quarta-feira, 29 de outubro de 2025

O RESET DIGITAL DE US$ 37 TRILHÕES E OS FUNDOS DE PENSÃO

 



De Sāo Paulo, SP.


Quando o dinheiro muda de forma, todo o resto muda junto, inclusive a previdência complementar.

Os fundos de pensão foram criados num mundo analógico: dinheiro em papel, títulos físicos, liquidação em D+3, juros determinados por bancos centrais e políticas fiscais previsíveis.

Mas esse mundo está desmoronando silenciosamente diante de:

uma revolução digital que redefine o próprio conceito de dinheiro.

Stablecoins, moedas digitais e ativos programáveis estão inaugurando uma era em que o dinheiro tem código, regras e inteligência embutida.

Enquanto isso, por aqui, os reguladores dos fundos de pensāo continuam discutindo o futuro com a cabeça presa no passado.


1️⃣ A nova arquitetura do dinheiro

A digitalização da moeda não é mais um tema do “futuro” — é o presente e está se impondo.

O dinheiro deixa de ser apenas unidade de conta e meio de troca e passa a ser também um conjunto de linhas de instruçāo, um programa:

  • Pagamentos automáticos;

  • Liquidação instantânea de investimentos,

  • Juros que se ajustam conforme o comportamento do investidor,

  • Ativos que “se autoliquidam” por comando de contratos inteligentes.

Com isso, surgem três rupturas fundamentais:

  1. Liquidação instantânea: adeus ao D+2, o capital agora gira em tempo real.

  2. Custódia digital: o ativo deixa de depender de intermediários e de terceiros .

  3. Política monetária programável: emissão, juros e distribuição do dinheiro passam a ser parcialmente automatizados.

Essas transformações estão reescrevendo o sistema financeiro global — e afetarão diretamente a forma que fundos de pensão investem, medem risco e calculam a liquidez de seus ativos.


2️⃣ O que muda para os fundos de pensão

🔹 Liquidez e reservas matemáticas

Se o dinheiro é digital e a liquidação é imediata, os conceitos de caixa, liquidez, ALMs, tudo precisa ser repensado.

O “ativo líquido” passa a ser aquele que pode ser movimentado a qualquer hora, sem intermediários — isso desloca o papel dos bancos e dos títulos públicos tradicionais.

🔹 Diversificação real

Stablecoins, ativos digitais de infraestrutura e tokens de governança não seguem as mesmas correlações de mercado que ações ou renda fixa.

Ignorá-los é ignorar uma nova fronteira de diversificação global.

🔹 Risco regulatório e tecnológico

O desafio não está apenas na volatilidade, mas no desalinhamento estrutural: quando a moeda de referência muda, todo o modelo de avaliação, custódia e hedge precisa mudar junto.

🔹 Política de investimento ultrapassada

Grande parte das políticas de investimento dos fundos de pensāo ainda descreve “ESG, renda fixa e renda variável” como se estivéssemos em 2005.

Poucas - o mais provavel: nenhuma - mencionam blockchain, custódia digital ou risco de disrupção tecnológica, nem projetam cenários de transição monetária.


3️⃣ Por que a análise tradicional falha

Credito de Imagem: wwww.teclasap.com.br


A gestão dos planos de previdência complementar ainda presumem:

  • moeda estável e centralizada;

  • liquidação por bancos;

  • contratos lineares de fluxo de caixa.

Mas o novo dinheiro é não-linear: ele se movimenta em blockchains, opera 24 × 7 x 365 e pode ser “inteligente”.

Uma análise que mede risco, retorno e liquidez como se tudo ainda dependesse do sistema financeiro tradicional …

… não enxerga metade do que está acontecendo por tras das cortinas.

O resultado?

Os fundos continuam otimizando portfólios analógicos enquanto o mercado digital já cria políticas monetárias paralelas, ativos tokenizados e sistemas de liquidação sem fronteiras.


4️⃣ A disrupção que desafia 70 anos de estabilidade

Desde sua criação, os fundos de pensão enfrentaram crises de juros, inflação, mudanças demograficas e de rentabilidade.

Mas nenhum desafio foi tão estrutural quanto este: agora, não é apenas o ativo que muda — é o próprio dinheiro que está sendo reprogramado.

Essa revolução não destrói o sistema financeiro — ela o reconstrói.

Quem continuar pensando de forma analógica corre o risco de ver seu patrimônio derreter em um mundo onde a liquidação, a moeda e o valor são digitais.


5️⃣ Como os fundos deveriam reagir

🔸 Governança preparada: conselhos precisam incluir na agenda a era a economia digital — não como curiosidade, mas como questão estratégica.

🔸 Educação contínua: conselheiros e diretores executivos devem entender como blockchain, stablecoins e tokens institucionais impactam os investimentos e os passivos dos fundos de pensāo.

🔸 Revisão da política de investimentos: incluir ativos digitais, nova infraestrutura financeira, blockchain e custódia tokenizada como novas classes emergentes.

🔸 Gestão de liquidez moderna: considerar stablecoins institucionais e instrumentos digitais de curto prazo.

