quinta-feira, 28 de agosto de 2025

NĀO OS OUTROS

 



De Sāo Paulo, SP.


👉 O momento é perfeito para pessoas criativas e ambiciosas reinventarem os fundos de pensão e a forma como poupamos em busca da segurança financeira futura.


👉 Em 1854, na Feira Mundial de Tecnologia, sob intensos aplausos, Elijah Otis revelou ao mundo pela primeira vez o elevador. As pessoas ficaram mesmerizadas com a invenção que acabaria por remodelar cidades, a própria sociedade e mudar o mundo ... muito, muito, muito, lentamente.


👉 Os elevadores tornaram possível os arranha-céus e transformaram a vida urbana, mas durante décadas, nada significaram para os edifícios que já existiam. Tecnologias SÓ MUDAM o mundo quando reconstruimos em torno delas novas soluçōes que elas tornam possíveis.


👉 O contêiner destravou o comércio global, mas somente depois que criamos navios novos para carregá-los, portos novos e novas redes logísticas. Por anos, o contêiner pareceu uma invenção inútil.


👉 O plástico, a computação em nuvem, o smartphone, o motor elétrico, foram invenções que revolucionaram o mundo ... mas, somente quando novas fábricas foram construídas, novas empresas foram criadas e novos produtos surgiram a partir delas, é que a verdadeira mudança aconteceu.


👉 Novas tecnologias, quase sempre, começam se encaixando perfeitamente aonde elas preenchem lacunas no mundo existente. Só mais tarde é que elas desafiam os limites do que é possível, redefinem os negócios atuais e transformam completamente o mundo.


👉 No entanto, frequentemente, esquecemos disso. Na pressa em provar que "entendemos" uma nova tecnologia, SEMPRE reagimos de forma rasa, cosmética e superficial, em vez de abraçar a mudança mais ampla e mais profunda que passa a ser possível a partir dela.


👉 E tudo bem, se o seu fundo de pensão quiser apenas manchetes na mídia especializada, relatórios anuais bonitōes e um palanque para visibilidade no setor.


👉 Mas se o seu fundo de pensāo quiser fazer a diferença e entregar segurança financeira futura de verdade para as pessoas, repense o que faz hoje em relação ao significado, ao poder e aos parâmetros que o blockchain, os ativos digitais e a IA podem alterar.


➡️ Nāo é fazer a mesma coisa, mais barato.

➡️ Nāo é fazer a mesma coisa, mais rápido.

➡️ Nāo é fazer a mesma coisa, melhor.

➡️ É fazer algo diferente. Algo que ainda nāo existe! Algo disruptivo.


👉 Sāo tempos excelentes para os criativos e ambiciosos, porque sāo eles que mudarão radicalmente o mundo da poupança de longo prazo e a previdência complementar.


✅ Nāo os outros.


Grande abraço,

Eder.


Fonte: Tom Goodwin


segunda-feira, 25 de agosto de 2025

PENSANDO O FUNDO DE PENSĀO DO FUTURO PORQUE, UM DIA, SERÁ A ÚLTIMA VEZ!

 



De Sāo Paulo, SP.


O escritor e filósofo americano, Sam Harris, esse da foto acima, escreveu certa vez:

“Não importa quantas vezes você fez alguma coisa, chegará o dia em que você o fará pela última vez”

Haverá uma última vez que seus filhos irāo querer que você leia uma histórinha para eles anes deles dormirem. Uma última vez que você fará uma longa caminhada com seu irmāo. Uma última vez que você dará um abraço apertado em seus pais. Uma última vez que aquele seu amigo ligará para você pedindo ajuda …

Muitas coisas para as quais você nāo deu muito valor no passado, você desejaria poder voltar no tempo e fazer de novo.

Há uma última vez para tudo.

Você não saberá quando será a última vez. Mas você sempre pode viver como se fosse hoje.

Por isso, todo santo dia, penso em como os fundos de pensāo poderiam continuar relevantes , resgatando a segurança financeira de verdade que, no passado, entregaram aos seus participantes.

Pensando no “fundo de pensāo do futuro”

Aqui vai uma proposta estruturada com ideias pensadas para entregar segurança financeira nas idades mais avançadas, sem voltar ao antigo modelo de benefício definido.


