De São Paulo, SP.
Quanto custa para fazer você ficar feliz? Não muito! De acordo com um estudo feito pelo Psicólogo e Prof. Dr. Norbert Schwarz, do "Instituto de Pesquisas Sociais" da Michigan University, 20 centavos são suficientes.
Ele e seus assistentes, em uma universidade alemã, colocaram repetidamente uma moeda de R$ 0,20 (cerca de 10 cents, na moeda norte-americana) perto de uma máquina de fazer cópias em papel, onde sabiam que seria facilmente encontrada.
Quando as pessoas que acharam a moeda eram entrevistadas, logo depois de tê-la encontrado, sua satisfação geral com a vida mostrava-se substancialmente maior do que a de outras pessoas que não haviam encontrado moeda alguma.
Em uma entrevista ao jornal Baltimore Sun, o Prof. Schwarz comentou que “Não é o valor que você achou que conta. É o fato de ter acontecido algo de positivo com você”.
Ou seja, mesmo uma pequenina surpresa positiva pode melhorar o sentimento de alguém, ainda que temporariamente.
Efeito semelhante foi observado com amostras de comida. Pessoas que deixavam um supermercado eram entrevistadas para saber sua satisfação com o aparelho de TV que tinham em casa.
Aquelas que, minutos antes haviam ganhado uma amostra grátis de algum alimento, mostravam maior satisfação com sua televisão do que as que não haviam ganhado nada.
Se por um lado esses resultados são fascinantes para os estudiosos e acadêmicos da psiciologia da felicidade, por outro, como podemos aproveitar essa lição na área de marketing?
A maior lição talvez seja a oportunidade de criar a associação entre a melhoria do humor das pessoas e uma marca, se uma pequena surpresa positiva puder ser criada no mesmo momento. E não precisa, necessariamente, ser uma surpresa - receber uma amostra de alimento no supermercado não é propriamente uma experiência chocante.
Tenho certeza de que os estudiosos de Neuromarketing podem bolar uma infinidade de maneiras de criar pequenas surpresas positivas para os participantes de planos de previdência complementar.
Mas aqui vai uma sugestão simples que vem a minha cabeça nesse momento:
Surpresa na caixa – O pacote com livretos, formulários e demais informações que compõem o kit de adesão ao plano de previdência corporativo, entreque ao funcionário recém-admitido, poderia incluir um item pequeno, barato (para a empresa) e grátis (para o funcionário). Obviamente, escrever “surpresa ___ dentro” do lado de fora do pacote mataria a idéia. Escrever “brinde ___ grátis”, no entanto, poderia enfatizar que há algo útil ou de valor, aumentando a expectativa da surpresa.
Complementando, você acha que uma pequena frase no final do seu anúncio pode aumentar o nível de confiança dos clientes na sua empresa?
Acredite se quiser, é verdade! Pesquisadores descobriram que incluir no anúncio de uma empresa de serviços automotivos uma frase simples como a que segue, faz o nível de confiança dos clientes saltar surpreendentes 33%:
"Você pode confiar em nós para fazer o seu serviço”
Parace simples, né? Parece até mesmo algo que nem precisa ser dito já que uma frase assim diz apenas que se você der o serviço para a firma, ela o fará. Não fala nada em fazer o serviço direito, rápido, melhor ou mesmo de prestar o serviço com simpatia.
Mesmo assim, essa simples frase levou as pessoas a avaliarem melhor todas as categorias pesquisadas sobre a performance da empresa:
* Preço justo - amentou 7%
* Atenção - amentou 11%
* Tratamento honesto - amentou 20%
* Qualidade - amentou 30%
* Competência - amentou 33%
É surpeendente que uma simples e nebulosa afirmação do tipo “confie em nós”, produza grandes aumentos em áreas específicas de avaliação da performance na área de prestação de serviços.
Portanto, se você quer que os novos empregados confiem na patrocinadora, ao convidá-los para assistir as palestras de adesão ao novo plano de previdência, lembre-os de que eles PODEM confiar na empresa.
Tente, vai funcionar. Pode confiar em mim!
E VOCÊ, encontrou alguma maneira de surpreender os participantes de seu plano de aposentadoria e de fazer com que aumente a cofiança deles no benefício?
Forte abraço,
Eder.
Fonte: Adaptado dos artigos “Small Surprise, Big Mood Change” e “Ten Words that Build Trust”, escritos por Roger Dooley. Crédito de imagem: BACEN
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