🔸 Cenários de transição: simular o impacto de uma mudança estrutural na moeda ou na infraestrutura de liquidação global.


⚡ Conclusão

O reset digital de US$ 37 trilhões não é uma manchete apocalíptica — é a divida publica americana que está prestes a ser convertida em stablecoin

Isso é apenas uma parte da conta do que está sendo reescrito no sistema financeiro global, enquanto reguladores e conselhos ainda debatem estrategias de investimentos e benchmarks de classes de ativos analógicos

O dinheiro já virou software e:

se dinheiro muda de forma, os fundos de pensão precisam mudar de mente.

Não se trata de invstir direta ou indiretamente em cryptoativos — trata-se de entender o novo alicerce sobre o qual o futuro da poupança de longo prazo está sendo construído.


Grande abraço,

Eder - Chief Pension’s Un-Boring Officer


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “The $37 Trillion Digital Reset: Why BRICS Nations Are Panicking”, publicado em AltSeason CoPilot.

Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e na profunda experiencia profissional do autor e nas informações das fontes citadas.


TIMIDEZ: O QUE OS FUNDOS DE PENSĀO BRITÂNICOS PODEM ENSINAR AOS FUNDOS BRASILEIROS SOBRE ESG?

 


De Sāo Paulo, SP.


Complementar.

O relatório faz uma radiografia das melhores práticas dos fundos de pensāo brasileiros na adoçāo de aspectos ESG - Environmental, Social & Governance, i.e., ambientais, sociais e de governança.

Vale a pena uma comparaçāo do estágio atual em que se encontram nossos fundos de pensāo, com quele em que se encontra o sistema de previdencia complementar corporativa de um pais desenvolvido, como o Reino Unido.

“Enquanto no Reino Unido o ESG virou obrigação, no Brasil ele ainda é tratado sob a ótica da comunicação.”


🇧🇷 De onde partimos

Os fundos de pensão brasileiros estão nos estagios inciais de descoberta do ESG.

Convenhamos, ainda estamos naquela fase em que a criança aprende a andar e acha que já pode correr a maratona de Londres.

Segundo o Relatório de Sustentabilidade das EFPC 2024, da Abrapp, o tema “Integração ASG na gestão de investimentos” passou de “prioritário” para “muito importante” — um avanço simbólico que mostra que o discurso amadureceu, mas o músculo ainda está em formação .

Das 234 entidades associadas da ABRAPP, 56 responderam à pesquisa, representando 65% do patrimônio total do sistema (R$ 835 bilhões). É um recorte robusto, mas ainda assim incompleto — o que mostra que o Brasil está aprendendo a mensurar o que o Reino Unido já mede há mais de uma década .


🇬🇧 No Reino Unido, ESG é dever fiduciário

Lá, os fundos de pensão já entenderam que não existe “investimento responsável” sem accountability.

Desde 2022, os fundos de pensāo da Terra de Sua Majestada são obrigados a publicar relatórios divulgando os riscos e oportunidades sobre seus portfolios de investimentos, decorrentes das mudancas climaticas, seguindo a estrutura (template) do TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures) — com indicadores quantitativos de:

  • riscos climáticos;

  • metas de descarbonização; e

  • planos de transição para uma economia de carbono zero.

Aqui? Ainda há resistência, o discurso é bonito:

“adotamos critérios ESG em nossas decisões de investimento”

Mas a pergunta que fica é:

  • como?

  • com quais métricas?

  • com quais evidências quantitativas de impacto?

Enquanto os fundos britânicos publicam mapas de risco climático, por classe de ativo, as EFPC brasileiras ainda se contentam com frases genéricas em comunicados e relatorios.


💼 A governança precisa sair do papel

Credito de Imagem: wwww.123rf.com


O Brasil tem uma boa base.

A Abrapp estruturou Códigos de Autorregulação em Governança e em Investimentos, cque já conta com a adesāo de dezenas de fundos de pensāo.

Conta, também, com uma Política de Sustentabilidade e com um Comitê Técnico de Sustentabilidade atuante.

Mas, sejamos francos: boa parte das entidades ainda trata ESG como um apêndice da governança — e não como seu eixo central.

No Reino Unido, o recado é simples, claro e direto:

“Se não está na política de investimentos, com métricas transparentes e avaliaçōes quantitativas, não é levado a sério.”

Cada classe de ativo tem parâmetros explícitos de avaliação ESG, pesos de materialidade e métricas de desempenho.

No Brasil, a maioria das políticas ainda diz:

“Os fatores ESG serão considerados sempre que possível.”

… e “sempre que possível” é o jeito mais diplomático de dizer “quando der, né”


🌡️ Disclosure: sair do genérico e entrar no mensurável

Vamos alinhar aqui entre nós:

ESG não vive de intenções, vive de números.

Na Europa, a ausência de métricas é vista como sinal de alerta. Aqui, ainda é vista como um negocio “em construção”.

Poucos fundos brasileiros publicam relatórios com seções específicas sobre riscos e oportunidades climáticas e raros são os que adotam frameworks reconhecidos como os do TCFD, SASB ou GRI, de forma estruturada.