🔹 Ganhos rapidos (quick wins): Baixo esforço, impacto imediato

[Ideia 1] – Carteira digital de previdência, portátil e unificada

Uma “conta de previdência pessoal” criada por meio de uma carteira digital (digital wallet), independente do empregador, que acompanhe a pessoa ao longo de diferentes empregos e modelos de contrato de trabalho - ex.: atuaçāo como PJ, temporário etc. Modelo simples, digital-first, com a custódia de ativos digitais e aplicativo de investimentos integrado. Ideal para planos instituidos!

[Ideia 2] – Programa de micro-poupança automática

Ferramenta de arredondamento de transações financeiras feitas por cartōes de débito, crédito, PIX ou carteiras digitais de cryptomoedas (ex.: compras de R$ 19,70 arredondadas para R$ 20,00) com o valor extra, i.e. a diferenca, indo para a conta de poupança de longo prazo ou plano de previdencia complementar do portador. Fácil, barato e de rápida adesão.


🔹 Soluçōes de médio-prazo: Necessidade moderada de investimento

[Ideia 3] – Previdência pré-formatada, flexível e por “módulos de proteção”

Participante escolhe “pacotes” de proteçāo, que se adaptam à sua situaçāo específica e ao seu momento de vida (ex.: proteção mínima, plano moderado, plano agressivo). Permite ajustes sem precisar trocar de fundo.

[Ideia 4] – Marketplace de benefícios segurança financeira e bem-estar

Além da poupança de longo prazo, incluir proteçāo e serviços plugáveis: seguro-saúde, telemedicina, aulas de Tai Chi Chuan, cursos de qualificação profissional. O fundo se posiciona como “plataforma de proteçāo e bem-estar”, não apenas de segurança financeira na aposentadoria.


🔹 Big Swings : Alto impacto, longo prazo

[Ideia 5] – Previdência tokenizada e interoperável

Transformar as contribuiçōes periodicas em stablecoins lastreadas em dolar (USDC, USDT) e os saldos de conta em tokens lastreados nos ativos reais (investimentos em infraestrutura, imóveis, investimentos alternativos, fundos sustentáveis). Esses tokens passam a poder ser negociados em blockchain de forma transparente, com liquidez e rastreabilidade.

[Ideia 6] – Previdência global e multi-jurisdicional

À semelhanca de ideias anteriores, criar um modelo de conta de previdencia complementar transnacional, que permita contribuições de brasileiros que trabalham em diferentes países e no futuro, aposentadoria com portabilidade cambial. Inovador para freelancers globais, nômades digitais e empregados de empresas multinacionais.


🔹 Ideias complementares

[Ideia 7] – AI Advisor pessoal para fase de desacumulaçāo

Assistente de IA que acompanha e aconselha o participante ao logo da fase de “aposentadoria”, ajustando retiradas e eventuais aportes, sugerindo estratégias personalizadas de desacumulação (fase de saque), evitando que o dinheiro acabe antes da hora.

[Ideia 8] – Previdência baseada em longevidade real

Em vez de idade fixa de aposentadoria, planos adaptados ao “perfil de longevidade” individual do participante (dados de saúde, hábitos, genética, historico familiar).

[Ideia 9] – Fundo de Previdência com Impacto ESG

Parte dos recursos da conta de poupanca para a aposentadoria, investida em ativos que geram impacto positivo na sociedade (energia limpa, educação, saúde, imoveis para baixa renda), conectando poupança individual com propósito coletivo.

[Ideia 10] – Sistema de “renda vitalícia colaborativa”

Modelo inspirado em mutualismo: participantes contribuem para um “pool”, que redistribui recursos e se ajusta ao longo do tempo, equilibrando quem vive mais e quem vive menos.


Todas essas sāo ideias que, claro, podem ser melhor elaboradas. Por tras da aparente simplicidade, se escondem disruturas possiveis nas soluçōes que atualmente sāo oferecidas pelos fundos de pensāo.

Basta querer, porque um dia, será a ultima vez …

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas.

