sábado, 2 de março de 2019

Os maiores arrependimentos que as pessoas sentem no leito de morte – Poupe para a aposentadoria para que esse não seja mais um.



 


De São Paulo, SP.


Você tem algum arrependimento? Se você é como a maioria das pessoas, você deve ter pelo menos um.


Bronnie Ware, uma enfermeira Australiana, trabalhou por vários anos cuidando de pacientes terminais, que desenganados pelos médicos tinham menos de 12 semanas de vida.


Eram, tipicamente, pessoas idosas com doenças terminais, esperando seu iminente e inevitável encontro com a morte.


Grande parte do seu trabalho consistia em fornecer alívio aos pacientes, amenizando o stress físico e mental que surgem de forma natural quando um ser humano se vê frente a frente com a morte.


Falar de morte é algo desconfortável para a maioria das pessoas que prefere não pensar nem abordar o assunto. Contudo, a triste verdade é que todos nós morreremos um dia.


Saber que você morrerá dentro de poucas semanas é uma verdade muito amarga e difícil de assimilar. Bronnie notou que os pacientes vivenciavam uma gama de emoções, geralmente começando com negação, depois medo, raiva, remorso, mais negação e eventualmente, aceitação.


Parte da terapia fazia com que Bronnie perguntasse aos pacientes sobre qualquer arrependimento que tiveram em suas vidas e o que fariam diferente se a vida lhes desse uma segunda chance.


Dentre todas as respostas que ouvia de seus pacientes, ela notou que 5 arrependimentos se destacavam. Esses cinco eram os arrependimentos mais comuns e os pacientes desejavam que não tivessem acontecido ao longo de suas vidas.


O arrependimento daqueles que estão no fim da vida pode ensinar muito para os que ainda tem um longo tempo pela frente.


Se por um lado nada podemos fazer quanto aos arrependimentos dos pacientes terminais, você e eu ainda podemos fazer algo sobre os nossos próprios arrependimentos, antes que seja tarde demais.


Veja quais são os cinco arrependimentos mais comuns observados por Bronnie e um que eu estou acrescentando, porque assim como ela constatei ser constante ao longo da minha carreira de 30 anos na área de previdência complementar:


1.       Eu deveria ter perseguido meus sonhos e aspirações ao invés de viver a vida que os outros idealizaram para mim:


De acordo com Bronnie, esse era de longe o maior arrependimento de todos. Quando a pessoa descobria que sua vida estava chegando ao fim, ficava mais fácil fazer uma retrospectiva e enxergar todos os sonhos que deixou para trás e que nunca teve coragem de perseguir.


Na maioria dos casos, a falta de coragem para correr atrás de seus sonhos se devia a necessidade de agradar aos outros – geralmente familiares, amigos ou a sociedade.


“Eu acho que a maior lição que podemos tirar desse arrependimento é que se você sabe aquilo que realmente te faz feliz, faça! ”, disse ela.


Parece que os sonhos e aspirações que não realizamos ficam nos perseguindo silenciosamente e vão assombrar nossas lembranças nos últimos dias de nossas vidas.


Se você tem medo do que as pessoas dirão sobre suas escolhas, lembre-se que a opinião delas não vai ter a menor importância para você no dia que estiver morrendo.


2.       Eu gostaria de não ter trabalhado tanto


Esse é um que me faz sentir culpado. Bronnie disse que esse arrependimento surgia em todo paciente do sexo masculino e em alguns do sexo feminino.   


O ganha pão tomou conta de suas vidas. Trabalho e carreira ficaram no centro de tudo. O trabalho é importante, mas esses pacientes se arrependeram de ter deixado que o trabalho tomasse conta de suas vidas, fazendo com que passassem menos tempo com as pessoas queridas.


O arrependimento deles geralmente tinha a ver com ter perdido a fase de crescimento dos filhos e a convivência com seus cônjuges. Quando perguntados o que fariam diferente se tivessem outra chance, a resposta era surpreendente.


A maioria acreditava que se tivessem simplificado o estilo de vida e feito escolhas diferentes, não precisariam todo dinheiro que buscavam ganhar.  


Se tivessem feito isso teriam deixado mais espaço em suas vidas para serem felizes e para ter passado mais tempo com as pessoas mais importantes para elas.


3.       Eu queria ter tido coragem para expressar meus sentimentos e dizer o que penso


Esse ajudou a me tornar mais ousada, relatou Bronnie :)


De acordo com ela, muitos de seus pacientes terminais acreditavam ter suprimido seus verdadeiros sentimentos e não ter falado aquilo que pensavam nos momentos que deveriam ter feito isso, para evitarem conflitos com os outros.


Muitos escolheram não confrontar situações e pessoas difíceis, mesmo quando tinham sido ofendidos. Ao suprimirem a raiva, criaram muita amargura e ressentimento que acabaram afetando suas saúdes.


O que é pior, guardar amargura ou raiva pode te paralisar emocionalmente e impedir que você atinja seu verdadeiro potencial.


Para evitar esse tipo de arrependimento em sua vida, é importante você entender que ser franco e discordar de opiniões também faz parte dos relacionamentos saudáveis.


Há um equívoco comum segundo o qual discordar de uma opinião é ruim para os relacionamentos e apenas cria divisões, afastando as pessoas.