Enquanto isso, fundos britânicos como o Nest ou o Universities Superannuation Scheme mostram, com clareza, como cada investimento afeta o clima e como o clima afeta cada investimento.



Aqui, ainda há quem confunda relatório ESG com relatório anual ilustrado. 

Esse contraste fica evidente ao se ler o relatório de um fundo ingles (exemplo acima) e comparar com um dos nossos.


📏 Métricas, dados e auditorias: o tripé da credibilidade

Na Europa:

Ninguém acredita em ESG sem auditoria independente.

É simples assim.

As EFPC brasileiras, por enquanto, ainda dependem de autodeclarações.

O sistema de autorregulação da ABRAPP é ótimo, mas apenas um começo, falta validação externa — certificações, verificações independentes e auditorias de impacto.

E há outro ponto sensível: a ausência de KPIs claros, transparentes e objetivos.

  • Pegada de carbono da carteira?

  • Percentual de mulheres e negros nos conselhos das empresas investidas?

  • Número de controvérsias ambientais?

Esses indicadores ainda nāo aparecem e quando surgem, aparecem de forma tímida e inconsistente .

No Reino Unido, o regulador do setor, o The Pensions Regulator (equivaelnte à dupla CNPC | PREVIC) exige que cada fundo demonstre anualmente como está reduzindo a exposição aos riscos climáticos físicos e de transição — sob pena de sanções.

Lá, ESG é tratado como compliance enquanto aqui, ainda é “boa vontade”.


💬 ESG não é um projeto, é cultura

O Relatório Abrapp 2024 afirma que a sustentabilidade é “uma ferramenta estratégica de gestão fundamental” .

Perfeito! Mas ninguem consegue pregar um prego com a māo:

Ferramenta nenhuma funciona se ficar guardada na gaveta.

A verdadeira maturidade dos aspectos ESG nasce quando:

  • Os riscos ESG entram na matriz de risco ao lado dos riscos de mercado e crédito;

  • As decisões de investimento incorporam critérios ambientais e sociais com o mesmo peso que a rentabilidade; e

  • O conselho deliberativo discute sustentabilidade não como modismo, mas como mandato fiduciário.


🚀 Conclusão

Os fundos britânicos não são perfeitos — mas são transparentes. Os fundos brasileiros estão aprendendo — mas ainda são de uma timidez embaraçoza (video clip no alto do artigo)

A boa notícia é que o setor tem capital humano, histórico e ambição suficientes para virar o jogo.

Só falta uma coisa:

parar de apenas “falar” de ESG e começar a “decider” com ESG.

Porque, no fim, ESG de verdade não é sobre salvar o planeta e abraçar arvores, mas sim sobre garantir que ainda exista um planeta para pagar beneficios de aposentadoria.

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “Relatório de Sustentabilidade das EFPC – 3ª Edição, 2024” publicado pela ABRAPP.

Disclaimer 1: Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e na profunda experiencia profissional do autor e nas informações e fontes citadas.

Disclaimer 2: Esse texto não é aconselhamento financeiro, não é orientação de investimentos, não recomenda a compra de nenhum ativo real ou digital, nem de valores mobiliários, nem de coisa nenhuma. Publiquei o texto porque achei que poderia ser útil. 


terça-feira, 28 de outubro de 2025

A REVOLUÇĀO DIGITAL E O PENSAMENTO ANALÓGICO QUE SETORES DOS FUNDOS DE PENSĀO ESTĀO DEIXANDO ESCAPAR

 




Bem pouco tempo atrás, a BlackRock descartou completamente investir em cryptoativos, leia-se: ativos digitais.

Agora? Larry Fink, o CEO da BlackRock, soltou uma bomba. A maior gestora de investimentos do mundo mergulhou de cabeça na tokenização de ativos.

Tokenização de ativos: é o processo de converter um ativo real, como imóveis, obras de arte ou títulos publicos, em uma representação digital (um “token”) registrada em um blockchain. Isso permite que o ativo seja dividido em pequenas frações, tornando-o mais acessível para investimentos, além de aumentar a segurança, a transparência e a liquidez.

Para a GenZ, que nao gosta de texto, segue o video abaixo 👇

Isso muda tudo! Esse é um momento de inflexão para os cryptoativos.

Em entrevista recente à CNBC, Larry Fink disse que “estamos apenas no começo da tokenização de TODOS os ativos”.

Ele mencionou especificamente imóveis, ações e títulos de renda fixa, mas então, soltou essa pérola:

R$ 4,1 trihōes estāo parados globalmente em carteiras digitais.

A BlackRock quer atrair esse dinheiro para produtos tradicionais de previdência complementar por meio de cryptomoedas.

Fink expôs sua estratégia com clareza. A BlackRock quer tokenizar completamente os ETFs e com isso, levar as pessoas a começarem a investir em cryptomoedas.

Então, a BlackRock orienta e direciona as pessoas para produtos de previdência complementar com foco do investimento no longo prazo.

Assim, vai mantendo os investidores no ecossistema de ativos digitais.