Disclaimer: Esse artigo foi escrito com o uso de IA, baseado em prompts e conhecimento de mercado do autor e informações.


domingo, 24 de agosto de 2025

A VONTADE DE BEBER ÁGUA E A ORIGEM INVERTIDA DAS INOVAÇŌES NOS FUNDOS DE PENSĀO

 



De Sāo Paulo, SP.


O que significa estar com vontade de beber água?

Os circuitos neurais que controlam a sede estāo localizados nas profundezas da estrutura do cérebro primitivo e apenas recentemente os cientistas começaram a entender como eles funcionam, explica Zachary Knight - um neurocientista da Universidade da Califórnia - em um artigo sobre a neurobiologia da sede.

Para entender a sede em mamíferos, pense nela menos como o corpo declarando um fato ao cérebro – “preciso de água – e mais como o cérebro monitorando o ambiente e o corpo.

“Como um biólogo que coleta amostras de um rio, o cérebro examina a composição química do sangue para determinar o que o corpo precisa”, escreve Dan Samorodnitsky em um artigo escrito para a Quanta Magazine.

Os efeitos da insuficiência de água são sentidos por todas as células do corpo, mas é o cérebro que manifesta nossa experiência de sentir sede.

Embora os efeitos da falta d’água sejam sentidos por todas as células do corpo, as células em si não gritam de sede. Em vez disso, é o cérebro que monitora os níveis de água do corpo e manifesta a sensação de sede — língua seca, garganta quente e mal-estar súbito — induzem a um comportamento: beba água.

Água é um item fundamental para toda a vida na Terra. Nem todo organismo vivo precisa de oxigênio e muitos fabricam seu próprio alimento. Mas para todas as criaturas, seja os micróbios que habitam as profundezas dos oceanos, os fungos que vivem nas árvores ou os seres humanos, água é inegociável.

A vida começou com a captura de água dentro de uma membrana celular. Desde então, as células precisam permanecer húmidas o suficiente para permanecerem vivas.

Mas existe uma desconexão entre o ato de beber água e a correção do equilíbrio entre água e sal no organismo. Demora 30 a 60 minutos para a água, uma vez consumida, entrar na corrente sanguínea.

O cérebro não pode esperar tanto tempo para determinar se o corpo tem a quantidade de água que necessita, ele precisa tomar uma decisão mais ou menos imediata. Um animal não pode ficar sentando por meia hora bebendo água.

Entāo, o cérebro estima através de sensores pelo corpo. Um deles mede o volume de água passado pela boca e pela garganta e envia um sinal inicial para o cérebro. Um segundo sinal vem do intestino – de um tipo específico de célula que responde a água e até da expansão mecânica do estomago na medida em que absorve água.

Dentro de um minuto, esses sinais chegam ao cérebro e bloqueiam os neurônios que haviam sido ativados para desencadear a sede. A resposta que havia desencadeado a sede cessa; a garganta esfria e a boca fica úmida novamente

Quando o cérebro é o conselho



Nos fundos de pensão, a lógica da inovação muitas vezes está invertida. A prática comum é a diretoria executiva propor ao conselho quando e onde inovar.

Parece natural — afinal, quem executa traz ideias e pede aval. Mas, se olharmos de perto, isso equivale a imaginar que o corpo “implora” ao cérebro quando beber água.

Na realidade, é o cérebro que monitora, detecta desequilíbrios e decide quando é hora de matar a sede.

O conselho de administração deveria funcionar exatamente como o cérebro. Cabe a ele monitorar o ambiente externo — reguladores, mercados, tecnologia, transformações demográficas e sociais — e interpretar sinais que indiquem riscos e oportunidades.

Assim como o cérebro traduz informações químicas em sede, o conselho deveria traduzir dados, análises e tendências em direcionamento estratégico e inovação.

A diretoria, nesse modelo, não é quem define isoladamente quando inovar. É quem executa a ação de beber água: transformar a decisão estratégica em realidade operacional.

Do mesmo modo que o cérebro ajusta o comportamento após o primeiro gole, o conselho deveria acompanhar os resultados e ajustar o curso.

A inversão desse fluxo explica por que tantas inovações em fundos de pensão acabam tímidas, atrasadas ou desalinhadas.

Quando a “sede” não vem do conselho, mas da diretoria, fica faltando o senso de urgência, propósito e visão de longo prazo.

