigo!   

Isso porque a dose de radiação que você vai absorver é uma mistura do quanto você receberá de radiação em um abrigo ruim e o quanto você absorverá durante a corrida, lá fora, ao buscar um local mais protegido.
   
Pelos cálculos de Dillon, uma corrida de até cinco minutos em busca de um bom abrigo próximo, vale a pena. Mas se a corrida tiver que ser por um tempo maior do que esse, compensa esperar um pouco antes de correr, porque a intensidade da radiação no ambiente decai com o tempo.

Os pesquisadores estimam que essas instruções poderiam salvar entre 10 mil e 100 mil vidas!

O Outro Lado

Nem todo mundo concorda com os conselhos de Dillon. Os críticos dizem que recomendar a todos que saiam de onde estão pode levar gente demais para as ruas. Isso criaria congestionamentos e consequente exposição a radiação por períodos mais longos do que as pessoas inicialmente planejavam.

Evitar congestionamentos gerados por uma multidão correndo pelas ruas em busca de segurança, não é tudo. 

Seria impossível alguém prever quanto tempo levaria para chegar num abrigo tomando por base o tempo que levaria em um dia normal. Certamente haveria destroços e entulho espalhados por todo canto, bloqueando a passagem e diminuindo sua velocidade.  

Não por acaso, o governo americano recomenda que as pessoas se abriguem por pelo menos 12 horas apos uma explosão nuclear.

Bom Senso

Seja como for, o estudo de Dillon é importante porque ajuda agencias governamentais a criar planos de evacuação melhores. Saber que existe um ponto de equilíbrio entre a quantidade de radiação que você absorveria ficando em um abrigo ruim e a quantidade de exposição em uma corrida para um lugar melhor é útil para traçar politicas publicas.

Agora, se jogarem uma bomba nuclear daquelas grandonas, se enfie no primeiro lugar protegido que você encontrar - pode ser ate na geladeira, ao melhor estilo Indiana Jones - e sinta-se a vontade  para agachar e se proteger.

Quanto ao plano de previdência, bem, se você não tiver um, te garanto que nenhum abrigo vai te salvar, com ou sem explosão nuclear.

Grande abraço,
Eder. 


Fonte: Adaptado do artigo “How to Survive a Nuclear Explosion, According to Science”, escrito por Ashley Hamer.
Credito de Imagem: www.indiatoday.in

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