O fundo de investimentos tokenizado da BlackRock no mercado imobiliário – conhecido pelo nome de BUIDL- já é enorme. Seu ETF de Bitcoin (IBIT) ultrapassou US$ 100 bilhões recentemente em ativos, tendo partido do zero há meros dois anos.

Capitalização de mercado versus volume de transações

As stablecoins têm US$ 295 bilhões em valor total de mercado, mas seu volume mensal de transferências ultrapassa US$ 3,7 trilhões.

O valor real depositado em ativos digitais hoje é uma coisa. A atividade de negociação, as transações e transferências efetuadas, é outra.

É aí que a riqueza real é criada.

Nāo é exagero dizer que em poucos anos, trilhões de dólares serão injetados nos cryptoativos e o maior sinal disso é que vários governos, principalmente o dos EUA, estão abraçando as stablecoins.

O valor projetado de ativos digitais nos blockchains públicos para 2030 é de US$ 16 trilhões. Mas lembre-se, o volume de transações tem efeito multiplicador o que poderá fazer esses US$ 16 trilhões baterem em:

  • US$ 30 trilhões?

  • US$ 50 trilhões?

  • +US$ 100 trilhões?

Os ativos digitais nāo ficam só estacionados nas carteiras digitais, eles sāo transacionados 24/7/365 dias por ano.


Credito de Imagem: BIS

Até o BIS - Bank for International Settlements, junto com os bancos centrais de sete países – Coreia, EUA, França, Inglaterra, Japão, Mexico e Suíça – está estudando atraves do Projeto Agorá (palavra grega para mercado), como a tokenização pode melhorar o funcionamento do sistema monetário internacional.

Ou seja: um novo sistema monetário está chegando

O que isso significa para os fundos de pensão?

O resumo disso tudo é que a adoção dos cryptoativos pela sociedade não vai demorar décadas. A BlackRock acabou de comprimir esse prazo drasticamente.

Quando a maior gestora de investimentos do mundo mergulha de cabeça em alguma coisa, as demais seguem.

Estamos assistindo à revolução do dinheiro digital nas cadeiras da frente. O sistema financeiro está sedo reconstruído nos blockchains públicos e esse é o momento de se posicionar.

Essa transformação é a maior em tudo que já aconteceu na história do dinheiro e do sistema financeiro.

A Internet revolucionou a informação. O Blockchain está revolucionando o valor das coisas em si mesmo.

O volume de transferências e transações financeiras explodirá, aumentando exponencialmente. Estamos no começo de algo massivo.

A próxima onda dos investimentos e da poupança de longo prazo nāo está chegando - ela já está aqui


Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fonte: “BlackRock’s Tokenization Revolution: Why Trillions Will Flow Into Crypto”, publicado em Blend Visions.

Disclaimer 1: Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e na profunda experiencia profissional do autor e informações das fontes citadas.

Disclaimer 2: Não deveria ser preciso dizer isso, mas receio ter que deixar explicito: esse texto não é aconselhamento financeiro, não é orientação de investimentos, não recomenda a compra de nenhum ativo real ou digital, nem de valores mobiliários, nem de coisa nenhuma. Publiquei o texto porque achei que poderia ser útil para alguém. Para você que não me conhece na vida real, sou apenas um cara qualquer das mídias sociais, posso até ser um hamster … ou uma IA. Aja com prudência.


segunda-feira, 20 de outubro de 2025

O CICLO DE 50 ANOS QUE SEU FUNDO DE PENSĀO VAI PERDER, MAS VOCÊ NĀO PRECISA DEIXAR PASSAR

 


De Sāo Paulo, SP.

A cada 50 anos, aproximadamente, as pessoas normais têm a chance de se tornarem incrivelmente ricas. É um padrão que vem se repetindo como um relógio nos últimos 300 anos.

Cada novo ciclo de inovação tecnológica redefine a infraestrutura do mercado, pulveriza velhas fortunas e cria novas riquezas, que aumentam exponencialmente.

Esta é a essência da Teoria dos Ciclos de Kondratiev, popularizada por analistas, que agora aponta para uma iminente e massiva transferência de riqueza.

Rockefeller com o petróleo, Carnegie com o aço, Vanderbilt com as ferrovias ... e há 15 anos, entramos no 6º ciclo.

O ciclo anterior havia começado em 1971, quando a Intel criou o primeiro microprocessador. Uma única invenção desencadeou a revolução dos computadores pessoais, dos telefones moveis, da Internet e nos trouxe até aqui.

Todo ciclo segue 4 fases distintas

  • Fase 1 – Irrupção: uma nova tecnologia emerge, os especuladores do varejo correm e a abraçam, movimentando cheques de pequeno valor;

  • Fase 2 – Salto: as instituições entram com centenas de bilhões $$$, é quando a maior parte da riqueza é criada;

  • Fase 3 – Popularização: a tecnologia passa a estar presente em todos os lugares, os retornos encolhem, o risco desaparece.

  • Fase 4 – Declínio: o ciclo termina e um novo começa

O 6º Ciclo surge impulsionado pela convergência da Inteligência Artificial (IA), da tecnologia do Blockchain e da Web3.