Em governança, como na biologia e na neurociência, tudo começa no comando central.

Se queremos fundos de pensão preparados para o futuro, precisamos que os conselhos assumam seu papel de cérebro: monitorar, decidir e sinalizar quando e como inovar.

A diretoria executa, mas a visão deve nascer no topo.

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: What Does It Mean To Be Thirsty?, escrito por Dan Samorodnitsky.

Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.


sábado, 23 de agosto de 2025

NĀO SEJA UM "CONSELHEIRO ACÁCIO" NO SEU FUNDO DE PENSĀO!

 



De Sāo Paulo, SP.



👉 Conselheiro Acácio é um dos personagens mais conhecidos da literatura brasileira. Em “O Primo Basílio”, romance publicado em 1878, Eça de Queiroz faz uma análise da família burguesa urbana do Rio de Janeiro, no final do Século XIX.

👉 Eça de Queiroz inovou a literatura da época, oferecendo uma crítica ácida, demolidora e sarcástica, dos costumes da pequena burguesia portuguesa. Talvez na esperança dela encontrar ali seus defeitos analisados objetivamente, para, assim, poder alterar seu comportamento.

👉 Conselheiro Acácio, um personagem oco, sempre falava obviedades rasas, mas era cheio de uma pretensa autoridade, que se apoiava na linguagem formal e em um título igualmente vazio:

➡️ “É sempre um erro, ao descer uma escada íngreme, não procurar o apoio do corrimão”, dizia em seu mais sábio conselho.

➡️ “Isso é o início, está só começando”, completava com redundância e ar superior.

👉 Mesmo sendo um alívio cômico em um romance ácido, crítico e pesado, o personagem conseguiu um feito pouco comum: virar um adjetivo. “Acaciano”, no dicionário, é “quem é ridículo pelas palavras convencionais e ocas de sentido.”

👉 A imortalidade conquistada pelo conselheiro se deve ao fato dele representar tão bem um tipo de comportamento e de gente que todo mundo já viu. Todos conhecem um Acácio.

👉 Se você não conhece nenhum, basta buscar conteúdo sobre finanças, investimentos, mercado de ações e planos de previdência complementar nas redes sociais e na internet em geral.

👉 O que não vai faltar são comentários do tipo: “Que alta do ouro, hein?”; “Até o dólar está caindo hoje!”; “Tem que focar nos resultados”; “O segredo é comprar barato”; “É importante diversificar o risco”, “Não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta” ... “Crypto é volátil”.

👉Tudo certo, claro, mas tão óbvio quanto segurar em um corrimão ao descer uma escada, não é?

👉 É enorme a quantidade de informações relevantes que conselheiros de fundos de pensão tem que analisar em seu processo decisório - fazendo do tempo de que dispõe, algo valioso. Não dá para perder tempo com Acácios ...

👉 O que os fundos de pensāo precisam (e esperam) de seus conselheiros, nāo são contribuições acacianas nas discussões, mas sim de opiniões pessoais simples, diretas e objetivas.

👉 Na próxima vez que você participar de uma reunião de conselho do seu fundo de pensão, questione-se:

✅ Estou diante de um acaciano?
✅ Esse comentário trouxe sabedoria para as discussões?
✅ ... ou é uma trivialidade repetida?

👉 O que não falta por aí é gente dizendo o óbvio.

✅ Nāo seja um deles!


Grande abraço,

Eder.


Fonte: “Nāo seja um Conselheiro Acácio”, escrito por Renato Santiago


terça-feira, 19 de agosto de 2025

PORQUE OS TECNOCRATAS QUE PROIBIRAM INVESTIMENTO DOS FUNDOS DE PENSĀO EM ATIVOS DIGITIAIS, TORNARĀO RICOS QUEM HOJE INVESTIU NELES.

 


De Sāo Paulo, SP. 


A maior transferência de riqueza da história está se desenrolando fora do alcance de nossos olhos. Ela acontece por causa de um fenômeno chamado “inversão de infraestrutura”:

Inversão de infraestrutura descreve uma janela de 10 a 20 anos, durante a qual uma tecnologia antiga e uma nova coexistem. Até que a tecnologia existente nāo consegue mais suportar as necessidades que surgem com a nova tecnologia, levando ao desenvolvimento de novas bases. A funcionalidade dos dois sistemas se inverte, a nova tecnologia se torna o principal impulsionador e a antiga se adapta ao novo ambiente ou desaparece.

