Nessa mundo de economia incerta, diante de custos que sobem feito um foguete, há muito empregado que se sente afortunado quando o plano de saúde de sua empresa não aumenta o desconto em folha da parcela de contribuição que cabe aos funcionários.
Mesmo assim, alguns empregadores estão oferecendo benefícios que vão além dos tradicionais planos de saúde e de previdência complementar. Em fevereiro de 2011 o “Home Depot”, uma cadeia de lojas de material de construção norte-americana, passou a oferecer aos seus empregados um programa voltado para cuidar dos dependentes que demandam atenção, como crianças e idosos.
A empresa, sediada em Atlanta-EUA, informou que pagará até US$ 25 do custo total típico de US$ 85 cobrado por creches e US$ 35 do custo de mercado de US$ 240 cobrado em casas de repouso que cuidam de idosos.
“Achamos que o novo programa é uma maneira excelente de ajudar nossos colaboradores a enfrentar as surpresas da vida. Gostamos de flexibilidade, por isso permitimos a cobertura de qualquer dependente que precise de cuidados supervisionados”, disse Brant Suddath, Diretor de Benefícios da companhia.
O Home Depot também oferece aos empregados um plano de saúde para animais de estimação (pertencentes ao funcionário) chamado “cobertura do nariz à cauda”, seja o animal um cachorro, um gato, um coelho, um pássaro ou um réptil.
A empresa não subsidia o custo, mas negocia descontos e condições mais vantajosas para seus empregados.
Outras empresas também estão oferecendo benefícios não encontrados tradicionalmente no mercado, tais como academias de ginástica com personal trainer no local de trabalho, subsídio de 50% na compra de livros didáticos etc..
Mas porque as empresas estão procurando benefícios diferentes? São muitas as razões, mas principalmente porque os benefícios, usados estratégicamente, podem moldar comportamentos que tragam economia para a empresa.
Um fabricante de bebidas e alimentos orgânicos da California-EUA, a “ClifBar & Co”, oferece orientação nutricional aos seus empregados e um empréstimo subsidiado de US$ 500 para compra de uma bicicleta pelo empegado que usar esse meio de transporte para ir trabalhar.
Os benefícios “verdes” não param por aí. A empresa também dá aos empregados uma ajuda de US$ 6.500 (tributados) para compra de um carro hibrído – movido simultaneamente a eletricidade e combustível fóssil – e um empréstimo anual de US$ 1.000 (também tributados) para investimento em melhorias na residência do funcionário.
“A ClifBar está na dianteira dos programas de qualidade de vida (wellness, em inglês). Faz parte da cultura da empresa”, comenta Matt Swinnerton, Vice-Presidente de uma empresa de consultoria em RH.
Outras empresas tem oferecido benefícios bastante criativos. A “Ben & Jerry´s Homemade Inc.”, famosa fabricante americana de sorvetes, baseada na cidade de South Burlington, no estado de Vermont – EUA, é pioneira nessa área.
Seus empregados podem tirar um cochilo numa “sala de soneca” disponibilizada já há 10 anos pela companhia, o que é feito por cerca de 10% dos funcionários.
Além disso, os empregados podem levar de graça para casa, todos os dias, cerca de 1,5 litros de sorvete. A idéia inicial era tornar os empregados experts em sorvete, ajudando a indicar os melhores sabores na preferência popular. Acabou se tornando uma forma dos empregados fazerem novos amigos, ao distribuirem o benefício entre seus conhecidos.
E a sua empresa? O que está fazendo de diferente? Escreva e conte para mim.
Forte abraço,
Eder.
Fonte: Adapatado do artigo “Some Employers Are Thinking Outside the Benefits Box”, escrito por Richard Rothschild e publicado no Workforce Management. Crédito de imagens: Mundo das Tribos, Blog "Eu Vou de Bike" e Nissan.
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