Conforme a Teoria de Kondratiev, na nova onda esse é o momento crucial para captar ganhos significativos e alavancar o patrimônio e o crescimento das poupanças de longo prazo das pessoas.

Para o indivíduo que poupa para a aposentadoria, este não é um momento para a mediocridade, para se contentar com os retornos limitados entregues pelos títulos públicos.

Infelizmente, a maioria das pessoas olha os ganhos gerados na Fase 1 e pensa:

“É tarde demais, perdi o bonde, ficou muito caro...”

Porém, a Fase 2 sempre é MAIOR e mais segura.

Intel, Apple, Microsoft e Bitcoin


Credito de Imagem: www.stock.adobe.com


Quando as ações da Intel bateram numa valorização acumulada de +23.000% de ganho na Fase 1, as pessoas pensaram ter perdido a oportunidade e a chance de ganhar dinheiro com elas.

Entāo ... o acumulado subiu outros 26.000% na Fase 2.

A Apple subiu 1.400.000 % na Fase 1, sim: um ponto quatro milhões porcento! Então, subiu outros 151.000% na Fase 2.

A Microsoft seguiu esse mesmo padrão:

  • Fase 1: +57.000%

  • Fase 2: +1.600.000% (um ponto seis milhões porcento)

Por isso que a Fase 2 sempre é maior e mais segura do que a Fase 1.

O 6º Ciclo

O ciclo atual começou em 2010 com sistemas descentralizados. As velhas soluções, como a Internet centralizada, que tornaram bilionários os donos das bigtechs e alavancaram o patrimônio dos que apostaram em suas açōes, estāo entrando em declínio.

Cryptomoedas, como o Bitcoin, representam uma mudança da centralização dos sistemas para a descentralização

Exatamente como aconteceu 50 anos atrás com a Intel, que propiciou o surgimento dos computadores pessoais, descentralizando o acesso aos grandes computadores, antes privilegio de poucos que podiam comprar mainframes da IBM, Burroughs, HP e outras.

Estamos em transição da Fase 1 para a Fase 2 numa curva em “S” que mostra porque ainda não perdemos as oportunidades.



O tempo requerido para ir da adoção de 0% para 10% das inovações é idêntico ao tempo para ir de 10% para 90%. Estamos atingindo o ponto de inflexão no qual as instituições entram na jogada, despejando muito dinheiro.

O mesmo movimento que fez o preço das ações da Intel, Apple e Microsoft explodirem na Fase 2. Por isso que o preço do Bitcoin não está caro hoje, comparado à projeção de sua trajetória, para onde está caminhando.

As projeções apontam para uma evolução do valor total do estoque de ativos globais, de US$ 850 trilhões hoje para US$ 1,7 quatrilhões em 2030.

Se o Bitcoin capturar apenas 1% dessa cesta de ativos, sua capitalização de mercado atingirá US$ 21 trilhões. Isso representa US$ 1 milhāo por Bitcoin.

Bitcoin, porém, é apenas o começo de uma nova nova, a era dos ativos digitais (ou cryptoativos). Produtos financeiros inteiramente novos vem sendo criados a partir deles.

Existem dois tipos de investidores em cada ciclo

O investidor do varejo, as pessoas comuns como você e eu, são os primeiros – são os investimentos com “ticket” pequeno.

Atrás deles vem os investidores institucionais – bancos, gestores de ativos, fundos de pensão, family offices, seguradoras, grandes empresas – despejando centenas de bilhões $$$ nas inovações.

É quando a Fase 2 se inicia e a verdadeira riqueza é criada.

Temos aí uns 12 meses na fase atual, então, a Fase 2 que já está em cena, deslancha.

Isso significa que o momento para alavancar as poupanças de longo prazo é AGORA e nāo quando os tecnocratas resolverem deixar os fundos de pensāo investirem em ativos digitais.

Até lá, os ganhos já estarāo encolhendo e desaparecendo, mas os tecnocratas estarāo sorrindo por ter lavado as mãos com risco zero …

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “Artigo no LinkedIn”, escrito por Mark Moss.

Disclaimer 1: Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts e na profunda experiencia profissional do autor e informações das fontes citadas.

Disclaimer 2: Não deveria ser preciso dizer isso, mas receio ter que deixar explicito: esse texto não é aconselhamento financeiro, não é orientação de investimentos, não recomenda a compra de nenhum ativo real ou digital, nem de valores mobiliários, nem de coisa nenhuma. Publiquei o texto porque achei que poderia ser útil para alguém. Para você que não me conhece na vida real, sou apenas um cara qualquer das mídias sociais, posso até ser um hamster … ou uma IA. Aja com prudência.


REGULAMENTAÇĀO DE FUNDOS DE PENSĀO: DOIS PASÍSES, FOCO DIFERENTE

 

De Sāo Paulo, SP.


🇧🇷 No Brasil, o foco do regulador é ajudar quem administra.

💂‍♂️ No Reino Unido, o foco é proteger quem se aposenta.