Imagine as fábricas em 1910: tubulações de gás ainda alimentavam a maioria das máquinas, enquanto os empresários mais astutos instalavam fiação elétrica.

Os dois sistemas de energia (gás e eletricidade) que faziam o maquinário funcionar, estavam sendo usados simultaneamente. Todo mundo dizia que esses empresários estavam perdendo dinheiro, que eram tolos, coisa e tal.

Os empresários que agiram assim, nāo esperaram a energia a gás desaparecer. Eles usaram o lucro da produção movida a gás para ir instalando a infraestrutura movida a eletricidade.

Isso parecia ineficiente, redundante, estúpido, quando na realidade esses empresários estavam se posicionando para a transição mais óbvia da história.

Hoje está acontecendo EXATAMENTE a mesma coisa com investidores institucionais, como os fundos de pensão brasileiros, ... diante da mudança mais óbvia da história dos investimentos.

O valor está sendo extraído do velho sistema (antigas classes de ativos) e transferido para o novo sistema (novas classes de ativos digitais). A tubulação a gás está sendo usada para alimentar o seu futuro elétrico.

A crítica é idêntica a de 1910: “a volatilidade é insana”, “os fundos de pensão nāo estāo preparados”, “vamos nos ater ao que está funcionando”. Mesmas palavras, século diferente, mesma história.

... quando a infraestrutura mudou do gás para eletricidade, as fábricas tiveram duas escolhas a fazer:

1. Reformular tudo, fazer um retrofit na produçāo, cara e atabalhoada; ou

2. Nascer do zero, montar fábricas nativas na adoção do novo sistema.

Advinha quem venceu? O problema dos dois sistemas durou apenas entre 10 e 20 anos, como mostra a história. Até que o novo sistema predominou de modo decisivo.

Os carros superaram as carroças. O celular ganhou do telefone fixo. O e-mail superou o telex. O streaming matou a locação de DVDs ...



As empresas, antes chamadas de “ineficientes”, que rodam ambos os sistemas (antigo e novo) se tornam a base da nova economia.

Por volta de 2040, explicar porque os fundos de pensão brasileiros nāo investiam em ativos digitais em 2025, será o mesmo que explicar por que algumas fabricas se apegaram ao gás, em detrimento da eletricidade.

Os investidores institucionais que investem hoje em ativos digitais nāo sāo gestores de ativos, sāo arquitetos de infraestrutura. Estāo usando os mercados de capitais do Século XX para construir os portfolios do Século XXI.

A história nāo se lembra daqueles que disseram ser “muito arriscado”. Ela lembra daqueles que constroem a ponte para o futuro!

Começou o efeito dominó no sistema financeiro global

As duas maiores economias do mundo abraçaram os ativos digitais. A primeira grande peça do dominó foi derrubada mês passado pela legislação aprovada nos EUA, tornando o dólar digital (stablecoins) oficialmente legal no país.

Já a China, foi o primeiro país do mundo em que o dinheiro emitido pelo governo foi “tokenizado”. Com isso, os cerca de US$ 1 trilhāo hoje mantidos em fundos mútuos de investimentos em Hong Kong, fluirão para novas oportunidades de ativos digitais.

Empresas e negócios chineses estão construindo uma nova infraestrutura em torno de sua moeda digital, enquanto nos EUA os IPOs – abertura de capital nas bolsas de valores – ocorrendo no momento não são como aqueles que nossos avós viram acontecer. São os de empresas que se encontram na intersecção entre o sistema financeiro tradicional e um novo sistema financeiro baseado em ativos digitais.

Estamos falando de IPOs como o da Circle, responsável pela stablecoin USDC, cujas ações subiram 6x na esteira do lançamento, mostrando a reação dos investidores à declaração do governo americano de que “agora isso é legal”.

A fase de construção da infraestrutura das cryptomoedas é agora. Da mesma forma que a Internet precisou de empresas como Amazon, Google, Netflix para torná-la útil, os ativos digitais também precisam da criação de empresas que construam pontes entre as finanças digitais e as finanças tradicionais.

