sábado, 11 de outubro de 2025

O PRINCIPIO DE HÉRCULES E OS FUNDOS DE PENSĀO


De Sāo Paulo, SP.


👉 Uma antiga fábula conta que um fazendeio viajava com sua carroça por uma estrada de terra e de repente, uma chuva forte começou a cair.

👉 Quando o temporal finalmente terminou, a estrada havia se transformado em um lamaçal dificil de atravessar.

👉 O fazendeiro foi fazendo seus cavalos avançarem com muito esforço, enquanto eles lutavam para arrastar a pesada carroça pela lama. Entāo, uma das rodas afundou num buraco e ficou completamente presa, atolada.

👉 O fazendeiro desceu da carroça, olhou para a roda e amaldiçou sua má sorte, reclamando para si mesmo do atraso. Olhou para o céu e pediu que Hércules viesse em sua ajuda.

👉 Hércules apareceu, mas ao invés de desatolar a carroça, disse para o fazendeiro: ✅ “Levante a roda com o ombro e toque os cavalos. Você acha que vai conseguir mover a carroça só olhando para ela?”

👉 O fazendeiro fez conforme orientado e com grande esforço a roda se soltou, fazendo a carroça dar um pulo e andar bruscamente para a frente. O fazendeiro subiu na carroça, sentou no banco e continuou sua viagem.

👉 O "Principio de Hércules" nos mostra que a força suprema para resolver os problemas reside em nós mesmos.

👉 Aplicando-o aos fundos de pensāo, fica claro que ninguém virá em sua ajuda. Ninguém resolverá seus problemas. Ninguém mudará a mentalidade atual. Ninguém entregará a soluçāo magica que precisam, nem apontará o caminho da sobrevivência.

👉 Sair do buraco em que estāo depende dos fundos de pensāo. Só deles. Apenas deles.

👉 Acreditar no contrário é fazer um grande desserviço ao setor, aos participantes atuais e a economia do país. É abrir mão do arbítrio, ceder, esperar por resgate, amaldiçoar a sorte, presumir que os outros virāo resolver seus problemas. É ser a vítima.

👉 O "Principio de Hercules" é um lembrete de que você é que está no comando. Nāo adianta os conselhos deliberativos olharem para o céu, eles devem olhar é para dentro.

👉 Quem vai soltar a roda é você, nāo tire as māos dela.


Grande abraço,

Eder.

Fonte: The Hercules Principle, Sahil Bloom

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

AI ACADEMY - PROMPTS INTERESSANTES

 


De Sāo Paulo, SP.


1️⃣ Abra o Gemini e selecione NanoBanana como modelo de IA
2️⃣ Faça upload de uma foto sua
3️⃣ Use o pompt abaixo e pressione "Enter"
4️⃣ Aprimore o resultado se necessario

✅ Prompt em ingles (foi esse que usei): Using the attached picture as an exact reference, generate a high-resolution professional headshot that preserves 100% of my facial features, including face shape, hair, skin, tone, and expression. Apply studio quality lighting and a soft neutral background, and adjust my attire to formal professional wear, ensuring the image exudes confidence and approachability.

✅ Prompt em portugues: Usando a imagem anexa como referência exata, crie uma foto profissional de alta resolução que preserve 100% das minhas características faciais, incluindo formato do rosto, cabelo, pele, tom e expressão. Aplique iluminação com qualidade de estúdio e um fundo neutro suave, e ajuste meu traje para um traje profissional formal, garantindo que a imagem transmita confiança e acessibilidad

👉 O resultado foi para meu perfil no LinkedIn. Esse é um momento incrivel da historia para estar por aqui.

Grande abraço,

Eder.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

DESEQUILÍBRIO INTERGERACIONAL: UM RISCO MENOSPREZADO PELA MATRIZ DE RISCO DOS FUNDOS DE PENSĀO.

 


De Sāo Paulo, SP.


Um risco que deveria tirar o sono dos conselheiros de fundos de pensāo: desequilibrio intergeracional.

Na maioria dos países – e isso vale tanto para as economias desenvolvidas quanto emergentes – o contrato social entre as gerações está se desfazendo.

Ao longo dos últimos séculos as famílias operavam sob uma equação simples: os pais investiam na educação e estabilidade dos filhos e em troca, quando os filhos alcançavam a segurança financeira, cuidavam dos pais na velhice.

Esse modelo está colapsando.

Jovens adultos estão entrando em um mercado de trabalho muito mais difícil do que aquele que seus pais enfrentaram. Muitos empregos são informais, os salários estāo estagnados e a compra de um imóvel está cada vez mais inacessível.