Um busca estabilidade do sistema. O outro, resultado para o participante.

Qual causa maior impacto para as pessoas?


Nos últimos cinco anos, Brasil e Reino Unido mexeram bastante nas regras dos fundos de pensão. Mas dá pra dizer, sem medo de errar, que as modificações feitas na regulamentação lá e aqui foram em direções opostas.

Aqui, o foco tem sido dar uma folga para entidades e patrocinadoras — tipo um “relaxa que o regulador entende seu lado”.

Lá, o foco é outro: melhorar a vida e o bolso de quem vai se aposentar.

Em outras palavras: o regulador britânico quer saber se o participante vai ter um bom benefício. O brasileiro, quer ajudar fundo e patrocinadoras a respirarem aliviados.


🇧🇷 Brasil: Vamos facilitar a vida das entidades

1️⃣ Equacionamento de déficits: “empurra um pouquinho pra frente”

A Resolução CNPC 55/2022 permitiu que os fundos adiassem ou alongassem o prazo pra equacionamento de déficits de seus planos.

Pra quem é patrocinador ou gestor, foi um alívio. Pra quem é participante, um sinal de que o plano passou a ter mais prazo para se equilibrar — mas, também, de que o buraco não sumiu, só mudou de lugar no tempo.

Em 2023 e 2024 foram publicadas novas resoluçōes empurrando com a barriga o equilíbrio dos planos. O espírito continuou: menos cobrança imediata, mais flexibilidade, porque “melhor ter o plano respirando do que morto”.


2️⃣ Consolidação de normas e segmentação da supervisão

A PREVIC organizou a casa com a Resolução Previc 25 (segmentação dos fundos de pensāo por porte e risco) e a Resolução Previc 31 (regras contábeis e de auditoria).

Tradução: simplificar e deixar as regras mais proporcionais ao tamanho de cada entidade. Tudo certo — todo mundo gosta de menos papelada e burocracia.

Mas o foco aqui é eficiência interna e supervisāo, não o benefício que o participante vai receber lá na frente.


3️⃣ Perdeu o registro? Se vira, participante!

Com a Instrução Normativa Conjunta 001/2025, se a entidade perder parte dos registros cadastrais, é o participante quem precisa provar seu tempo de contribuição.

Ou seja, o ônus da prova mudou de lado.

De novo: ótimo para o sistema, péssimo para quem não guardou os papéis.


4️⃣ Adesão automática: um empurrãozinho amigo

Com mais de uma década de atraso em relaçāo aos países desenvolvidos, a Resolução CNPC 60/2024 finalmente trouxe o auto-enrolment para o Brasil — a adesão automática — aquela ideia de  inscrever as pessoas no plano automaticamente e ela sai só se disser “não quero”, no melhor estilo Tropa de Elite (pede pra sair).

Boa iniciativa! Mas, ao contrário do modelo britânico, o foco da economia comportamental por aqui tem sido trazer mais gente pra dentro, não necessariamente garantir que essa turma vá ter um bom benefício lá na frente.


5️⃣ Outras medidas “pró-entidades”

Flexibilização contábil, mais liberdade pra investir (FIAGRO, créditos de carbono, etc.), menos risco para os gestores (vedado investir direta ou indiretamente em crypto), redução de exigências burocráticas… tudo muito bem-vindo, pra quem gere o fundo.

Mas, se formos honestos, essas medidas melhoram mais a vida de quem administra do que de quem se aposenta.


💬 Resumo do espírito brasileiro

👉 Regulador: “Vamos ajudar as entidades e patrocinadoras a respirarem.”

👉 Participante: “E eu? Ah, segura aí que uma hora falamos”

👉 Resultado: sistema mais leve, mas com risco de o participante continuar sendo o último da fila das prioridades.


🇬🇧 Reino Unido: Participante primeiro

1️⃣ Inscrição automática num contexto amplo (desde 2008)

Lá, desde 2008, o trabalhador entra automaticamente no plano de previdencia complementar corporativo num fundo de pensão — e sai só se pedir.

Essa regra fez a adesão explodir e permitiu ao regulador se concentrar em outra coisa: agora que todo mundo está dentro, será que o plano presta?


2️⃣ Value for Money (VfM): “Mostre que vale a pena!”

O novo Pension Schemes Bill 2024-25 exige que os fundos de pensão provem para o participante e para o governo, que estāo entregando bom valor pelo dinheiro pago.

Custo e taxa de administração justos, desempenho decente e serviço de qualidade — se não, o regulador bota o dedo na ferida.

É quase um “Procon dos planos de aposentadoria”.


3️⃣ Small pots, saldos pequenos: um monte de cofrinho inútil

Os britânicos, assim como em todo lugar do mundo hoje, mudam de emprego o tempo todo e acabam com várias mini-contas CD (os chamados “small pots”).

Isso gera confusão, porque o participante vai deixando para trás vários planos CD quando muda de emprego e gera custo de administração incompatível com os pequenos saldos acumulados.

A solução? Small pots follow the owner — as continhas CD passam a seguir o dono automaticamente, ou são consolidadas num único fundo de pensão maior.