O que está vindo por aí

Os planos de contribuição definida americanos, os 401(k), já podem investir em cryptomoedas. O patrimônio desses planos é de US$ 12 trilhões, se apenas 1% de todo esse $$$ for investido em crypto, fluirão US$ 120 bilhões para um mercado (cryptoativos) que hoje é de US$ 4 trilhōes.

E se fluírem 5%, 10% para os cryptoativos? Entāo, o que acontece, é que as cryptomoedas entram no cardápio dos investidores institucionais. Gestores de ativos como Fidelity, Blackrock e Vanguard se adaptam e lançam produtos baseados em cryptoativos.

A máquina que lutou contra a nova classe de ativos digitais, agora, passa a ser sua rede de distribuição. Tecnocratas do governo que antes proibiam investimentos em ativos digitais, passam a querer saber qual carteira digital os participantes usam.

Aquilo que nāo podia ser tocado, que nāo era seguro o suficiente para fundos de pensão, que era muito volátil para planos de previdência complementar, agora pode.

Mas nāo vai acontecer amanhã, mesmo lá fora ainda vai demorar um pouco. Aqui dentro, no Brasil, serão meses (ou anos) até a regulamentação ser revista para permitir que os fundos de pensão invistam em ativos digitais. Depois, mais alguns meses até os planos de previdência complementar se justarem.

Entāo, a enxurrada. Quando alguém do seu fundo de pensão – que hoje nāo sabe o que é uma “seed frase” – te enviar um comunicado, tipo:

“Temos boas notícias, agora você pode investir em cryptomoeda no seu plano CD”

... e todo mundo no escritório estiver falando sobre isso, os mais moderados alocando 5%, os mais agressivos 10% e outros ainda em dúvida, aquele que investiu em crypto em 2025 estará 500% na frente porque viu a onda se formando antes dela atingir a costa.

Todo mundo está esperando pela hora certa, pela regulação se tornar clara, pelos produtos de previdência complementar com crypto serem lançados, mas os mercados não esperam, eles vão se movendo.

Quando os pais comprarem Bitcoin nos planos CD deles, os filhos terão ganhado muito $$$ investindo em crypto fora dos fundos de pensão, só nāo terāo ganhado aqueles aguardando por permissão ...

Vários projetos de crypto deverão ser catapultados. Para ficar apenas num exemplo, a gigante de transferências internacionais em moedas digitais, a Ripple, está prestes a se tornar uma espécie de rede SWIFT no mundo crypto. De acordo com as projeções do banco britânico Standard Chartered, o XRP (token nativo da Ripple) que vale hoje cerca de US$ 3 deverá chegar a US$ 1.250 até 2028. Nāo sei se vai rolar, mas nunca imaginei isso quando investi menos de US$ 0,9602 por XRP numa carteira de 1.064,97 XRPs.



Obrigado aí pessoal do governo!

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fonte: “Infrastructure Inversions”, escrito por Mark Moss | “Why China’s New Digital Money Move Just Changed Everything” e “I Quit My Job After Reading Trump’s Crypto Order”, publicados no Blockfuturist |

Disclaimer: Não deveria ser preciso dizer isso, mas receio ter que deixar explicito: esse texto não é aconselhamento financeiro, não é orientação de investimentos, não recomenda a compra de nenhum ativo real ou digital, nem de valores mobiliários, nem de coisa nenhuma. Aja com prudência.


quarta-feira, 13 de agosto de 2025

EXISTEM COISAS FEITAS PARA DURAR: A RENDA QUE SEU FUNDO DE PENSĀO PAGA AOS APOSENTADOS, É UMA DELAS?

 

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De Sāo Paulo, SP


Em 1977 a NASA lançou a Voyager 1, uma sonda especial, para explorar os planetas gigantes do nosso sistema solar e posteriormente, o espaço interestelar.

Em 1979 a Voyager 1 enviou imagens incríveis e dados sobre as luas e anéis de Jupiter, observou vulcões em erupção na lua Io e descobriu um fino anel ao redor do planeta.

