De Sāo Paulo, SP.
Você já parou para pensar no que fez com suas últimas 80.000 horas de trabalho?
Esse é, em média, o tempo que passamos trabalhando em nossas carreiras profissionais. São décadas dedicadas ao mesmo propósito, à mesma causa, ao mesmo ideal.
No meu caso, esse ideal sempre foi a previdência complementar. Mais especificamente: fundos de pensão.
Olho para trás e vejo um sem número de empresas e pessoas que tive a oportunidade de ajudar na caminhada da previdência complementar. Uma trilha sólida, construída com esforço, muito estudo e uma enorme resiliência.
Olho para frente e vejo um cenário desafiador, para não dizer inquietante.
Os pilares que sustentaram os fundos de pensão nas últimas décadas estão sendo abalados — não por falta de competência técnica ou de propósito, mas por um novo mundo que se impõe com força avassaladora:
Estamos na era da inteligência artificial, da tokenização, da economia criptográfica e da desmaterialização do trabalho.
O que fazer diante de um futuro que ameaça tornar obsoleto tudo aquilo a que você dedicou sua vida inteira?
O risco da irrelevância
A verdade que poucos ousam encarar é que os fundos de pensão como os conhecemos, a despeito de todos os esforços do setor, estão ficando para trás.
A Geração Z, os nômades digitais, os microempreendedores conectados, os que trabalham na economia de plataformas — nenhum deles se imagina mais contribuindo durante 30 anos para um plano tradicional de previdência complementar.
Para a maioria dos jovens, o próprio conceito de aposentadoria já soa estranho, bizarro, ultrapassado ...
Vivemos a era das carteiras digitais (wallets), dos contratos inteligentes (smart contracts), das organizações autônomas descentralizadas (DAOs), do dinheiro programável (stablecoins, crypto).
Um mundo no qual esperar 30 anos para usufruir de um benefício, parece medieval. É esse o exato contexto que revela o tamanho da nossa responsabilidade.
A hora de fazer a revolução dos fundos de pensāo
Não quero olhar para minhas 80.000 horas e ver apenas arquivos, reuniões de conselho, relatórios com resultados de avaliações atuariais, desenhos de plano de aposentadoria.
Quero olhar para trás e saber que lutei para reinventar os fundos de pensão — para torná-los mais inclusivos, mais digitais, mais conectados com as novas gerações e com o mundo real, que é fascinante, vibrante, emocionante.
Essa reinvenção passa por aceitar que o modelo atual está esgotado. Não por incompetência, mas porque o mundo virou outra coisa. O que nos trouxe até aqui não nos levará adiante.
Se os fundos de pensão quiserem sobreviver — e mais do que isso, cumprir sua incrível missão social — terão que se tornar plataformas flexíveis, interoperáveis, abertas a novas classes de ativo, a novos públicos, com jornadas mais inteligentes de acumulação, desacumulação e entrega de benefícios.
Terão que dialogar com a Web3, com as carteiras digitiais, com as criptomoedas, com os ativos tokenizados de renda fixa, variável, flexivel, com as identidades descentralizadas, sobretudo, com uma nova lógica de trabalho onde a linearidade foi substituída pela fluidez.
O legado que vale a pena
A campanha da 80,000 horas traz uma pergunta que me toca profundamente e me faz pensar nos colegas de jornada na previdência complementar:
“Daqui a anos ou décadas no futuro, ao finalmente se aposentar e olhar para suas 80.000 horas de trabalho, você vai considerá-las desperdiçadas ou terá orgulho da diferença que fizeram?”
Essa pergunta vale ouro. No meu caso, a resposta é clara: não quero que meu esforço vire peça de museu.
Quero que ele seja ponto de partida para uma nova era da previdência complementar e dos fundos de pensāo.
Uma era onde falar de “aposentadoria” seja inspirador, atual, alinhado com o que há de mais inovador em finanças, tecnologia e comportamento humano.
Quero que as próximas gerações olhem para os fundos de pensão não como estruturas arcaicas, burocráticas, coisas do passado, mas como instrumentos vivos de liberdade financeira.
Sim, é por isso que ainda estou aqui e é por isso que ainda vale a pena continuar lutando. Porque as minhas +80.000 horas (em consultoria, trabalhei mais do que a média) só terão valido a pena se ajudarem a garantir que, no futuro, as 80.000 horas das atuais gerações também valham a pena.
Grande abraço,
Eder.
Opiniōes: Todas minhas | Fontes: “Work That Makes You Happy”, escrito por Mark Mason.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações da fonte citada.
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