Mais simples, mais eficiente e, claro, maior valor pro participante.


4️⃣ Default na hora da aposentadoria: uma ajudinha necessária

Outra sacada: quem chega na aposentadoria e não sabe o que fazer com o dinheiro ganha uma opção padrão — um produto default para recebimento da renda mensal.

Isso evita que a pessoa escolha mal ou fique perdidona, sem saber como receber seu dinheiro.

A lógica é simples: “Se o sistema te ajudou a acumular a poupança de aposentadoria, ele também tem que te ajudar na hora de receber e gastar o direito.”


5️⃣ Transparência total: dashboards e sem desculpas

O Reino Unido também criou painéis online permitindo que cada pessoa veja todas as suas contas de previdência complementar num só lugar.

O regulador está montando um sistema de “luzinha de trânsito”:

🟢 plano bom, 🟠 plano médio, 🔴 plano ruim.

Imagina isso no Brasil? Seria curioso ver qual fundo de pensāo acenderia o vermelho primeiro…


💬 Resumo do espírito britânico

👉 Regulador: “O participante é o cliente final.”

👉 Entidade: “Mostre que você entrega valor real.”

👉 Resultado: sistema mais exigente, mais transparente e voltado a resultados, não apenas ao cumprimento de regras.


⚖️ Regulamentaçāo recente: 🇧🇷 Brasil x 🇬🇧 Reino Unido

💡 O que isso ensina pro Brasil

1️⃣ Nosso foco ainda é “quem opera”, não “quem usufrui”

Dar respiro às entidades é importante, mas se o participante não vê resultado, o sistema perde credibilidade.

2️⃣ Value for Money é mais que moda britânica

É o jeito mais simples de medir o que realmente interessa: quanto cada real pago hoje vira de renda lá na frente.

3️⃣ Flexibilizar é bom — desde que não vire procrastinação

Adiar equacionamento de deficits é como empurrar sujeira pra baixo do tapete. Em algum momento, o tapete vai levantar.

4️⃣ Adesão automática sem preocupação com valor é marketing vazio

Botar o trabalhador pra dentro é o começo. Garantir que ele entenda, confie, fique e tenha um beneficio satisfatorio, é o desafio.

5️⃣ Participante = cliente

Essa frase devia estar gravada na porta de cada fundo de pensão. Ele é quem paga, quem depende dos resultados da gestāo e quem tem o direito de exigir.


🧭 Conclusão provocativa (no melhor estilo TECONTEI?)

Enquanto o Reino Unido regula pensando no aposentado, o Brasil regula pensando no gestor.

Lá, o regulador pergunta: “esse fundo tá entregando valor pro participante?”

Aqui, a pergunta é: “o fundo tá conseguindo respirar?”

Nada de errado em aliviar o sistema — desde que a conta final não caia sobre quem tá poupando a vida inteira.

Porque, no fim, o que o participante quer mesmo não é um fundo cheio de premiações por seguir melhores praticas de gestāo, o que ele quer mesmo é uma aposentadoria previsível.

O Brasil está precisando parar de olhar só pra dentro dos fundos de pensāo e começar a olhar pra fora, para a vida de quem vai depender deles.


Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “Artigos do TECONTEI?, no Substack, escritos por Eder C. Costa e Silva.

Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.


GAP DA LONGEVIDADE: A MATEMÁTICA DE VIVER ATÉ OS 100 ANOS

 


De Sāo Paulo, SP.


Atingir a marca dos 100 anos é meio que uma obsessão nas culturas ocidentais.

O 100º aniversário junta parentes, amigos e vizinhos. Dá direito até a uma notinha no jornal local e um bolo que desmonta sob o peso das próprias velas.

A longevidade é tratada como um prêmio por bom comportamento, um troféu que você ganha por comer vegetais a vida toda e fazer exercícios três vezes por semana (no mínimo).

Parece inspirador, mas ao olhar com mais atenção verá que viver até os 100 anos se parece menos com um bilhete premiado e mais com uma conta de restaurante, cuja soma das despesas não bate com o total.

A fantasia é:

“Ao viver mais, você ama mais, vê mais pores do sol, convive mais com as gerações mais jovens ...”

A realidade, muito mais complicada:

“Gastos inflacionadas, corpos que falham e o temor constante de sobreviver às suas economias”

A discrepância entre aquela maratonista de 95 anos do Instagram e as pessoas mais velhas que lutam silenciosamente para viver com a renda do INSS, é uma história que quase ninguém fala.

A realidade biológica

Os humanos não foram feitos para durar 100 anos. Nossos corpos rangem, nossas juntas colapsam, nossos neurônios falham. A ciência espichou a vida, mas não foi capaz de estender a saúde na mesma medida.

O “Gap da longevidade” é definido como:

Os anos em que você está vivo versus os anos em que você está realmente saudável. Se você chegar aos 100, é provável que passe os 20 ou 30 anos finais no que os pesquisadores chamam clinicamente de “declínio funcional”.