Mas isso não acontece o tempo todo.


Na verdade, quando discordamos de uma opinião de maneira educada, honesta e construtiva, isso ajuda a aprofundar o respeito mútuo e pode levar nosso relacionamento para um patamar mais saudável.


Quando externamos o que estamos pensando, expressamos nossos verdadeiros sentimentos e reduzimos o risco de acumular ressentimentos e amarguras que vão acabar por nos prejudicar.


4.       Eu queria ter mantido contato com meus grandes amigos


Esse é um arrependimento contra o qual muitos de nós lutamos.


Bronnie descobriu que seus pacientes tinham saudade de seus antigos amigos e se arrependiam de não ter dedicado aquelas amizades o tempo e atenção que elas mereciam.


Todos sentem falta de seus amigos quando estão para morrer.


Parece que quando nossa saúde e juventude se vão e a morte é iminente, as pessoas percebem que algumas amizades têm mais valor do que toda sua riqueza e realizações.


De acordo com Bronnie, no final tudo se resume aos nossos amores e relacionamentos. Nas últimas semanas de suas vidas, além de amor e amizade, nada mais importava para seus pacientes.


Vivemos um mundo frenético nesses dias, pressões e demandas do trabalho, a vida urbana, a atenção à nossa família, criar os filhos, tudo isso cobra seu preço e nos afasta da convivência com nossos melhores amigos.


Sabendo disso hoje, o que você faria diferente?


5.       Eu queria ter me permitido ser mais feliz


Esse é muito triste, de verdade.


Muitos dos seus pacientes não se deram conta até seus últimos dias, de que ser feliz é uma questão de escolha. Eles queriam ter descoberto antes, que felicidade não é algo que se consiga por meio de bens, aceitação social ou posição hierárquica.  


Em seus leitos de morte, esses pacientes descobriam que poderiam ter simplesmente escolhido ser felizes, independentemente das circunstâncias da vida – rico ou pobre.  


Para mim, esse arrependimento é o mais tocante de todos.


Ao longo de nossas vidas, muitas vezes nos concentramos demais em adquirir as coisas que gostaríamos de ter – riqueza, status, poder e realizações. Nós achamos (erroneamente) que essas coisas são a chave para nossa felicidade.


Quando perguntados o que teriam feito de forma diferente, aqui vai a mensagem chave que aquelas pessoas que estavam morrendo nos transmitiram: Aprenda a relaxar e apreciar os momentos e as coisas boas da vida. Essa é a única maneira de encontrar a verdadeira felicidade.


Ser feliz é uma escolha!


6.       Eu gostaria de ter feito um plano de previdência complementar


Apesar do dinheiro e dos bens materiais, conforme relataram os pacientes da Bronnie, não terem a menor importância nos seus últimos dias de vida, antes que esses dias cheguem você vai querer viver uma vida digna e honesta.


Ouvi muitas histórias de pessoas que aderiram ao plano de previdência complementar de suas empresas, sem saber direito o que estavam fazendo e que ao se aposentarem agradeceram aos céus por terem feito isso no início de suas carreiras.


O dinheiro não traz felicidade, todos sabemos disso, mas depender da ajuda financeira de outras pessoas para viver não é propriamente algo que nos dignifique ou nos faça sentir confortáveis.


Fazer ou aderir a um plano de previdência complementar é um passo muito simples, não exige nenhum grande esforço financeiro e requer apenas uma pequena disciplina e visão de futuro.


Não deixe de fazer um plano de previdência complementar no início de sua vida produtiva, você vai precisar de algum recurso quando não puder ou quiser mais trabalhar e o arrependimento de não ter feito isso é igualzinho aos demais arrependimentos, isto é, não dá para voltar atrás depois.


Seria possível viver uma vida sem arrependimentos?


Como ninguém é perfeito e duvido que exista algo tipo uma “vida sem problemas”, imagino que todos nós cheguemos em nossos últimos dias com algum arrependimento.


A chave talvez seja ter o menor número de arrependimentos possível.


A melhor maneira de morrermos com poucos arrependimentos é vivermos a vida como se fossemos morrer hoje. Afinal, ninguém sabe exatamente que dia vai morrer.


Se vivêssemos a vida como se ela fosse acabar hoje à noite, perceberíamos que realmente não temos lá todo tempo do mundo. Isso nos faria procrastinar menos as coisas, perseguir nossos verdadeiros sonhos, desejos e aspirações.


Da mesma forma, para vivermos uma vida com poucos arrependimentos temos que dedicar nosso tempo APENAS para as coisas e pessoas que nos fazem felizes. Porque se formos tentar atender as expectativas dos outros e esconder nossos reais sentimentos, os arrependimentos poderão nos assombrar mais tarde em nossas vidas.


Se você está lendo esse artigo e está vivo e saudável, você ainda tem uma escolha.


Lembre-se, você só vive uma vez!


Não deixe de compartilhar esse artigo com as pessoas que importam para você. Você poderá evitar que alguém tenha uma tonelada de arrependimentos no final da vida.


Grande abraço,

Eder.




Fonte: Adaptado do artigo “This Study Reveals The 5 Biggest Regrets People Have Before They Die“, escrito por John-Paul Iwuoha.

Crédito de Imagem:www.framecosmetics.com/de/regret-statue-bw-2

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