Em 1980, descobriu cinco novas luas e um anel em Saturno e dali prosseguiu sua missão, atravessando a heliosfera - o limite onde a influência do Sol diminui - entrando no espaço interestelar.

Em agosto de 2025 a Voyager 1, que soma mais de 47 anos e 11 meses de operação e está a mais de 24 bilhões de quilômetros do nosso planeta, continua recebendo comandos de rotina e transmitindo dados para a Terra.

A sonda ainda tem combustível para manter suas comunicações com a Terra até 2036. Mesmo depois disso, em sua jornada rumo ao infinito, o espírito de exploração seguirá vivo para eventuais civilizações extraterrestres.

A Voyager 1 carrega um disco revestido de ouro, com a respectiva agulha de cobre, contendo uma mensagem para outras civilizações, com 115 imagens - incluindo o Cristo Redentor e a Grande Muralha da China - e saudações em 55 línguas.

A Voyager 1 funciona com um computador de bordo que tem apenas 69 KB de memória, usa um cartucho de 8 faixas (anterior a fita cassete) para armazenar dados e roda um programa em Fortran de 1977. Existem promessas feitas para durar, a exploração espacial feita pela Voyager 1 é uma delas.

E seu fundo de pensão? Entrega a promessa de segurança financeira futura para os participantes, enquanto eles estiverem vivos? Não adianta adotar a tecnologia mais avançada do momento e ter uma gestão top, se a promessa feita não se sustentar ..



Grande abraço,

Eder.

SEU FUNDO DE PENSĀO ESTÁ ENTREGANDO A PROMESSA DE SEGURANÇA FINANCEIRA FUTURA PARA OS PARTICIPANTES? OU ESTÁ SÓ BRINCANDO, COMO A PEPSI?

 


De Sāo Paulo, SP.


Essa é uma história (verdadeira), que se tornou famosa no mundo do marketing e do direito. Ela fala sobre o cumprimento de promessas.

Em 1996 uma promoção chamada “Pepsi Stuff”, veiculada através de anúncios comerciais, propunha a troca de “Pontos Pepsi” por produtos da marca.

Os anúncios terminavam, com um fundo musical militar, mostrando um avião de caça McDonnell Douglas AV-8B Harrier II - aquele que decola e pousa na vertical – com uma etiqueta no valor de 7 milhões de “Pontos Pepsi”.

O comercial, reproduzido no video acima, mostrava um estudante chegando na escola com o avião e dizendo:

“Com certeza, é melhor que o ônibus”

A ideia dos criadores da campanha era mostrar que o prêmio era tão absurdamente alto, que se poderia levar a serio aquela situação cômica sendo apresentada. Uma espécie de “licença retórica da publicidade”, como aprendi em 1986 no meu curso de propaganda e marketing da ESPM – RJ.

John Leonard, um jovem estudante de 21 anos, viu o anúncio, fez as contas e ao invés de rir, levou a coisa toda a sério. O jovem percebeu que o regulamento da promoção permitia a compra de pontos por $0,10 cada. Precisaria, entāo, de $700.000 para comprar os 7 milhões de pontos (nota: o aviāo era avaliado na época em $ 37,4 milhōes)

Com a ajuda de investidores, John conseguiu o dinheiro, enviou um cheque para a Pepsi junto com 15 rótulos de produtos da empresa, conforme estabelecia o regulamento e exigiu o avião, nos termos da promessa feita.

A Pepsi, claro, recusou o pedido explicando que o anúncio era uma piada e que a intenção nunca foi considerar o avião como um prêmio real. John não aceitou a resposta e entrou na justica contra a Pepsi, alegando que a empresa tinha feito uma oferta legalmente vinculante.

O caso, conhecido como Leonard vs. Pepsi Inc., teve uma decisão do juiz favorável para a Pepsi. A corte argumentou que “nenhuma pessoa razoável poderia ter concluído que a propaganda oferecia seriamente um avião de caça”. O juiz considerou a oferta uma forma de publicidade exagerada e humorística, não um contrato legal.

Após o episodio a Pepsi modificou o comercial, aumentando o valor do avião para 700 milhões de pontos e adicionando a frase: “Só de brincadeira” (“Just kidding”). Quem quiser pode assistir um documentário na Netflix que conta essa história curiosa, intitulado “Pepsi, Cadê meu Aviāo”, do orignal em ingles: “Pepsi, Where’s My Jet?”.

