Você entra na Ofner para tomar um café e se depara com duas ofertas. Na primeira, é oferecida uma xícara de café 33% maior. Na segunda, é oferecido um desconto de 33% no preço da xícara de café.
Qual das duas ofertas é o melhor negócio?
“São praticamente iguais!” diria você, se pensasse como os estudantes que participaram de um novo estudo publicado no Journal of Marketing.
Mas ... você estaria errado.
As ofertas parecem equivalentes, mas, na realidade, um desconto de 33% é o mesmo que um aumento de 50 por cento na quantidade.
Vamos a matemática: digamos que uma xícara padrão de café custe R$ 1 e tenha 3 mililitros (R$ 0,33 por mililitro). A primeira oferta lhe dá 4 mililitros por R$ 1 (R$ 0,25 por mililitro) enquanto a segunda lhe dá 3 mililitros por 66 centavos (R$ 0,22 por mililitro).
O pulo do gato: conseguir algo a mais “de graça” faz você se sentir melhor do que conseguir a mesma coisa pagando menos.
As implicações desse simples fato são enormes.
Vendendo cereais? Não fale de desconto. Fale sobre quanto aumentou o tamanho da caixa! Vendendo um carro? Deixe de lado o consumo em km/litro. Fale sobre quantos km se consegue rodar a mais devido ao tamanho do tanque de combustível.
Por isso os vendedores de PGBL só falam da taxa de carregamento zero e “pulam” a taxa de administração financeira!
Há dois grandes motivos pelos quais esse tipo de truque funciona.
Primeiro: os consumidores não tem a mínima ideia de quanto custa qualquer coisa, por isso, para tomar decisões, se baseiam em partes do cérebro que não são estritamente quantitativas.
Segundo: apesar nós humanos gastarmos em reais, tomamos decisões baseados em fatores e raciocínios que nos tornam meio analfabetos em matemática, incapazes de lidar com números.
Pense nisso quando for comprar um plano de previdência numa seguradora ou entidade aberta.
Abraço grande
Eder.
Fonte: Adaptado do artigo "The 11 Ways That Consumers Are Hopeless at Math", escrito por Derek Thompson
Crédito de Imagem: Avadhut Hembade
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