Deu em Amsterdam - Holanda.
Os planos chamados de “Ambição-Definida”, deveriam substituir os de Benefício-Definido (BD), sugere atuário holandês.
Jan Tamerus, Diretor Atuarial do fundo de pensão PGGM, recomenda que os atuais regulamentos/contratos dos planos de previdência sejam revistos para que os benefícios à prova de inflação também incorporem riscos.
Os planos BD foram criados numa época em que a grande maioria dos empregados era jovem e suas contribuições arcavam com os benefícios de um número pequeno de colegas mais velhos. “A previsibilidade está tornando as aposentadorias cada vez mais caras e é, portando, um cul-de-sac (expressão de origem Catalã que significa beco sem saída)”, afirmou Tamerus durante um encontro do Netspar – uma rede de estudos acadêmicos sobre previdência, aposentadoria e envelhecimento.
Segundo ele, no plano de “Ambição-Definida” os benefícios de aposentadoria já concedidos passariam a não ser corrigidos pela inflação se:
- Durante um período de cinco anos consecutivos o nível de cobertura das reservas for inferior a 90%, ou seja, se o patrimônio do plano for inferior a 90% dos seus compromissos; ou
- Durante um período de três anos consecutivos o nível de cobertura das reservas for inferior a 80%
Tamerus argumentou que os fundos de pensão deveriam usar a longevidade projetada, taxa de retorno do investimentos e taxa de juros estruturalmente decrescentes, bem como a volatilidade dos mercados, como instrumentos para calcular contribuições, indexação e benefícios. “Se o nível real de cobertura das reservas dos fundos de pensão for inferior a 70% durante dois anos consecutivos, os fundos deveriam começar a descontar (diminuir proporcionalmente) os valores dos benefícios”, defende ele.
De acordo com Tamerus, se essas regras tivessem sido aplicada nos últimos anos, os planos de recuperação dos fundos de pensão não teriam sido necessários.
Agora, aqui entre nós, apesar do nome bonito e com um efeito midiático sensacional, se a proposta do meu colega Jan Tamerus pega, a fila para dirigente de fundo de pensão vai dobrar a esquina. Afinal, se o dinheiro não der para pagar os benefícios, basta cortar a renda dos velinhos. Coisa fácil prá chuchu né não????
Forte abraço,
Eder.
Fonte: Investment & Pensions Europe - Leen Preesman
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