A maioria dos jovens não consegue mais alcançar a independência financeira, imagina cuidar dos pais mais adiante.

Enquanto isso, a necessidade de assistência a saúde das gerações mais antigas continua aumentando diante de planos de saúde impagáveis, a mobilidade caindo e a renda de aposentadoria minguando.

Resultado? Duas gerações economicamente vulneráveis, cada uma olhando para a outra por suporte, mas nenhuma capaz de oferecê-lo.

Para fundos de pensāo, esse nāo é um dilema abstrato, é um desafio real para sua viabilidade no longo prazo, porque esse colapso geracional ameaça o mercado futuro dos planos de previdência complementar.

Setores como o imobiliário e de seguros já sentem esses efeitos, com os jovens consumidores incapazes de poupar para comprar a casa própria, desestabilizando a demanda.

Isso não acontece isoladamente, os efeitos são fruto de um desequilíbrio econômico global que aponta para uma concentração de renda nos mais ricos. A riqueza não está mais ligada ao trabalho ou mérito e sim cada vez mais à herança e controle financeiro.

Nāo há como se falar de sustentabilidade de fundos de pensāo sem confrontar os problemas econômicos associados ao envelhecimento, do cuidado com os mais velhos e da perenidade da força de trabalho.

Numa sociedade funcional, o cuidado com os mais velhos nāo deveria depender de sacrifício privado. Deveria depender de infraestrura publica, financiada de forma justa, disponibilizada de forma inclusiva e sustentada coletivamente.

Os conselhos dos fundos de pensāo nāo podem mais se dar ao luxo de continuar ignorando algo que até as empresas deveriam entender:

A fratura entre as gerações é um risco material e claro de negócio e já está moldando o futuro do setor.

Uma estratégia que ignore o problema financeiro geracional nāo é neutra, é uma falha na gestão de riscos de um fundo de pensāo. Os conselhos deveriam ir além do mero reconhecimento do problema e agir.

Isso começa pela pergunta: O que podemos fazer?

A resposta é: Mais do que se pensa.

Primeiro: identificar de quais maneiras o fundo de pensão já está exposto. Isso significa pressionar a gestão a mostrar em que pontos as novas gerações estāo desengajadas de sua cadeia de valor .

Os conselhos deveriam demandar análises por faixa etária dos atuais e potenciais participantes (empregados das patrocinadoras) — especialmente aqueles abaixo de 35 anos de idade — identificando como as barreiras de acessibilidade, endividamento e desilusão podem estar corroendo a lealdade dos atuais participantes, mensurando e projetando a demanda pelas soluções oferecidas pelo fundo no longo prazo.

Os conselhos deveriam encomendar análises de cenário que tratem o desequilíbrio demográfico com a já anunciada redução populacional, não como um ruido de fundo, mas como o principal vetor.

O que acontece quando seus participantes mais jovens não conseguem mais formar um lar, acumular poupança ou fazer seguro de seu futuro? Qual o custo de uma força de trabalho crescentemente dependente de subsídios familiares, de um segundo emprego ou do compartilhamento e moradia?

Isso nāo é teórico!


Credito de Imagem: www.silvermaples.org


Setores variados como a indústria automotiva, imobiliária e varejo já enfrentam uma desconexão geracional entre o que oferecem e aquilo que a população jovem é capaz de comprar.

É dever fiduciário dos conselhos preencher essa lacuna. As matrizes de risco e as revisões de estratégias devem refletir isso explicitamente

Até mesmo as estratégias internas de automação e transformação digital, apesar de eficientes, geralmente geram consequências geracionais ocultas – eliminando cargos no início da carreira ou consolidando poder de maneiras que excluam potenciais novos participantes.

Os conselhos deveriam demandar da gestão planos de mitigação que enxerguem além das manchetes na mida sobre programas de recapacitação.

Proteger o fundo de pensão contra os riscos intergeracionais é apenas um lado dessa equação. O conselho também tem um papel para endereçar a solução.

A governança precisa evoluir. Mais do que tratar a equidade geracional como uma aspiração abstrata, a diversidade e a profissionalização dos conselhos precisam se traduzir em mecanismos concretos, com implantação de politicas de igualdade de gênero e nomeação de conselheiros profissionais independentes.

Isso significa incorporar as questões intergeracionais na logica dos investimentos, alocação de capital e incentivos. Os conselhos deveriam pedir para a diretoria executiva projetar não apenas o crescimento de patrimônio, o retorno dos investimentos e o aumento da receita ...