Promessa, é exatamente o que fazem os fundos de pensão para os participantes que decidem lhes entregar seu dinheiro, em troca de segurança financeira futura. A promessa feita pelos fundos de pensão está implícita no “acordo” (regulamento do plano) com o participante.

Então, recomenda-se aos fundos de pensāo oferecendo planos CD que:

1. Incluam no regulamento dos planos um disclaimer informando ao participante, explícitamete, com todas as letras, que “nāo há garantia de que a renda de aposentadoria dure até o participante morrer”; ou

2. Quando for prometida segurança financeira futura, ainda que de forma nāo-explícita, é mais prudente disponibilizar um produto que cumpra a promessa, para não arriscar a perda de credibilidade que lhes é dada ...


Grande abraço,

Eder.


NA GUERRA PELA SEGURANÇA FINANCEIRA FUTURA, QUAL O SEU JEEP?

 


De Sāo Paulo, SP


Frente de batalha, 1944. O céu estava carregado de nuvens e o rugido dos aviões ecoava sobre as trincheiras. O soldado americano Jack Miller nunca tinha visto nada igual:

De repente, grandes caixas de madeira começaram a despencar do céu em grandes paraquedas, tocando o solo com um estrondo seco.

Ele correu, curioso e viu os homens rasgando as embalagens com machados e alavancas. Dentro delas… algo que parecia desmontado, mas logo foi ganhando forma.

As peças se encaixavam como num quebra-cabeça gigante. Pneus, motor, volante, tudo se unindo em poucos minutos, em meio ao cheiro de pólvora e poeira.

E então, lá estava ele: o Willys MB, o lendário Jeep. Seu ronco grave abafou o barulho distante da artilharia. Não havia tempo para testes: os soldados saltaram dentro dele, carregaram munição e partiram em disparada, avançando sobre lama, crateras e destroços, como se nada pudesse detê-lo.

Naquele instante, Jack entendeu: a guerra havia ganhado um novo aliado, um símbolo de força, agilidade e esperança em meio ao caos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o lendário Willys MB, o famoso Jeep, era enviado desmontado dentro de grandes caixas de madeira. Isso permitia transporte rápido e montagem direta no campo de batalha, pronto para encarar lama, areia e qualquer terreno que aparecesse.

Criado em 1941 pela Willys-Overland Motors e também produzido pela Ford (GPW), ele tinha tração 4x4, design robusto e virou peça-chave para os aliados.

Depois da guerra, nasceu a versão civil… e assim começou a história da marca Jeep que conhecemos hoje.

O nome? Alguns dizem que vem das letras GP, que em inglês quer dizer “General Purpose” ou “Uso Geral”. Outros juram que foi inspirado no personagem “Eugene the Jeep” dos quadrinhos do Popeye, famoso por ir a qualquer lugar.

Assim como na guerra, a vida financeira também tem seu campo de batalha. Os soldados contavam com o Jeep, nós precisamos de um veículo financeiro robusto que nos leve em segurança até o destino: a segurança financeira no futuro.

O Jeep, que chegava desmontado e estava operacional em menos de 5 minutos, não era apenas um veículo, era segurança, mobilidade e uma vantagem estratégica que ajudou os aliados a virar o jogo.



Era imbatível porque enfrentava qualquer obstáculo, ter um Jeep dava liberdade aos soldados para se moverem e cumprirem a missão. O Jeep não ganhou a guerra sozinho, mas foi decisivo.

Sua poupança de longo prazo não vai resolver todos os problemas da vida, mas pode ser o fator decisivo entre um futuro incerto e um futuro com segurança e independência.

Oitenta e um anos depois da guerra, o Jeep segue sendo um símbolo de força, liberdade e aventura. E a estrategia do seu fundo de pensão, vai te ajudar a ganhar a guerra da aposentadoria, como um Jeep …?

Grande abraço,

Eder


Credito Imagem: Lise Alves - MM Park, museu da II Guerra, Strasbourg, França


Fonte: Canal TCHÊ, no Facebook.


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