É o modo educado de dizer que você precisa de um organizador de remédios maior do que a caixa de ferramentas de um eletricista. A vida vai perdendo o brilho, a alegria começa a esvanecer, os pensamentos te levam ao passado, mais do que ao futuro.

Eu vi isso acontecer na minha própria família. A avó da minha esposa, que foi a primeira gerente mulher da IBM no Brasil e a primeira mulher a tirar carteira de motorista em Niterói – RJ, viveu quase até os 101 anos.

Na última década de vida, sentia a falta do marido, de irmãs, de parentes próximos e até o sobrinho - que era seu médico - faleceu bem antes dela.

A medicina tornou a sobrevivência possível, não necessariamente suportável. Estatinas e medicamentos para pressão alta evitam que seu coração infarte, mas não há solução para artrites tão graves, que te impedem de abotoar a camisa e andar.

O abismo financeiro

Credito de Imagem: www.wested.org


Mesmo que você consiga evitar o pior da biologia, o verdadeiro assassino é a matemática. Um plano de contribuição definida que parece perfeito aos 65 anos, começa a balançar aos 85 e desmorona completamente aos 95.

Os planos de previdência complementar dos fundos de pensão são projetados para pagar rendas de aposentadoria por 25, 30 anos.

Funcionam bem se você falecer aos 88 anos, mas deixam de funcionar se você ainda estiver vivo quando seus bisnetos estiverem aprendendo a dirigir.

A renda do INSS nāo vai manter, num passe de magica, o poder de compra para cobrir seu aluguel até 2090. A renda vitalícia já foi extinta na previdência complementar, tanto aberta (seguradoras) como fechadas (fundos de pensão).

PGBLs funcionam como um cassino, onde a banca sempre ganha e o plano CD do seu fundo de pensão - se você teve sorte da sua empresa ter um – não foi desenhado para te deixar tranquilo por 40 anos.

Tente retirar um percentual do saldo de conta acumulado no seu plano CD, aos 98 anos e me diga se a longevidade é uma benção.

O segmento de previdência complementar finge ter a resposta:

“Basta poupar mais, aumente suas contribuições mensais”, dizem.

Como se o trabalhador médio tivesse milhares de reais sobrando depois de ter pago as despesas da casa, plano de saúde, escola dos filhos, conta de luz ...

A matemática é brutal: cada ano extra de vida, acrescenta um item a mais na lista de despesas. Viver até os 100 nāo testa apenas a durabilidade dos seus joelhos, testa até onde os juros compostos podem te levar.

Deserto social


Credito de Imagem: www.unsplash.com


Viver mais significa viver além das pessoas que você ama. Amigos desaparecem, irmãos se vāo até os filhos podem morrer antes de você.

Um século de existência não garante um seculo de companhia. A longevidade expande o tempo, mas também estende a solidão.

Jeanne Marie Calment, uma senhora francesa - o ser humano que comprovadamente mais viveu até hoje - viveu até os 122 anos, nāo tinha fotos de família em casa: “não tenho fotos das pessoas queridas, pois me faz ficar triste, todas as pessoas que estão nelas morreram”.

Estudos mostram que a solidão mata tanto quanto o fumo. Longevidade sem convivência comunitária é punição disfarçada de prêmio.

Viver até os 100 tem mais a ver com uma loteria genética do que com tomar coquetéis de vitaminas. Você pode mitigar fatores de risco, mas não pode enganar a entropia.

Longevidade não é a mesma coisa que vitalidade e com certeza não é a mesma coisa que felicidade

Compressão da morbidade

As culturas que respeitam o envelhecimento nāo dāo a mínima para atingir os 100 anos, elas se importam com sabedoria, continuidade e conexão.

Tem um conceito em gerontologia chamado de “compressão da morbidade”. É a busca pelo Santo Graal do envelhecimento:

Encurtar os anos de declínio para que você viva bem até perto do fim e depois decaia rapidamente.

Não se trata de chegar aos 100. Trata-se de viver até os 85 em boa forma e morrer aos 86 sem ficar preso por 15 anos num corpo que não coopera mais com você.

A compressão da morbidade alinha saúde, dinheiro e dignidade. Nāo é glamorosa. Ninguém comemora chegar aos 86, mas é a versão da longevidade que realmente preserva a qualidade de vida.

Viver até os 100 anos de idade é manchete. Viver bem até os 85 anos é viver a vida.

Entāo, qual a alternativa?

Reformular o objetivo e nāo desistir. Esqueça os 100 anos, esqueça os 95, esqueça a obsessão com chegar a um seculo de vida. Ao invés disso, foque em fazer valer a pena os anos que você ainda tem.

Maximize sua expectativa de saúde, não sua expectativa de vida. Priorize seus relacionamentos, não seus suplementos vitamínicos.

Poupe o suficiente para viver, não para impressionar seu planejador financeiro com seu desafio às tábuas atuariais.

Chegar aos 100 anos nāo é uma conquista. Viver 70 anos que importaram, é.

Grande abraço,

Eder.


Opiniões: Todas minhas | Fontes: “Why Living to 100 Sounds Great Until You Do the Math”, escrito por Troy Breiland


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