... mas também a acessibilidade aos seus planos de previdência complementar no longo prazo, por todas as faixas de renda.

Deveria desafiar os gestores a propor produtos, oferecidos diretamente ou indiretamente - via parcerias com o fundo de pensão - voltados para infraestrutura de apoio à resiliência geracional, como financiamento de moradias acessíveis, educação e formação profissional, agetchs etc.

Enfim, numa era em que transformações econômicas e demográficas estāo redefinindo quem trabalha, quem compra, quem confia e quem constrói o futuro, os fundos de pensāo que prosperarão serão aqueles que estiverem dispostos a evoluir.

Os fundos de pensão nāo operam mais num mercado fechado e estanque. Quando desequilíbrios intergeracionais começam a moldar a disponibilidade de mão de obra, os padrões de demanda, a propriedade de imóveis, a capacidade de poupança e a confiança das pessoas, eles se tornam uma ameaça direta a sua sustentabilidade de longo prazo.

Tudo que se espera dos conselhos é que exerçam a governança dos fundos de pensão tendo plena consciência de como as mudanças demográficas, econômicas e sociais estão remodelando as forças de trabalho e as bases de seus mercados.

Os conselhos não supervisionam riscos cibernéticos, climáticos e geopolíticos porque podem resolvê-los, mas porque precisam antecipar, adaptar e prepara o fundo de pensão para suas consequências.

A mesma lógica se aplica aqui.

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “Intergenerational Inequality Demands Governance Attention, escrito por Elif Ates-Ozpak.


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

OS FUNDOS DE PENSÃO ESTÃO PRECISANDO DE UM REBRANDING

 

… com criação de uma marca de verdade, mas sem o aumento de preço da “Hotdogueria do Jaques” 

😭🤣😂

Grande abaço,

Eder.

domingo, 5 de outubro de 2025

UMA VERDADE SOBRE A APOSENTADORIA QUE VOCÊ DEVERIA SABER E QUE OS FUNDOS DE PENSĀO PODERIAM RESOLVER

 


De Sāo Paulo, SP.

Os fundos de pensāo passam o tempo todo focando na segurança financeira das pessoas na fase pós-trabalho.

Talvez por desconhecimento ou interesse, pintam a aposentadoria como uma fantasia, como uma fase de anos dourados, que é bem distante da realidade.

Se a história tem algo a nos ensinar, é que geralmente os maiores riscos não vem daquilo que desconhecemos, mas sim daquilo que temos certeza que conhecemos.

A aposentadoria é vendida como se a pessoa passasse décadas se esforçando em ambientes iluminados por lâmpadas fluorescentes, trocando a juventude por um salário e marcando a data da aposentadoria em um calendário, como um prisioneiro entalhando marcas na parede de uma cela.

Até que ... chega o Dia da Liberdade: a aposentadoria.

Um mal silencioso sobre o qual pouco se fala

Um ano aposentadoria adentro, metade dos aposentados admite estar mais solitário do que nunca, a saúde mental entra em crise, a fantasia de barracas de praia iluminadas pelo sol se transforma na realidade de olhar para as paredes enquanto o telefone não toca.

A aposentadoria, ao que parece, pode ser menos uma libertação e mais uma emboscada existencial em câmara lenta.

A aposentadoria não lhe dá automaticamente mais tempo para viver a vida. Apenas lhe dá mais horas para notar as rachaduras que vāo aparecendo nela com o tempo.

A sociedade vende a aposentadoria como uma volta olímpica da vitória. Você “mereceu”, dizem.

Nos folhetos sobre o tema: casais de cabelos grisalhos alinhados, como se tivessem feio escova progressiva, bebendo vinho em navios de cruzeiro, rindo como se tivessem acabado de tomar um porre com amostras grátis de vodka no supermercado.

A realidade? Um número chocante de aposentados descreve seus dias como monótonos, vazios, solitários.

  • Pesquisas sobre saúde afirmam que a solidão é tão mortal quanto fumar 15 cigarros por dia;

  • As taxas de depressão clínica dobram após a saída do mercado de trabalho;

  • A perda de estrutura, identidade e contato humano é muito mais forte do que a maioria das pessoas imagina.

Mudança da noite para o dia

Credito de Imagem: www.lightingequipmentsales.com


Num dia você é essencial, no outro você é apenas um ruido de fundo. Por quarenta anos, você foi “o engenheiro”, “o medico”, “o cara que tem solução para tudo”.

No outro, você é só o Carlos ou a Joana ou “vovô”.

