Bom dia,
“Cometemos um erro” é quase o mesmo que dizer “tomamos uma decisāo ruim”.
Em situações difíceis de prever, o conselho deliberativo de um fundo de pensāo fica confuso sobre o que realmente aconteceu.
O conselho pode ter tomado uma decisão ruim, mas também é possível que não tenha cometido nenhum erro. Pode ser, simplesmente, que o resultado tenha sido ruim.
Cometer um erro e tomar uma decisão ruim, sāo coisas diferentes.
Boas decisões são cálculos que você faz, baseado naquilo que você sabe no momento. Se o mundo se mostrar diferente dos dados que você tinha, essa não é uma má decisão.
Uma decisão ruim é aquela que não se baseia nos fatos disponíveis.
Uma má decisão é um erro de julgamento ou falta de capacidade, porque os bons tomadores de decisão, quando confrontados com as mesmas opções que você tinha, não teriam feito o que você fez.
Porém, boas decisões às vezes podem levar a resultados indesejados.
Pegar um trem as 8:20 é uma boa decisão. Se o trem quebrar e você se atrasar, ainda assim, foi uma boa decisão.
Comprar um bilhete da loteria nunca é uma boa decisão. Às vezes você ganha e isso é ótimo. Mas, considerando os dados que você tinha sobre a chance de ganhar, quando você comprou o bilhete havia meios claramente mais lucrativos para investir seu dinheiro.
A semântica importa porque um conselho deliberativo deve repetir as boas decisões e evitar os erros que podem ser evitados.
Toda vez que o conselho toma uma decisão, há um resultado. Mas o conselho só pode tomar decisões inteligentes em relação ao que ele sabe (incluindo as probabilidades), não em relação ao que está prestes a acontecer.
Grande abraço,
Fonte: “I made a mistake”, escrito por Seth Godin
Nenhum comentário:
Postar um comentário