Você passa de escrever relatórios e gerenciar projetos milionários para pesquisar sobre a maneira correta de descalcificar a máquina de Nespresso.

Humanos precisam de propósito assim como plantas precisam de luz solar. Tire isso das pessoas e observe-as murchar.

A economia da solidão e porque o telefone não toca

Para quem se sente sozinho na fase de aposentadoria, já há empresas à disposição com suas “soluções”:

  • ONGs que organizam comunidades para idosos vendem calendários de atividades sociais como se fossem hotéis fazendas no interior do Pantanal;

  • Empresas de tecnologia promovem companheiros de IA — robôs programados para ouvir, ver e falar.

  • Anúncios de farmacêuticas anunicam antidepressivos entre a novela das 20h e o noticiário das 23h.

Tudo isso, porém, não tem nada a ver com solidão, tem a ver com lucrar com o isolamento das pessoas.

Por que ninguém pega o telefone? Parte do problema está nas diferenças geracionais.

  • Os filhos adultos estão atolados em trabalho, lutando para pagar as contas e se manter num emprego que nunca durará para sempre;

  • Os netos moram na TikToklândia, não na sua sala de estar.

  • Os amigos da sua idade? Se mudaram, morreram ou te ignoraram discretamente para nāo admitir que também estão sozinhos.

O silencio espicha e você que costumava reclamar de uma reunião atrás da outra, agora, daria a vida por uma reunião-almoço daquelas que nāo fecham negócio nenhum e só servem para jogar conversa fora.

Todo mundo diz que a aposentadoria te dá “mais tempo”: mais tempo para viajar, fazer trabalho voluntário, dedicar aos seus hobbies.

Mas tempo sem conexão humana é apenas um recipiente vazio.

Claro, você pode fazer pão caseiro de fermentação natural ou aprender uma nova língua no Duolingo, mas hobbies por si só não vão te salvar.

Propósito sim e propósito, quase sempre, envolve outras pessoas.

A matemática brutal da solidão

Credito de Imagem: www.uwaterloo.ca

  • Risco 29% maior de doenças cardíacas;

  • Risco 32% maior de derrame;

  • Expectativa de vida reduzida em vários anos.

Então, sim, você pode se aposentar aos 60 anos com dois milhões de reais no plano CD do seu fundo de pensāo, mas se você não investir em relacionamentos, pode não chegar aos 70.

Nāo existe magica, o que se requer é um esforço da sua parte:

1. Dedique tempo para pessoas, nāo para hobbies

Marcar encontros só para tomar um café, telefonar para irmãos, visitar parentes e amigos: Inegociável.

2. Participe de grupos que nāo dāo a mínima para seu CV

Clube do livro, coral da igreja, clube do vinho ... o nome do seu cargo é história

3. Seja mentor

Sua experiencia, capacitação e história importam. Passe-as adiante!

4. Faça terapia

Sim, você, principalmente você. Solidāo nāo é fraqueza, é fator biológico.

Aposentadoria nāo é o fim, é uma reescrita da vida

Nos vendem a história errada. A aposentadoria não é champanhe ao pôr do sol. É uma redefinição radical de si mesmo. Pense na aposentadoria menos como “o fim de uma fase” e mais como o começo de outra.

Aposentadoria, saúde mental e solidão formam um triângulo perigoso que a maioria das pessoas ignora, até que seja tarde demais.

Mas se você enfrentar esse perigo — buscando conexão, admitindo vulnerabilidade, rejeitando a mentira de “envelhecer com elegância”, em silêncio — você terá boa chance de nāo ser tragado por ele.

Ninguém merece viver num lugar onde o som mais alto que se ouve são seus próprios pensamentos ...

Ah, sim, claro, os fundos de pensāo poderiam ajudar as pessoas nessa nova fase, não apenas garantindo o pagamento dos benefícios, mas fornecendo um proposito para as pessoas seguirem em frente.

Mas Eder, você vive em outro mundo! Pode ser...

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “Retirement: The Golden Years Nobody Warned You About, escrito por Troy Breland.


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

CONSOLIDAÇĀO DE FUNDOS DE PENSĀO: MOVIMENTO QUE APONTA PARA EXTINÇĀO, NĀO PARA O RENASCIMENTO

 



De Sāo Paulo, SP.


Nos últimos anos, o setor de fundos de pensão no Brasil (e no mundo) vem sendo apresentado como um espaço de “consolidação saudável”. 

A narrativa é que a transferência de planos de previdência complementar corporativos para fundos de pensāo de maior porte seria uma forma de ganhar escala, reduzir custos e garantir perenidade.

Mas será que é isso mesmo?

Ou estamos apenas testemunhando o prelúdio de uma lenta agonia, rumo à uma inexorável extinção?

Empresas entregando seus fundos …

Uma olhadinha rapida, focando apenas nos movimentos mais recentes, mostra que:

  • Ford (EUA), Roche (Suíça), Alpargatas (Brasil) e agora Volkswagen (Alemanha) sāo empresas que decidiram transferir a gestão de seus planos de previdencia complementar, antes administrados por fundos de pensāo próprios, para a Vivest, que segue sendo o maior fundo de pensāo do setor privado no Brasil.

  • EnerPrev, fundo de pensāo patrocinado pela Energias do Brasil e GebsaPrev, fundo da General Electric, migraram seus planos para o IAP – Itajubá Administração Previdenciária.

  • AlcoaPrevi, fundo de pensão da norte-americana Alcoa, com R$ 825 milhões em patrimônio, anunciou recentemente que está migrando para o MultiPensions do Bradesco.

  • ___________: preencher a vontade, nos ultimos 30 anos cerca de 100 fundos de pensāo foram extintos no Brasil.

A maioria desses casos têm algo em comum:

São fundos de pensāo de porte médio ou pequeno, patrocinados por empresas privadas e em sua esmagadora maioria, empresas multinacionais, justamente os mais frágeis e menos propensos a sobreviver de forma independente nessa nova realidade.

A matemática da extinção

Os números não mentem. O que está sendo consolidado não são planos com grande base de jovens participantes, nem com aumento significativo de participantes ativos.

Os fundos de pensāo que vem sendo “fagocitados” por outros maiores sāo aqueles cujo público é majoritariamente composto por participantes aposentados e pensionistas.

  • No caso da AlcoaPrevi, dos 9,6 mil participantes, apenas 3,8 mil ainda são ativos. A maioria já está em fase de recebimento de benefícios.

  • A Volkswagen, que nos anos 80 tinha mais de 40 mil trabalhadores no Brasil, chega a 2025 com entre 12 e 13 mil empregados — número que tende a encolher ainda mais com a entrada de robôs humanoides nas linhas de produção, que já vem sendo automatizadas desde os anos 70.

A equação é clara:

[menos empregados nas patrocinadoras] + [menos participantes entrando nos planos] = fundos de pensāo perdendo a razão de existir.

Escala não resolve um problema demográfico

Credito de Imagem: www.kercommunications.com


A crença de que consolidar planos vai salvar o setor é ilusória. A consolidação é apenas o estágio intermediário de um processo que levará ao desaparecimento.

Colocar vários fundos pequenos dentro de um maior não altera o fato de que a base de novos participantes ativos encolhe a cada ano e a base de aposentados cresce desequilibrando a balança.

A consolidaçāo não é uma parada técnica para reestruturação - é uma fila na qual quem entra já perdeu a sustentabilidade e como ninguém sai, no final dela, nāo haverá mais soluçāo.

O retrato do futuro

A tendência é que os fundos médios e pequenos sejam engolidos primeiro, mas, em algum momento, o efeito chegará também aos grandes.

Afinal, se as patrocinadoras encolhem e os planos não conseguem atrair novos participantes, a escala não vai compensar a ausência de renovação demográfica.

Como escrevi em artigos anteriores no TECONTEI? o que estamos vendo não é uma reorganização do setor, mas sim o prenuncio de uma extinção lenta e em massa.

Provocação final

A consolidação não é solução, é sintoma, é consequéncia de mudanças na dinâmica social, de novas tecnologias, de transfomaçōes demograficas, é resultado de fatos já sabidos.

O setor insiste em vender a narrativa da “escala” porque tem dificuldade em encarar a realidade:

A era dos fundos de pensão tradicionais, moldados para um mercado de trabalho que já não existe, construidos em torno de um conceito de aposentadoria abrupta no tempo e investimento em ativos da era industrial, está se aproximando do fim.

Enquanto esse modelo de negocios nāo for repensado, nāo forem criados novos desenhos de plano reconhecendo a realidade dos atuais vinculos de trabalho, produtos alinhados com a extinçāo da aposentadoria tradicional, com investimento em novas classes de ativos digitiais …

… seguiremos rearrumando as cadeiras no convés do Titanic.

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: ““O segmento de fundos de pensão está se tornando irrelevante” e “O assassinato de fundos de pensão, escrito por Eder C. Costa e Silva.

Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts, experiencia profissional e profundo conhecimento de mercado do autor e informações das fontes citadas.


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